28/02/2017

Selinho


Oi meninas tudo bem com vocês? vim aqui repassar o selinho que eu ganhei da Mirela 
É um selo de sobrevivência para todas as escritoras que apesar de todas as mudanças,
e obstáculos não desistiram do blog. 
Muito obrigada pelo selinho, eu fiquei muito feliz em recebê-lo :)
vou responder as perguntas e depois repassar para três blogs, lets go!




1) Porque resolveu escrever fanfics e quanto tempo já escreve?
Eu comecei a escrever fanfics mais por hobby, queria fazer algo pra passar o tempo
e acabou que isso se tornou parte importante da minha vida, eu escrevo há um ano e meio. 


2) Você se considera uma sobrevivente do blogger? Fale um pouco sua trajetória.
Olha, não me considero uma sobrevivente porque acho que comecei a escrever fanfics um pouco tarde, muitas pessoas já haviam abandonado o blogger e ele já estava diferente do tempo em 
que eu lia fanfics, então não acho que eu seja uma sobrevivente.


3) Relembre três fanfics/escritoras que marcaram sua vida no blogger.
Jemi - uma história sem fim, não lembro o nome da escritória mas foi a primeira fanfic jemi que eu li.
Biology da Juliana Machado, eu amava o triângulo amoroso e o jeito que a história
 mudava no meio da fanfic e por último não menos importante, Made in the u.s.a da Jéssie,
foi a primeira fanfic que eu li do blog dela e acompanho desde então. 


4) Se pudesse trazer três coisas que eram comuns na época, quais seriam.
Acho que a parceria e a união que eu via entre as escritoras. 

Blogs indicados:



Enfim, é isso meninas. 
Eu estou terminando de escrever o capítulo, posto entre amanhã e quinta, o.k? bjs, amo vocês. <3 

22/02/2017

Capítulo 17. Decisions



Dianna andava de um lado para o outro pela sala, sua cabeça estava à milhões! Pensava em mil e uma coisa na qual deveria fazer... será que subia para ver como sua filha estava ou pegava o primeiro voo para Nova York? Que o bom Deus lhe perdoasse mas se por um acaso Bradley aparecesse em sua frente, ela seria capaz de fazer uma grande besteira. 

— Dianna, você precisa se acalmar. — Paul disse lhe entregando um copo com água e açúcar. 

— Eu avisei pra ele, avisei que se ele machucasse minha filha eu iria fazê-lo se arrepender amargamente. Eu vou atrás dele, Paul! Eu vou atrás dele em Nova York, e vou fazê-lo se arrepender de ter nascido. — Disse determinada, ela não era mulher de quebrar uma promessa. 

— Dianna você precisa se acalmar, está entendendo? — Paul tocou um dos seus ombros e suspirou. — O que esse cara fez foi algo muito baixo, ele não deveria ter exposto Demetria desse jeito, mas creio que Demi não precise de outra confusão, ela está precisando de carinho e paz, ela precisa de você pra passar por cima disso tudo, depois vocês decidem o que é o melhor à ser feito. — Dianna suspirou e sentou-se no sofá colocando o copo d'água na mesinha de centro. 

— Ela pode ser uma adulta pra qualquer pessoa, mas pra mim ela sempre vai ser minha garotinha e eu não suporto vê-la passando por isso. 

— Vai ficar tudo bem. — Paul disse esperançoso.

Selena desceu as escadas com um pequeno sorriso nos lábios. Ela estava feliz por ver que Miley havia deixado o passado no passado e finalmente tinha perdoado a irmã. Selena era uma das pessoas que mais torcia para que isso acontecesse, as duas tinham uma amizade incrível no passado e valia muito à pena aquela amizade ser resgatada. 

— Como ela está? — Dianna disparou assim que viu Selena descer as escadas. Selena segurou as mãos de Dianna e sorriu.

— Aparentemente ela está bem, Miley está lá com ela e tenho certeza que tudo vai dar certo. 

— As duas estão bem lá em cima? — Perguntou preocupada. O que ela menos queria no momento era uma briga entre as duas filhas. 

— Eu não quero estragar a surpresa mas acho que as duas estão se resolvendo. — Dianna abriu um enorme sorriso e seus olhos encheram de lágrimas, era o que ela mais pedia à Deus durante esses dez últimos anos, que suas filhas se perdoassem e voltassem a ser amigas como antes. 

—  Viu, eu disse que tudo ficaria bem. — Sorriu orgulhoso. 

— Bom, eu acho que já vou indo... está ficando tarde e eu acho que vocês precisam descansar desse dia cheio. — Selena soltou as mãos de Dianna e sorriu.

— Oh querida, muito obrigada por tudo e eu sinto muito pela maneira desastrosa que o almoço terminou. 

— O almoço foi maravilhoso e o que aconteceu não foi culpa de ninguém, não precisa se preocupar. — Dianna beijou a testa de Selena e a abraçou, ela era como sua terceira filha. — Aonde estão Nicholas e Daniel? 

— Estão lá fora brincando com Joe e Sophia. 

— Eu vou chamá-los. — Selena caminhou até o quintal e sorriu ao ver os quatro brincando de bola, Joseph ajudava Sophia a chutar a bola e a pequena gargalhava alto! Daniel estava preparado para dar um chute direto ao gol mas foi interrompido pela mãe. — Vamos pra casa? — Chamou da porta e Daniel resmungou. 

— Ah mamãe, aqui está tão legal. 

— Você já brincou muito hoje, filho, e sua vó precisa de descanso. — Nick disse pegando o filho no colo.

— Tudo bem. — Respondeu mesmo contra sua vontade, ele deu um beijo na bochecha de Sophia e se despediu do tio com um toque de mão. 

— Tchau garotão, amanhã nós brincamos mais, ok? — Dan assentiu e correu para se despedir da avó, Selena se despediu de Joe com um breve abraço e deu um beijinho na testa de Sophia.

— Você está sendo ótimo com ela. — Sorriu e saiu sem dar chances de Joseph responder, ele olhou para Sophia e fez uma careta.

— Papa. — Sophia disse risonha, ela encostou a cabeça no ombro dele e bocejou.

— Você está com sono, querida? — Perguntou alisando os cabelos lisos da pequena, a garotinha fechou os olhos e passou os bracinhos em volta do seu pescoço. — Dianna, ela dormiu. — Disse ao adentrar na sala com e menina nos braços.

— Você pode colocá-la no quarto pra mim? — Joseph assentiu e subiu com Sophia, ele bateu na porta do antigo quarto de Demetria e Miley abriu a porta.

— Aonde eu coloco ela? — Perguntou sussurrando para não acordar a garota.

— Pode coloca-lá do lado de Demi. — Miley cedeu espaço para Joe entrar, ele suspirou ao ver Demi dormindo serenamente, até parecia um anjinho. Ele deitou Sophia ao lado da mãe e Demi se mexeu apenas para abraçar sua garotinha, as duas estavam deitadas de frente para a outra, ele observou os detalhes das duas e foi quase impossível não sorrir, as duas eram tão parecidas.

— Ela chorou até dormir. — Miley disse chamando sua atenção, ele olhou a última vez pra elas capturando aquela imagem e saiu do quarto com Miley.

— Eu espero que ela fique bem. — Falou enquanto descia as escadas, ele colocou as mãos no bolso do short e sorriu. — Bom, eu vou indo... nos vemos amanhã, o.k? — Miley assentiu e recebeu um beijo carinhoso na testa, Joseph se despediu de Dianna com um abraço e desejou que tudo ficasse bem.

— Eu também já vou indo, Selena tem razão, vocês precisam descansar. — Paul disse se despedindo da amiga. — Fica bem e não vá atrás dele em Nova York, entendido? — Brincou e Dianna riu assentindo.

— Tudo bem, obrigada por tudo. Você é um grande amigo, Paul. — O abraçou e sorriu. — Tchau querido, e me desculpe por abusar da sua boa vontade. — Falou para Joseph.

— Você sabe que pode contar comigo sempre. — Beijou-lhe a testa e saiu junto com o pai.

— Como ela está? — Dianna perguntou deitando no sofá, aquele dia havia sido demais pra ela, estava tão cansada, seu corpo implorava por um banho e uma cama aconchegante.

— Ela não está chorando pelos cantos e nem depressiva. — Brincou e Dianna lhe repreendeu com uma careta. — Eu acho que ela está chateada, acredito que Demi estava pensando em dar mais uma chance para o casamento mas ele colocou tudo à perder, ela também está magoada por Bradley expôr ela daquela maneira.

— Alguém da equipe dela já ligou?

— O telefone dela não parou de tocar, eu só atendi a ligação da assessora dela, Anne disse que está tudo uma loucura por lá e que Bradley está furioso, parece que ele quer até processar o paparazzi que tirou as fotos.

— Ele é um grande cara de pau, isso sim!

— Demi disse que iria fazer a coisa certa dessa vez. Eu não sei o que ela quis dizer com isso mas acho que mudanças boas estão vindo por ai. — Disse com um sorriso nos lábios e Dianna sorriu

— Vocês se entenderam? — Perguntou esperançosa, Miley sorriu e assentiu abraçando a mãe.

— Ela pediu desculpa por tudo, nós conversamos e eu vi que não valia a pena ficar remoendo aquilo, nós somos irmãs e só isso importa.

— Eu estou tão orgulhosa de você, meu amor. — Dianna limpou as lágrimas e beijou a testa da filha, pelo menos uma noticia boa no meio de tanta desgraça.



***


Joseph adentrou em casa, jogou as chaves e a carteira na mesinha de centro e ligou a televisão num canal qualquer de futebol, estava cansado e precisava de um banho, tirou a blusa, os sapatos e deitou no sofá. Ele sempre desejou o dia em que veria Demetria sofrer assim como ele sofreu, por anos desejou que ela pagasse tudo na mesma moeda mas agora que esse dia havia finalmente chegado, ele não estava se sentindo satisfeito, muito pelo contrário, seu coração estava uma confusão de sentimentos mas mesmo assim ele estava preocupado com ela, ter uma traição publicada para o país inteiro era muita humilhação. O som da campainha lhe despertou dos seus pensamentos, ele levantou e foi abriu a porta.

— Oi. — Elisa sorriu e deu um breve selinho em Joseph. — Aonde você passou a tarde? Eu te liguei tantas vezes e seu celular só dava caixa postal.

— Meu celular descarregou no meio da tarde. Eu fui jogar com Nick e depois fomos almoçar lá na Dianna. — Deu os ombros, Elisa assentiu e sentou de lado em seu colo passando uma das mãos pelo pescoço dele.

— Você passou a tarde toda lá? — Perguntou enquanto fazia carinho nos cabelos dele. Joe assentiu e depositou um beijinho no ombro dela. — Então você já sabe o que aconteceu? A cidade toda está comentando sobre isso.

— Sim, eu sei. — Falou normalmente como se aquele assunto não lhe importasse.

— Confesso que eu fiquei com um pouco de dó dela, que humilhação ter uma traição revelada assim. Mas se bem que ela está pagando tudo o que ela fez com você. Demetria já deu muita mancada com você, não me surpreende o fato de que ela está pagando tudo.

— Elisa, naquela noite em que tudo aconteceu, foi você quem me mandou uma mensagem avisando tudo... Demetria era sua melhor amiga, porque você não tentou evitar que ela fizesse aquilo? — Perguntou curioso, tinha muita coisa que em sua mente não se encaixava.

— Eu tentei avisar mas ela não me escutou, eu já estava cansada de bancar a babá dela, sabe? E quando o pai dela morreu parece que tudo piorou, ela começou à usar drogas ilícitas e até ficou com uma garota. — Fez uma careta. Joe estava surpreso, ele não fazia ideia de que Demi já havia usado drogas ilícitas, era muita informação para sua cabeça. — Eu tentava avisar mas ela dizia pra mim não me meter, eu acabei cansando. — Elisa encostou a cabeça no ombro de Joe e suspirou. — Desculpa lhe dizer isso, eu acho que você não sabia que Demi ficava com garotas enquanto vocês ainda estavam juntos.

— Está tudo bem, isso é passado e a vida de Demetria não me interessa mais. — Sua voz saiu incrivelmente forte apesar do seu coração estar uma verdadeira confusão.

