24/03/2019

45. Brothers


DIA SEGUINTE

Thomas estava no táxi em direção ao centro de Los Angeles aonde ficava a empresa Mayer. Não estava um dia quente em LA, estava nublado como a maioria dos dias em que ele esteve na cidade, porém as mãos suavam como se estivesse enfrentando um calor de quarenta graus. O que ele faria quando estivesse frente à frente com o irmão? O que ele falaria? Diabos, talvez aquela havia sido uma péssima ideia, se fosse chutado da empresa e o pai descobrisse? Ele estaria morto. — Chegamos, rapaz. — O motorista, de aparentemente quarenta e poucos anos disse olhando para trás. O trajeto havia sido tão rápido, Thomas fitou o prédio enorme e respirou fundo, tirou os trocados que seu pai havia lhe dado e entregou para o motorista, recebeu o troco e agradeceu saindo do carro.

O prédio da Mayer era enorme e aparentemente muito luxuoso, havia dois seguranças monstruosos na entrada do prédio e ele achou que seria barrado ali mesmo, porém conseguiu entrar no prédio mesmo com a cara de poucos amigos dos seguranças. Ele definitivamente não estava vestido adequadamente para estar naquele local, a calça jeans estava surrada e a blusa xadrez vermelha e preta estava toda amassada e nos pés um par de coturnos pretos desamarrado, o fone de ouvido estava em volta do pescoço e ele segurava o celular na mão.

Thomas respirou fundo e encarou o térreo atentamente, ele não teria acesso ao elevador por causa das catracas que só era liberada para quem tinha crachás de acessos. O que faria? Encarou a mulher da recepção e caminhou até lá. — Boa tarde. — Disse apoiando as mãos na bancada da recepção, a mulher era tão elegante que ele sentiu as bochechas corarem porque comparando as pessoas que trabalhavam ali, ele estava parecendo um mendigo.

— Boa tarde, como posso ajuda-lo? — Perguntou de forma simpática encarando o menino.

— Eu estou procurando Joe Jonas. — Falou sem jeito encarando os olhos azuis da mulher loira em sua frente.

— De qual departamento? — A recepcionista perguntou digitando algo em seu computador. A Mayer era uma empresa grande e que tinha vários departamentos, ela não conseguia lembrar de todos apenas por nomes. Joe Jonas trabalhava com o que? Talvez ele devesse ter stalkeado melhor pelo Facebook.

— Eu não sei. — Murmurou desanimado. — Eu sei que parece estranho, mas ele é meu irmão e eu queria conversar com ele. — A mulher o olhou desconfiada e ele passou a mão pelo cabelo. — Quer dizer, eu não sei se ele é meu irmão mesmo, eu descobri sobre ele faz poucos dias e... eu tenho uma foto dele. — Falou mostrando uma foto de Joseph que ele havia tirado print do Instagram.

— Joseph Jonas. — A recepcionista disse assentindo. — Ele trabalha no departamento de engenharia. — Falou para o menino e fitou a hora na tela do computador. — Provavelmente ele não está aqui no momento, ele sempre sai para almoçar esse horário. Se você quiser, pode aguardar por ele naquelas cadeiras, mas não é certeza que ele passe por aqui porque ele geralmente entra pelo estacionamento.

— Certo, acho que vou esperar e tentar a sorte. — Sorriu e caminhou até o banquinho que a moça havia indicado para ele sentar-se.

— Se nós continuarmos desse jeito eu vou acabar virando uma bola. — Demi disse quando o namorado estacionou o carro na vaga do estacionamento da empresa. Eles haviam acabado de voltar do almoço e Demi sentia a barriga estufada, como o prometido, Joseph havia comprado um pedaço de bolo de chocolate com morango para ela de sobremesa e ela veio todo o caminho saboreando a fatia do bolo.

— Sinto que eu preciso voltar a fazer exercícios se não vou acabar perdendo todos os meus músculos. — Demi olhou para os braços do namorado na camiseta preta que ele estava vestindo e umedeceu os lábios. Joe se desfez do cinto de segurança e empurrou o banco do motorista para trás para que pudesse relaxar, ainda falta quinze minutos para o horário de almoço deles acabarem.

— Para mim você está ótimo. — Demi comentou também se desfazendo do cinto de segurança. — O bolo estava uma delicia e eu estou extremamente satisfeita, estava do jeitinho que eu havia imaginado. — Suspirou satisfeita pensando na fatia generosa de bolo que havia comido e isso porque ela teve que dividir um pedaço com Alana.

— Fico feliz que você e o Arthur estejam satisfeitos. — Demi o mataria. Ela cerrou os olhos o encarando e o acertou com tapas no braço. Joe adorava pirraça-la e provoca-la porque era engraçado vê-la irritada, sem contar que ela ficava a coisa mais fofa do mundo quando estava brava.

— Você é tão ridículo, Joseph. — Falou revirando os olhos. — Não tem bebê nenhum, você mesmo ouviu da boca do ginecologista. — Na parte da manhã eles foram até o ginecologista apresentar o resultado dos exames que Demi havia feito algumas semanas atrás, estava tudo certo com a saúde dela, o único problema era que ela teria que trocar seu método contraceptivo porque o anticoncepcional estava aumentando sua pressão. E felizmente não havia nenhum bebê na sua barriga.

— Estou brincando, meu amor. Eu sei que agora não é o melhor momento para termos outro bebê. — Falou se inclinando para conseguir beija-la na bochecha. Demi acariciou o cabelo dele com as mãos e fitou os olhos esverdeados.

— Nem agora e nem tão cedo. — Falou dando um selinho nos lábios dele e Joe não disse nada. Ela sabia que ele queria muito outro bebê e que às vezes ficava tristonho quando ela dizia que não teria outro filho, Demi o entendia, mas não tinha planos para ter outro filho tão cedo, e Joseph também a entendia. — Amor... — Murmurou quando Joseph deu um selinho no pescoço dela e depois nos lábios. Quando os lábios dele estavam sobre os seus ela até perdia o rumo dos pensamentos. Joe a tocou no final da cintura, um pouco acima do bumbum e finalizou o beijo com um selinho demorado.

— Você ficou linda com esse vestido. — Demi estava vestindo um vestido cinza que ia até acima dos joelhos e um sobretudo preto para combater o vento gelado que soprava. O vestido não revelava muita coisa, mas ele gostava de ver as pernas bonitas da namorada. Demi ajeitou o moletom do namorado e sorriu dando um selinho nos lábios dele.

— Kristen nos chamou para jantar sábado a noite. O que acha? Nós poderíamos levar Lana no cinema de tarde para assistir como treinar o seu dragão 3 e depois nós vamos jantar. — Falou acariciando a barba dele.

— Por mim tudo bem, anjo. — Demi o tocou na bochecha quando ele encostou a cabeça em seu ombro, fechando os olhos e bocejando, depois do almoço sempre batia aquele sono. — Eu vou para qualquer lugar com você.

— Nós precisamos voltar, nosso horário de almoço está acabando. — Ela disse e riu quando Joe fez uma careta de descontentamento, estava tão bom ficar ali com ela. Demi foi a primeira a abrir a porta do carro para sair, ela riu quando Joe lhe de um tapinha no bumbum e fechou a porta do carro. — Não se esqueça que hoje nós vamos sair duas horas mais cedo. — Demi o lembrou entrelaçando suas mãos. Eles iam sair mais cedo para que pudessem assistir a aula de balé de Alana, uma vez em cada três meses os pais iam assistir as aulas dos filhos para ver o desenvolvimento das crianças.

— Eu não vou esquecer. — Disse adentrando no elevador. — Eu passo na sua sala quando eu estiver saindo, tudo bem? — Demi assentiu com a cabeça e bocejou o abraçando pela cintura.

— Você tem alguma reunião hoje? — Demi perguntou levantando a cabeça para encara-lo. Joe negou com a cabeça e tocou o rosto da namorada com as duas mãos admirando como ela tinha um rosto delicado e de menina, a maquiagem fraca dava um realce bonito no rosto dela. — Posso passar na sua sala mais tarde para trabalharmos juntos?

— Você é muito bem vinda na minha sala, linda. — Sorriu de lado e deu um beijinho no nariz dela. — Inclusive, eu sei de um lugar lá no andar que dá pra gente aproveitar bastante, se é que me entende. — Ainda bem que eles estavam sozinhos no elevador. Demi riu e negou com a cabeça porque estava fora de cogitação transar com Joe na empresa.

— Nada disso, sossega o seu faixo, você está impossível ultimamente.

— O que eu posso fazer se você é muito gostosa? — Falou no ouvido dela a encostando na parede do elevador para que pudesse levar a mão até o bumbum dela para apertar por dentro do sobretudo. Demi riu e o empurrou quando o elevador parou.

— Se comporta, Jonas. — Deu um selinho nos lábios dele e arrumou o cabelo. — Até daqui a pouco. — Disse quando a porta do elevador abriu no andar em que ela trabalhava. Demi virou sorrindo para o namorado e caminhou até a mesa de Bella para conversar brevemente com a garota.

Quantas horas Thomas estava sentado naquela cadeira? Mais de duas horas, o bumbum já estava doendo e o celular perto de descarregar porque ele já havia ouvido o todas as playlists do spotify. Thomas observou a recepcionista distraída conversando com um rapaz e observou uma mulher morena que adentrava tão apressada que nem percebeu quando o crachá dela caiu no chão. Aquele era o momento perfeito. Ele caminhou tranquilamente até onde o crachá estava caído, olhou para os lados, pegou o crachá do chão e passou pela catraca, pediu para segurarem o elevador e adentrou rapidamente.

Será que ele poderia ser preso por invasão ou qualquer outra coisa parecida? Deus que o perdoasse e que não deixasse isso acontecer porque se acontecesse novamente, seu pai ficaria louco. A primeira vez aconteceu porque ele foi pego com documento falso em uma festa proibida para menores de vinte e dois anos e ainda estava usando maconha. Seu pai quase o matou e o xingou dos piores nomes que existia. — Com licença, você pode me dizer em qual andar fica o departamento de Engenharia? — Perguntou para um rapaz que estava no elevador junto com ele.

