09/03/2016

Prólogo


 CANCÚN - MÉXICO 


Nada como férias de verão! Demetria e a família Lovato estavam em Cancún, México. As praias eram maravilhosas, os Resorts eram surpreendentes, a cidade era magnifica! A família estava em Cancún há uma semana, estavam aproveitando o máximo, principalmente Demi que estava se permitindo descansar e fugir das pressões que os pais jogavam em cima dela para seguir a tradição da família e se tornar uma médica. Demi estava deitada em uma espreguiçadeira lendo Um Amor Para Recordar, seu livro favorito.

Ryan: Querida eu tenho um presente pra você - Ryan sentou numa espreguiçadeira que havia ao lado de Demi. Demi tirou seu óculos de sol e sorriu para o pai, ela sentou de frente à ele e arqueou a sobrancelha, Ryan tirou uma caixinha do bolso e à entregou, quando ela abriu a caixinha azul de veludo era uma correntinha com um pingente de bailarina, Demi levantou e o abraçou, ela amava o pai, ele sempre ajudava ela em tudo o que precisava, até quando precisava falar sobre garotos seu pai estava lá, apenas escutando e dando conselhos. Demi se abaixou em frente à Ryan para que ele colocasse a joia em seu pescoço.

Demi: Obrigada, pai. - Ela falou com um sorriso enquanto ele colocava a joia em seu pescoço

Ryan: De nada, querida. - Beijou-lhe a testa

Laura: Linda Joia, Demetria. - Laura falou se aproximando dos dois com os braços cruzados, as duas nunca se deram bem. Laura sempre que podia alfinetava Demi e a comparava com o irmão que já era formado em administração, diferente de Demi que ainda nem sabia o que fazer da vida. - Mas eu não entendo o que você fez para merece-la, o que você fez de tão sério nada vida até hoje? Nada! - Ela falou brava - Ao contrário do seu irmão - Laura virou-se para Zac e sorriu, o sorriso de Demi sumiu, ela não entendia o porque que a mãe não gostava dela, quando era menor, Demi sempre tentava agradar a mãe mas parecia ser uma missão impossível, tudo o que Demi fazia se comparava com nada aos olhos de Laura.

Demi: Porque você não gosta de mim, mãe? Você nunca apoia minhas decisões, minhas escolhas, a senhora não apoia nada do que eu faço. Eu já estou farta dos seus julgamentos estúpidos. - Demi pegou sua bolsa em cima da espreguiçadeira e saiu andando rapidamente em direção ao hotel, as lágrimas rolavam em seu rosto, ela estava cansada daquela pressão, será que nem no México ela teria paz? Quando chegou ao hotel que estava hospedada, Demi entrou em seu quarto e se jogou na cama, não demorou muito para alguém bater na porta quando ela abriu se deparou com Zac. Ela ia fechar a porta mas Zac impediu com o braço. - O que você quer, Zac?

Zac: Eu preciso falar com você, é algo sério! - Ele disse nervoso e Demi cedeu passagem para ele adentrar no quarto, Zac suspirou e encarou Demi - Olha Demi, a mãe não te odeia.. é só que... - Ele exitou em falar

Demi: Ela não me odeia? Você fala isso porque é o protegido dela, tudo o que você faz agrada ela, diferente de mim, eu posso mover céus e montanhas e ela não estaria satisfeita. - Demi limpou as lágrimas que desceram pelas suas bochechas rosadas, ela não queria ser vulnerável na frente dele.

Zac: Olha Demi, você precisa saber de uma coisa. - Ele falou sério - Apesar de tudo você é minha irmã, quando eu descobri eu falei pra mamãe contar mas ela não quis, o papai disse que isso não faria diferença alguma mas você precisa saber, você tem esse direito...

Demi: Do que você está falando, Zac? - Perguntou confusa

Zac: Demi, você é adotada. - Demi arregalou os olhos - Você foi adotada ainda quando era bebê - Naquele momento o mundo de Demi caiu, suas pernas começaram a tremer e sua garganta secou, ela sentou na cama e enterrou seu rosto nas mãos. Zac tentou acalma-la mas Demi o expulsou do quarto, aquele era o real motivo de Laura trata-la com tamanha diferença, era por isso que Laura preferia Zac.