— Eu tenho uma novidade. — Ela o encarou com um sorriso divertido no rosto, Joe arqueou a sobrancelha e beijou a bochecha dela.

— Não me deixa curioso.

— Eu consegui um emprego na empresa do Sr. James, o filho dele me contratou como secretária, eu estou tão feliz.

— Parabéns, amor. — Ele sorriu e lhe abraçou. — Acho que isso merece uma comemoração, o que acha?

— Eu acho ótimo, o que você quer fazer? — Perguntou alisando a nuca dele. Joe sorriu de lado e Elisa deu um tapa no braço dele.

— Eu ia dizer pra gente pedir uma pizza e assistir um filme, mas já que você pensou nisso, eu não acho uma má ideia. — Brincou dando alguns selinhos no pescoço dela, Elisa sorriu e beijou a bochecha dele.

— Uma pizza parece ótimo. — Joe fez uma careta quando Elisa levantou do seu colo para pedir a pizza mas acabou rindo, ele tinha uma vida boa e precisava focar nisso.



Casa da Dianna
10:00 da manhã


Demi abriu os olhos e piscou algumas vezes, sentiu sua cabeça doer quando tudo veio em sua mente como um flashback, fechou os olhos novamente e suspirou, tinha uma porra de um furacão para resolver. Demetria levantou, vestiu seu robe preto e foi até a janela, quando abriu a janela sentiu a brisa bater em seu rosto e ela se abraçou, o céu estava cinza e ventava forte. Demi foi até o criado-mudo e pegou seu celular, ele estava desligado, provavelmente Miley havia desligado. Demi ligou o celular, havia várias mensagens e ligações perdidas. Ela leu algumas mensagens mas uma mensagem de voz lhe chamou atenção, era Bradley, o que diabos ele queria?


— Demi, eu sei que você deve estar puta comigo mas eu juro
que tenho uma explicação, por favor, vamos conversar. atende o telefone, eu te amo.


Demi riu e apagou a mensagem, ele era tão inacreditável. Que explicação ele teria? Nenhuma que valia a pena ser ouvida, com certeza! Ela revirou os olhos e bloqueou o número dele, o único contato que teria com ele seria no tribunal. O telefone vibrou em suas mãos e ela atendeu rapidamente, era Anne, sua assessora. 

— Finalmente alguém atendeu o telefone, eu estou tentando falar com você ou com alguém da sua família há horas. Como você está? Eu estou tão preocupada com você, menina. 

— Eu pensei que estaria pior mas eu estou bem, parece que um caminhão passou por cima de mim várias vezes mas eu estou bem. 

— Eu te conheço, Demi. Você sempre escondeu seus sentimentos, eu sei que por dentro você deve estar abalada. — Demi sorriu entre as lágrimas, ela realmente estava abalada. Anne era uma das poucas pessoas que lhe conhecia de verdade naquele mundo louco em que ela vivia. 

— Eu só queria entender o motivo disso tudo, Anne. Ele veio aqui, me disse coisas lindas, que me amava, que se arrependia e me queria de volta, ele estava quase beijando meus pés para me ter de volta, mas pra quê? Pra quê ele estava se esforçando tanto pra me ter de volta sendo que ainda estava com ela, ele pensou o que? Que eu iria aceitar um relacionamento à três? Isso é patético!

— Eu também não entendo, Demi. Eu esperava isso de qualquer pessoa menos dele, Bradley era meu amigo, nós tivemos tantos momentos juntos e ele estragou tudo à troco de... nada! Eu sinto muito que isso esteja acontecendo com você, você não merecia isso. 

— Talvez eu merecesse. — Disse quando viu um casal de namorados adolescentes passarem pela janela de mãos dadas, ela se lembrou da sua adolescência e de tudo o que tinha aprontado. — Mas como estão as coisas por ai? 

— Uma loucura! Os telefones não param de tocar, todo mundo quer saber quando você vai se pronunciar, se vai ter separação... eu estou tentando controlar tudo mas não vou mentir, está complicado. 

— Eu sinto muito por você ter que passar por isso, eu vou ligar para o advogado e resolver tudo, provavelmente eu estarei por ai amanhã.

— Eu posso marcar uma coletiva de imprensa? 

— Ainda não, quando eu chegar nós conversaremos sobre isso, pode ser? Mas pode reservar um hotel pra mim e comprar minha passagem. 

— O.k, eu te mando tudo por e-mail. 

— Obrigada, Anne. Eu não sei o que seria da minha vida sem você. 

— Não precisa agradecer, Demi. É apenas o meu trabalho, se precisar de mim é só ligar, vou te deixar informada sobre tudo. — Demi agradeceu e se despediu da amiga. Ela colocou o celular em cima do criado-mudo e adentrou no banheiro, fez sua higiene matinal e se despiu para tomar um banho quente e relaxante. Fechou os olhos quando sentiu a água quente entrar em contato com seu corpo e deixou a água lavar seu corpo. Quando saiu do banho, ela foi direto para o closet, vestiu um jeans preto, uma blusa de manga cumprida e um sobre tudo preto, sentou num banquinho e calçou suas botas de salto. Quando terminou, arrumou os cabelos em frente ao enorme espelho, pegou seu óculos escuro, sua bolsa e desceu, tinha uma visita importante à fazer. 

— Bom dia, querida. — Dianna sorriu assim que a filha adentrou na cozinha, ela estranhou as vestimentas da filha, pensara que ela passaria o dia todo na cama. — Como você está? 

— Na medida do possível, bem. — Respondeu com um sorriso leve nos lábios, ela pegou uma maçã e sorriu quando viu Sophia caminhar em sua direção. Demi se abaixou e abriu os braços para receber sua menina. Sophia correu até a mãe e se jogou nos braços dela sorridente. — Bom dia meu amor. — Disse com um enorme sorriso nos lábios, apenas Sophia era capaz de arrancar um sorriso verdadeiro dela naquele momento.

— Mamãe. — Sophia disse sorrindo e Demi arregalou os olhos olhando para a mãe.

— Ela falou "mamãe". Ela falou! — Disse animada, ela levantou com a garotinha no colo e jogou a menina no alto fazendo-a gargalhar. — Meu amor, você falou "mamãe". Eu estou orgulhosa de você.

— Mamãe. — Ela disse novamente com um sorriso divertido nos lábios ao ver a alegria da mãe. 

— Mamãe te ama. — Encheu o rosto da filha de beijos, Dianna observava as duas com um sorriso no rosto. — Eu preciso ir visitar uma pessoa, depois eu vou passar no restaurante pra conversar com Miley, acho que vou almoçar por lá mesmo. — Dianna estava estranhando tudo aquilo mas não disse nada apenas assentiu e beijou a testa da filha, ela era adulta e sabia o que fazia. — Quando eu voltar vamos conversar. 

— Tudo bem querida, vá com Deus. 

— Amém. — Disse depositando um beijo na bochecha da mãe e de Sophia. Demi adentrou no carro e deu partida. No meio do caminho ela passou em uma floricultura e comprou uma rosa vermelha, demorou aproximadamente trinta minutos para chegar ao seu destino. Seu coração estava acelerado e as pernas tremiam mas ela não desistiu, adentrou no cemitério e foi até a recepção. — Bom dia, eu vim visitar... hm... — Ela não sabia como dizer aquilo, era tão estranho pra ela...

— Veio visitar algum parente? — Uma moça simpática perguntou e ela assentiu. — Qual é o nome? 

— Eddie Lovato. — A moça assentiu, pesquisou alguma coisa no computador e olhou novamente para ela.

— Patrick levará a senhora até lá. — Demi agradeceu e acompanhou o moço simpático que lhe acompanhou até a lápide do seu pai. Ela sentiu uma sensação estranha tomar conta de si, uma sensação que ela não sentia à anos. Demi se abaixou e estranhou quando viu uma rosa branca viva em cima do túmulo. Quem será que havia colocado? Ela colocou a rosa vermelha ao lado da branca e alisou o nome de Eddie que estava gravado na lápide. As primeiras lágrimas começaram a brotar em seu rosto e ela suspirou, tinha tanta coisa pra dizer.

— Você faz muito falta sabia? — Sua voz quase não saiu e suas mãos tremiam.  — Eu sinto falta do seu cheiro, da sua voz, das suas broncas. Eu não sei se você tem orgulho da pessoa que eu me tornei, eu fiz muita coisa errada depois que você se foi, eu acho que eu me perdi, você era minha âncora, você mantinha meus pés fincados no chão. Eu machuquei pessoas que me amavam, machuquei pessoas inocentes por... nada, simplesmente nada! Eu prometi pra você que cuidaria da mamãe e eu não cumpri minha promessa, fui embora na primeira oportunidade deixando ela pra trás, na responsabilidade de uma menina de quinze anos, que tipo de monstro faz isso? — Sua voz estava embargada e quase não saía, as lágrimas desciam rapidamente pelo seu rosto e ela soluçava. — Se eu pudesse voltar atrás eu faria tudo diferente, eu teria aproveitado mais tempo com você, teria dado valor aos momentos pequenos que passei ao seu lado, cuidaria da mamãe e não machucaria tantas pessoas. A minha vida está de cabeça pra baixo, eu tenho tantas decisões para tomar e não sei por onde começar, eu me sinto perdida dentro da minha própria vida e se você estivesse aqui, saberia exatamente como me aconselhar. Eu quero fazer a coisa certa dessa vez, papai, eu quero que você tenha orgulho de mim, eu quero ser uma boa pessoa, assim como você era. Você tem uma netinha, sabia? Ela é bem sapeca mas é uma boa menina, hoje ela é a razão da minha vida e eu quero tomar a decisão certa por ela, eu quero ser uma mãe e um pai pra ela, como você e a mamãe foram pra mim. Um raio partiu o céu e Demi sentiu seu coração quebrar em pedacinhos, apesar de fazer anos desde o falecimento do seu pai, a ficha de que ele tinha morrido estava caindo agora. — Eu te amo tanto, pai. Eu sinto muito por não ter ido me despedir de você, eu sinto muito. 

— Moça, nós precisamos ir. — Pratick disse, chovia muito e ela pegaria uma doença se continuasse ali. Demi o ignorou e continuou ali, deitada perto da lápide do seu pai enquanto a chuva se misturava com suas lágrimas. 

— Demi? 

— Moço, eu preciso de ajuda pra tirar aquela moça dali, ela já está sentada ali chorando faz quase meia hora e eu estou preocupado, ela pode acabar ficando doente se continuar na chuva. — Joe franziu o cenho quando viu Demi sentada sobre a lápide de Eddie. O que ela estava fazendo ali? Ele tirou sua jaqueta, entregou para o moço e correu até Demi.

— Demetria, o que você está fazendo aqui? — Ele se abaixou perto dela e sentiu seu coração doer quando viu os olhos vermelhos e o rosto delicado com uma feição triste. Demi suspirou e o abraçou, era tudo o que ela precisava, de um abraço. Ela encostou a cabeça no peito dele e chorou, despejando toda a sua dor. 

— Eu sou uma filha horrível, Joseph! Eu sou um monstro. Eu não fui ao enterro me despedir dele, não fui ao velório ajudar a minha mãe e minha irmã, eu deixei tudo por conta de uma garota de quinze anos, que tipo de monstro faz isso? 

— Você teve os seus motivos e seu pai sabe disso! Só porque você não estava no enterro ou no velório isso não quer dizer que você sofreu menos ou que você é uma filha ruim. Eu estava com você e vi como tudo foi difícil, você foi embora porque precisa ajudar sua família de alguma forma e você muito forte ao tomar essa decisão, eu tenho certeza que seu pai tem orgulho de você por isso, você é uma menina forte, Demetria, vai passar por isso. — Demi sentiu cada pedacinho do seu coração quebrado se encher de esperança e paz. — Agora levanta e vamos sair daqui, antes que você fique doente. Você não tem que se culpar por isso, Eddie te amava muito e eu sei que aonde quer que ele esteja, ele está cuidando de você e te protegendo. — Joe levantou-se e estendeu a mão para ajuda-lá a levantar, Joe colocou a rosa branca que ele havia trago na lápide de Eddie e sorriu fraco. 

— Você sempre vem aqui? — Perguntou enquanto eles caminhavam juntos, Patrick entregou a jaqueta de Joe e ele colocou em volta dos ombros dela. 