— Décima segundo andar. — Falou e ele agradeceu apertando o botão indicado pelo elevador. Aguardou silenciosamente enquanto nos fones de ouvido tocava Otherside da banda Red Hot Chili Peppers, uma das suas bandas favoritas. Quando as portas do elevador se abriram no décimo segundo andar, ele respirou fundo e tirou os fones guardando no bolso junto com o celular, ele caminhou até a secretaria que tomava conta do andar e a cumprimentou educadamente.

— Eu preciso falar com Joe Jonas. — Disse se sentindo mais nervoso do que o normal. Será que ele seria bem recebido? Será que Joseph o xingaria e chamaria a polícia para ele? Era tantas possibilidades que sentia a palma da sua mão suar só de imaginar.

— Você tem hora marcada? — Perguntou educadamente e Thomas negou com a cabeça. — Você é algum cliente? — Negou novamente. — Você quer fazer algum orçamento? — A secretária perguntou com o cenho franzido porque o menino não se encaixava em nenhuma das opções que ela dava. — Qual é o seu nome?

— Thomas.

— Certo, eu vou ver se ele autoriza a sua entrada, só um minuto, o.k? — Thomas assentiu com a cabeça se sentindo ansioso para ver o irmão. O celular dele tocou e quando viu o nome do pai, recusou a chamada mesmo sabendo que levaria uma bronca quando chegasse no apartamento em que eles estavam ficando.

Joseph esticou os braços tentando vencer a preguiça que dava depois do almoço. Ele havia acabado de terminar um pequena reunião via Skype quando abriu o seu projeto que estava quase sendo finalizado, ele estava estudando o solo de um terreno onde iriam construir um pub. Joseph digitou a senha que abria os arquivos da empresa no computador e procurou pelo arquivo que precisava e estava salvo na rede.

O telefone da sua mesa tocou e ele atendeu sem tirar os olhos do computador, pelo número que apareceu no ramal ele sabia que era a secretária e até precisava conversar com ela para avisar que ela não precisava avisar quando Demi estivesse indo para sua sala. — Pode libera-la. — Joe disse quando a mulher disse seu nome, ele desligou o telefone porque estava focado no computador e anotando no bloco de notas o que precisava, quando bateram na porta ele estranhou porque Demi raramente batia na porta depois de liberada. — Entra.

— Joe Jonas? — Ao ouvir a voz masculina, Joe olhou para a porta e arregalou levemente os olhos sentindo o seu coração acelerar. Aquele era o seu irmão. Era o mesmo jovem que ele havia visto dentro do carro do seu pai.

— Sou eu, e você é? — Perguntou com a sobrancelha arqueada tentando não demonstrar como seu coração estava acelerado. O menino umedeceu os lábios e se aproximou de forma tímida.

— Sou Thomas Jonas. — Disse estudando Joseph atentamente. — Eu acho que nós somos irmãos. — Joe franziu o cenho sem saber muito bem o que fazer, ele queria ter laço com o irmão ou era apenas curiosidade de conhecê-lo? Deveria expulsá-lo dali ou ouvir o que o garoto tinha para dizer? Joseph indicou a cadeira em frente à sua mesa para o garoto sentar e juntou suas mãos em cima da mesa. — Eu te vi na cafeteria com o meu pai.

— Certo, e o que te faz pensar que ele é o meu pai? — Arqueou a sobrancelha encarando o menino de forma séria.

— Eu vi uma foto do meu pai com a sua mãe, Kelly Jonas. — Deu os ombros. — Meu pai já me contou que foi casado antes de casar com a minha mãe, ele disse que durou oito anos e que não tinha mais contato com o filho do primeiro casamento dele.

— Hmmm... e você acreditou? — Quanto mais descobria coisas sobre o pai, mas ódio Joseph sentia. Ele nunca iria entender como um homem podia ser tão ganancioso, mesquinho, egoísta e mau como o seu pai.

— É o que a minha mãe e ele diz, eu vi vocês dois na cafeteria e eu acho que ele está tentando entrar na sua vida, você não sente curiosidade em conhecê-lo? Ele é bem mandão, mas sempre foi um pai presente na minha vida. — Joseph riu de forma irônica e umedeceu os lábios se inclinando um pouco mais sobre a mesa. Era óbvio que Bruce mentiria para a outra família dele.

— Vamos lá. Eu realmente sou filho de Bruce Jonas, como você suspeita, e ao contrário do que ele te disse, o casamente entre ele e a minha mãe durou quase trinta anos. — Thomas o olhou de forma surpresa. — Eles estão em processo de separação faz pouco menos de três meses e é por isso que o seu pai está aqui na cidade. Eu e ele nunca nos demos bem, Bruce é um cara ganancioso que só pensa no seu próprio bem estar, sempre tivemos uma relação difícil, ele sempre controlou todos os passos da minha vida e depois que eu tomei a decisão de que iria viver a minha vida da maneira que eu bem entendesse, ele ficou ainda mais contra mim. Resumindo: nós nos odiamos e ainda sim, ele tenta me comprar, ontem nos encontramos porque ele queria me fazer uma proposta ridícula. — Era muita informação para um menino jovem processar e por isso Joe entendeu o silêncio que ficou entre eles.

— Ele disse que estávamos na cidade porque iria resolver alguns problemas do hospital.

— Bruce parece ser um bom pai para você e eu não quero estragar isso. Eu tenho certeza que ele não sabe que você está aqui, você deveria voltar para casa e fingir que isso nunca aconteceu. — Sugeriu sentindo-se mal por estragar a boa imagem que o irmão tinha do pai, o menino parecia ser um bom garoto e não merecia passar pelo mesmo que ele.

— Mas eu quero te conhecer. — Thomas disse olhando nos olhos do irmão mais velho. — Ele é um pai presente para mim, mas nunca me deixa fazer as coisa que eu gosto. Eu estou no segundo semestre da faculdade de medicina e eu odeio, eu gosto de andar de skate, de ir em festas, de desenhar... mas ele diz que é coisa de maloqueiro e que arte não leva as pessoas há lugar nenhum. — Joe entendia perfeitamente porque quando tinha seus dezoito, dezenove anos era do mesmo jeito.

— Eu também adorava andar de skate, sabia? — Disse mais relaxado. — Eu adorava ir às festas, dar festas, desenhar casas e prédios, e fumar muita maconha... — Falou a última frase baixinho fazendo Thomas rir e assentir.

— Fumar maconha é maneiro, ainda mais quando a brisa bate e você fica alto. — O menino disse com um sorriso no rosto porque parecia que ele e o irmão tinha muitas coisas em comum. — Eu já fui preso porque estava com maconha e identidade falsa, meu pai quase infartou do coração.

— Eu também já fui preso uma vez porque eu apostava racha durante a madrugada. Era divertido e eu sempre conseguia ganhar uns trocados.

— Eu não sei dirigir, meu pai sempre diz que só vai me deixar tirar a carta quando eu criar responsabilidade, então o motorista da família me acompanha para todo lugar que eu vou. — Resmungou mal-humorado.

— Você parece ser um bom garoto, Thomas. Não deixe Bruce estragar a sua vida como ele tentou fazer com a minha, ele me forçou a casar com uma pessoa que eu não amava só para conseguir a presidência do hospital, me forçou a fazer faculdade de medicina também... ele é um cara manipulador, você tem que viver a sua vida do jeito que você quer e acha certo.

— Você parece ser um cara maneiro, Joe. — Disse mais acomodado na cadeira, ele estava começando a se sentir à vontade na frente do irmão. — Quantos anos você tem e do que você trabalha? — Perguntou curioso observando as papeladas em cima da mesa de Joseph.

— Eu tenho vinte e sete anos e sou engenheiro civil, eu desenho e construo casas, prédios, estabelecimentos, faço reformas e mais um monte de coisas... — Sorriu para o irmão e mostrou seu projeto no computador para o menino entender um pouco melhor. — Agora eu estou estudando o solo de um terreno aonde vai ser construído um pub.

— Que irado. — Disse animado. — Você é casado? — Observou o porta-retrato que havia no canto da mesa dele, era uma foto da garotinha que ele havia visto no Instagram dele.

— Eu não sou casado no papel, mas tenho minha família. Tenho uma namorada, o nome dela é Demetria e ela é arquiteta, trabalha aqui comigo e temos uma filha de cinco anos, chamada Alana. — Mostrou a foto da filha para ele que sorriu observando a garotinha fofa na foto.

— Você parece ter uma família muito bonita. — Sorriu. — Um maconheiro que se deu bem na vida. — Brincou dando risada.

— Basicamente isso. — Joe confessou. — E você? Tem quantos anos?

— Eu tenho dezenove anos, estudo medicina contra minha vontade e não tenho filhos ou uma namorada.

— Nem uma ficante? — Joe perguntou curioso com um sorriso de lado nos lábios. Thomas sorriu envergonhado e negou com a cabeça. — Na sua idade eu ficava com várias ao mesmo tempo, você já ao menos beijou alguém?

— Claro que sim, eu estava ficando com uma garota da faculdade, mas o meu pai descobriu e me proibiu de vê-la, ele disse que meu foco tem que estar totalmente nos estudos se eu quiser crescer na vida e que garotas só tiram o foco dos nossos objetivos, o motorista dele fica no meu pé vinte e quatro horas por dia e por isso eu não posso fazer quase nada. Como você fazia para fugir e viver sua vida?

— Bom, eu não tinha um motorista vinte e quatro horas no meu pé, às vezes eu fugia durante a madrugada e ficava dias sem dar notícias de vida, ele era mais tranquilo porque tínhamos um contrato que beneficiava nós dois então eu não tinha muito para onde correr.

— Às vezes eu penso em fugir também, eu me sinto muito pressionado para estudar medicina e ser o melhor aluno da sala porque sou filho do Bruce Jonas. É um saco.

— A vida é muito curta para viver da maneira que as outras pessoas querem que você viva, bata de frente com Bruce, diga o que você quer, quais são as suas vontades, eu não sei como a sua mãe é ou como ela cria você, mas eu conheço Bruce e sei que você vai ser muito infeliz se viver a sua vida do jeito que ele quer.