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Depois de se acalmar, Demi levantou da cama e foi até o guarda roupa e colocou todas as suas roupas dentro de uma mochila, ela pegou o mapa que tinha para visitar os pontos turísticos da cidade e saiu do quarto. Caminhou até uma estação de trem, foram 15 minutos à pé, ela pegou o trem e não fazia ideia para onde estava indo, agora iria fazer o que quisesse, estava cansada de tentar ser a filha perfeita. Depois de três horas rodando sem rumo, Demi sentou num banco que havia numa praça, tinha um lago em frente ao banco e ela ficou ali encarando a família de patinhos, as lágrimas voltaram a rolar pelo seu rosto, será que nem longe deles aquela pressão iria passar?

Wilmer: Hola! - Wilmer estava observando Demi à algum tempo e percebeu que a garota não estava bem, então se aproximou lentamente e sentou do lado dela. 

Demi: Oi. - Demi virou o rosto secando suas lágrimas

Wilmer: Temos uma Americana aqui? - Demi sorriu e assentiu 

Demi: Você também é Americano?

Wilmer: Não sou Latino, mas vivi por muitos anos em Los Angeles. 

Demi: Sou de Nova York. - Wilmer sorriu 

Wilmer: Sou Wilmer, prazer em conhecê-la. 

Demi: Sou Demi. - Demi sorriu e apertou a mão do rapaz com um sorriso 

Wilmer: Está tudo bem, Demi? Você parece meio triste - Demi suspirou. 

Demi: Estou me sentindo meio perdida mas eu sempre me senti assim, então tanto faz. - Deu os ombros 

Wilmer: Se quiser desabafar, eu estou aqui, dizem que eu sou um bom ouvinte. - Demi sorriu e voltou a encarar a família de patinhos. Alguns minutos depois Demi estava com a cabeça encostada no peito de Wilmer, ela havia desabafado com ele e ele dizia as palavras que ela precisava ouvir. Wilmer alisava as costas dela e Demi o abraçava pelos ombros


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As semanas foram passando e se transformaram em meses, Demi e Wilmer estavam juntos à cinco meses, Wilmer acolheu Demi em sua casa e eles acabaram se apaixonando algumas semanas depois, Wilmer era um cara livre, explorador, ele viajava pelo mundo apenas com uma mochila nas costas, ele gostava de conhecer coisas novas, culturas novas, isso encantava Demi de alguma maneira e a garota de 19 anos acabou aceitando a proposta de viajar com ele pela América Latina.

Cinco meses haviam se passado e Demi não havia ido atrás da família, apesar de sentir falta deles, principalmente de seu pai, ela havia mandando algumas mensagens e feito algumas ligações durante esse período mas nada que desse para matar a saudade. Demi e Wilmer já haviam conhecido lugares incríveis pela América Latina, agora estavam na Argentina, eles estavam hospedados em uma pensão.

Demi havia acabado de sair do banheiro, ela havia colocado todo seu café da manhã pra fora, os enjoos matinais estavam acontecendo há uma semana. Depois de escovar os dentes, ela desceu até a cozinha para procurar um remédio para enjoo, ela estava mexendo nos armários da cozinha quando a dona da pensão chegou.

Helena: Posso ajudar em algo, querida? - Ela me perguntou com um sorriso simpático no rosto.

Demi: É.. eu estou procurando um remédio para enjoo - Demi sorriu fraco e Helena caminhou até o armário

Helena: Está se sentindo enjoada? Comeu alguma coisa que não te fez bem? - Perguntou enquanto procurava o remédio

Demi: Estou me sentindo assim faz alguns dias, estou tendo mais enjoos matinais e...

Helena: Querida, será que você não está grávida? - Ela perguntou com um sorriso no rosto e Demi arregalou os olhos

Demi: Grávida? Não... não é... - Demi lembrou que estava atrasada, céus! - Oh meu Deus! - Levou a mão até a boca, e sentou numa cadeira quando sentiu suas pernas tremerem.