— Eu venho aqui pelo menos uma vez a cada duas semanas, eu e seu pai eramos grandes amigos e ele já me ajudou muito, foi uma pessoa muito especial na minha vida. — Demi sorriu e assentiu, Eddie era tão bondoso com todos, ela queria ter um bom coração assim como ele. 

— Obrigada pela ajuda, Joseph. 

— Você está bem para dirigir? Eu posso levá-la para casa, você está toda molhada e pode ficar doente. — Demi franziu o cenho, ele estava preocupado?

— Eu preciso passar em um lugar primeiro antes de ir pra casa.

— Eu acho melhor você ir pra casa se esquentar. 

— Porque você está preocupado, em? — Pergunto impaciente. — Você me odeia, deveria estar rindo da minha desgraça e não me ajudando. 

— Eu não sou esse tipo de pessoa, Demetria. Diferente de você, eu tenho um coração. — Disse e adentrou em seu carro dando partida logo em seguida, idiota! Era isso que recebia por ser gentil.

Demi adentrou no carro e só então percebeu que ainda estava com a jaqueta dele, aquela jaqueta tinha um cheiro bom e tão familiar. Ela suspirou e deu partida no carro, porque tinha que ser tão estúpida? Demi não demorou muito para chegar até o restaurante, quando ela entrou havia apenas Paul na recepção, ela se aproximou e Paul sorriu ao vê-la.

— Querida, como você está? 

— Eu estou bem, Paul. — Sorriu brevemente. — Joseph está por aqui? Preciso entregar algo pra ele. — Mordeu o lábio inferior e Paul franziu o cenho sem entender, mas assentiu e sorriu. 

— Joe está lá na sala dele, a primeira porta à direita. — Demi agradeceu e foi até lá, ela bateu na porta e adentrou quando teve permissão mas se arrependeu amargamente quando viu Elisa sentada no colo dele. 

— Eu vim apenas entregar a jaqueta que você esqueceu comigo, obrigada pela ajuda, significou muito pra mim. — Disse se aproximando para entregar a jaqueta, ela estava arrependida por ter sido ignorante com ele drpois da grande ajuda que recebeu, queria se desculpar decentemente mas parecia que estava em um campo minado. Elisa lhe encarava com uma cara nada boa.

— Não precisa agradecer, Demetria. Quando sair fecha a porta, por favor. — Sua voz era fria e Demi assentiu, ela saiu da sala irritada e nem sabia o motivo, ela merecia aquilo. 

 — Demi? O que está fazendo aqui? — Miley perguntou ao ver a irmã ali. Ela estava toda molhada e tremia de frio. — Está tudo bem? — Perguntou preocupada, Demi assentiu e sorriu.

— Será que podemos conversar?

— Podemos mas antes você tem que se secar antes que pegue sua doença. — Disse puxando a irmã pela mão ignorando as reclamações dela. As duas adentraram em uma salinha e Miley entregou uma muda de roupa que sempre levava consigo.

— Isso não vai servir em mim. — Disse observando o vestido florido.

— É melhor do que você pegar alguma doença, anda veste. — Demi revirou os olhos e retirou as roupas molhadas ficando apenas com roupas intimas, ela vestiu o vestido florido e suspirou, havia ficado um pouco apertado pelo fato de Miley ser mais esbelta que ela mas sorriu ao ver o sorriso da irmã.

— Você está parecendo aquela Demi de dezessete anos. — Miley observou sorrindo, Demi suspirou e se olhou num espelho que havia na sala. Ela se sentia com dezessete anos novamente. — Você está com frio? Eu tenho um casaco aqui.

— Não, aqui está quentinho. Podemos conversar agora?

— Podemos, vamos até uma mesa. — As duas caminharam até uma mesa mais afastada e sentaram-se de frente para a outra. Demi observou a chuva que caia forte do lado de fora pela enorme janela e suspirou. — O que você estava fazendo na sala do Joseph? — Perguntou curiosa.

— Fui entregar a jaqueta dele que ele esqueceu comigo. — Miley arqueou a sobrancelha — Não foi nada demais, ele apenas me ajudou lá no cemitério.

— O que você estava fazendo num cemitério?

— Eu fui visitar o papai. — Miley suspirou e desviou o olhar, ela sempre evitava falar sobre a morte do seu pai, era algo que ainda doía nela. — Eu quero que você vá para Nova York comigo. — Disse quebrando o silêncio que havia se instalado sobre elas e acabou surpreendendo a irmã.

— Nova York? — Demi assentiu e segurou uma das mãos da irmã que estava em cima da mesa. — Eu adoraria mas não posso largar as coisas por aqui dessa maneira...

— São apenas dois dias, Mi. Eu preciso resolver minha vida e eu preciso de você ao meu lado, eu não vou conseguir sozinha. — O olhar carregado de dor da irmã fez Miley sentir seu coração quebrar, ela apertou uma das mãos de Demi e sorriu.

— Demi, você é mais forte do que pensa, você vai conseguir passar por isso, o.k? Nós vamos para Nova York e vamos nos divertir muito. — Elas trocaram um olhar confidente que não trocavam à anos e sorriram. — Eu vou conversar com Joseph e fazer um almoço especial pra você.

— Eu estou adorando ser mimada. — Brincou quando a irmã levantou.

— Não fica mau acostumada não, bebê. — Lhe mostrou língua e saiu sorrindo, ela estava tão feliz. Demi pegou seu celular dentro da bolsa e discou o número do seu advogado, tocou três vezes e ele atendeu, Scott era um velho amigo da faculdade e ela sabia que ele agilizaria o processo do divorcio.

— Você está bem, querida? — Perguntou simpático.

— Eu estou bem, Scott. E você?

— Estou bem graças ao bom Deus, eu acho que já sei o motivo pelo qual você me ligou. — Disse brincalhão e Demi riu, Scott tinha um senso de humor muito bom. 

— Consultou sua bola de cristal? — Perguntou divertida e ele gargalhou.

— Ainda não tenho esse poder mas Anne me ligou e disse que você provavelmente iria pedir o divórcio, eu já enviei os papeis para Bradley, ainda não obtive respostas do advogado dele mas precisamos marcar uma reunião para decidir o que vai entrar na separação de bens e pra você assinar os papéis. 

— Amanhã eu estarei aí e resolveremos tudo! Eu quero a guarda definitiva da minha filha, você colocou isso nos papéis?

— Coloquei sim, está tudo do jeito que você gostaria. 

— Obrigada por tudo, Scott. Eu não sei o que seria da minha vida sem você e Anne.

— Fazemos apenas o nosso trabalho, se precisar é só ligar, nos vemos amanhã! — Demi se despediu do advogado e agradeceu ao jovem garçom quando ele trouxe seu almoço, ela deu uma garfada e suspirou fechando os olhos, aquilo estava maravilhoso! Miley deveria ser a melhor chefe de cozinha daquela cidade.

Miley abriu a porta da sala de Joseph e revirou os olhos ao ver Elisa encostada perto da janela, enquanto Joe lia alguns papeis, aquela mulher não tinha nada de importante pra fazer da vida? — Precisamos conversar. 

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou tirando os olhos dos papéis para encarar a amiga.

— Eu preciso de dois dias de folga. — Joe arqueou a sobrancelha e Miley sorriu de lado. — Vou viajar para Nova York amanhã com a minha irmã. — Ele assentiu e suspirou, com o olhar que Miley lhe lançou se ele negasse provavelmente não passaria daquele dia. 

— Tudo bem, ela deve estar precisando de você. — Deu os ombros e voltou a encarar os papéis.

— Ah, e ela pediu pra agradecer mais uma vez a ajuda que você deu pra ela mais cedo, ela disse que foi uma grande ajuda e muito essencial pra ela. — Piscou e saiu da sala, Elisa arqueou a sobrancelha e o encarou como se cobrasse uma explicação.

— Você disse que não foi nada demais. 

— E não foi. Elisa, cadê sua auto-confiança? 

— Quando se trata de você, eu não sou tão confiante assim, eu tenho medo dela te roubar de mim. 

— Elisa isso não vai nos levar à lugar nenhum, eu estou com você agora e não tenho planos nenhum em deixar você sair da minha vida, eu não quero Demetria de volta na minha vida... Ela é irmã da minha sócia e agora que as duas se resolveram creio que vai aparecer no restaurante com mais frequência mas nosso contato não vai passar de ser algo profissional, apenas isso. Você confia em mim?

— Confio, eu amo você, Joseph! — Ela entrelaçou suas mãos e o beijou.


***


Demetria adentrou em casa, colocou sua bolsa em cima do sofá e retirou as sandálias. Seus pés estavam doloridos e ela precisava de um banho! Caminhou até a lavanderia e colocou suas roupas molhadas dentro da máquina. A casa estava silenciosa e ela estranhou todo aquele silêncio, geralmente Sophia estava rindo ou falando palavras que só faziam sentindo na cabecinha dela. — Mãe? — Chamou subindo as escadas, entrou no quarto da mãe e a encontrou sentada na cama com um porta retrato nas mãos. — Mãe, está tudo bem? — Se aproximou, Dianna limpou as lágrimas e sorriu assentindo, ela não gostava de demonstrar fraqueza, principalmente na frente das filhas. — Mãe, o que a senhora está fazendo? — Demi sentou ao lado da mãe e retirou o retrato do seu pai das mãos dela.

— Eu só estava com saudades dele. — Fungou entristecida. — Às vezes a realidade me atingi e eu percebo que nunca mais o terei do meu lado, ele saberia exatamente como aconselhar você à fazer a coisa certa.

— Eu também sinto muito a falta dele, mas aonde quer que ele esteja, ele está olhando por nós e nos protegendo. — Disse lembrando-se das palavras de Joseph.

— Você tem razão, querida. — Sorriu e Demi limpou as lágrimas da mãe, ela odiava ver sua mãe chorar. — E então?

— Amanhã eu e Miley iremos para Nova York. — Dianna franziu o cenho e Demi deitou a cabeça no colo da mãe enquanto sentia o carinho que ela fazia em seu cabelo, aquilo ela era tão bom. — Eu preciso assinar os papeis do divórcio, vou dar uma entrevista com uma coletiva de imprensa e pegar algumas coisas minhas que ficaram na cobertura.

— Você vai mesmo se separar dele? — Demi assentiu, o silêncio tomou conta do local por alguns minutos.

— Eu não quero viver uma relação à três, não quero viver com um homem que mente e acima de tudo não quero viver brigando, eu sei que é isso o que vai acontecer se eu voltar pra lá. A minha filha merece o melhor, e o melhor para ela é o divórcio, não vai ser saudável ela crescer num ambiente que só tem brigas. Eu posso criar a minha filha muito bem sozinha. — Dianna sorriu orgulhosa da filha e assentiu.

— Você vai passar por cima disso, filha. Eu sei que vai!


--

quem foi que voltou mais cedo com um capítulo novinho pra vocês?
gente, eu acho que esse foi o capítulo que eu escrevi com mais facilidade.
eu estou tão feliz e satisfeita com ele, espero de coração que vocês gostem. o que acharam do momento jemi? eu particularmente me tremi toda enquanto escrevia.
muuuuitos tiros vem por aí, esse aí é só o começo. 
enfim meninas, eu volto o mais rápido que eu puder com o próximo.
obrigada por cada comentário e visualizações, vocês são maravilhosas <3
respostas aqui | bjs meus amores.


se não for pra causar, nem posto! 

18/02/2017

Capítulo 16. Uncovered

não revisei, ignorem qualquer erro xx



02:30 da manhã



Cuidadosamente Demi se desfez dos braços fortes que lhe abraçavam pela cintura e sentou-se na cama cobrindo o corpo com o lençol. Ela observou aquele homem bonito que dormia em sua cama e suspirou profundamente, sua mente gritava lhe avisando que havia cometido uma grande burrada e que iria se arrepender mas como poderia se arrepender de dormir com seu próprio marido? Sua mente estava uma verdadeira bagunça e ela estava tão confusa... ele estava lá... Joseph estava lá em cada momento de súplica, gemido e prazer! Joe estava lá toda vez que ela fechava os olhos e precisou morder o lábio inferior várias vezes para não gemer alto o nome dele. Que diabos estava acontecendo com ela?