— A minha mãe é a sombra do meu pai, ela sempre diz que ele sabe o que é melhor para nós. — Deu os ombros e Joseph balançou a cabeça, era incrível como Bruce conseguia manipular todas as mulheres com quem ele estava estava. — Ela nem sabe que eu estou aqui, eu disse para eles que iria conhecer a cidade e andar de skate.

— Você é bom com as manobras?

— Não é por nada não, mas eu sou muito bom. Você precisa ver, eu sou fera no kickflip, eu estou aprendendo a manobra 900º graus, é uma das mais difíceis, geralmente eu treino perto da pista da faculdade quando eu consigo fugir do Ronny. — O menino falava sobre as manobras que fazia com o skate com tanto amor que levou Joseph a sorrir de maneira nostálgica, eles tinham tanto em comum e Thomas era só um menino de dezenove anos que queria se divertir.

— Quando eu era mais novo eu conseguia fazer o darkslide, mas faz tanto tempo que não ando de skate que acho que não sei nem montar em um mais. — Riu, fazendo Thomas rir também.

— Nós podíamos andar de skate qualquer dia desses antes de eu voltar para Chicago, seria divertido e eu poderia te mostrar algumas manobras iradas que eu sei fazer.

— Eu saio da empresa às quatro, poderíamos marcar. Por aqui perto tem umas pistas maneiras, sempre vejo uma galera andando quando vou almoçar. — Eles passaram o restante todo da tarde conversando e descobrindo que tinham muito mais em comum do que imaginavam. Joseph não conseguia explicar o que estava sentindo, só sabia que estava feliz por conhecer o irmão e por saber que eles eram tão parecidos.

— Joseph, Demi pediu para avisar que está te esperando no estacionamento. — Será que Demi o xingaria? Eles haviam combinado de sair mais cedo para assistir a aula de balé de Alana. Joseph agradeceu a secretária e desligou o telefone checando a hora na tela do celular, havia duas chamadas perdidas da namorada e ele estava cinco minutos atrasado.

— Eu preciso ir, você quer uma carona até onde vocês estão ficando? — Joe perguntou guardando a carteira no bolso traseiro da calça jeans, arrumou o moletom e buscou pelas chaves do carro. — Eu estou indo assistir a aula de balé da minha filha. — Disse desligando o computador, ele sorriu para o irmão e os dois caminharam para fora da sala.

— Você tem um estilo da hora para quem trabalha como engenheiro, eu achei que você seria aqueles homens sérios e de terno, que falam formalmente. — Comentou adentrando no elevador ao lado do irmão. Joseph riu e negou com a cabeça, ele odiava usar roupas sociais.

— Eu uso terno quando tenho alguma reunião importante, sempre preferi vestir moletons e um boné despojado. — Encarou o celular. — Eu acredito que roupa não mede o profissionalismo de ninguém, entende? Eu posso ser um engenheiro que veste roupas rasgadas e trabalhar muito melhor do que um que veste ternos.

— Eu gosto da sua maneira de pensar. — A porta do elevador foi aberta no estacionamento e eles caminharam lado a lado conversando sobre coisas aleatórias, Demi estava encostada no carro do namorado falando ao telefone distraidamente. — Oi linda. — Sussurrou no ouvido dela, Demi se despediu da amiga e encarou o namorado com a sobrancelha arqueada. — Me desculpa pela demora. — Demi revirou os olhos e deixou que ele lhe desse um breve selinho nos lábios. Ela até daria um puxão na orelha dele, mas os olhos pararam em Thomas e ela encarou o menino com curiosidade, eles eram parecidos. — Amor, esse é o Thomas, meu irmão. Thomas, essa é Demi, minha namorada.

— Cara, sua namorada é muito gata! É um prazer conhecê-la. — Disse sorrindo de lado de forma galanteadora, fazendo Demi sorrir quando ele beijou sua mão.

— Olha o respeito, rapaz. — Joseph o alertou desativando o alarme do carro.

— Vocês são muito parecidos. — Comentou adentrando no carro quando Joe abriu a porta para ela, Thomas sentou no banco de trás e colocou o cinto de segurança. — Vocês se conheceram agora? — Perguntou curiosa fitando o namorado que havia acabado de entrar no carro, Joe assentiu colocando o cinto de segurança e ligou o carro.

— Eu meio que invadi a empresa hoje mais cedo. — Joe franziu o cenho e Thomas riu sem graça. — Ontem eu o stalkeei pelo instagram e pela localização de uma foto de vocês, eu descobri que ele trabalhava aqui. Eu estava curioso para conhecê-lo e vim aqui hoje, uma mulher perdeu o crachá e foi assim que eu consegui o acesso nas catracas, ah, devolva pra ela amanhã, por favor. — Coçou a nuca e entregou o crachá para Joseph que riu negando com a cabeça enquanto manobrava o carro para fora da empresa, ele buzinou para o segurança e saiu da empresa.

— Parece que vocês dois se deram muito bem. — Demi disse olhando para trás enquanto a mão estava levemente apoiada na coxa do namorado.

— Seu namorado é muito maneiro, nós gostamos das mesmas coisas, temos muito em comum e eu adorei conhecê-lo. — Falou animado olhando para o irmão mais velho. Joseph sorriu para Demi brevemente e voltou a encarar a estrada. — Vocês estão juntos há muito tempo?

— Não muito, estamos juntos há mais ou menos três meses, sem contar as idas e vindas...

— Entendi, mas vocês não tem uma filha de cinco anos? — Perguntou confuso.

— Sim, eu conheci o seu irmão com dezessete anos, nós ficamos três meses juntos e eu engravidei... é um rolo enorme, nossas famílias eram rivais e nós ficávamos escondidos, até que eu descobri que Joseph ia casar com outra menina por causa de um contrato e eu fui embora, nos reencontramos há pouco mais de seis meses e resolvemos tentar novamente.

— Uau, isso parece coisa de filme, mas vocês fazem um casal muito bonito, sem contar que você é muito linda, tipo muito mesmo, se eu tivesse uma namorada como você eu não olharia para nenhuma outra mulher. O Joe ganhou na loteria.

— Obrigada, Thomas. Você também é um rapaz muito bonito e aposto que tem muitas garotas loucas por você.

— Só é uma pena que o meu pai não me deixa ficar com elas, se não eu teria passado o rodo em geral. — Joseph gargalhou alto do jeito extrovertido do irmão e Demi riu balançando a cabeça, Thomas era definitivamente um Jonas. — Você não tem nenhuma irmã ou amiga para me apresentar? Poderíamos viver um amor de verão enquanto eu estou aqui em LA.

— Infelizmente não, Thomas. Todas as minhas amigas já estão comprometidas e eu não tenho irmãs.

— Cara, baixa o Tinder, você vai conhecer várias garotas bonitas por lá. — Joseph sugeriu e Demi arqueou a sobrancelha o olhando. — Aonde vocês estão ficando? — Perguntou para Thomas, que no momento que passou o endereço, o celular começou a tocar.

— É o meu pai. — Disse rejeitando a chamada porque sabia que ouviria um sermão julgando pelo tempo em que ele estava fora de casa. Demi olhou para Joseph preocupada, mas o mesmo não demonstrou nenhuma reação, continuou guiando o carro em direção ao local indicado pelo Thomas.— Me passa o seu número, cara. Assim a gente pode ir conversando. — Thomas pediu quando Joe estacionou o carro em frente ao prédio onde ele estava ficando com os pais. Joseph assentiu algum tempo depois observando o local e anotou seu número de telefone no celular do irmão. Eles se despediram e o jovem entrou no condomínio acenando para eles.

— Ele é divertido. — Demi comentou acariciando o cabelo da nuca de Joseph enquanto ele guiava o carro em direção à escola de balé da filha. — Vocês são parecidos. — Ela sorriu observando o namorado sorrir timidamente. — Como você está se sentindo?

— Eu não sei. Eu acho que eu estou feliz, ele é um bom menino e eu gostei de conhecê-lo. — Suspirou pensando na conversa que teve mais cedo com o irmão. — Nós somos muito parecidos, tanto fisicamente quanto na personalidade. Eu só fico triste porque do mesmo jeito que meu pai me tratava, ele trata o Thomas, ele cursa medicina porque meu pai o forçou, ele não pode ter uma vida social como qualquer garoto de dezenove anos tem porque o meu pai não deixa.

— Isso é muito triste, querido. Mas agora ele tem você, eu tenho certeza que um relacionamento entre vocês vai ser muito importante para ele, ele pareceu muito feliz por te conhecer, e eu tenho certeza que você também está animado para saber mais sobre ele.

— Eu estou. — Confessou sem conter o sorriso nos lábios. Lembrava-se muito bem de quanto tinha seus quinze, dezesseis anos e pedia para os pais por um irmão para brincar com ele e ensinar coisas da vida, sempre teve na cabeça que eles seriam melhores amigos. Agora mesmo ele sendo um homem adulto cheio de responsabilidades estava feliz por ter um irmão mais novo. — Nós vamos marcar para fazermos algumas coisas durante a semana, acho que vai ser divertido.

— Eu aposto que vai ser irado. — Riu imitando a gíria do irmão do namorado. — Só não sei se você vai conseguir acompanha-lo, sua idade não permite que você faça muita coisa, principalmente esforço físico. — Joe fez uma careta e encarou a namorada quando parou no sinal vermelho.

— Ah meu amor, ontem você teve a prova viva que eu ainda consigo fazer muito esforço físico, principalmente se for para te deixar louca. — Falou dando partida no carro com um sorriso malicioso nos lábios. Demi umedeceu os lábios quando cenas da tarde anterior passou pela sua mente, ela até sentiu o corpo arrepiar e quando olhou para os pulsos, eles ainda estavam um pouco avermelhados.