Helena: Eu vou à farmácia comprar um teste de gravidez, não se desespere antes do tempo. - A senhora saiu apressada e Demi apoiou a cabeça na mesa, se ela estivesse grávida o que seria dessa criança? Nem uma casa fixa ela tinha, ela não tinha nada para oferecer para aquela criança. Não demorou muito e Helena voltou despertando Demi de seus pensamentos, Demi fez o teste e esperou cinco minutos, foram os cincos minutos mais longos da sua vida, o negócio começou a clarear, e céus ela estava grávida! As lágrimas não demoraram pra descer, Helena a abraçou e lhe deu os parabéns, Demi sorriu, ela carregava uma criança em seu ventre, ela e Wilmer nunca haviam conversado sobre filhos mas ele iria apoia-la. Ele sempre a apoiava, sempre a ajudava e agora não seria diferente.


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Dois dias se passaram e Demi ainda não havia contado para Wilmer sobre sua gravidez, sempre que ia contar algo atrapalhava ou ela desistia, agora eles estavam indo ao aeroporto, eles iriam comprar passagens para o Brasil, mas Demi estava se sentindo sufocada em guardar aquilo para si. Os dois estavam caminhando no aeroporto de mãos dadas quando Demi parou bruscamente e Wilmer olhou pra ela sem entender.

Demi: Eu preciso te contar uma coisa. - Demi mordeu o lábio inferior

Wilmer: Tem algo errado, amor? - Ele perguntou cruzando os braços

Demi: Eu estou grávida. - Wilmer estava sério, sem nenhuma expressão no rosto e isso já estava preocupando Demi

Wilmer: Grávida? - Ele falou depois de longos segundos em silêncio, Demi assentiu e ele colocou a mão na cabeça - Nós não temos nada Demi, como você deixou isso acontecer?

Demi: Eu deixei isso acontecer? Eu não fiz esse filho sozinha, Wilmer.

Wilmer: Você já ouviu falar de pílulas? Você me disse que tomava.

Demi: Eu tomava Wilmer, mas eu tive que trocar porque aqui na Argentina não vende as mesmas pilulas que vende no Peru. - Demi falou como se fosse óbvio

Wilmer: Você não pode continuar com isso. - Demi arregalou os olhos sem acreditar no que estava ouvindo, apesar do pouco tempo ela já havia se acostumado com a ideia e estava gostando.

Demi: Eu não vou abortar, Wilmer. - Negou com a cabeça.

Wilmer: Demetria nós não temos nem condições de nos manter direito, imagine uma criança. Não dá pra seguir assim.

Demi: Então siga sozinho Wilmer, eu não vou abortar meu filho - Demi colocou os braços em volta da barriga num ato de proteção - Wilmer encarou Demi por longos minutos antes de dar as costas e ir embora como se nem a conhecesse. As lágrimas desciam descontrolavelmente pelo rosto de Demi, o homem no qual ela mais confiava estava a abandonando. Demi gritou por ele mas ele fingiu não ouvir, as pessoas passavam por ela e a olhavam como se ela fosse uma louca.

Demi sentou no chão do aeroporto e se abraçou, encostou a testa nos joelhos e chorou, ela se sentia sozinha, perdida e usada. Depois de algumas horas Demi suspirou e sentiu seus olhos pesarem, ela já não tinha mais lágrimas, Demi levantou e colocou as mãos no bolso do sobretudo preto que usava, ela sentiu alguns papeis no bolso e quando retirou era o dinheiro das passagens que eles haviam ido comprar. Demi foi até a bilheteria e comprou uma passagem para Nova York.

Depois de dez horas de voo e Demi estava desembarcando no aeroporto de Nova York. Ela via as pessoas correrem para suas famílias ou namorados e sentia seu coração se contorcer, será que seus pais iam aceita-la de volta? Ela procurou por um orelhão e discou o número de Zac. Demi pediu para Zac ir busca-la no aeroporto, ele ficou sem entender direito mas foi busca-la. Demi sentou num dos bancos de espera do aeroporto, e quando viu Zac procurando por ela na entrada, Demi correu até ele e o abraçou, as lágrimas não demoraram para voltar.

Zac: Demi o que aconteceu? - Ele me perguntou preocupado enquanto acariciava o cabelo da irmã

Demi: Por favor Zac me ajuda, eu estou grávida. - Demi disse sem parti o abraço

Zac: Grávida? - Ele perguntou abismado - Céus, Demetria!

Demi: O papai vai me matar. - Demi separou o abraço e secou as lágrimas com a manga do sobretudo.