Bradley abriu os olhos vagarosamente e piscou algumas vezes até focalizar o rosto de Demetria. Ele sorriu e esticou os braços para tocá-la nos ombros. — Que horas são? — Perguntou com a voz rouca. Demi suspirou e passou uma das mãos pelo cabelo, seu coração estava uma enorme bagunça e ela não sabia como encará-lo, não depois de imaginar outro homem durante o sexo.  

— Duas e dez! — Demi respondeu fitando o relógio em cima do criado-mudo, Bradley suspirou e sentou-se na cama.

— Meu voo sai às quatros, preciso me arrumar se não vou me atrasar. — Ela não disse nada, apenas alcançou sua camisola que estava jogada num canto do quarto e se vestiu enquanto Bradley caminhava preguiçosamente até o banheiro. Demi aproveitou para trocar os lençóis da cama e colocar Sophia no lugar que antes era ocupado pelo marido. Enquanto Bradley estava no banheiro, Demi viu o celular dele vibrar em cima do criado-mudo ao lado do abajur, não queria fazer isso mas a curiosidade falou mais alto, o número era desconhecido e ela acabou atendendo.

— Alô?

— Alô, quem está falando? — Demi franziu o cenho ao ouvir a voz feminina, aquela voz... ela conhecia de algum lugar.

— Demetria Lovato, quem gostaria? — O silêncio do outro lado da linha fez com que Demi ficasse confusa, não demorou muito e a pessoa desligou o telefone.

— O que você está fazendo? — Bradley perguntou fazendo Demi se assustar, ela suspirou e entregou o celular para ele.

— Seu celular estava tocando e eu não queria que acordasse Sophia, acabei atendendo. — Ele não disse nada apenas pegou o celular das mãos de Demi e guardou dentro do bolso da bermuda jeans. Enquanto Bradley arrumava sua mala, Demetria deitou ao lado de Sophia na cama e fechou os olhos. — Você está calada, aconteceu algo? — Demi apenas negou enquanto fazia carinho nos cabelos loiros da filha, a garotinha até suspirava durante o sono e tinha as bochechas rosadas.

— Só estou um pouco cansada, foi um dia cheio! — Bradley assentiu enquanto vestia a camiseta. O silêncio se acomodou entre eles e Demi suspirou, céus, ela estava muito cansada! Ela não sabia quanto tempo ficara com os olhos fechados mas quando os abriu novamente, Bradley já estava vestido e estava com a mochila nas costas, pronto para partir. — Já está indo? — Perguntou baixinho, ele assentiu e se inclinou sobre ela para beijá-la.

— Eu espero que pense na nossa noite e em tudo o que eu te disse, eu te quero, te quero muito, Demi! Estarei lhe esperando em Nova York. — Ele beijou seus lábios rapidamente e sorriu de lado. — Até mais, querida. — Acenou e saiu do quarto, nem da filha havia se despedido. Demi não teve muito tempo para pensar nisso, apenas deitou a cabeça no travesseiro e logo estava envolvida em um sono profundo.

Bradley desceu as escadas cuidadosamente enquanto trocava algumas mensagens no celular, estava tão distraído que acabou se assustando quando avistou Dianna sentada no sofá enquanto tomava uma xícara de café.

— Já está indo, Bradley? — Perguntou colocando a xícara de lado, o olhar dela era intimidante, e por um momento ele sentiu medo.

— Sim, eu tenho que me encontrar com... é... bom, eu tenho uma reunião com um cliente. — Gaguejou, Dianna apenas assentiu e levantou, ela era tão baixinha que Bradley teve que abaixar a cabeça para encará-la.

— Eu vou te dizer uma coisa, rapaz. — Dianna cruzou os braços e deu um passo em direção à ele. — Eu não te conheço e não sei absolutamente nada sobre sua vida mas eu sei o que você aprontou com a minha filha, e no momento em que eu vi minha garotinha na porta da minha casa chorando como um bebê, você mexeu com uma leoa, uma leoa que protege seus filhos à todo custo. O que eu quero dizer é o seguinte: Pense muito bem antes de machucar minha filha novamente, porque se você machucá-la, eu sou capaz de ir atrás de você até no inferno e ai você vai se arrepender de ter nascido, está me entendendo?   — Bradley engoliu em seco e assentiu, ele estava surpreso demais para falar alguma coisa. Dianna era tão pequena, parecia ser tão frágil e boba, nunca havia imaginado ouvir aquilo dela.

— É... eu... entendo perfeitamente que... que você está tentando proteger sua filha mas não se preocupe, Demetria está perfeitamente segura comigo. — Suas palavras não haviam convencido Dianna nem um pouco, tinha algo naquele homem que lhe embrulhava o estômago.

— Você me prometeu isso uma vez quando eu entreguei ela no altar para você e veja só, você não cumpriu sua promessa, eu não confio mais em você. O pai dela não está aqui para protegê-la mas eu estou e vou protegê-la com todas as minhas forças, então espero que você pense trinta vezes antes de magoá-la. — Bradley assentiu e arrumou a mochila nas costas. — Faça uma boa viajem!

— Obrigada, Dianna... boa noite! — Dianna fechou a porta assim que ele saiu, apagou as luzes da sala e subiu para o quarto. Aquele homem não era o cara certo pra sua filha e esperava que Demi enxergasse isso muito em breve, antes que fosse tarde demais.



Dia seguinte, 11:30 da manhã 


Demi abriu os olhos, piscou algumas vezes até se acostumar com a claridade do quarto e suspirou quando não sentiu o pequeno corpo de Sophia aninhada à si. Ela até pensou em dormir mais cinco minutinhos mas a gargalhada alta de Sophia e o falatório no andar de baixo lhe chamou atenção, pelo visto tinham visita! Demi levantou da cama e foi para o banheiro fazer sua higiene matinal e tomar uma ducha, ela não demorou muito no banheiro e logo estava se trocando. Ela optou por um vestidinho preto de malha e calçou suas sandálias, prendeu os cabelos num rabo de cavalo alto e desceu, quando chegou ao andar de baixo descobriu o motivo de Sophia rir tanto, Selena estava sentada com a pequena no colo, e fazia algumas caretas para a garotinha. Demi sentiu uma pontada de ciúme invadir seu peito, Miley estava sentada ao lado de Selena e as duas riam alto quando Sophia tentava imitar as caretas de Selena. 

— Sua sobrinha é uma graça, Mi. — Selena disse cessando o riso, ela ainda não havia notado a presença de Demi na sala. 

— Uma graça e muito sapeca, se você desgrudar o olho dela por um segundo é capaz dela colocar fogo na casa. — Selena riu lembrando-se de quando Daniel era pequeno, ela sentia falta de um bebê para mimar. 

— Bom dia! — Demi falou sem se importa com a frieza no seu tom de voz. Ela estava com ciúmes da sua filha e da sua irmã, era um sentimento maior que ela e não conseguia simplesmente evitar.

— Bom dia. — Selena e Miley disseram junas. Demi percebeu que Selena havia ficado um pouco desconfortável com sua presença.

— Finalmente você acordou, querida. — Dianna adentrou na sala sorridente. — Eu convidei alguns amigos para um almoço em família, espero que não se importe.

— Não, não me importo. — Sophia engatinhou até Demi e se apoiou na perna da mãe para ficar em pé, a pequena abriu um enorme sorriso e Demi sentiu seu coração encher de alegria, toda vez que sua filha sorria ela sentia-se capaz de enfrentar o mundo. Demi se agachou e pegou a menina no colo. 

— Mamãe sentiu falta de acordar com você, pequena. — Disse levantando a pequena no ar, Sophia gargalhou e levantou os bracinhos. — Eu amo você. — Falou enquanto enchia o rosto da menina de beijos. Seu estômago roncou alto e ela sentiu as bochechas corarem, ela estava muito faminta. — Com licença. — Pediu envergonhada e foi direto pra cozinha, a torta de frango em cima da pia fez seu estômago gritar e ela se perguntou se sua mãe perceberia se ela roubasse um pedacinho, as tortas de Dianna eram as melhores. —  Isso fica entre nós, ouviu? — Disse para Sophia que olhava para a mãe sem entender nada. Demi beliscou o pedaço da torta e fechou os olhos saboreando aquela maravilha, aquilo estava divino.

— Eu vi isso, Demetria Lovato! — Demi virou assustada e deu de cara com sua mãe, ela tinha as mãos na cintura e a encarava com o olhar intimidante.

— Bobó. — Sophia disse tampando o rosto com as mãos

— Desculpe-me mas essa torta estava me chamando e eu não resisti. — Dianna riu. 

— Está tudo bem, o almoço não vai demorar mas não fique sem se alimentar, o café da manhã é a refeição mais importante do dia. — Demi assentiu e pegou uma maçã. Dianna verificou o macarrão de forno e tampou a panela do arroz, o cheiro estava divino e ela estava orgulhosa da sua culinária. 

— Querida, você conversou com Bradley? — Demi observou as feições da mãe e sentiu as bochechas corarem, será que ela tinha escutado algo?

— Não, não conversamos... eu estava muito cansada. — Desviou o olhar da mãe e agradeceu mentalmente quando Paul adentrou na cozinha segurando uma travessa de mouse de chocolate com morango.

— Bom dia, meninas. — Ele cumprimentou cada uma com um beijo na testa enquanto Dianna colocava a sobremesa dentro da geladeira. 

— Bom dia, Paul.


***


O pequeno Daniel correu pelo enorme campo de futebol com os braços erguidos e um enorme sorriso estampado no rosto. Nicholas e Joseph haviam ido jogar futebol e levaram o garotinho para jogar junto com eles. Era algo que eles faziam desde que eram adolescentes, era um momento em que eles podiam conversar e se divertir, podiam despejar as frustrações do dia à dia no futebol e era muito legal estar passando isso para o pequeno Daniel. — Ganhamos papai, ganhamos. — Disse animado, Joe riu e observou os dois, ele admirava muito o amor e o cuidado que Nicholas tinha com a família, esperava um dia ter o mesmo amor e cuidado com sua própria família.

— Sim, nós ganhamos, filho! — Nick disse se aproximando de Joseph, Daniel estava sentado em volta do seu pescoço e estava com um sorriso orgulhoso nos lábios.

— Como está se sentindo depois dessa bela vitória, Daniel? — Joe perguntou como se fosse um repórter e Daniel riu.

— Eu estou me sentindo um campeão.

— A brincadeira está ótima mas precisamos ir, sua mãe já me me ligou três vezes perguntando se já estávamos chegando. — Nicholas falou revirando os olhos e Joe prendeu o riso. Joseph adorava tirar sarro do amigo toda vez que Selena estava irritada e brigava com ele por coisas bestas. — Se você falar alguma gracinha eu deixo você ir à pé! — Disse apontando para Joseph. 

— Eu não ia dizer nada. — Se defendeu e Nicholas revirou os olhos enquanto eles caminhavam até o estacionamento.

— Mas queria! — Joe riu — Eu não sei como Elisa não colou no seu pé hoje. 

— Ela foi se encontrar com algumas amigas. — Deu os ombros enquanto desativava o alarme do carro. 

— Vocês estão ficando sério? — Perguntou curioso.

— Não é nada oficial e todo mundo sabe disso mas estamos juntos, é um relacionamento leve, sem pressão... eu gosto do que temos. — Joe disse adentrando no carro, Nick colocou Daniel no banco de trás e ajudou o filho com o cinto de segurança. 

— Então você não vai pedi-lá em namoro e nem oficializar as coisas? — Perguntou novamente quando sentou no banco do passageiro. 

— Não, por enquanto eu estou bem assim e acho que ela também. — Respondeu dando partida no carro.

 — Você sabe o que eu penso sobre ela, não sabe? — Joe assentiu. Nicholas não gostava de Elisa e assim como Miley, desconfiava de toda aquela "bondade" dela, uma pessoa que já tinha feito tão mal à tanta gente não mudava assim do dia pra noite, mudava?

— Eu sei mas não vejo motivo pra isso, ela se tornou uma boa pessoa. Elisa já fez muita merda mas todos nós já fizemos merda alguma vez na vida. — Deu os ombros

— Eu só acho que tem muitas mulheres bonitas em Nashville, você deveria se arriscar... Quem sabe você não encontre uma mulher para construir uma família?