***

— Eu estava conversando com Selena, nós podíamos ir jantar no Nobu sábado à noite e de lá ir para uma balada, o que acha? Parece que o namorado da Selena chega na sexta-feira e ela quer nos apresentar. — Kristen comentou deitando-se na cama da melhor amiga, Batman subiu na cama e deitou ao lado da mulher ruiva que sorriu e acariciou o pelo do cachorro que até fechou os olhos com o mimo. Joseph e Alana estava na sala com Lucky esparramados no tapete da sala jogando vídeo-game. 

— Você está conversando com a Selena? — Perguntou com a sobrancelha arqueando a sobrancelha depois que saiu do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e outra no cabelo. Kristen umedeceu os lábios e revirou os olhos para a amiga. 

— Nós saímos ontem, ela me chamou para ir no shopping comprar um vestido para sábado. — Demi ficaria brava? Bom, a resposta estava óbvia quando a loira adentrou no closet com cara de poucos amigos enquanto procurava uma roupa para vestir. — Ah Demi, nos últimos dias você só fica com Joseph, Stella está viajando e eu precisava de uma amiga, Selena é muito legal e você deveria se aproximar mais dela, tenho certeza que Joseph vai ficar muito feliz. 

— Eu sou apenas uma pessoa. não tenho como me dividir em várias. Eu trabalho, faço faculdade, tenho uma família para cuidar e ainda tenho que cuidar da minha vida social, você sabe muito bem disso e não deveria me cobrar. E outra, Selena está tentando roubar a minha melhor amiga. — Resmungou emburrada vestindo a calcinha preta de algodão, ela jogou a toalha em cima de um puf e ficou na ponta dos pés para alcançar um short de moletom.

— Demi, nós já passamos dessa fase. — Revirou os olhos adentrando o closet da amiga. — Pode tirar essa carranca do rosto agora mesmo Demetria Lovato. — Deu um tapa no bumbum da amiga e sentou-se no puf. — Enfim, Selena é uma pessoa muito legal e divertida, nós comemos no Mc Donald's e ela disse que está muito animada para nos apresentar o namorado dela. Você vai, né? 

— E eu tenho escolha? — Perguntou arqueando a sobrancelha. Kristen negou com a cabeça e bocejou enquanto a amiga vestia uma camiseta larga do namorado. — Você também anda sumida, só quer saber de ficar com a Stella. — Disse puxando a amiga de volta para o quarto, buscou por uma escova de cabelo no banheiro e começou a desembaraçar o cabelo.

— Mentirosa. A minha namorada passa dias e dias viajando, a gente se ver mais nos finais de semana, nossas rotinas são muito diferentes e às vezes isso acaba nos atrapalhando, nós brigamos no começo da semana porque ela queria que eu viajasse para Nova York com ela, mas eu não posso simplesmente largar meus trabalhos aqui para viajar com ela. 

— Vocês estão bem?  

— Estamos, nós conversamos bastante e ela me entendeu. Relacionamentos são complicados, mas eu a amo tanto, sabe? Eu sinto que ela é a pessoa certa para mim e eu quero ter um futuro com ela. 

— Vocês são muito lindas juntas. — Demi sorriu e caminhou até o espelho do banheiro para pentear o cabelo para trás e guardar a escova e pendurar a toalha. 

— Nós somos mesmo. — Confessou com um sorriso orgulhoso e Demi deitou ao lado da amiga na cama, puxando o travesseiro que o namorado dormia para abraçar e cheirar. — E você e o bundão do seu namorado, como estão? — Kristen sorriu quando Batman suspirou entre o sono e ajeitou o travesseiro de Demi para se apoiar na cabeceira da cama. 

— Nós estamos perfeitamente bem. — Sorriu de olhos fechados. — Ele só está preocupado com a situação dos pais dele, e hoje ele conheceu o irmão dele. — Kristen franziu o cenho e Demi teve que resumir a história para a melhor amiga. — É complicado lidar com essas questões familiares. Família era para ser as pessoas que nós nos sentimos confortáveis para sermos nós mesmo, era para ser o lugar onde encontramos apoio e amor. — Suspirou. — Por isso eu prezo tanto em ter um relacionamento saudável com Joseph, quero que Alana tenha essa família, entende? Quero que ela saiba que pode contar com a gente para qualquer coisa, que ela possa confiar em nós e que se sinta a vontade para nos dizer o que quiser.

— Eu aposto que ela já se sente assim, você está criando-a da melhor forma que uma mãe pode criar uma filha, Alana vai ser uma garota forte e independente. — Demi sorriu e assentiu abraçando mais o travesseiro, era o que ela mais queria, ver a filha feliz sendo independente e forte. — Mudando completamente de assunto... como você está em relação ao Ryan?

— Eu desisti dele. — Disse encarando Kris nos olhos. — Eu tentei tantas vezes, mas o que ele me disse me magoou muito e eu lavei as minhas mãos. Não vale à pena eu ficar insistindo em uma pessoa que não quer mudar, um dia quando ele parar de agir como um adolescente rebelde de quinze anos a gente volte se falar.

— Depois que você saiu do quarto, nós brigamos e desde então estamos sem nos falar, ele disse coisas muito pesadas e eu não vou perdoa-lo enquanto ele não se desculpar com você. — Kristen sorriu fitando os olhos marrons da amiga. Elas poderiam brigar, ficar dias sem se falar, mas sempre protegeriam uma à outra, independente de qualquer coisa.

— Kris, eu amo tanto você. — Demi sorriu entrelaçando suas mãos.

— Eu também amo você, chata. — Elas se abraçaram fortemente e Demi beijou a bochecha da melhor amiga. — Agora vamos descer que eu estou faminta. Eu era recebida muito melhor antigamente, agora você só quer saber do bundão do seu namorado e não prepara nem um café para a melhor amiga.

— Céus, como você é dramática. Vamos descer, eu vou preparar panquecas e um suco bem gostoso para você. — Kristen sorriu e levantou da cama com um sorriso de orelha à orelha, ela abraçou Demi por trás e elas caminharam assim até o andar de baixo dando risada e falando coisas aleatórias.

Na sala, Alana estava deitada no tapete felpudo e tinha a cabeça apoiada nas costas de Lucky que dormir profundamente esticado no tapete, a garotinha estava assistindo desenho no tablet e Joseph estava sentado no sofá focado no jogo de futebol que ele estava jogando no vídeo game que havia buscado em seu apartamento dias atrás, eles estavam tão entretidos que nem notaram quando as meninas passaram para a cozinha.

— Você prepara as panquecas enquanto eu preparo o suco? — Demi perguntou buscando os ingredientes no armário. Kristen revirou os olhos mas assentiu porque sabia muito bem o motivo pelo qual Demi queria preparar o suco, era mais rápido e assim que terminasse ela poderia correr para ficar com Joseph. — Você está parecendo uma adolescente apaixonada. — Resmungou colocando a farinha de trigo em um recipiente.

— Eu estou muito apaixonada, Kris. É tão estúpido, eu só quero ficar agarrada à ele vinte e quatro horas por dia, é bom ficar deitada abraçada com ele, rindo de coisas estúpidas da internet ou conversando com a nossa filha, fazendo amor e até mesmo quando a gente discute é bom porque ele sempre dá um jeito de me mimar depois. — O sorrisão estampado nos lábios estava lá para comprovar. — Suco de laranja ou maracujá? — Perguntou mostrando as duas frutas.

— Maracujá para ver se acalma os seus hormônios de adolescente. — Elas riram. — Eu entendo você. Eu me sinto do mesmo jeito em relação à Stella, eu estou tão feliz por nós, Dem. A gente merece toda essa felicidade. — Demi sorriu assentindo cortando os maracujás.

Como era possível uma pessoa preparar tão rápido um suco de maracujá? Em menos de dez minutos o suco já estava pronto na jarra em cima do balcão e Demi estava sentada no sofá com os braços em volta de Joseph, o enchendo de beijinhos na bochecha. — Amor. — Demi o chamou manhosa tentando tirar a atenção dele do vídeo-game. Joseph sorriu quando ela o abraçou pelo pescoço, dando um beijinho na nuca dele e depois na bochecha.

— Oi coisa linda. — Joe pausou o jogo e a olhou. Ele sorriu e deixou o controle de lado para dar atenção para a namorada porque sabia que era capaz dela fazer um escândalo caso ele a deixasse de lado para jogar vídeo-game. Demi sorriu apaixonada e se inclinou para dar um selinho no lábio deles. — Amo você.

— Eu também. — Deitou a cabeça no ombro dele. Alana bocejou se espreguiçando e deixou o tablet de lado, havia muito tempo que ela estava deitada naquela posição assistindo desenhos. A pequena olhou para os pais e virou-se de lado sorrindo.

— Por que vocês não me dão um irmãozinho? — Alana perguntou deitando de bruços no tapete e apoiando o queixo nas mãos.

— Ah querida, do jeito que as coisas estão eu não duvido nada que você terá um irmãozinho bem em breve. — Kristen respondeu a pergunta da garotinha adentrando na sala sentando ao lado do casal. — As panquecas estão quase prontas, você querem recheio do que?

— Chocolate. — Alana falou levantando-se para ir para os braços da tia. Kristen sorriu da careta da melhor amiga e puxou a garotinha para sentar-se em seu colo. — Só faltou a tia Selena para ficarmos todos juntos, eu estou com saudade dela.

— Amanhã nós vamos passear com ela, mas você tem que me prometer que eu vou continuar sendo a sua tia favorita. — Alana riu e assentiu com a cabeça abraçando a tia pelo pescoço. — Amo você, pequena.

— Eu também amo você tia.

— Acho que está na hora de uma mocinha ir tomar banho. — Demi falou abraçada ao namorado encarando a filha nos braços da amiga. Alana fez careta e negou com a cabeça escondendo o rosto no pescoço da tia.

— Eu acho que não está não. — Sorriu sapeca para a mãe e colocou uma mecha atrás da orelha. — O Lucky não toma banho todo dia, então porque eu tenho que tomar? — Falou encarando a mãe com a sobrancelha arqueada. Joseph riu e Demi revirou os olhos para ele.

— O Lucky não toma banho todo dia porque ele é um cachorro e até onde eu saiba a senhorita não é uma cachorrinha então você tem que tomar banho todos os dias.