Zac: Eu acho melhor você esconder a gravidez, você sabe que a mamãe pode fazer sua vida um inferno e eles iriam te expulsar de casa.

Demi: Você promete não contar pra eles? - Demi pediu soluçando

Zac: Claro, será o nosso segredo. - Ele sorriu, havia algo diferente no sorriso dele mas Demi estava com muitos problemas para se preocupar com aquilo.



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Nove meses haviam se passado, Laura e Ryan não desconfiavam da gravidez de Demi, a garota escondia com roupas largas, evitava sair do quarto quando eles estavam em casa e passava a maior parte do tempo deitada com várias cobertas, o fato de ser magra também a ajudava pois a barriga não havia crescido muito, mas agora estava com nove meses de gravidez e a criança podia nascer a qualquer momento, ela não podia mais continuar ali. Ela havia preparado uma mochila com algumas roupas dela e umas roupas de bebê que havia comprado escondida. Demi saiu de seu quarto lentamente para ninguém desconfiar, era nove horas da manhã e seus pais provavelmente estavam no hospital. Demi estava passando pela sala quando Ryan e Laura entraram na sala, Laura olhou diretamente para a barriga de Demi e arregalou os olhos.

Andrea: Não acredito que você está fugindo de novo, Demetria. Olha só pra ela, David. Ela está grávida, sua filha de 19 anos está grávida! - Laura gritou irritada, Ryan olhou pra Demi, ele estava decepcionado

Ryan: Eu sabia que havia alguma coisa errada, Demetria - Ele disse colocando a mão na cabeça -Você é uma grande decepção, como você pode fazer isso com sua família? Olha a vergonha que você está colocando em nossa família. - Ele falou com desgosto, Demi limpou as lágrimas que desceram pelo seu rosto, agora ela não tinha motivos pra ficar naquela casa. Ryan gritou e colocou a mão no coração, Demi olhou para trás e viu seu pai caído no chão. Demi correu até a rua e pegou um táxi. Pediu para leva-la até o centro de Nova York, e trinta minutos depois ela estava lá.

Demi estava zanzando pelo centro de Nova York à mais de dez minutos, as pessoas iam e vinham rapidamente, sempre apressadas, já passava das dez da noite e ainda sim o centro estava lotado, Demi sentiu a barriga roncar e entrou num bar que também era um restaurante, ela sentou numa mesa e fez o pedido. Enquanto aguardava o pedido chegar, Demi sentiu a barriga doer, ela passou a mão pela barriga e sentiu algo líquido descer entre suas pernas, ela começou a se desesperar e correu para o banheiro. Havia uma mulher limpando o banheiro quando Demi chegou desesperada no banheiro

Lily: Aconteceu algo? - Perguntou preocupada ao ver Demi soando

Demi: Meu filho... meu filho vai nascer. - Demi gritou desesperada e a mulher arregalou os olhos, ela se aproximou e levantou o vestido que Demi usava - Liga pro Health Hospital meu pai é o diretor de lá. - Pediu fechando os olhos

Lily: Não vai dar tempo, ele vai nascer. - Lily disse desesperada, ela pediu para Demi deitar ali no chão, em cima dos jornais que ela havia posto no chão e Demi deitou, afinal não tinha escolha! Ela abriu as pernas de Demi e a garota começou a empurrar, alguns minutos depois o choro da criança ecoou pelo local e Demi sorriu. A mulher segurava o bebe com lágrimas nos olhos e um sorriso. Lily enrolou a criança em seu casaco de lã e deu o bebê para Demi segurar, ela olhou para sua garotinha, era uma menina, sua menina.

Lily: Eu vou ligar para uma ambulância - Demi assentiu e ela saiu, Demi pegou o colar de bailarina que seu pai havia dado nas férias de Cancún que colocou na sua filha. Alguns segundos depois, tudo o que Demi viu foi uma escuridão. Ela tentou manter os olhos abertos mas não conseguiu.