— E o que te faz pensar que quero construir uma família? — Arqueou a sobrancelha e desviou brevemente o olhar da estrada para encarar o amigo.

— Ora Jonas, todos nós sabemos que é um sonho seu, desde que você estava com Demetria... eu não acho que Elisa seja a mulher na qual você vai construir uma família, ela não parece ser esse tipo de pessoa.
— Você não parece o tipo que cuida da vida alheia e olha só. — Disse num tom de brincadeira, Nick riu e balançou a cabeça fazendo uma careta.

— Acho que a convivência com Miley e Selena me fizeram ficar assim. 

— Papai, eu estou com fome. — Daniel resmungou no banco de trás.

— Nós estamos chegando, filho. — E realmente eles não demoraram muito pra chegar. Daniel foi o primeiro à descer do carro, ele mesmo desfez o cinto de segurava e saiu correndo apertando a campainha da casa da avó. 

— Dinda! — Miley sorriu quando viu o garoto, beijou a testa do menino e bagunçou os cabelos loiros dele. 

— Oi meu amor, como você está?

— Eu estou bem, dinda. O tio Joe perdeu o jogo pra mim. — Disse animadamente, Miley sorriu e se abaixou para dizer algo no ouvido do garoto. 

 — Seu tio é um bunda mole. — Daniel riu e acenou para a pequena Sophia que estava engatinhando até a tia. A garota estava apenas com uma frauda descartável e parecia estar fugindo de algo. 

— Até que fim os atrasados chegaram. — Miley falou irônica quando avistou Nick e Joseph. 

— Boa tarde pra você também, Miley. — Nicholas falou irônico e abraçou a amiga, Joe riu quando Miley reclamou e a abraçou também. 

— Sai daqui, vocês estão soados. — Demi parou na entrada da sala e encarou a irmã resmungando e Joseph pirraçando-a e sorriu, às vezes quando olhava para Joseph ela sentia-se com dezessete anos novamente, como se nada tivesse mudado! 

— Boa tarde. — Disse educadamente. 

— Boa tarde. — Nicholas disse encarando-a, era a primeira vez que ele tinha um contato direto com ela. Demi sorriu sem graça quando seu olhar cruzou com Joseph. 

— Filha, você precisa tomar banho. — Demi estava tentando dar banho na garotinha mas assim que virou as costas, a menina fugiu. Sophia era tão sapeca que era preciso estar de olho nela vinte e quatro horas por dia.

— Você quer ajuda, tia? — Daniel perguntou sorridente.

— Claro, tenho certeza que Sophia vai adorar sua companhia. — Sorriu e subiu as escadas para o quarto com Sophia e Daniel.

— Finalmente vocês chegaram, eu já ia ligar pra vocês novamente. — Joseph e Nicholas se entreolharam e riram. Selena franziu o cenho e deu um selinho no marido. — Do que vocês estão rindo?

— De nada, querida. 

— Cade o Dan? — Perguntou quando não viu seu filho correndo pela casa. 

— Ele subiu com a Demi. — Miley respondeu sem tirar a atenção do celular, ela estava trocando mensagem com Liam.

— Porque o Liam não foi jogar com a gente? — Joe sentou-se no sofá e tomou o celular das mãos dela apenas para pirraçá-la. 

— Ele foi pra Nova York com a mãe ontem à noite, a irmã dele ganhou bebê e eles foram visitá-la, ele deve voltar ainda hoje mas parece que a mãe dele vai ficar um tempo por lá. — Deu os ombros e pegou o celular das mãos de Joe. Liam era um tio babão e estava mandando várias fotos do sobrinho, ele era a coisa mais fofa. 

— Tia, porque a Sophia não fala? — Daniel perguntou curioso enquanto descia as escadas ao lado de Demi e Sophia. 

— Porque ela ainda é um bebê e está aprendendo a falar. — Sorriu e Daniel assentiu pensativo. 

— Eu posso ensinar ela à falar. — Disse animado e Demi riu, aquele garotinho era tão fofo e esperto. Joe e Nick estavam sentados no sofá e conversavam sobre coisas aleatórias, Miley estava jogada numa poltrona enquanto mexia no celular, a TV estava ligada mas ninguém prestava atenção

— O almoço está servido, pessoal. — Dianna anunciou, todos foram até a sala de jantar e sentaram em volta da enorme mesa. A mesa estava repleta de variações, Demi serviu-se com um taco que parecia estar lhe chamando, era uma das suas comidas favoritas e fazia muito tempo que ela não comia. 

— Esse taco está uma delícia, mamãe. — Demi falou enquanto saboreava o recheio, aquilo estava maravilhoso!

— Obrigada, querida, mas foi Selena quem fez. — Dianna respondeu sorrindo, Demi ficou sem graça e Miley não segurou o riso, aquele almoço estava começando à ficar interessante. 

— Está muito bom, Selena. — Demi disse sem graça.

— Obrigada, Demetria. — Selena respondeu com um sorriso. 

— Seu marido não vai descer, querida? — Paul perguntou curioso, não havia visto o marido de Demi ainda. Demi negou com a cabeça e imaginou como seria se Bradley estivesse ali com ela participando daquele momento em família. 

— Ele já foi.

— Mas já? Pensei que ele ficaria mais tempo para nos conhecermos melhor.

— Ele tinha uma reunião importante com um cliente.

— Esse pessoal da cidade grande vive correndo, né? — Nick disse sem más intenções e acabou recebendo um breve tapa de Selena. — Ai! — Reclamou alisando o local agredido. — Desculpe-me

— Não, tudo bem. — Demi sorriu. — Você tem razão, lá em Nova York tudo é uma correria, as pessoas não param um minuto.

— Eu não daria pra viver numa cidade dessa, ficaria louco no primeiro dia. — Paul disse fazendo careta  e os demais riram, o clima entre eles estava agradável e Dianna estava feliz por isso.

— Quando eu fui pra lá, eu pensei que não iria me acostumar, era totalmente diferente do que eu estava acostumada à viver mas com um tempo você se acostuma e vai fazendo parte daquela rotina louca. 

— Quem foi a primeira famosa que usou um vestido seu? — Paul perguntou interessado, ele se interessava por tudo que envolvia moda.

— A primeira famosa que usou um dos meus vestidos foi a Christina Aguilera, eu surtei quando eu vi as fotos dela em uma premiação, e depois Angelina Jolie também usou o mesmo vestido, eu só conseguia chorar como uma criança, aquele foi o meu primeiro acerto e céus, eu fiquei tão feliz. — Joseph observou o sorriso dela e não pode evitar o sorriso que surgiu em seus lábios, dava pra ver na maneira em que os olhos dela brilhava que ela tinha muito orgulho do que fazia.

— E como você conseguiu essa proeza? O ramo da moda é um ramo muito difícil pra conseguir sucesso, e em menos de dois anos famosas como a Angelina Jolie estavam usando seus vestidos. — Nick perguntou, ele estava interessado naquele assunto. Ele olhou para Joseph e sorriu sabendo que aquela também era uma dúvida dele. 

— Bradley e a família dele foram essenciais para que eu alcançasse esse sucesso tão rápido, Miranda, a mãe de Bradley trabalha nesse meio há anos, eu estava noiva de Bradley na época, havia praticamente acabado de me formar, ela gostava dos meus desenhos e acabamos assinando uma parceria com a marca Gucci, as roupas foram parar na semana de moda e foi um sucesso, acho que foi assim que tudo começou.

— Isso é incrível. — Paul disse orgulhoso, Dianna sorriu e observou suas duas filhas, ela tinha muito orgulho das suas meninas. 

— Selena também trabalha no mundo das roupas. — Dianna brincou e Demi arqueou a sobrancelha, havia ficado um pouco curiosa pra saber mais. 

— Você também é estilista? 

— Não, eu não sou... eu só tinha uma loja de roupas, não era grande coisa... — Deus os ombros. — Eu não tive condições de fazer uma faculdade e me formar. 

— Era grande coisa sim. — Joe disse, ele não deixaria Selena se rebaixar só porque Demetria tinha uma faculdade de moda e desenhava para grandes marcas. — Você desenha incrivelmente bem e as roupas da sua loja era simplesmente as melhores da cidade, muito melhor que muitas roupas de luxo. — Demi sentiu a alfinetada de Joe e teve vontade de revirar os olhos, realmente parecia que nada havia mudado, ele continuava defendendo Selena. 

— Eu concordo com Joseph, não porque você é minha mulher mas você é simplesmente incrível em tudo o que faz, querida. — Selena sorriu com as bochechas coradas e Demi observou Selena e Nicholas, ela podia jurar que Selena iria casar com Joseph. Eles mudaram o rumo da conversa e conversaram sobre variados tipos de assuntos. Depois de muito conversarem e de se deliciarem com os vários tipos de comida, eles se reuniram na sala enquanto comiam a sobremesa que Paul havia trago. 

— Pode mudar de canal, eu não quero assistir futebol. — Miley disse empurrando Joseph 

— E a gente não quer assistir canal de fofoca. — Nicholas respondeu fazendo careta, Joe e Nick adoravam pirraçar Miley, era tão divertido. 

— Então é exatamente isso o que vocês vão assistir. — Pegou o controle e colocou no E! um canal de fofocas sobre os famosos. 

Parece que o casal do mundo da moda está em crise! 
Bradley Cooper foi visto aos beijos e abraços com a modelo Taylor swift, na madrugada
desse sábado, no aeroporto de Nova York. Mas parece que essa não é a primeira vez
 que os dois foram vistos juntos, segundo fontes do E! news, a modelo e o empresário 
tiveram um final de semana romântico em Cancún, no México. Até então a estilista 
queridinha das famosas não se pronunciou sobre o assunto. Recentemente, a assessora de Demi soltou um comunicado dizendo que a estilista está dando uma pausa na carreira e  está passando um tempo com a família em Nashville. A traição seria o motivo dessa pausa?


— Desliga essa porra! — Sua voz quase não saiu, suas mãos tremiam e se não estivesse sentada ela com certeza teria caído com Sophia em seus braços. Seu coração batia forte no peito e ela não estava conseguindo raciocinar direito. Todos olhavam pra ela e esperava uma reação. O coração de Joe estava acelerado, e um misto de sentimentos tomava conta de si, dó, satisfação, pena, compaixão... 

— Demi... 

— Me deixa sozinha. — Demi deixou Sophia sentada em cima do sofá e correu para o andar de cima, parecia até que suas pernas haviam criado vida própria. Ela não conseguia derrubar uma lágrima, sua mente perguntava o porque dele ter feito isso com ela e seu coração gritava "SUA BURRA" como pode ser tão burra a ponto de se entregar à ele?

Miley adentrou no quarto e franziu o cenho ao ver Demi sentada na cama olhando para um ponto fixo do quarto, pensara que a irmã estaria se desmanchando em lágrimas. Ela adentrou vagarosamente no quarto, fechou a porta e se ajoelhou perto de Demi. — Você está bem? — Perguntou cautelosamente, ela estava estranhando a reação de Demi.

— Eu não sei... — Respondeu vagamente. Miley sentou ao lado de Demi na cama, colocou um travesseiro em seu colo e Demi encostou a cabeça no travesseiro enquanto Miley fazia carinho nos cabelos dela, as lágrimas foram escorrendo pelo seu rosto e Demi não conseguiu se controlar, ela começou a chorar como um bebê e chegava à soluçar,  Miley não sabia o que fazer, será que Demi realmente amava Bradley? — Eu sinto muito, Mi. Eu sinto muito, eu não queria...

— Demi você não tem que sentir muito por ele, quem fez a burrada foi ele, não você. — Disse com lágrimas nos olhos, a irmã estava sofrendo e ela não desejava aquilo nem para o seu pior inimigo.

— Eu não queria fazer aquilo, eu não queria te trair da maneira que eu te trair, meu Deus, eu sinto muito, me perdoa. — Demi falou entre os soluços, Miley não estava conseguindo entender... ela estava se desculpando pelo o que exatamente? — Na noite em que você me viu na cama com Josh... eu não queria fazer aquilo, céus, eu juro que eu não queria... mas Elisa disse que eu deveria fazer Joseph pagar, eu não queria fazer aquilo, Miley, me perdoa por favor. — Miley sentia seu coração bater forte no peito, aquilo era tudo o que ela precisava ouvir, as sinceras desculpas da irmã, era tudo o que ela queria ouvir para perdoá-la. — Eu te amo tanto, você era minha melhor amiga, minha companheira e confidente, eu estraguei tudo, eu sempre estrago tudo mas não fiz aquilo porque eu quis.

— Eu te perdoo, Demi. — Miley sorriu entre as lágrimas e Demi levantou a cabeça para encarar a irmã. — Eu te perdoo por tudo, vamos seguir em frente e voltar a ser como eramos, você é minha irmã, minha melhor amiga, será eu e você, você e eu pra sempre... — Demi sorriu e Miley limpou as lágrimas da irmã.

— Eu amo você e eu prometo me esforçar todos os dias pra ser a melhor irmã que alguém poderia ter. — Miley sorriu e as duas se abraçaram. A porta foi aberta, Selena adentrou no quarto segurando um copo d'água e sorriu sem graça por atrapalhar o momento da duas.

— Eu não queria atrapalhar vocês, só vim trazer um copo d'água.

— Obrigada, Selena. — Demi agradeceu e sorriu verdadeiramente, apesar de tudo o que estava acontecendo, seu coração estava em paz e sua mente parecia finalmente ter clareado, agora ela sabia exatamente o que deveria fazer.

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alô, alô vocês sabem quem eu sou? 
finalmente cheguei com mais um capítulo e eu espero de coração que vocês gostem. 
a partir de agora só vai ter tiros atrás de tiros, estão preparados?
aconselho que comprem um colete à prova de bala, eu já garanti o meu!
enfim, meninas... respostas dos comentários aqui | volto o mais rápido que eu conseguir.
bjs, até o próximo (: 


sabe a dor? ela precisa ser sentida! 


05/02/2017

Capítulo 15. Birthday


O dia para Dianna havia sido cheio de emoções! Ao acordar ela foi surpreendida com um lindo café da manhã preparado por Demi e Miley. Depois, elas foram até o centro da cidade fazer compras e passaram o resto da tarde em um spa. Estava sendo uma tarde muito divertida entre mãe e filhas e Demetria não podia estar mais feliz por poder passar aquele momento com as pessoas que ela mais amava no mundo. Quando estava com sua mãe e sua irmã, ela se sentia uma pessoa melhor, uma pessoa boa. Enquanto as garotas estavam encarregada de manter Dianna ocupada, Paul estava responsável pela decoração da festa, Demi havia contratado um organizador de festas então Paul estava apenas responsável por indicar aonde cada coisa ficaria.

— Obrigada por esse dia incrível, meninas. — Dianna disse assim que elas adentraram no carro, aquele dia havia sido muito especial pra ela. Fazia dez anos que ela não comemorava seu aniversário com toda a sua família reunida, e finalmente depois de tantos anos Dianna podia dizer que sua família estava completa, claro que ainda faltava seu falecido marido mas ele sempre estaria vivo em suas memorias e isso lhe confortava muito. 


Casa da Dianna, 05:10 da tarde.


O quintal dos fundos aonde aconteceria a festa já estava perfeitamente decorado! Os tons de rosa e dourado tomava conta da decoração. Havia várias mesas redondas espalhadas pelo quintal, havia também uma mesa maior de vidro com os bolos, doces e as lembrancinhas. Estava tudo perfeito e Paul sabia que Dianna iria adorar cada detalhe! Os convidados estavam chegando aos poucos, eram apenas amigos próximos à família e algumas crianças do bairro que já estava brincando pelo enorme quintal.

— Meus amores. — Paul disse sorrindo assim que avistou Selena e a família. Eles sorriram e cumprimentaram Paul com um breve abraço.

— Está tudo lindo, Paul. — Selena disse admirando a decoração. 

— Demetria contratou um organizador, nem nos meus melhores sonhos conseguiria fazer uma obra de arte dessas! — Eles riram e Paul os acompanhou até uma mesa privilegiada. 

— Joseph não chegou? — Nicholas perguntou enquanto sentava em uma das cadeiras, Paul negou com a cabeça e encarou seu celular novamente, já era para Joseph ter chegado mas não conseguia falar com o filho desde manhã. 

— Ainda não mas ele me garantiu que viria. — Selena percebeu a aflição na voz dele, se Joseph não aparecesse seria uma enorme falta de consideração.

— Cadê a Sophia, vovô Jonas? — Daniel perguntou olhando em volta observando as outras crianças brincarem pelo quintal, Paul sorriu e alisou o cabelo do garotinho.

— Sophia está com a mãe dela, elas chegaram em breve, não se preocupe. — O pequeno assentiu e decidiu se juntar aos outros amiguinhos que brincavam ali perto. — Eu vou recepcionar os outros convidados, fiquem à vontade. — Eles assentiram e Paul saiu indo até a porta.

— Isso aqui está muito chique, em? Tem até garçons. — Nicholas disse brincando quando um garçom passou por eles e ofereceu uma taça de champanhe.

— Demetria é rica, você acha que ela iria servir salgados e bebida para nós? — Liam perguntou atrás de Nicholas, Selena riu e concordou com o amigo, ele tinha razão. Servir bebidas e salgados não fazia parte da realidade de Demetria.

Aos poucos o local foi enchendo e os convidados foram se acomodando nas mesas. Paul sentiu o celular vibrar em suas mãos, era uma mensagem de Miley avisando que elas haviam acabado de chegar. Ele respirou fundo e virou-se para os convidados. — Elas chegaram, pessoal. — Paul apagou as luzes e todos levantaram para receber as aniversariantes. A porta foi aberta vagarosamente e todos gritaram juntos: — SURPRESA! — Dianna arregalou os olhos assustada mas logo um sorriso brotou em seus lábios. Sophia não entendia nada do que estava acontecendo mas sorriu animada ao ver aquele monte de gente, ela se contorceu no colo da mãe querendo ir para o chão assim que avistou as outras crianças, apesar de ser pequena, Sophia sempre queria estar no meio da bagunça.

— Então era isso o que vocês estavam aprontando? — Dianna disse emocionada fazendo os convidados rirem.

— Feliz aniversário. — Demi e Miley disseram juntas e um abraço em família foi selado enquanto os demais convidados aplaudiam aquele momento. Dianna sentiu seus olhos encherem de lágrimas enquanto desfrutava do abraço das três pessoas que ela mais amava no mundo inteiro. Depois de alguns minutos, elas partiram o abraço aos poucos e sorriram uma para outra.

— Mãe, não chora. — Demi sorriu, beijou a bochecha da mãe e limpou as lágrimas de Dianna com o dedão carinhosamente. — Eu e Miley fizemos tudo isso pra você e Sophia, espero que goste e que termine de aproveitar o dia com todos os seus amigos.

— Nós te amamos muito. — Miley disse sorrindente, Dianna beijou a testa de cada uma delas, celebrar seu aniversário com toda sua família reunida era o melhor presente que poderia receber.  — Seus amigos estão lhe esperando para cumprimentá-la. — Dianna respirou fundo, sorriu e foi até os convidados cumprimentá-los. Ao avistar o namorado sentado junto com os amigos, Miley sorriu e caminhou até lá deixando Demetria sozinha. Demi correu os olhos pelo local procurando pelo marido mas não o encontrou em lugar nenhum, checou seu celular e nada! Ele havia prometido que estaria lá, não queria acreditar que ele não iria aparecer para o primeiro aniversário da própria filha.

— Você está linda. — Liam disse dando um breve selinho na namorada, Miley sorriu sentindo as bochechas corarem e encostou a cabeça no ombro dele. — A mais bonita da festa. — Falou baixinho depositando um beijo no topo da cabeça dela. 

— Eu amo você. — Miley falou com um sorriso bobo no rosto. Liam sempre lhe deixava assim, sorrindo para as paredes e com borboletas no estômago. 

— Estamos aqui casal melação. — Nick disse interrompendo o momento deles, sempre tinha alguém para atrapalhar quando não era Joseph, tinha Nicholas. Miley revirou os olhos e mostrou língua para ele. 

— Cadê Joseph? — Perguntou estranhando, já era para ele ter chegado. 

— Ele está atrasado. — Nick disse enquanto tomava um gole da sua cerveja. Miley assentiu intrigada, Joseph atrasado era um pouco inusitado, ele era a pessoa mais pontual que ela conhecia.

Uma música animada tomou conta do local e alguns convidados levantaram para dançar. Demi suspirou, desceu as três escadinhas que dava acesso ao quintal e pegou uma garrafa de cerveja, olhou em volta e sorriu, estava tudo indo bem, do jeitinho que ela tinha planejado. As pessoas estavam se divertindo, Dianna não tirava o sorriso do rosto e todas as pessoas que sua mãe gostava estavam reunidas, mas falta ainda faltava uma pessoa, Joseph! Será que ele não viria? Correu seus olhos pelo quintal e não o encontrou em lugar nenhum, nem mesmo com os amigos, tinha certeza que escrevera um convite com o nome de Joseph, será que ele lhe odiava tanto a ponto de não aparecer numa festa só porque fora organizada por ela? Demi deu um longo gole em sua cerveja e se auto repreendeu, ela se importava? Não, não se importava! Mesmo com o som alto, Demi conseguiu ouvir o som da campainha, ela deu uma última olhada na filha que estava brincando com um garotinho fofo, caminhou até a porta e assim que abriu deu de cara com Bradley, ele segurava um ursinho e um buquê de flores.

— Eu sinto muito pelo atraso! Eu perdi o voo, sinto muito amor. — Demi suspirou mas não sabia se era de alivio por ele ter aparecido ou decepção por ter esperado tanto dele. — Não fica chateada comigo, o importante é que eu cheguei à tempo. — Disse puxando Demetria pela cintura. Demi apoiou uma das mãos no peito dele enquanto segurava a garrafa de cerveja com a outra. Ela estava chateada! Havia pensado que quando chegasse Bradley estaria ali para recepcionar sua filha com um grande parabéns e um abraço mas não iria brigar com ele ali, era o dia da sua mãe e da sua filha, e não queria estragar aquele dia por nada. — Eu senti tanto a sua falta. — Falou acariciando a bochecha dela com o nariz, Demi fechou os olhos sentindo aquele carinho. Havia esperado semanas por aquele momento mas agora parecia tão errado... ela não se sentia mais segura nos braços dele e quando Bradley colou seus lábios em um beijo, ela demorou para se entregar ao momento. — Aquela casa parece enorme sem você, céus, você nem imagina a falta que faz! 

— Podemos conversar sobre isso outra hora? É o aniversário da minha mãe e da nossa filha, eu quero que o dia seja apenas sobre isso. — Bradley sorriu e assentiu beijando a testa dela.

— Você tem razão, vamos deixar pra falar sobre nós à noite. — Sorriu malicioso e deu um breve selinho nela. Demi sentiu as bochechas corarem quando viu que alguns vizinhos curiosos observavam a cena. 

— Vamos entrar. — Demi entrelaçou suas mãos e quando eles chegaram no quintal, ela sentiu a maioria dos olhares sobre eles e sentiu as bochechas corarem ainda mais, Bradley estava com um terno perfeitamente alinhado em seu corpo e de longe dava pra ver que ele era um homem poderoso e de negócios. — Dianna. — Ele sorriu assim que avistou a sogra e ofereceu o buquê de flores para ela.

— Bradley, como você está? — Dianna perguntou simpática e recebeu o buque de bom agrado.

— Eu estou bem, queria lhe desejar um feliz aniversário e espero que tenha aproveitado muito seu dia. —Demi se afastou um pouco para pegar Sophia que estava nos braços de uma das convidadas.

— Aproveitei sim, muito obrigada pelas flores. 

— Não precisa agradecer. — Sorriu e piscou. — Céus, como ela cresceu. — Falou assim que Demi se aproximou com a garotinha no colo. Ele pegou a menina no colo e ofereceu o ursinho que estava em suas mãos, a pequena agarrou o ursinho mas começou a ter uma crise de espirro.

— Ela tem asma, amor. — Demi disse retirando o ursinho das mãos dela, o que ela menos queria no momento era que sua filha tivesse uma crise de asma.

— Sinto muito, eu tinha me esquecido. — Fez careta.



***


Joseph sorriu quando a vendedora entregou a sacola com duas caixinhas dentro, ele agradeceu à senhora simpática e saiu da loja. Havia ido até o centro da cidade se encontrar com um cliente e aproveitou para comprar o presente de Dianna e Sophia por lá mesmo, estava fodidamente atrasado e cansado, pensou em não ir àquela festa mas não podia fazer uma desfeita daquelas com Dianna, ela era como a mãe que ele nunca teve e não podia deixar que os problemas do passado lhe afetasse à ponto de não ir no aniversário de uma pessoa tão importante. Joseph adentrou no carro, colocou os presentes no banco do passageiro e deu partida. Mãe... ele nunca teve a oportunidade de dizer aquelas palavras, não sabia nada sobre seus pais biológicos e não tinha nenhuma lembranças deles, tudo o que sabia era que fora abandonado na porta do orfanato de Nashville quando ainda era uma criança pequena. Ele tinha curiosidade em descobrir quem era seus pais biológicos e descobrir o motivo deles terem feito aquilo com ele, por mais que tivesse curiosidade Joe não se importava muito com aquilo, fora abençoado com dois pais maravilhosos que haviam lhe dado amor e carinho, e haviam lhe ensinado à ser um homem de bem. Joe estacionou o carro em frente à casa de Dianna, pegou os presentes e saiu. A porta estava aberta, ele adentrou e caminhou tranquilamente até o quintal dos fundos.

— Joseph! — Dianna disse sorrindo ao vê-lo parado na porta, ela se aproximou dele e o abraçou fortemente. — Pensei que não viria, querido. — Há poucos metros dali, Demi observava os dois enquanto Bradley a abraçava pela cintura, seu coração estava acelerado e ela só conseguia pensar em como ele estava bonito.

— Sinto muito pela demora, eu tive um compromisso em cima da hora. — Ele sentiu-se mal por pensar em não ir à festa de Dianna, seria uma grande sacanagem! — Comprei isso pra você, espero que goste. — Disse entregando umas das caixinhas para Dianna, ela sorriu e abriu a caixinha! Era um lindo par de brincos delicados, com várias pedrinhas em sua extensão.

— Joe, são lindos! — Sorriu encantada. — Vai combinar perfeitamente com o colar que eu ganhei da Demi. Muito obrigada. — Joe sorriu e deu um beijo carinhosamente na testa de Dianna, seu olhar cruzou com o de Demetria e ele respirou profundamente, teria que ir lá entregar o presente da garota. 

— Fico feliz em saber que gostou. — Sorriu. — Eu comprei um presente pra garotinha também...

— Sophia está bem ali com a Demi, pode ir até lá, eu vou pegar um bebida pra você. — Piscou e sorriu, tinha algo naquele sorriso... Joe suspirou ignorando aquele sorriso sapeca de Dianna e foi até aonde Demetria estava. Ao ver ele se aproximando, Demi se afastou um pouco de Bradley e passou uma das mãos pelo cabelo, ela estava nervosa e nem sabia o motivo. 

— Comprei esse presente pra sua filha. — Disse sério. Demi conseguiu sentir a frieza na voz dele e sentiu uma pequena decepção dentro do peito mesmo sabendo que não deveria esperar um tratamente diferente vindo dele. — Eu espero que goste. — Mesmo com as mãos tremulas, Demi pegou a caixinha e quando seus dedos roçaram levemente ela respirou fundo, parecia que o ar havia simplesmente sumido. Precisava manter a calma. Bradley estava com Sophia no colo e observava tudo com a sobrancelha arqueada. Demetria abriu a caixinha e seus olhos brilharam ao ver a pequena pulseira com uma plaquinha escrita "Sophia" e um desenho de um pássaro ao lado. — O pássaro significa pureza e felicidade reencontrada

— É linda, Joseph. — Demi falou admirando a joia delicada. Joseph? Aquele nome não era estranho para Bradley, Demetria já havia dito aquele nome em algum momento, ele vasculhou sua mente e bufou irritado, era o ex dela! — Olha bebê, o que Joseph te deu de presente. — Sophia virou-se e seu olhar focou em Joseph, um enorme sorriso tomou conta do rosto da pequena e ela esticou os braços para que Joe lhe pegasse no colo.

PAPA! — A pequena gritou alto e em bom som chamando a atenção de alguns convidados que estavam por perto. Joe arregalou os olhos sem reação e sentiu seu coração bater mais forte dentro do peito. Sophia resmungou se contorcendo nos braços de Bradley, ela queria ir para os braços de Joe de qualquer jeito. — Papa. — Reclamou com uma carinha de choro. Joe sentiu seu coração quebrar ao ver a carinha de choro da menina, ele pegou a garotinha no colo e sentiu seu coração se encher de alegria, era um sentimento novo, algo puro e que ele nunca tinha sentindo antes. Demi suspirou e adentrou uma das mãos no cabelo, aquilo só podia ser uma brincadeira de muito mau gosto! Ela estava sem ação, não sabia se pegava a menina no colo à força ou se deixava ela com Joseph. O olhar de Bradley sobre si não era nada agradável e tinha certeza que iria escutar um belo sermão.

— Posso tirar uma foto dos pais? — Antes mesmo de Demetria responder o fotografo ajeitou a câmera no rosto e tirou uma foto de Demetria, Joseph e Sophia. Tinha como aquela situação ficar ainda mais embaraçosa?

— Podemos conversar, Demetria? — Demi demorou para responder, mas acabou assentindo. 

— Você pode levar ela até Miley? — Ela pediu quase suplicando, Joe pode sentir aquilo no tom de voz dela! Ele não respondeu, apenas deu as costas e caminhou com Sophia nos braços até a mesa onde os amigos estavam sentados. 

— Parece que temos um novo papai na área. — Nicholas disse assim que Joe se aproximou deles 

— Como está se sentindo, papai Jonas? — Liam perguntou sacaneando o amigo e fazendo todos rirem, inclusive Joe, era a única coisa que podia fazer daquela situação toda: rir. Joe tentou entregar Sophia para Miley mas a garotinha deu as costas para a tia, se recusando ir para os braços dela.

— Parece que você ganhou o coração da minha sobrinha, Jonas! — Miley bebericou seu refrigerante e riu ao ver a careta de Joe.

— Ele seria um bom pai, não seria? — Selena perguntou baixinho para Miley observando todo o cuidado e carinho que ele tinha com a garota. Sophia tinha a cabeça encostada no peito dele e brincava com um dos dedos dele, ela estava cansada e não demoraria muito para dormir. — Só falta ele encontrar a mulher da vida dele.

— Ele já encontrou e sabe disso. — Miley piscou e elas riram baixinho.

— Vocês duas dá pra parar de falar da minha vida? — Joe pediu dando um gole em sua cerveja.



***


Josh caminhava tranquilamente pelas ruas da cidade com as mãos no bolso do jeans surrado! Ele escutava um rock antigo em seus headphones, estava tão perdido na letra da música que acabou esbarrando em uma mulher alta e esbelta, ele quase soltou uma daquelas cantadas ridículas mas arregalou os olhos quando viu quem era a mulher.

— Elisa? — Perguntou surpreso, ela estava bonita!

— Oi Josh. — Sorriu brevemente, ela ajeitou a bolsa em baixo do braço e eles começaram a caminhar juntos. 

— Está indo pra festa de Dianna? — Perguntou curioso. 

— Sim, estou indo encontrar Joseph, ele não estava em casa então acho que ele deve estar por lá. — Revirou os olhos e Josh franziu o cenho confuso. Até aonde sabia, Elisa se dava bem com Dianna. — E você?

— Eu também. — Deu os ombros e enfiou as mãos no bolso do jeans novamente. Elisa olhou para ele surpresa, até Josh havia sido convidado e ela não? Que palhaçada era aquela, afinal?

— Você foi convidado? 

— Sim, Demi me mandou um convite, você não recebeu? — Franziu o cenho confuso, Elisa sorriu sem graça e assentiu rapidamente, aquele sorrisinho sem graça não enganava ele! Ela não tinha recebido o convite, Josh teve vontade de rir dela mas se conteve. — A vida é engraçada, não é? — Josh disse de repente e Elisa franziu o cenho sem entender. — Quando éramos adolescentes, eu sempre avisava à Demi que você tinha uma quedinha pelo Joseph e ela nunca me deu ouvidos, sempre dizia que Selena quem era apaixonada por ele, o tempo passou e não é que eu tinha mesmo razão? 

— Pelo menos eu consegui ficar com Joseph, já você só conseguiu uma transa com Demetria e não passou disso! 

— Eu nunca me iludi, Elisa. Eu sempre soube que Demetria nunca sentiu nada por mim, já você... você acha mesmo que Joseph te ama? — Perguntou sem rodeios! Ele conhecia aquela mulher e sabia que atrás daquele rosto e corpo bonito existia uma verdadeira cobra.

— Claro que sim! Ele mesmo me disse que me ama, aliás meu relacionamento não é da sua conta! — Josh sorriu de lado e subiu as escadinhas da varanda da casa de Dianna.

— Se eu fosse você, ficava de olho no seu namorado... Ele olha de um jeito apaixonado para Demetria e posso afirmar que ela olha do mesmo jeito pra ele. — Elisa fechou a cara e deu um tapa no braço dele. 

— Cala essa sua boca, Josh. O que você sabe sobre amor ou sobre estar apaixonado por alguém? Você é um tremendo galinha! 

— Sou um galinha sim mas não pelo menos eu não finjo ser quem eu não sou, ah, e não se esqueça que você já gemeu alto o nome desse galinha. — Piscou e riu quando ouviu Elisa bufar alto, ele subiu as escadas e adentrou na casa. Quando Josh chegou na cozinha, ele sentiu o clima pesado e franziu o cenho. Demetria estava de costas apoiada no balcão cabisbaixa e tinha um cara alto visivelmente irritado em sua frente. — Está tudo bem por aqui? — Josh perguntou sério, ele poderia ser o pior galinha da fase da terra mas nunca permitiria que um homem encostasse um dedo em uma mulher. 

— Josh! — Demi sorriu quando avistou o amigo e o abraçou fortemente. Ela viu uma mulher passar por ela rapidamente mas não teve tempo de ver o rosto da mulher. — Fico feliz que tenha vindo. 

— Está tudo bem? — Perguntou novamente, Demi desfez o abraço e sorriu novamente confirmando com a cabeça. 

— Bradley, esse é Josh... Josh esse é Bradley, o pai da minha filha. — Os dois se cumprimentaram com um breve aperto de mão. O toque do celular de Bradley ecoou pelo lugar, ele olhou para a tela do celular e saiu rapidamente para atender, Demi não se importou, estava se esforçando para manter o clima agradável mas duas garrafas de cerveja já corria pelo seu sangue e estava cada vez mais difícil se controlar. 

— Sinto muito atrapalhar mas nós vamos cantar parabéns. — Um dos convidados avisou, Demi sorriu em agradecimento e saiu com Josh até o quintal, ela olhou para a mesa que Joseph estava sentado para saber se Sophia estava por lá, seu olhar focou em Joseph e ela bufou quando viu Elisa sentada no colo dele, ela não sabia se estava mais irritada pelo fato de Elisa estar ali ou pelo sorriso idiota que Joe tinha no rosto. 

— O que essa desgraçada está fazendo aqui? — Perguntou apenas para Josh ouvir, ele riu baixinho e encostou a mão no ombro dela. 

— Encontrei com ela no meio do caminho, controle-se, no final da festa você pode chutar a bunda dela pra fora daqui. — Demi sorriu e desviou o olhar rapidamente quando Joseph lhe fitou do outro lado do quintal. Todos os convidados levantaram e ficaram em volta da mesa, Dianna segurava Sophia nos braços e observava todos que estavam presente, ela tinha um carinho especial por cada um e estava muito feliz. Liam apagou as luzes e logo todos começaram a cantar parabéns para Dianna e Sophia, Dianna fechou os olhos, sorriu e fez um pedido soprando as velinhas logo em seguida, na vez de Sophia ela se inclinou com a menina no colo para apagar as velinhas mas a garotinha acabou metendo a mão no bolo fazendo todos rirem. Demi se aproximou da mãe com um guardanapo nas mãos e pegou a filha no colo para limpá-la. Dianna cortou o primeiro pedaço de bolo e olhou para suas duas filhas. 

— Pra quem vai o primeiro pedaço? — Um dos convidados perguntou animado. 

— Eu não posso escolher uma porque eu amo as duas igual então o primeiro pedaço vai pra Miley e Demi. — As duas se entreolharam e sorriram, Demi beijou um lado da bochecha de Dianna e Miley beijou o outro, o fotografo aproveitou para eternizar aquele momento. Aos poucos os garçons que Demetria havia convidado foram levando um pedaço de bolo até cada convidado. Um dos convidados que já estava bêbado ligou o som numa música remixada e metade do pessoal levantou para dançar na pista de dança improvisada que havia no meio do quintal. Demi e Miley estavam sentadas em uma das mesas e juntas dividiam um pedaço de bolo. 

— Cadê o seu marido? — Miley perguntou curiosa e Demi deu os ombros, de longe dava pra ver que ela estava chateada com alguma coisa.

— Ele deve estar por ai. Eu estou um pouco frustrada, acho que estava esperando demais dele e acabei levando um banho de água fria. — Disse encarando o copo de refrigerante que estava em sua frente, ela era muito fraca pra bebida e havia decidido parar se não ia acabar fazendo uma besteira. 

— Nosso mundo é diferente do dele, você é diferente dele! — Demi assentiu sem entender muito bem o que Miley queria dizer com aquilo mas optou por não perguntar.

— Você a convidou? — Demetria perguntou encarando Elisa e Joseph que pareciam estar preso numa bolha, eles conversavam e riam alto.

— Não, eu não a convidei... na verdade queria até colocá-la pra fora mas Joseph ficaria magoado comigo, ele me pediu pra pegar leve com ela. — Demi revirou os olhos com vontade e desviou o olhar do casal, ela já estava começando a sentir seu estômago revirar. — Porque você não gosta dela? — Perguntou curiosa, ela não entendia os motivos de Demi.

— Você também não gosta dela.

— Mas eu não gosto dela desde... sempre! Vocês eram amigas, viviam juntos, você tecnicamente não tem motivo para odiá-la... a não ser que...

— A não ser que o que, Miley? Eu não estou com ciúme do Joseph se isso é o que você quer saber, eu tenho meus motivos para odiá-la e isso é tudo.

— Não precisa ficar na defensiva, maninha. — Miley disse prendendo o riso e Demi revirou os olhos. — Eu só queria saber porque você escreveu o nome do Joe em um papel... — Demi arregalou os os olhos, sentiu a garganta secar e quando abriu a boca para falar algo foi interrompida por Liam. Miley sorriu sapeca e encarou o namorado.

— Com licença, posso tirar essa dama pra uma dança? — Perguntou educado se curvando para Miley, Demi sorriu e incentivou a irmã à aceitar. Ela observou o jeito do casal e sorriu, eles estavam apaixonados! Era algo muito bonito de ver e sentir mas infelizmente fazia algum tempo que ela não se sentia assim. 

Bradley se aproximou de Demi com duas garrafas de cerveja, ele sentou de frente para ela e ofereceu uma garrafa de cerveja. — Eu estava conversando com um cliente. — Disse dando um gole na cerveja, Demi encostou-se no encosto da cadeira e empurrou a garrafa.

— Acho que já bebi demais. — Cruzou os braços e encarou a pista de dança. O clima entre eles não estava em um dos melhores, ela queria conversar com o marido sobre o futuro deles, estava confusa e não sabia qual decisão tomar, será que valia à pena dar uma chance ao casamento deles e tentar recomeçar?

— Eu vou embora ainda hoje.

— Pensei que ficaria mais dias, eu queria fazer algo em família com nossa filha e conversar sobre nós...

— Amor, nós não temos o que conversar, eu já me desculpei pelas cagadas que eu fiz, a decisão está nas suas mãos, eu quero você de volta, eu acho que você deveria vir embora comigo, seu lugar é em Nova York ao meu lado e não aqui, com essa gente do seu passado.

— Essa gente do meu passado é minha família Bradley e eu não vou admitir que fale desse jeito com nenhum deles. — Ela levantou da cadeira e Bradley segurou o braço dela.

— O que está acontecendo com você, em? — Perguntou irritado, Demi soltou seu braço com força, a essa altura algumas pessoas olhavam a cena com curiosidade. Joseph havia levantado para buscar um pedaço de bolo para Elisa e estava por perto caso alguma coisa acontecesse, ele não deixaria aquele cara encostar um dedo nela, não era do seu feitio deixar um homem bater em uma mulher.

— Não está acontecendo nada comigo, Bradley. — Demetria saiu daquele lugar rapidamente e foi direto para o quarto, ela estava irritada, frustrada e chateada, ele estava conseguindo estragar tudo!

— Parece que a rainha está enfrentando problemas no palácio. — Elisa disse irônica quando Joe se aproximou, ele franziu o cenho com o tom de voz dela, ela parecia estar gostando do que estava vendo? Selena sentiu um arrepio no braço, Elisa parecia estar se divertindo com a desgraça de Demetria, Nicholas também pareceu perceber e abraçou a mulher pelos ombros.

— Acho que isso não é da nossa conta, certo? — Joseph disse sentando ao lado dela, odiava se meter na vida alheia e odiava que as pessoas se metessem em sua vida.

— Desculpa, eu não sei o que me deu...

— Eu sei muito bem o que te deu Elisa. — Miley disse próxima à eles. — Na verdade eu não sei nem o que você está fazendo aqui, só não te chutei ainda por causa do Joseph.


***


Felizmente o clima da festa não mudou por causa do pequeno desentendimento entre Demetria e Bradley, os convidados continuavam se divertindo do mesmo modo. Dianna estava sentada com Paul e alguns amigos em uma mesa, Sophia dormia aninhada no colo da avó, ela havia brincado muito com as outras crianças que estavam na festa. Alguns convidados já estavam indo embora, alguns passavam por ela para dar um beijinho de despedida em sua neta, a festa havia sido um sucesso! Os convidados haviam se divertido muito e o principal foi estar reunida com as pessoas que ela mais gostava.

— Dianna, nós já estamos indo. — Joseph falou, ele estava de mãos dadas com Elisa. 

— Mas já? Está cedo, meu amor. — Joe riu e se inclinou para beijá-la na testa. — Muito obrigada por ter vindo, querido, sua presença foi muito importante pra mim e pra Sophia também! — Piscou sorrindo e Joe sentiu as bochechas corarem, ele sabia do que Dianna estava falando. — Eu posso te pedir um favor antes de ir? 

— Claro, Dianna. 

— Você pode levar Sophia até o quarto? Eu sinto muito abusar da sua boa vontade mas meus braços estão doendo e ela está um pouco pesada. Eu poderia pedir para o Liam mas acho que ele está um pouco bêbado. — Fez careta observando Liam gargalhar do outro lado do quintal. 

— Tudo bem, eu levo. — Joseph se curvou cuidadosamente e pegou a garotinha no colo, Sophia suspirou e se aconchegou no colo de Joe, ela encostou a cabeça na curva do pescoço dele e apoiou uma das mãozinhas em seu peito. Joe adentrou na casa com a garotinha e subiu as escadas, ele não sabia aonde era pra colocar a pequena então acabou adentrando no antigo quarto de Demetria. Quando abriu a porta do quarto se deparou com Demetria retirando a blusa, ele prendeu o fôlego e mesmo sem querer acabou observando-a, ela continuava linda! Quando Demi virou-se ela arregalou os olhos e pegou a blusa para se cobrir. 

— Ai meu Deus, Joseph!

— Me desculpa, eu... é... sua mãe pediu para colocá-la na cama, eu deveria bater antes de entrar, sinto muito, me desculpa! — Disse sem jeito, não queria que ela pensasse algo errado sobre ele. 

— Está tudo bem, Joseph. — Demi virou-se novamente e vestiu a blusa. — Você não teve culpa, eu deveria ter trancado a porta, pode colocá-la na cama. — Joe assentiu, colocou a pequena na cama cuidadosamente e a cobriu com o lençol até a cintura. Demi observou o cuidado de Joseph e suspirou, por um instante ela imaginou como seria se Sophia fosse filha de Joseph e eles fossem casados... será que ela estaria feliz? Ela com certeza estaria muito feliz! Demi tratou de espantar aqueles pensamentos. — Obrigado por trazê-lá e sinto muito por Sophia ter te colocado em uma situação desconfortável lá em baixo quando te chamou de pai, eu não sei da onde ela tirou isso. 

— Não precisa agradecer e... não é a primeira vez que ela me chama pai, ela é apenas uma criança, não entende isso direito.

— Não é a primeira vez que ela te chama de pai? — Demi franziu o cenho confusa, Joe suspirou e se xingou mentalmente, deveria ter ficado com a boca calada.

— Ela me chamou de pai uma vez quando Dianna levou ela na casa do meu pai, mas está tudo bem, você pode conversar com ela e sei lá... tentar explicar quem é o pai dela de verdade. 

— Obrigado pelo presente também, Joseph, eu realmente gostei da pulseira. 

— Eu fico feliz em saber disso, agora eu preciso ir, tchau Demetria. — Joe desceu as escadas e Demi sorriu sentindo seu coração bater forte e uma sensação de paz invadi-lá por completo, era possível depois de tanto tempo Joseph ainda lhe causar uma sensação tão boa quanto aquela?


A festa estava oficialmente encerrada! Todos os convidados já haviam ido embora, Dianna e Miley estavam dando um jeito na bagunça que havia ficado no quintal, elas estavam catando os copos de descartáveis, os pratinhos e as garrafas de cerveja, no dia seguinte dariam uma geral no quintal. Demi já estava deitada na cama em seu quarto observando sua filha dormir, ela estava fisicamente esgotada porém não conseguia dormir. A porta do quarto se abriu e ela suspirou ao ver Bradley.

— Eu sinto muito pelo o que aconteceu mais cedo, eu não queria soar rude daquele jeito, eu estava irritado porque eu não aguento mais viver longe de você, eu queria muito que você voltasse comigo. — Demi sentou-se na cama e Bradley se aproximou dela.

— Você está fazendo isso da maneira errada, do jeito que você falou comigo só vai fazer eu me afastar de você. Você faz suas merdas e depois volta como um cachorrinho pedindo desculpas como se desculpas fosse limpar a sujeira que você deixou, desculpas não vai apagar o que eu vi naquele quarto.

— Eu entendo seu lado mas eu me arrependi Demi, eu realmente me arrependi mas a decisão está nas suas mãos, eu quero você de volta e eu quero reconstruir nossa família, nossa filha merece crescer em um lar, podemos ter outros bebês para Sophia não ficar sozinha, somos muito bom praticando, acho que você esqueceu disso. — Disse com a voz rouca perto do ouvido dela, Demi sorriu tímida e fechou os olhos quando ele beijou seu pescoço.

— Bradley... — Sua voz saiu falha, uma parte da sua mente dizia para ela se entregar e a outra dizia que era errado. — Minha irmã, meu cunhado e minha mãe estão no andar de baixo, eles podem subir a qualquer momento...

— Eles não vão subir querida, deixa eu te fazer lembrar de como somos bons juntos. — Demi não disse nada, não tinha como ela recusar, tinha? Bradley já estava com uma das mãos dentro da sua blusa e ela estava retribuindo cada carinho na mesma intensidade. Demetria suspirou, fechou os olhos e se entregou ao momento ignorando sua mente que dizia que ela estava fazendo uma burrada.


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oi meninas tudo bom com vocês? eu estou bem e feliz por estar postando mais um
capítulo pra vocês, já quero pedir desculpas pela demora mas minha vida está uma correria e o bloqueio não me ajudou nada, ele se impregnou em mim e não quer sair, e isso
atrapalha muito na hora de escrever mas espero ter compensado vocês com o tamanho e o capítulo, sei que vocês queriam tretas e tal mas esperem até o próximo as coisas vão começar a acontecer a partir do próximo. quero agradecer pela paciência e compreensão de vocês, é muito importante pra mim. 
enfim, respostas dos comentários aqui | volto o mais rápido que eu puder com o próximo
bjs meus amores <3


já que é pra tombar, tombei!