— Eu não posso tomar banho. — Alana disse séria. — Tem um monstro dentro do ralo do banheiro e quando liga o chuveiro, ele sai de lá para nos comer, é perigoso. — Disse encarando Demi torcendo mentalmente para que a mãe acreditasse.

— Isso não é um problema, querida. Você pode tomar banho no meu banheiro, tenho certeza que lá não tem monstro nenhum. — Alana bufou e cruzou os braços.

— Pai... — Olhou para Joseph com aquela típica carinha de choro que fazia todo mundo ceder, Joe sentiu o coração derreter pela filha e quando abriu a boca para dizer algo, sentiu o olhar de Demi sobre ele como uma leoa faminta pronta para atacar.

 — Já para o banheiro, mocinha. — Demi levantou dando um tapinha de leve no bumbum da filha que subiu as escadas correndo emburrada chamando a mãe de chata. — Você vai ajuda-la? — Joe assentiu se espreguiçando e subiu as escadas para ajudar a filha durante o processo do banho.

— Esses dois vão me deixar louca. — Disse se deitando no sofá porque estava muito bom ficar ali relaxada sem nada para fazer. — Vem Kris. — Chamou a amiga para deitar no sofá junto com ela. Demi estava se sentindo tão feliz de uma maneira que nunca havia sentido antes, era uma felicidade plena e ela tinha a sensação de que tinha tudo o que precisava bem ali.

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mais um capítulo, espero que vocês gostem.
respondo os comentários no próximo, bjs <3 p="">

09/03/2019

44. Find You


ALGUNS DIAS DEPOIS...

Quem era mais idiota, Joseph ou Bruce? Joseph com toda certeza. Ele era muito idiota em acreditar que o pai realmente iria aparecer no encontro que ele mesmo havia marcado. Joe olhou em volta da cafeteria que ficava próximo à empresa em que trabalhava e bebericou o restinho de café que havia em sua xícara, ele levantou pronto para ir embora e quando virou-se para caminhar em direção ao caixa, deu de cara com o pai. — Joseph. — Bruce sorriu e tocou o ombro do filho o observando atentamente. — Quanto tempo, não é mesmo? — Indicou a cadeira para que Joseph voltasse a se sentar e sentou de frente para o filho. — Como você está? — Perguntou chamando o garçom com a mão. 

— Eu estou ótimo, e você? — Bruce não era aquele cara simpático, tinha alguma coisa ali e por isso Joe estava atento, sondando cada palavra dita pelo o pai. 

— Eu estou bem. — Ele fez o pedido sem olhar para o garçom e encarou o filho. — E a minha neta? Eu gostaria muito de conhecê-la, quem diria que você iria me dar uma netinha? 

— Ela está bem, é uma menina incrível. — Sorriu encarando o celular que tinha uma foto da filha como papel de parede. — Pois é, o tempo passa e muitas coisas acontecem. Inclusive foi por sua culpa que eu fiquei cinco anos longe da minha filha, por sua causa perdi momentos importantes da vida dela e da minha mulher. 

— Eu não consigo entender porque você me culpa de todas as coisas ruins que aconteceram na sua vida, foram resultados das suas próprias escolhas... nós tínhamos um acordo e você resolveu quebra-lo, foi sua decisão. Sem contar que eu não tenho nada haver com o fato de você ter perdido cinco anos da vida da sua filha, quem afastou vocês dois foi George. Foi ele que mandou a filha dele sabe-se Deus para onde. 

— Mas se não houvesse um maldito acordo no meio eu estaria livre para ficar com ela, você sempre colocou sua vontade acima de tudo e de todos, nem mesmo quando eu disse que estava apaixonado por ela, que eu queria ficar somente com ela, você me deixou livre. Você conduziu todos os passos da minha vida até mesmo quando eu estava casado. 

— Eu não sabia que você era tão rancoroso, filho. — A ironia esbanjava na voz de Bruce. — Eu sei que a última vez que nos vimos não foi uma das melhores, eu estava passando por muitas coisas, mas eu quero lhe fazer uma proposta. 

— Sinceramente... eu não sei porque diabos eu aceitei me encontrar com você, eu não quero ouvir proposta nenhuma. Eu não sou mais aquele adolescente de vinte anos manipulável. Faça isso com seu outro filho, não comigo. 

— Eu coloco o seu nome como meu único herdeiro se você me ajudar no tribunal contra a sua mãe. — Bruce disse encarando Joseph atentamente e com um sorriso no rosto. Aquilo só podia ser uma piada. Como que uma pessoa conseguia ser tão desprezível como Bruce? Ele deveria ser um exemplo, mas tudo o que Joe conseguia sentir era revolta. 

— Vá para o inferno e leve a sua herança junto, eu não quero um dólar vindo de você. Eu não preciso de você e eu não vou ficar contra a minha mãe, ela sempre foi manipulada por você e em poucos dias estará totalmente livre de você, eu vou apoia-la em tudo o que ela precisar e se preciso for eu testemunho contra você. 

— Eu tentei, mas você não quer colaborar, saiba que a partir do momento que eu assinar aqueles papeis, você a sua mãe morreram para mim. — Disse se levantando. Joseph sorriu para ele e arqueou a sobrancelha. 

— É um grande favor que você nos faz. — Bruce fez um gesto com a cabeça e saiu da cafeteria. Joe respirou fundo, levantou e foi até a porta do estabelecimento, ele conseguiu ver perfeitamente quando Bruce adentrou no carro, no banco do carona havia uma mulher de cabelos pretos que o cumprimentou com um selinho e no banco de trás havia um garoto, um garoto não, um jovem por volta dos dezenove anos que o olhava de forma curiosa. O carro partiu poucos segundos depois e Joe voltou para o estabelecimento para pagar o que tinha consumido. 

Demi cumprimentou a assistente de Adam com um sorriso e um gesto com a cabeça e agradeceu quando a moça a liberou para entrar na sala do presidente da empresa. Adam sorriu para Demi e levantou para cumprimenta-la com um abraço apertado e um beijo no rosto. — Como você está? — Demi perguntou educadamente sentando no sofá indicado por Adam. 

— Eu estou bem, e você? 

— Eu estou bem, obrigada. — Colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha e observou atentamente a sala do presidente. 

— Eu te chamei para conversar sobre Joseph. Eu estou preocupado com ele, essa semana vai acontecer a primeira audiência entre Kelly e Bruce e ele tem estado tão distante, queria saber se você sabe de alguma coisa porque eu me preocupo muito com ele, Joe é como meu segundo filho e eu quero me certificar que ele está bem. 

— Ultimamente eu tenho percebido que ele está meio distante, mas ele não entra em muitos detalhes comigo e eu não quero forçar a barra com ele, entende? Quero que ele se sinta à vontade para conversar comigo, mas confesso que eu estou preocupada. 

— Bruce nunca foi o pai perfeito, sabe? Joseph tinha apenas oito anos quando Bruce arrumou uma nova família e desde então se tornou ausente na vida do meu sobrinho, Joe e Kelly eram a família oficial dele, que ele apresentava para todo mundo, que o acompanhava nos jantares importantes do hospital, mas Raquel e Thomas é a família que ele verdadeiramente ama. Eu sei que ele tem uma família há um bom tempo, acho que desde que Thomas, o irmão de Joe, estava na barriga da mãe dele, mas faz pouco mais de dois anos que Kelly descobriu, e Joe foi o último a saber. 

— Eu acho que ele tem vontade de conhecer o irmão, ele já comentou comigo sobre... mas ele tem medo da reação de Kelly, ele acha que ela não vai reagir muito bem. 

— Eu também acho que não, Kelly ama Bruce desde a época da faculdade, quando ele e a sua mãe eram um casal. — Demi fez uma careta que resultou em uma risada alta de Adam. Ela sabia que sua mãe e o pai de Joseph já tinham namorado, ela conhecia a história por cima, mas era estranho pensar nos dois juntos. Quando era menor, seus pais eram um exemplo de amor entre duas pessoas, ele se apoiavam acima de tudo e de alguma forma ainda continuavam assim. — Parte da rivalidade entre as nossas famílias vem desse relacionamento, Kelly tinha muito ciúmes da sua mãe, mesmo ela estando comprometida com seu pai, e seu pai tinha muito ciúmes da sua mãe com Bruce. 

— E tudo isso acabou prejudicando meu relacionamento com Joseph, as coisas poderiam ter sido diferente para nós dois e principalmente para nossa filha. 

— Poderiam, Demi. Mas, eu acho que as coisas aconteceram como deveria acontecer, esse tempo que vocês dois passaram separados, foi necessário para o crescimento pessoal de vocês e vários outros fatores que fizeram com que vocês estivessem juntos hoje. Não tem como mudar o passado, foquem no agora e no futuro de vocês. — Demi sorriu e assentiu com a cabeça, Adam tinha razão, eles precisavam focar no presente e no futuro, o que tinha acontecido no passado, ficava no passado. 

— Tio? — A porta foi aberta e Joe parou assim que encontrou a namorada e o tio conversando. Ele se desculpou por adentrar na sala sem pedir permissão. Adam levantou para cumprimentar o sobrinho com um abraço, e Demi sorriu para o namorado e fechou os olhos quando ele se aproximou e deu-lhe um beijo carinhoso na testa. — Será que podemos conversar? — Perguntou encarando o tio que assentiu prontamente. Demi levantou-se sabendo que Joe queria conversar a sós com o tio. 

— Eu vou indo, até mais, Adam. — Se despediu do chefe com um abraço e um sorriso, e virou quando Joe a tocou gentilmente na cintura. — Você está bem? — Perguntou preocupada o tocando no rosto, estava nítido que Joe estava atordoado com algo, ele estava estranho há alguns dias e ainda não tinha conversado com ela sobre. 

— Em casa conversamos, tudo bem? — Demi assentiu, deu um breve selinho nos lábios dele e saiu da sala, fechando a porta atrás de si. 


***

— Eu estou com tanta saudade de você. — Joe disse beijando e mordiscando a região do pescoço de Demi que entrelaçou os braços em volta do pescoço dele e jogou a cabeça para trás para que o pescoço ficasse exposto e livre para o namorado. — Amo você demais. — Ela sorriu e se apoiou nele para conseguir alcançar os lábios. Haviam acabado de adentrar no apartamento de Demi, eles tinham encontrado Mark e a mãe no elevador e como sempre, as crianças imploraram para brincar juntas e Joseph deixou que Alana subisse para a casa do garotinho para brincar. 

— Eu também amo você, meu amor. — Falou com a boca ainda encostada sobre a dele. Ela deu um selinho e mordeu o lábio inferior, guiando língua para a boca dele logo depois, iniciando um beijo intenso e demorado, que os deixou suspirando de amor e paixão. Joseph a encostou na parede próxima da porta e guiou a mão para o bumbum apertando com força que resultou num gemido de Demi. 

— Querido... — Suspirou com a boca encostada na dele e adentrou os dedos nos cabelos escuros apertando com vontade. — Vamos para o quarto antes que... — Lucky adentrou na sala latindo atentamente e Batman logo atrás tentando ser tão feroz quanto Lucky, era a coisa mais fofa. Demi riu apoiando a cabeça no ombro do namorado e se afastou para cumprimentar os cachorros com muito carinhos e beijinhos. 

— Dem... — Joseph disse coçando a nuca porque a sua situação não era uma das melhores. Demi sorriu para ela de uma maneira sapeca e mordeu o lábio inferior. — Vem cá. — A chamou puxando-a pela mão. Demi o abraçou pelo pescoço e deixou que ele a guiasse pela cintura em direção às escadas porque estava com muita saudade dele. — Você é tão linda. — Falou acariciando a bochecha dela com o dedão e fechou a porta com o pé. — A mulher mais bonita do mundo. — Ela não se achava a mulher mais bonita do mundo, mas era bom ouvir aquelas palavras do homem que ela tanto amava. Sorriu e fechou os olhos quando os lábios se juntaram novamente. 

Demi adentrou as mãos na camisa social e começou a desabotoar os botões um por um, sem parar de beija-lo, acariciou o peitoral e subiu as mãos para os braços fortes e definidos que ela tanto gostava. — É injusto você ser tão gostoso, amor. — Arranhou levemente as costas largas com as unhas e encarou os olhos verdes que pareciam esmeraldas. As mãos de Joe estavam sobre o botão da calça jeans e em poucos segundos ele abaixou o zíper e adentrou as mãos na calça apertando o bumbum. 

— Linda. — Disse dando um beijo no pescoço dela. — Maravilhosa. — Subiu o beijo para atrás da orelha e mordiscou o lóbulo. — Gostosa. — A mão apertando no bumbum e a língua quente sobre o seu pescoço era o suficiente para deixa-la molhada. — Eu vou foder você até suas pernas ficarem bambas. — Ele falou baixinho no ouvido quando Demi o apertou na ereção. Ela engoliu em seco e umedeceu os lábios se sentindo ansiosa pelo o que estava por vim. 

Joe realmente não estava para brincadeira. Ele a beijou intensamente nos lábios e a guiou para deitar-se na cama, as mãos pararam na barra da calça jeans e a puxou para baixo levando a calcinha junto, a mão dele acariciou o intimo enquanto Demi se livrava da camiseta, o sutiã roxo rendado era muito bonito e Joseph não demorou muito para levar a mão até as costas dela para se livrar do sutiã. 

— Amor, tira. — Demi pediu tentando abrir o cinto da calça jeans do namorado. Joseph sorriu e a ajudou a se livrar da calça. Ela o acariciou por cima do cueca e suspirou quando sentiu a língua dele sobre o seio direito. Era tão bom que ela até suspirou satisfeita só de sentir a boca dele brincando com os seios e a forma que a mão dele a tocou na parte interna da coxa quase a fez gozar ali mesmo. 

— Querida, eu quero fazer algo diferente. — Propôs baixinho no ouvido dela enquanto a mão acariciava o clitóris lentamente. Demi umedeceu os lábios e assentiu com a cabeça. — Eu vou te amarrar, tudo bem? — Se ela aguentaria não era certeza, mas estava ansiosa para fazer algo diferente. Joe buscou a camiseta e levou as mãos dela até a cabeceira da cama, prendendo-as firmemente com a camiseta. 

Ele começou beijando-a no pescoço, desceu os beijos até os seios onde deu chupões e brincou com a língua no mamilo, seguiu a trilha de beijos pela barriga até finalmente chegar onde queria. Joe olhou brevemente para Demi que estava de olhos fechados e mordia o lábio inferior, ele a tocou gentilmente com a ponta da língua e ficou satisfeito ao ouvir gemido dela, ele tocou o clitóris com o dedo e em seguida introduziu a língua mais fundo que a fez gemer mais alto. 

Os toques começaram a ficar mais intenso e a boca dele trabalhava bem naquele lugar. Ele a chupava com vontade sentindo-a cada vez mais molhada e os gemidos de Demi ficavam cada vez mais alto toda vez que ele introduzia um dedo para ajudar. — Joseph. — A voz saiu fala e ela tentava em vão se soltar porque queria puxa-lo no cabelo como costumava fazer. — Não para, amor. — Pediu porque ela estava quase no seu primeiro orgasmo da noite. 

— Está gostando, amor? — Perguntou sem parar de movimentar os dedos. Demi assentiu com a cabeça, a boca estava entreaberta, os olhos fechados e a cabeça tombada para trás. Joe a beijou brevemente e voltou a chupar o seio esquerdo, descendo os beijos novamente em direção ao intimo dela. Os gemidos de Demi eram o estímulos perfeitos para a língua e os dedos dele trabalharem cada vez mais. 

— Hmmm... — Demi murmurou com a respiração ofegante, sentiu a corrente elétrica entre as pernas e deixou que o orgasmo viesse com força, sentiu Joe lembe-la e suspirou satisfeita sentindo pela primeira vez os pulsos doerem de tanto ela tentar se soltar. — Acho que agora é sua vez. — Sorriu satisfeita quando Joe lhe deu um selinho e desamarrou o nó, soltando suas mãos. Demi sentou no colo dele e guiou as mãos dele para cabeceira da cama para prendê-las enquanto os olhos de Joseph estavam vidrados nos seios que balançavam quando ela se movimentava. 

Ela sorriu para ele de forma angelical sentando sobre a ereção e começou a se movimentar como se estivesse no ato. O beijou no pescoço e desceu passando língua pela abdome sarado, ela o tocou por cima da cueca e afastou a cueca, o sorriso dela foi tão malicioso ao ver o tamanho do membro ereto. Ela começou tocando-a gentilmente e depois começou a masturba-lo para cima e para baixo vagarosamente, o gemido dele era como músicas para os seus ouvidos. — Mais rápido, vadia. — Joseph pediu sério e com o cenho franzido, mas Demi diminuiu ainda mais os movimentos e ele tentou se soltar. 

— Quem manda agora sou eu. — Disse autoritária, prendeu o cabelo em um coque e levou a língua para brincar com a ereção, era bom ouvi-lo pedir por mais, sorriu satisfeita com os gemidos do namorado e começou a chupa-lo mais rápido quando ele praticamente implorou. — Você gosta meu amor? — Perguntou passando a língua por toda a extensão do pênis para depois voltar a chupa-lo e lambê-lo até Joseph gozar. — Não foi o suficiente, querido? — Perguntou com um sorrisinho ao ver que ele ainda estava ereto, ela sorriu mordendo o lábio inferior e sentou levando-a para dentro dela. 

Ela o levava para dentro e o expulsava com movimentos rápidos e precisos. Transar era bom, mas transar com a pessoa que amava era fenomenal. Demi desacelerou os movimentos indo para frente e para trás, o coque foi desfeito do cabelo e ela sorriu lindamente para Joseph que não sabia se tentava se soltar, se olhava para os olhos da namorada ou para os seios balançando. — Demi. — A chamou tentando se soltar e Demi negou com a cabeça gostando daquela brincadeira, ela só não imaginava que o nó não estava firme o suficiente. 

Joseph soltou seus braços e a segurou pela cintura e num movimento rápido ele a tinha deitada sobre o colchão, ele levou as pernas dela para sua cintura e a penetrou de uma vez movimentando-se de forma rápida, Demi o abraçou pelo pescoço e cravou as unhas nas costas arranhando com vontade. Os gemidos se misturavam e ela empurrava o corpo contra o dele. — Eu amo você, Demetria. — Joseph disse entrelaçando suas mãos, Demi mordeu o ombro dele e fechou os olhos apreciando o momento. 

O orgasmo entre eles foi arrebatador e como prometido, Joseph havia deixado Demi de pernas bambas tanto que ela não conseguia mover um músculo e Joe não estava muito diferente, ele caiu ao lado dela na cama e a puxou para deitar sobre seu peitoral. Demi alisou o peitoral dele e deu um beijinho carinhoso na bochecha, fechando os olhos. — Amo você, meu amor. — Falou baixinho no ouvido dele. 

O silêncio foi muito bem vindo. Estavam cansados e por isso acabaram cochilando por volta de trinta minutos, Demi foi a primeira acordar porque lembrou que a filha poderia chegar a qualquer momento, mas ainda estava cansada do momento em que tiverem e por isso ficou ali relaxada nos braços do homem que amava acariciando o peitoral com a mão. — Boa tarde, dorminhoco. — Demi sorriu quando Joseph abriu os olhos verdes e sorriu para ela, ele deu um selinho nos lábios dela e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha. 

— Por quanto tempo eu dormi? — Perguntou alisando a cintura nua da namorada. 

— Trinta minutos. — Bocejou e levou a mão até o rosto para acariciar a barba que ela tanto amava. — Como você está? — O analisou atentamente, alguma coisa estava acontecendo e ela conseguia sentir que estava o afetando. Joe suspirou profundamente e fechou os olhos pensando em como estava uma bagunça de sentimentos.

— Eu fui encontrar o meu pai hoje a tarde. — Demi arqueou a sobrancelha porque ela nem sabia que o pai de Joseph já havia chegado na cidade. — Ele fez uma proposta estúpida e isso faz eu pensar que ele não ama ninguém além dele mesmo. — Resmungou irritado. — Ele quer que eu fique contra a minha mãe no dia da audiência e em troca ele vai me deixar como o único herdeiro da herança dele. 

— E você aceitou? 

— Claro que não né, Demi. Eu jamais faria isso com a minha mãe, ela sofreu tanto quando descobriu que aquele desgraço tinha outra família. Sem contar o monte de outras coisas que aconteceram porque ele só pensa nele mesmo. Tudo o que eu quero é que a minha mãe assine os papeis de divórcio e que a gente fique finalmente livre dele. 

— O seu tio está preocupado com você, ele está te achando distante e eu também, eu sei que tudo isso está mexendo com você e que por mais que você diga que não se importa com seu pai, eu sei que esse divórcio está bagunçando os seus sentimentos. Eu só quero que saiba que eu estou aqui para você e que nós vamos passar por isso juntos. 

— Eu vi o meu irmão, Demi. Ele estava dentro do carro e me olhou de uma forma curiosa, ele se parece comigo, e eu vi a amante do meu pai também. Eles pareciam uma família feliz, felizes de uma forma que a minha família nunca foi, entende? É errado eu sentir... inveja disso? 

— Não, meu amor. Você só está vendo que o que você queria que o seu pai tivesse com a sua família, ele tem com outra pessoa, é normal que você se sinta desse jeito. — Passou a mão pelo cabelo dele e o puxou para um abraço forte, beijou a bochecha demoradamente e os lábios com vários selinhos demorados. — Amo você, bebezão. 

— Eu também amo você, linda. — Joseph sorriu de olhos fechados e apertou o bumbum dela. — E eu amo o seu bumbum também. — Deu um tapa fazendo Demi rir contra o pescoço dele. — Eu amo os seus seios, sua cintura, suas coxas, seu cabelo, suas sardinhas, seus olhos, seu sorriso... 

— Amor, para. — Pediu vergonha escondendo o rosto no pescoço dele, Joseph riu beijando-a na bochecha e a puxando para conseguir abraça-la pela cintura. 

— É uma lista enorme de coisas que amo em você, meu amor. Você é perfeita para mim, sabia? Eu ainda não sei o que eu fiz para merecer você. Te amo. — Demi sorriu e se ergueu para olha-lo nos olhos antes de selar os lábios em um beijo apaixonado. Ela estava deitada em cima de Joe, então não precisou de muito para que ele guiasse o membro para dentro dela, se movimentando vagarosamente, Demi gemeu baixinho nos lábios dele e começou a se movimentar devagar o ajudando. 

Daquela vez as coisas foram diferentes, eles não estavam com pressa, se movimentaram juntos lentamente com as mãos entrelaçadas, trocando beijos e palavras carinhosas até que não aguentaram mais e se derramaram de prazer. Daquela vez, Demi realmente não conseguia mover um músculo tanto que Joseph puxou a coberta para cobri-los e ela ficou deitada em cima dele, de olhos fechados ouvindo o coração dele bater acelerado no peito. 

— Mamãe? — Alana bateu na porta fortemente e puxou a maçaneta, abrindo a porta, só deu tempo de Demi rolar para o lado saindo de cima do namorado, a sorte era que eles estavam enrolados se não seria difícil e constrangedor explicar para a menina o que estava acontecendo. 

— Oi, anjo. — Demi falou segurando a coberta contra o corpo para não correr o risco da filha puxar e Joe estava do mesmo jeito ao lado dela. 

— Eu já cheguei. — Anunciou animadamente com os cachorros atrás dela. — O que vocês estão fazendo? — Perguntou curiosa se aproximando da cama, Demi passou uma das mãos pelo cabelo e encarou Joseph ao seu lado. 

— Nós estávamos dormindo, princesa. — Joe disse passando o braço em volta dos ombros de Demi. 

— Eu estou com fome, mãe. — A pequena pegou Batman no colo e encarou os pais. 

— Eu já vou descer para preparar algo para a gente comer, você pode esperar a gente lá em baixo. — Alana assentiu com a cabeça e saiu do quarto fechando a porta atrás de si. — Foi por pouco. — Demi falou aliviada, Joseph riu e beijou o topo da cabeça dela. — Vou me vestir antes que ela decida voltar aqui. — Afastou o lençol e caminhou diretamente para o closet atrás de um short soltinho e uma camiseta larga. 

— Eu não quero mais ser amiga do Mark. — Alana comentou subindo em cima do banquinho ao redor do balcão para ajudar a mãe a espalhar os cookies que ela ia assar na forma.

— Por que, filha? — Demi perguntou franzindo o cenho e Alana deu os ombros bebericando o copo de suco de uva. — Eu achei que vocês estavam se divertindo na casa dele. — Ela pegou a forma com os cookies e levou para o forno pré aquecido. 

— Nós estávamos montando um quebra-cabeça, mas o outro amigo dele chegou e eles foram brincar de carrinho e bonecos e eles não me deixaram ser o Hulk. O Jack disse que não era brincadeira de menina e eu pedi para tia me trazer pra casa. Eu nunca mais vou brincar com Mark. Meninos são chatos. — Falou emburrada. Demi riu lembrando-se da fase em que não suportava meninos e se aproximou da filha para abraça-la.

— Oh meu amor, meninos são assim mesmo, eles dizem coisas idiotas e nem percebem. — Falou adentrando os dedos no cabelo da filha para prender num rabo de cavalo. — E você pode brincar do que você quiser, meu amor. Não existe brincadeira de menino ou brincadeira de menina. 

— Então a senhora compra bonecos dos super-heróis pra eu brincar? — Perguntou passando os braços em volta do pescoço de Demi que assentiu com a cabeça. Demi sempre dizia que a filha poderia ser quem ela quisesse, brincar do que quisesse e ser amiga de quem ela quisesse, ela queria que a sua filha crescesse uma mulher forte e independente assim como ela era.

— Hmm... o cheiro está maravilhoso. — Joseph disse adentrando na cozinha com Batman nos braços. Ele estava vestindo um moletom preto e uma regata branca, o cabelo molhado denunciava que ele havia acabado de sair do banho e o cheiro de rosas vermelhas do sabonete de Demi era muito bom. — O que vocês estão preparando? — Beijou a bochecha de Demi e sorriu para filha sem deixar de mimar Batman que estava em seu colo.

— Estamos fazendo cookies. — Alana sorriu levantando as mãos sujas de massa de cookie. Demi pegou a garotinha no colo e ajudou ela a lavar as mãos na pia da cozinha. — Mãe, amanhã no balé é o dia dos pais irem assistir a aula do filho, vocês vão? — Perguntou sentada no balcão secando as mãos com o pano de prato. 

— Vamos sim, minha princesa. 

— Pai, vamos assistir Bob Esponja. — Falou e pulou do balcão indo em direção a sala para ligar a televisão. Joe sorriu da cara surpresa de Demi porque o balcão era alto, ele beijou a testa da namorada e colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. 

— Nossa menina está crescendo. — Demi assentiu com um sorriso, o abraçou pela cintura e beijou-lhe na bochecha. Eles caminharam até a sala e sentaram no sofá, Alana tinha a cabeça deitada no peito esquerdo de Joseph e Demi no peito direito, os braços dele estavam em volta das duas e ele se sentia o homem mais sortudo do mundo inteiro por ter aquelas duas garotas na sua vida. 

Eles passaram o restante da tarde e o comecinho da noite comendo os cookies que Demi e Alana haviam preparado e assistindo desenhos aleatórios que passavam na televisão.

Demi foi para a faculdade logo em seguida onde ficou por quatro horas. Ela estava literalmente na reta final e toda vez que os professores e os amigos conversavam sobre a formatura ela sentia um friozinho na barriga de ansiedade, queria tanto se formar e começar a exercer a sua profissão realmente. Quando o relógio marcou dez e meia, o professor os liberou e quando Demi saiu da faculdade o namorado estava esperando por ela, ele estava de moto. — Oi, linda. — Demi deu um selinho no lábio dele e agradeceu quando ele entregou o capacete. 

— Por que você veio de moto? — Perguntou colocando o capacete, ela prendeu e subiu na moto. 

— É mais rápido. — Deu os ombros e ligou a moto. Demi o abraçou pela cintura e Joseph deu partida na moto. Eles seguiram o caminho em silêncio e Demi tinha vontade de xinga-lo sempre que ele acelerava e buzinava para avisar para os outros motoristas que ele estava passando. A sorte era que eles chegaram no condomínio no mesmo momento em que começou a chover. 

— Eu odeio andar de moto com você. — Resmungou arrumando o cabelo depois de tirar o capacete. Joe sorriu para ela e chamou o elevador. 

— Cadê o seu espirito de aventureira? — Disse para pirraça-la. Demi revirou os olhos e adentrou no elevador. — Vem, vamos tirar uma foto. — A chamou abrindo o aplicativo da câmera no celular, ele a abraçou por trás e eles tiraram uma foto no espelho do elevador. — Kim preparou sopa. — Joseph disse quando eles saíram do elevador. Apenas de ouvir o barulho da chave na porta, os cachorros já estavam latindo e pulando em frente a porta ansiosos para saber quem iria entrar. 

— Vocês chegaram. — Kim disse descendo as escadas. — Alana acabou de dormir. — Falou pegando a chave do seu apartamento em cima do balcão da cozinha. — Eu preparei sopa de legumes e carne para você, querida. — Demi sorriu quando Kim a abraçou forte. — Como você está, anjo? Está se alimentando direitinho? Está se cuidando? — Demi assentiu com a cabeça. 

— Eu estou bem, Kim. Eu estou me alimentando bem, exceto quando Joseph me leva para comer comida mexicana. — Riu e encarou o namorado. — Eu estou brincando, está tudo certo, até ganhei mais uns quilinhos. — Aquele era um fato. Existia alguma pessoa no mundo que começava a namorar e não ganhava peso? Era tão bom comer besteiras junto do namorado. 

— Certo, eu estou de olho em vocês, crianças. — Sorriu e beijou a bochecha de Demi. — Eu estou indo, vejo vocês depois. — Eles se despediram e Joe acompanhou a mulher até a porta para poder trancar o apartamento. 

— Eu estou faminta.— Falou caminhando até a cozinha, ela abriu a panela de pressão e inalou o cheiro da sopa que ainda estava quentinha. — Parece estar boa. — Comentou indo até o armário pegar um prato. 

— Alana comeu dois pratos. — Riu lembrando de como a filha elogiou a sopa da avó de consideração e comeu todos os legumes sem reclamar. — Nós fomos na casa da minha mãe depois que deixamos você na faculdade. 

— Como ela está? — Demi se aproximou do namorado e o abraçou pela cintura, distribuindo alguns beijinhos pelo queixo barbado dele. 

— Estressada, ela está tendo reuniões com o advogado dela para decidir o que vai ser melhor para ela, daqui alguns dias vai ser a primeira audiência e ela está nervosa. Nós conversamos bastante, mas eu não contei pra ela que eu encontrei meu pai, ela nem sabe que ele já está na cidade. 

— Vai dar tudo certo tanto para você quanto para ela. — Joseph sorriu alisando as costas da namorada e deu um selinho nos lábios dela. — Eu amo quando você deixa o seu cabelo e a sua barba crescer. — Falou admirada com a beleza daquele homem. O cabelo grande levemente encaracolado, os olhos estreitos com uma linda mistura de verde com castanho, a barba grande e a boca bem desenhada era de encher os olhos de qualquer pessoa. 

— E eu amo quando você veste calça jeans apertada. — Demi riu jogando a cabeça para trás e puxou os cabelos da nuca do namorado quando ele beijou-lhe no pescoço e apertou o bumbum. — Sua bunda é incrível, amor. — Homens. Demi revirou os olhos e foi se servir porque se não ficaria ali o restante da noite trocando beijos com o namorado. 

— Eu estou com uma vontade de comer um bolo de chocolate bem recheado. — Demi comentou puxando o edredom para que pudesse se deitar, ela havia acabado de escovar os dentes, apagou a luz do quarto e deitou ao lado de Joe. — Se tiver pedaços de morango no recheio seria melhor ainda. 

— O Arthur está com vontade? — Joe perguntou com um sorriso sapeca no rosto. 

— Quem diabos é Arthur? — Demi franziu o cenho desconfiada daquele sorrisinho safado nos lábios do namorado. Joseph riu e tocou a barriga dela, acariciando carinhosamente. 

— O bebê que fizemos nos últimos dias, amor. — Demi revirou os olhos e deu um tapa na mão dele que estava sobre a sua barrigada. 

— Joseph, eu não estou grávida, minha menstruação foi embora faz três dias e eu ainda não parei de tomar anticoncepcional. — Resmungou e então ela se lembrou que não havia usado camisinha nas últimas relações que teve e franziu o cenho pensando na pequena possibilidade. — E amanhã eu tenho consulta com o ginecologista, vou apresentar os resultados dos meus exames. 

— Já esteja prepara para a notícia de que vai ser mamãe. 

— Joseph. — Reclamou emburrada e virou de costas para ele. 

— Eu estou brincando, linda. — Disse a abraçando por trás. — Amor, não fica com raiva. — Pediu enchendo a bochecha dela de beijinhos porém Demi não cedeu aos mimos do namorado. — Eu prometo que amanhã eu vou comprar um pedaço de bolo de chocolate com morango para você. 

— Se você continuar com essas brincadeirinhas, eu vou fazer greve de meses. — Virou-se para olha-lo nos olhos. Joseph arqueou a sobrancelha e Demi o olhou séria mostrando que não estava brincando. 

— Eu prometo que não vou continuar com essas brincadeirinhas. — Falou beijando-a na boca e na bochecha, Demi riu e acariciou as costas do namorado. — Amo você, linda. 

— Eu também, meu amor. — Sorriu e lhe deu um selinho demorado. — Lindo. — Umedeceu os lábios quando Joe a puxou pela cintura para que ela ficasse mais próxima dele. Demi subiu a mão até a nuca dele onde acariciou com o dedão e fechou os olhos quando Joe tocou seus lábios primeiro num selinho para depois transformar num beijo mais intenso com direito a mãos bobas. 

— Casa comigo? — Joe pediu depois de finalizar o beijo com um selinho demorado. Ele estava tão apaixonado por Demi. Ela era a mulher da sua vida e ele queria passar o resto da vida ao lado dela, ela havia roubado seu coração de uma maneira que nenhuma outra mulher havia conseguido. — A gente faz uma cerimônia pequena, apenas com os familiares mais próximos, compramos uma casa espaçosa para nossa filha e os cachorros e vamos viver felizes para sempre, mais felizes que nos contos de fadas.

— Caso, meu amor. — Era a primeira vez que Demi não recusava o pedido de casamento dele. Ela não se sentia diferente dele, era extremamente apaixonado por ele. — Eu faço o que você quiser. — Sorriu o abraçando fortemente pela cintura. Eles nunca haviam se sentindo tão felizes como estavam se sentindo naquele momento, era um sentimento puro e certo. 


***

Thomas jogou o livro enorme de medicina no chão do quarto e buscou o celular em cima do criado-mudo. Uma hora da manhã marcava o relógio do celular e ele não estava com um pingo de sono. Los Angeles era uma cidade incrível pelo o que ele havia visto pela janela do carro, mas era uma pena que o pai não o deixava aproveitar. Ao pensar em Los Angeles, ele lembrou-se do homem que havia visto na porta da cafeteria olhando para o pai com uma feição de contestamento e sentiu a curiosidade tomar conta de si. 

Bruce não costumava falar muito sobre o passado, tudo o que ele sabia sobre a vida do pai era que Bruce havia sido bolsista do curso de medicina em uma das melhores faculdades de Chicago, casou-se cedo com uma enfermeira porque ela estava grávida e que o casamento durou cerca de oito anos e que depois da separação ele nunca mais teve contato com a ex-esposa ou com o filho do casal. 

Então porque aquele cara que o olhou de forma curiosa se parecia tanto com ele? Os olhos verdes, o cabelo... eles eram parecidos. Thomas abriu o aplicativo de busca do celular e digitou o nome do pai, ele nunca costumava pesquisar sobre o pai porque sempre pensou que já sabia tudo sobre a vida dele, Bruce era um pai presente, apesar de trabalhar muito, e também ser exigente. Não foi muito difícil achar várias matérias sobre seu pai e o hospital no qual ele havia sido presidente por longos anos. Uma foto em questão lhe chamou atenção de uma matéria de um jornal que ele sequer conhecia, a legenda da foto, em questão. 

Bruce Jonas com a esposa Kelly Jonas e os amigos George Lovato e Clarice Lovato. George Lovato não era o homem que o seu pai mais odiava no mundo? Kelly Jonas... não foi muito difícil achar o Instagram da mulher loira e quase brotou um sorriso porque o Instagram da mulher estava aberto... havia muitas fotos e ele não conseguir conter a risada porque havia muitas fotos de plantas, porém o riso cessou quando rolou o feed do Instagram e achou uma foto da tal Kelly Jonas com o mesmo rapaz que ele havia visto na cafeteria e tinha uma criança na foto também. Joe Jonas. Ele clicou na tag que marcava o homem e entrou no instagram dele. 

Pelo visto Joe Jonas já era um homem casado e com filhos, julgando pela primeira foto do Instagram do rapaz, era ele, uma menina e uma mulher muito bonita, eles faziam caretas para a câmera e pareciam muito felizes, a localização da foto estava Mayer Enterprise. Thomas salvou aquele nome e continuou a olhar as fotos do suposto irmão, eles eram muito parecidos. Joe parecia ser um cara engraçado e divertido julgando pelas fotos do rapaz e as legendas das fotos, o coração de Thomas até bateu um pouco mais rápido de curiosidade para conhecê-lo. 

Thomas levantou cuidadosamente e abriu a porta do quarto, ele desceu as escadas do apartamento alugado temporariamente pelo pai e ascendeu a luz da sala, buscou por uma caneta e um pedaço de papel e quando virou-se para subir para o quarto arregalou os olhos. — Você me assustou. — Disse para o pai parado no final das escadas, ele bloqueou o celular e respirou fundo. 

— O que você está fazendo acordado essa hora? — Bruce perguntou com a sobrancelha arqueada. Thomas bocejou porque já estava começando a se sentir cansado. 

— Eu vim buscar uma caneta porque a minha está falhando e eu precisava marcar algumas páginas importantes do livro. — Disse mostrando a caneta para o pai. 

— Está tarde, você deveria ir dormir, amanhã você estuda mais. — Thomas assentiu com a cabeça e quando subiu o primeiro degrau da escada virou-se para encarar o pai. 

— Pai? — O chamou e Bruce virou para olha-lo. — Amanhã eu posso ir conhecer a praia? Eu fiquei sabendo que tem umas pistas de skate muito maneira e eu queria muito conhecer. 

— Você sabe que eu odeio essa porcaria de skate, é coisa de moleque maloqueiro e não leva à lugar nenhum. — Falou de forma arrogante fazendo um gesto com a mão. — Eu só vou deixar porque amanhã eu tenho que sair para resolver umas coisas, mas saiba que quando voltarmos para Chicago seu foco estará totalmente nos estudos. — O menino assentiu prontamente e subiu as escadas voltando para o quarto. Jogou o nome da empresa em que o irmão trabalhava e anotou o endereço no papel, amanhã o encontraria. 


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olá meus amores.
minhas aulas voltaram e isso explica a demora para postar, sem contar que sempre tenho bloqueio na reta final das fanfics... eu espero que vocês tenham gostado, nesse capítulo deu para conhecer um pouco do irmão do joe, Thomas Jonas. Ele é um verdadeiro stalker não é mesmo? estão preparadas para o encontro dos dois? no próximo capítulo hahaha
me digam o que acharam do capítulo, posto o próximo assim que der. 

respostas do capítulo anterior aqui | amo vocês.