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Zac havia seguido Demi até o bar que ela tinha ido, quando adentrou no banheiro, encontrou Demi desmaiada no chão e arregalou os olhos, céus, ela tinha morrido? Ele pegou a criança no colo e a encarou, a criança tinha os olhos azuis igual os de seu pai, será que Demetria era mesmo adotada?Aquela criança poderia trazer muitos prejuízos à ele. Ryan sempre deixou claro que no futuro um de seus filhos assumiria seu lugar na presidência do Hospital e ele temia que fosse Demetria, já que ela era a filha favorita de Ryan, Zac queria a presidência mais do que tudo, ele havia batalho muito para conseguir e não iria desistir por nada, faria de tudo para tê-la, agora que Demi estava morta, ele não duvidava nada que Ryan deixaria a criança crescer e se formar para dar a presidência para a pequena criança. Zac bufou irritado e saiu do banheiro com a criança nos braços, estava tendo uma briga no restaurante e isso ajudou para que Zac saísse sem ser notado por ninguém, ele colocou a criança no banco do passageiro do carro e dirigiu por alguns minutos sem rumo, Zac soava frio mas não iria desistir, já tinha chegado até ali. Ele estacionou o carro numa rua escura e pegou a criança no colo, a pequena resmungava algumas vezes em seu colo e isso estava deixando-o ainda mais nervoso, ele entrou num beco e encontrou uma caçamba, com cuidado ele colocou a criança em cima de um saco plástico preto e sem olhar para trás voltou apressadamente para o carro. 


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Joe havia saído do hospital sem rumo, havia acabado de presenciar a morte de seu filho e de sua esposa, ele estava devastado, queria morrer também! Ele estava andando sem rumo pelas ruas de Nova York quando sentou em frente à entrada de um beco e apoiou o cotovelo nos joelhos, o que seria da sua vida agora sem as pessoas que ele mais amava? Um choro ecoou pela entrada do beco e ele levantou a cabeça pensando ter ouvido errado. A rua estava escura e não havia ninguém na rua. O choro parecia ficar cada vez mais forte, Joe levantou e foi se aproximando do choro, o choro vinha de uma caçamba de lixo. Quando ele se aproximou da caçamba viu um bebê enrolado apenas num casaco de lã fino, a criança chorava e se contorcia em cima dos sacos de lixo, ele olhou em volta pra ver se via alguém mas ele estava sozinho naquela rua, ele pegou a criança com cuidado e sentiu as lágrimas descerem pelo seu rosto, quem seria o monstro que havia feito isso com uma criança indefesa? A pequena encarou Joe com os olhos curiosos e cessou o choro, Joe sorriu e caminhou com a criança até sua casa, Deus havia dado mais uma chance à ele.


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Demi estava no hospital de seu pai tomando transfusão de sangue pois ela havia perdido muito sangue. Ela ainda estava desacordada, Laura estava no hospital desesperada pela filha, ela encontrou o Doutor Max, clínico geral do hospital e amigo da família. Ela correu até ele e começou a implorar por noticias.

Gabriel: Senhorita Lovato, peço para que a senhora se acalme.

Laura: Doutor, minha filha quase morreu eu preciso de notícias dela. Eu preciso vê-la - Laura disse desesperada

Gabriel: Venha, eu vou leva-la para vê-la. Mas por favor mantenha a calma. - Os dois caminharam pelo longo corredor do hospital até chegarem no quarto que Demi estava internada, Laura se aproximou de Demi e acariciou a bochecha da filha.

Laura: Ela vai ficar bem? - Perguntou com os olhos marejados

Gabriel: Sim, ela vai ficar bem. Mas devo lhe dizer que foi por muito pouco, ela perdeu muito sangue.

Laura: Doutor Max e a barriga? - Laura perguntou se referindo ao bebê.

Gabriel: Demetria teve o bebê. Óbvio que foi um parto difícil, pois ela não teve os cuidados que eram necessários durante a gravidez e teve uma hemorragia durante o parto

Laura: E a criança? Eu quero conhecer, aonde ela está?

Gabriel: Nós não temos notícias da criança. - Laura arregalou os olhos, como isso era possível?

Laura: Como não? - Perguntou desesperada

Gabriel: A criança desapareceu!



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Três dias havia se passado e Demetria finalmente havia acordado, quando ela abriu os olhos viu sua mãe sentada ao seu lado. Ela sentiu uma dor de cabeça mas tentou ignorar. - Mãe? - Ela chamou pela mãe ainda com os olhos fechados

Laura: Oi querida! - Se aproximou e segurou a mão da filha.

Demi: O que aconteceu? - Ela perguntou sem entender muito bem o que havia acontecido, ouviu sua mãe respirar pesadamente.

Laura: Eu vou dizer em poucas palavras, você deu à luz num bar de quinta categoria no centro de Nova York! - Um flashbak veio na cabeça de Demi e ela sem lembrou do que havia acontecido

Demi: Eu me lembro - Sorriu - É uma menina! Cadê ela? Eu quero pega-la no colo, eu quero vê-la - Demi disse com um sorriso no rosto, Laura abaixou a cabeça e não conseguiu conter as lágrimas.

Laura: Minha querida.- Laura suspirou - Eu nem sei como dizer isso mas sua filha desapareceu.

Demi: Desapareceu? - Ela olhou para mãe com lágrimas nos olhos - Como assim? Como assim minha filha desapareceu? - Ela começou a se desesperar

Laura: Quando os paramédicos chegaram no bar, não havia nenhuma criança no banheiro, ela havia desaparecido. Estamos tentando procura-la, já fomos até a polícia e eles estão tomando as providencias e tem mais uma coisa: seu pai está na UTI, depois daquela briga entre nós, ele teve um infarto mas já está tudo bem.

Laura: Calma Demi, vai ficar tudo bem! - Demi começou a chorar - Calma querida.

Demi: Calma? Não é sua filha que está desaparecida, sai daqui. - Demi fechou os olhos quando sentiu uma pontada na cabeça.

Laura: Querida...

Demi: Sai daqui - Pediu pausadamente, quando Laura fechou a porta, Demi colocou as mãos no cabelo e começou a chorar, aquilo não podia estar acontecendo. Ela socou a cama desesperada, porque tinha que acontecer isso logo com ela? Tudo o que ela queria era sua garotinha ao seu lado, era pedir muito?

Algumas horas depois quando se acalmou, Demi se levantou da cama com um pouco de dificuldade e caminhou pelos corredores até encontrar o quarto que seu pai estava, quando entrou seu pai estava assistindo TV e sorriu quando a viu.

Ryan: Demi. - Ao escutar esse nome Laura acordou e levantou da poltrona que estava dormindo

Demi: Quando eu acordei me disseram que você estava mal e eu quis te ver. - Ela deu um sorriso fraco

Laura: Minha filha você não deveria estar de pé e eu também acho que não é hora de você encher a cabeça do seu pai. - Laura segurou a mão de Ryan

Ryan: O que aconteceu? Eu quero saber! - Demi não se segurou e começou a chorar

Demi: Eu tive a criança pai. Eu a tive num bar - Demi respirou fundo tentando conter as lágrimas mas não conseguiu - Mas a minha menina sumiu. Quando me acharam não tinha sinal da minha filha, pai.

Ryan: Demi minha filha, isso não é possível! E o pai?

Laura: O pai é um cafajeste, pilantra que Demi arrumou.

Demi: Pai me desculpa por tudo o que eu fiz - Ela pediu chorando - Eu sei que eu errei, te dei desgosto mas me desculpa. Eu prometo que assim que eu sai daqui eu vou começar minha faculdade de medicina! - Laura sorriu - Pediatra, eu vou ser pediatra. Em nome da filha que eu perdi mas que eu tenho certeza que um dia eu vou encontrar, eu vou encontrar minha menina! - Ryan puxou a filha e a deitou em seu peito

Ryan: Você vai encontra-la meu amor - Beijou o topo da cabeça da filha

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Ei pessoal, tudo bom com vocês?
Eu não gostei muito do prólogo, eu reescrevi ele de várias maneiras mas no final sempre ficava do mesmo jeito.
Isso é mais ou menos um resumão pra vocês entenderem a história
Muitas coisas ficaram em aberto mas elas vão ser esclarecida ao logo da fanfic.
Estou muito feliz com os comentários e espero que eu tenha suprido as expectativas de vocês com esse prólogo.
Eu prometo voltar o mais rápido que eu puder, eu voltei a estudar e estou com medo de ficar sem tempo pra escrever mas vou fazer o possível pra não demorar.
Fiquem com Deus, espero que gostem,
Bjss <3

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2 comentários: