05/12/2019

1. Liar + Leiam as notas finais.



— Essa é a nossa proposta, Demi. Um cargo maior do que você tem atualmente e um salário acima do que o mercado de trabalho oferece. — Demi assentiu com a cabeça e levantou quando os dois rapazes que jantava junto com ela levantou. — Pense com carinho na nossa proposta, queremos muito ter você na nossa equipe. — Demi sorriu agradecida e eles trocaram um abraço apertado. Uma semana atrás, Demi havia recebido um e-mail com uma proposta de emprego numa empresa de construção concorrente da empresa que ela trabalhava atualmente, quando recebeu o e-mail, ela não deu muita importância, mas ao analisar melhor a vaga que lhe ofereciam, ela decidiu jantar com os dois responsáveis pelo setor de arquitetura da empresa para saber mais.

— Eu prometo que vou pensar. — Sorriu e juntos, os três caminharam até o estacionamento do restaurante conversando sobre arquitetura e o mercado de trabalho. Quando chegaram na vaga em que o carro de Demi estava estacionado, eles se despediram novamente com um beijo na bochecha e abraço e Demi adentrou no carro.

Demi colocou a bolsa no banco do passageiro e suspirou com um sorriso nos lábios. O jantar havia sido divertido e a proposta de emprego era maravilhosa, ela ganharia mais e estaria num cargo maior do que o que ocupava atualmente, era uma oferta tentadora. Demi buscou o celular e resmungou ao ver que ele estava descarregado, largou o aparelho no painel do carro e deu partida dando uma leve buzinada ao ultrapassar o carro de Nicholas e Ansel, os dois rapazes com quem ela havia jantado.

O trajeto do restaurante até o condomínio que morava foi tranquilo. Como estava de noite, as ruas estavam tranquilas e a música calma que tocava baixinho na rádio ajudou o tempo passar. O carro foi estacionado na garagem, ao lado do carro de Joseph e da tão adorada moto dele. Demi saiu do carro com a bolsa e o celular em mãos, fechou a garagem e adentrou em casa, ascendeu as luzes e tirou os saltos deixando-os num canto qualquer.

Ela caminhou para a cozinha e quando passou pela sala de jantar, sentiu o coração encolher. A enorme mesa de jantar de vidro estava decorada com flores e velas aromatizadoras, dois pratos perfeitamente colocados um ao lado do outro junto com as taças, e a mesa estava servida. A lasanha estava tão bonita e suculenta, o vinho tinto da marca favorita dela. Tudo estava perfeito e Demi se sentiu mal por ter feito aquela desfeita, era o aniversário de casamento deles, três anos juntos e enquanto Joseph se esforçava para lhe fazer uma surpresa tão linda, ela estava jantando em um restaurante conversando sobre negócios.

Demi caminhou até a cozinha, bebeu um copo d'água, apagou as luzes e subiu as escadas levando seu celular consigo. O quarto estava escuro e ela quase tropeçou num dos brinquedos dos cachorros que estava no meio do corredor, ela xingou baixinho e ascendeu a luz do abajur. Joseph estava dormindo profundamente, o edredom o cobria apenas até a cintura deixando as costas fortes a mostra. Ele era tão lindo. Ela sentou-se no canto da cama e passou a mão levemente pelas costas do marido. — Amor. — O chamou baixinho, porém Joe nem se mexeu. — Ei, amor. — As costas desciam e subiam levemente, conforme ele respirava.

Como se estivesse sentindo a presença dela, Joe mexeu-se na cama suspirando e abriu os olhos vagarosamente. Demi sorriu apaixonada por aquele par de olhos verdes que ela tanto amava, o coração até acelerava no peito. — Você demorou, eu estava preocupado. — Joseph disse se espreguiçando e Demi não perdeu a oportunidade de olhar aqueles braços fortes que ela adorava senti-los em volta dela enquanto dormiam ou faziam amor.

— Me desculpa, é que... surgiu uma cliente nova de última hora e eu não pude dizer não. — Demi falou desviando o olhar para um canto qualquer do quarto. Ela umedeceu os lábios e quando o silêncio se instalou no quarto, voltou a olhar o homem sentado em sua frente.

— Você deveria ter me avisado, eu preparei um jantar especial para comemorarmos nosso aniversário de casamento, eu fiquei por horas te esperando que nem um idiota.

— Me desculpa, mas eu não posso me dar o luxo de ficar negando os trabalhos que surgem. — Demi respondeu o olhando nos olhos. — Minha carreira está crescendo e com isso eu estou ficando mais atarefada, você precisa entender o meu lado.

— Eu não me importo de você atender os seus clientes, de fazer hora extra na empresa, de sair para jantar com eles, você sabe que eu não me importo, mas está chegando num nível que você está colocando o seu trabalho acima da sua família, hoje você saiu de manhã e eu nem vi, e olha a hora que você está chegando em casa! Alana hoje disse que sente falta de ficar mais tempo com você.

— Eu sei que eu estou pegando muito pesado e tenho passado mais tempo trabalhando do que aproveitando a minha família e eu prometo que vou tentar melhorar e para provar isso, amanhã nós vamos sair para jantar, só nós dois para comemorarmos três anos de um casamento incrível. — O que ela menos queria no momento era brigar com Joseph no seu aniversário de casamento.

— Você disse a mesma coisa semana passada e me deixou plantado na casa da minha mãe. — Resmungou baixinho. Semana passada eles tinham combinado de jantar no apartamento de Kelly e Demi apareceu duas horas depois porque havia ficado até mais tarde no escritório. — Eu não quero ser chato e nem resmungão, eu sei que você ama o seu trabalho e gosta de se dedicar, mas às vezes eu sinto que você está nos deixando de lado.

— Me desculpa, querido. Eu vou organizar melhor os meus horários. — Disse se aproximando, ela sorriu e deu um beijinho na bochecha dele. — Não fica com essa cara emburrada. — Pediu dando um selinho nos lábios, mas ele continuava sério. — Meu Deus, meu bebezão está mal-humorado. — Brincou acariciando a barriga sarada que ela adorava. — Dá um sorrisinho. — Pediu beijando o pescoço dele e sorriu quando o tocou no membro e ouviu ele resmungar baixinho com um pequeno sorriso nos lábios.

— Você é tão manipuladora. — Joseph disse com um sorriso nos lábios deixando claro que ele estava apenas a pirraçando. Demi arqueou a sobrancelha e sorriu sapeca.

— Sabe que eu vim o caminho todo pensando em como eu queria passar meus lábios por aqui. — Falou o apertando no membro e umedeceu o lábio inferior. Como sempre, eles não precisavam de muito para as coisas pegarem fogo entre eles, Demi passou uma das pernas em volta da cintura dele e sentou no colo dele, sentindo o membro duro roçar em sua calça social. Ela mordeu o lábio inferior e se inclinou para alcançar os lábios dele.

Quem conseguia resistir à uma mulher como aquela? Joseph retribuiu o beijo no mesmo ritmo, passeando as mãos pelas cochas grossas e o bumbum avantajado que ele tanto amava. Ele mordeu o lábio inferior dela dando uma leve mordida, e a deitou na cama, ficando por cima dela. Demi suspirou e puxou a barra da camiseta, puxando-a para joga-la num canto qualquer. — Amo tanto você. — Falou entre suspiros porque os lábios dele devoravam seu pescoço. Joe desceu a mão até o botão da calça social e desabotoou a calça, descendo o zíper logo em seguida, tirando a calça da mulher. Ele distribuiu beijinhos pelo pé, panturrilha e as cochas maravilhosas.

Demi umedeceu os lábios e suspirou quando Joe adentrou a mão na calcinha, acariciando seu íntimo e foi impossível não gemer. Tinha forma melhor de comemorar o aniversário? — Eu estive pensando em você de quatro desde que sai daquele escritório. — Disse no ouvido dela, beijando cada pedacinho de pele. Demi sorriu arranhando levemente as costas largas e ergueu o quadril quando sentiu o dedo em sua entrada.

— Amor, eu preciso de você. — Demi disse com a voz rouca, os dedos dele na entrada e os lábios nos mamilos era bom demais. Joseph desceu o beijo pela barriga dando leves chupões, virilha e na parte interna da coxa até chegar no íntimo e só de sentir a respiração quente naquela região, Demi agarrou o lençol da cama com força e gemeu baixinho.

A boca dele trabalhava muito bem de todas as formas possíveis, não tinha como comparar. Demi gemeu mais alto e mordeu o lábio inferior. Ela adentrou as mãos no cabelo dele, puxando fortemente e se contorcendo de olhos fechados. — Amor... — Gemeu, o dedo de Joseph junto com a língua trabalhando não demorou muito para ela relaxar o corpo quando o orgasmo veio.

Demi sorriu e o puxou para um beijo molhado, ela sentou no colo dele sem deixa-lo de beijar e se movimentou no colo dele como se já estivessem no ato. Era bom senti-lo duro, Demi sorriu entre o beijo quando Joe gemeu com a boca ainda colada à dela. Ela o empurrou pelo peito fazendo-o deitar na cama, saiu do colo dele e puxou a cueca, virou-se de costas para ele, empinando o bumbum e levou o membro até a boca, o chupando sem fazer cerimônia.

— Vem, Demetria. — Joseph a chamou minutos depois, a puxando levemente pelo braço porque ele não aguentaria por muito tempo. Demi sorriu com a maior cara de safada e sentou no colo dele, gemeu ao senti-lo dentro dela. Ela mordeu o lábio inferior, apoiando as mãos no peito dele para conseguir ganhar ritmo enquanto descia e subia.

Foram minutos e mais minutos daquela forma, o quarto estava todo fechado e por isso Demi sentia o suor começar a descer pela coluna e pela testa e tudo ficou mais intenso quando Joe ajudou com os movimentos, ele a segurou pela cintura, fazendo-a deitar-se no colchão e voltou a se movimentar de forma mais rápido, a cama rangia e a mente de Demi não conseguia se concentrar em nada que não fosse naquele momento. O calor entre eles era intenso e Demi o sentia cada vez mais forte se instalando na parte interna das coxas e na virilha, gemeu o nome dele e ambos chegaram ao orgasmo juntos. Demi respirou fundo e sentiu Joseph deitar em cima de si, dando leves beijos em seus seios.

— Isso foi... demais. — Disse com um sorriso preguiçoso, ela não tinha forças nem para se virar, o corpo estava muito relaxado depois daquele orgasmo. — Nós podemos repetir no banheiro. — Falou com os olhos fechados. Ela poderia até dormir de tão relaxada.

— Feliz aniversário três anos de casamento, meu amor. — O sorriso preguiçoso foi muito fofo que Joseph não resistiu beijar carinhosamente a bochecha dela. — Eu te amo muito, você é a mulher da minha vida. — Disse a puxando para deita-la em seu peito. Demi sorriu e suspirou.

— Eu também te amo, meu amor. Feliz aniversário de três anos, obrigada por ser o melhor marido, o melhor amigo e o melhor amante que uma mulher poderia ter. — Deu um selinho nos lábios dele, acariciando a barba que estava crescendo. Uma das mãos de Joseph parou no bumbum, acariciando levemente para depois dar um tapa forte. — Vamos tomar banho. — O chamou se espreguiçando, ela sentou-se na cama e quando virou flagrou Joseph de olho no seu bumbum e ele nem disfarçava.

— Eu sou um homem de sorte por ter essa bunda toda para mim. — Demi gargalhou e se inclinou para beija-lo na boca. — Linda. — Ele nunca perderia a oportunidade de elogia-la, Demi era bonita demais e a beleza dela deveria ser exaltada.

— Nós podemos continuar lá no banheiro. — Sorriu e virou-se passando os braços em volta do pescoço de Joe enquanto ele tinha as mãos na cintura dela. — Mais precisamente na banheira. — Não teve como não rir quando jogou a cabeça para trás e Joseph começou a distribuir beijos pelo pescoço.

— Só se você ficar de quatro. — Disse baixinho no ouvido dela, dando uma leve mordida em sua orelha.

— Vai ser um enorme prazer. — Respondeu adentrando no banheiro ainda agarrada à ele. Não tinha nenhum outro homem que a deixava louca como Joseph conseguia, casar com ele havia sido uma das melhores coisas que ela tinha feito na vida. — Você é o homem mais gostoso desse mundo, sabia? — Perguntou dando vários beijos nos lábios e no pescoço do marido, ele sabia o quão lindo ficava com o cabelo raspado e a barba crescendo?

— E você é a mulher mais gostosa que existe. — Como podia uma mulher ficar tão bonita ao passar dos anos?

— Eu senti tanto a sua falta, você passou o dia fora e a gente não conseguiu trocar nem um beijinho na empresa. — Demi resmungou o abraçando por trás enquanto Joseph se olhava no espelho.

— Hoje o dia foi corrido. — Joseph disse a encarando pelo espelho do banheiro. — Eu passei o dia verificando a estrutura de um prédio que eles estão construindo perto do centro. — Fez uma careta quando a esposa apertou seu bumbum e depois sorriu dando uma leve mordida nas costas definida.

— Eu fiquei sabendo, inclusive fiquei sabendo também que a sua estagiária estava com você. — Disse como se não quisesse nada enquanto abria a torneira para encher a banheira. Demi sentia ciúmes sempre que entrava na sala do marido e encontrava a estagiária bonita na sala dele.

— Ah não, Demi. Esse assunto não. Eu não quero brigar. — Aquele assunto sempre acabava em discussão porque Demi não gostava da estagiária e não havia nada que Joseph pudesse fazer quanto à isso.

— Eu só não entendo o porquê dela ter que ir para todo lugar que você vai, ela só não entra no banheiro junto com você porque é proibido, ela parece um carrapato, grudou em você e não quer soltar mais. — Ela nunca perderia a oportunidade de demonstrar que não gostava da menina. Madison era filha de um casal de amigos de Adam e sempre que tinha datas comemorativas na casa de Adam, ela e a família estavam lá e Demi conseguia sentir os olhares dela sobre seu marido.

— Demi ela é minha estagiária, ela está aprendendo e minha função é ensina-la, sem contar que ela me ajuda muito.

— Com você dando tanta atenção para ela, logo logo ela vai conseguir o que tanto quer. — Revirou os olhos com vontade porque os olhares sugestivos da menina era claro, deixando explícito para todos o que ela queria. — E você, do jeito que gosta da atenção dela, vai cair que nem um patinho.

— Eu não acredito no que eu estou ouvindo, eu pensei que você confiasse em mim. — Respirou fundo sem acreditar nas palavras que havia acabado de escutar. — Porra, Demetria. Ela é uma adolescente, eu estou cansado de bater na mesma tecla com você sempre que você traz essa menina para o meio das nossas discussões, sinceramente eu estou cansado.

— Eu confio em você, não confio nela.

— Você estava por aí até agora pouco, não me disse para aonde ia ou com quem, e nem por isso eu estou te cobrando ou te acusando de algo.

— Eu estava com uma cliente.

— E como é que eu vou saber se é verdade? — Demi o encarou e suspirou. Ela não tinha muito o que dizer porque ela não estava com uma cliente e mais uma vez  a consciência pesou e ela sentiu-se mal por estar escondendo a verdade dele. — O seu silêncio me faz acreditar que você não estava com cliente nenhuma, mas eu não vou falar nada porque você sabe o que faz com a sua vida. Eu estou indo dormir, se estiver com fome, a lasanha que eu preparei para nós jantarmos está lá na mesa, mas tenho certeza que você jantou aonde você estava. — Demi suspirou vendo o marido sair irritado, ela umedeceu os lábios e desligou a torneira que enchia a banheira. Ligou o chuveiro na água morna e fechou os olhos quando sentiu a água entrar em contato com o corpo.

O banho não durou nem quinze minutos, Demi saiu do chuveiro, secou o corpo e deixou a toalha pendurada no suporte que havia perto do box. Ela apagou a luz do banheiro e caminhou até o closet, vestiu uma calcinha de algodão e uma camisola qualquer, deitou-se ao lado de Joseph e cobriu-se com o edredom. Cada um estava deitado em seu canto, perdido no próprio pensamento.

— Joseph, eu não quero dormir brigada com você no dia do nosso aniversário de casamento. — Demi falou se dando por vencida, ela nunca voltava atrás em uma briga, era sempre Joseph que pedia desculpa, mas daquela vez ela realmente estava se sentindo culpada.

— Então dá próxima vez você pense antes de falar merda, se você puder apagar a luz e me deixar dormir em paz, eu vou ficar agradecido. — Demi suspirou e apagou a luz do abajur, puxou mais a coberta de propósito apenas para deixa-lo no frio e fingiu que não ouviu quando ele resmungou.


DIA SEGUINTE... 
07:00 DA MANHÃ

Demi resmungou baixinho ao ouvir o despertador tocando. Ela abriu os olhos para desligar o despertador e aproveitou para tirar o celular do carregador, a cama estava vazia e Demi se perguntou que horas Joseph havia se levantado já que geralmente era ela quem o acordava. Demi suspirou e levantou caminhando direto para o banheiro, fez sua higiene matinal e desceu as escadas com o celular em mãos, Joe estava na cozinha e conversava com Batman que estava deitado próximo aos pés dele prestando atenção em cada coisa que o dono falava.

Demi serviu-se com uma xícara grande de café e franziu o cenho quando procurou pelas suas torradas e não as encontrou. — Aonde estão as torradas que estavam no armário? — Perguntou observando o pacote de torrada vazio perto do lixo. Ela adorava comer aquelas torradas com geleia de morango.

— Eu comi as últimas que tinha. — Joe respondeu dando os ombros levando o último pedaço de torrada até a boca. E quando encarou a mulher, jurou que viu a morte passar pelos seus olhos de tão vermelha que Demi estava.

— Joseph, aquelas torradas eram minhas. — Falou alto e sem paciência, ela estava morrendo de vontade de comer aquela torrada.

— Não tinha o seu nome nela. — Disse simplesmente, observando Demi fuzila-lo com o olhar, era apenas uma torrada, não era grande coisa, havia outras coisas que ela podia comer.

— Você fez isso de propósito. — Demi falou pegando uma rosquinha que havia sobrado do café da manhã do dia anterior e ela quase chorou quando deu a primeira mordida porque ela queria tanto comer torrada com geleia. — Você sabe que eu adoro comer aquelas torradas de manhã, foi muita sacanagem o que você fez. — Os olhos estavam até marejados, Joe franziu o cenho sem acreditar que ela estava mesmo chorando por uma torrada.

— Demi, era apenas uma torrada, não é grande coisa. — Disse levantando da mesa para colocar a xícara de café em cima da pia. — Eu estou indo para o escritório. — Avisou pegando o capacete em cima da cadeira, ao lado da mesa.

— Não vai me esperar? — Demi perguntou porque eles sempre iam juntos, apenas vez ou outra quando algum deles tinha trabalho externo para fazer que iam para o escritório separados.

— Até você se arrumar vai demorar e eu tenho uma obra para supervisionar. — Ela não disse nada, apenas virou-se de costas e fingiu procurar algo no armário, Joseph saiu da cozinha e ela não entendeu porque a repentina vontade de chorar.

O salto fazia barulho no porcelanato do andar de arquitetura. Demi caminhava graciosamente pelo andar cumprimentando todos que cruzavam o seu caminho com um sorriso no rosto e um animado "bom dia". Era sempre assim, seus problemas ficavam em casa porque ninguém do trabalho tinha culpa dos seus problemas pessoais. — Bom dia, Demi. — Tiago, o estagiário de Demi a cumprimentou com um sorriso. Tiago era um cara fofo e muito prestativo porque morria de medo de ser mandado embora.

— Bom dia, Tiago! — Demi sorriu. — Alguma novidade? — Perguntou destrancando a sua sala, ela piscou para uma das garotas que trabalhava no andar e adentrou em sua sala acompanhada do estagiário. Demi era conhecida pelo bom humor e o sorriso que sempre a acompanhava, ela não era o tipo de chefe que ficava gritando pelos corredores.

— Nenhuma, eu também acabei de chegar. — O jovem falou ajeitando o óculos no rosto observando Demi ligar o notebook. — Eu imprimi os contratos que você me pediu ontem, só precisa da assinatura dos clientes.

— Obrigada, Ti. Eu estava mesmo precisando desses contratos. — Falou lendo brevemente os contratos, toda vez que ela fechava com um cliente, eles precisavam assinar um contrato apenas para firmar a parceria entre o cliente e a empresa, esses contratos eram todos digitalizados e guardados em uma pasta confidencial.

— Você vai precisar de mais alguma coisa? Eu preciso finalizar aquele projeto 3D que você me pediu para semana que vem. — Demi negou e o agradeceu pela ajuda, logo o rapaz saiu fechando a porta atrás de si, suspirou brevemente com as bochechas coradas.

— Você está muito apaixonado, cara. — Ricardo, um dos estagiários disse com um sorriso debochado no rosto. — Cuidado que ela é casada e o marido dela trabalha apenas dois andares acima daqui, um soco dele e você vai ao céu. — Avisou e o rapaz tímido suspirou assentindo, ele não tinha chance nenhuma.

Demi estava focada em responder o e-mail de um cliente e enquanto fazia isso, mordia a torrada com geleia, ela havia feito questão de passar no mercado que havia perto da empresa para comprar as torradas e a geleia para comer no escritório, com certeza era um desejo realizado, sempre que mordia a torrada ela jurava que ia ao céu e voltava.

Demetria estava focada em responder os e-mails e comer as torradas, sozinha ela havia comido mais da metade do pacote e franziu o cenho porque era a primeira vez que acontecia, porém estava completamente satisfeita. Demi suspirou quando enviou o seu último e-mail e sorriu porque havia conseguido responder todos os e-mails, geralmente ela deixava acumular.

Joseph finalizou uma reunião com dois clientes por chamada e vídeo e suspirou satisfeito, tudo estava perfeitamente bem em seu trabalho. Os clientes estavam satisfeitos e contentes com o trabalho que ele estava fazendo, ele bebericou o café que já estava frio e fez uma careta, jogando-o no lixo próximo a sua mesinha, verificou a hora em seu celular e sorriu quando Madison adentrou em sua sala.

— Você está muito ocupado? — Ela perguntou mordendo o lábio inferior. Joseph negou com a cabeça e a chamou para sentar-se na cadeira vazia enfrente a sua mesa. Madison sorriu e o olhou nos olhos. — Desculpa te encher com as minhas coisas, mas eu estou enlouquecendo com tantas contas, eu tenho prova de calculo semana que vem, será que você consegue me ajudar? Claro, se não for tomar o seu tempo.

— Deixa eu dar uma olhada. — Pediu pegando o caderno das mãos da morena sentada em sua frente, enquanto ele tentava entender os exercícios, os olhos verdes escuros da moça focavam em seu rosto. Por que ela tinha que ter um supervisor de estágio tão bonito? E porque ele tinha que ser casado? Enquanto Joe explicava como ela deveria fazer a conta, os olhos dela prestavam atenção na boca dele tão bem desenhada. Ela até umedeceu os lábios ao pensar como seria beija-lo. — Entendeu? — Joe perguntou com um sorriso nos lábios.

— Entendi, obrigada, Joe. — Na verdade ela não tinha entendido nada, mas daquele detalhe Joe não precisava saber. — Eu vou tentar resolvê-los assim que eu tiver um tempinho, mas muito obrigada pela sua ajuda, você consegue deixar tudo mais fácil.

— Ah que nada, é só questão de raciocínio. — Falou divertido. Ele gostava de trabalhar com os estagiários, por mais que às vezes eles fizessem as coisas erradas, era bom ensinar e passar o seu conhecimento para outras pessoas.

Demi abriu a porta da sala do marido e parou assim que encontrou ele rindo com Madison como se os dois fossem melhores amigos. Demi arqueou a sobrancelha alternando o olhar entre a menina mais nova e o marido. Madison sorriu sem graça, ela sempre ficava sem jeito na frente de Demi porque a mulher lhe intimidava. — Obrigada pela ajuda, Joe. Com licença. — Madison falou levantando-se e pegando o caderno em cima da mesa de Joe. Ela saiu da sala fechando a porta atrás de si.

— Eu atrapalhei alguma coisa?

— Eu estava ajudando ela em uma atividade da faculdade. — Joe disse ignorando a pergunta de duplo sentido da mulher, ele não iria cair na pilha dela porque se não os dois acabariam discutindo novamente.

— Hmm... não sabia que você trabalhava de professor de reforço nas horas vagas. — Falou colocando os papéis em cima da mesa dele. — Eu vim trazer esses contratos, acho que o Tiago acabou se atrapalhando e misturando os meus junto com os seus. — Eram contratos diferentes, porém parecidos.

— Ah obrigada, eu ainda nem digitalizei esses contratos, se eu perdê-los eu estou ferrado. — Resmungou. Aqueles contratos eram feitos pela administração da empresa, era um por cliente e continha as assinaturas dos clientes, do engenheiro responsável e da presidência da empresa.

— Você vai almoçar fora hoje? — Demi perguntou mordendo o lábio inferior como se não quisesse nada, mas na verdade ela estava doida para almoçar num restaurante novo que havia aberto próximo à empresa, a comida era incrível e cada dia tinha um prato principal.

— Não sei, daqui à pouco eu vou sair para supervisionar uma obra e dependendo de como anda as coisas por lá eu não sei que horas vou almoçar. — Demi assentiu brincando com uma caneta azul, ela o encarou e sorriu de lado.

— Se você me levar parar almoçar naquele restaurante aqui perto da empresa, eu te chupo aqui e agora. — Arqueou a sobrancelha e fez a melhor cara de safada que conseguiu, dando uma mordida na caneta. Joe não perderia a oportunidade de entrar na brincadeira.

— Eu vou te levar naquele restaurante todos os dias. — Falou com um sorriso brincalhão nos lábios. Demi riu e levantou caminhando até ele, ela havia sentido tanta falta de abraça-lo e trocar carinho com ele. Joe passou um dos braços pela cintura dela, puxando-a para senta-la em seu colo.

— Me desculpa pelo o que eu falei ontem? Eu não sei o que me deu, eu não queria que o nosso aniversário de casamento fosse daquela forma. Eu prometo que vou tentar melhorar o meu ciúme.

— Está tudo bem, Dem. — Joe falou com um sorriso, ele odiava brigar com ela e por isso sempre ele quem pedia desculpa, mas estava feliz porque Demi havia reconhecido seu erro e pedido desculpa. — Eu te amo. — Disse e sorriu quando ela encostou seus lábios pela primeira vez naquele dia.

— Eu também te amo, meu amor. — O coração até pulava de alegria quando tudo ficava bem entre eles. Demi sorriu acariciando o rosto dele delicadamente, ela umedeceu os lábios fitando os olhos verdes e deu mais um selinho nos lábios dele.

— Eu tenho um docinho aqui para você. — Disse abrindo a gaveta ao lado da sua mesa, tirando de lá três bombons trufados da marca favorita dela. O sorriso de Demi se abriu como se ela tivesse acabado de ganhar um milhão de reais. Ela o abraçou e beijou a bochecha dele.

— Amor, se eu continuar comendo desse jeito vou acabar engordando. Eu passei naquele mercadinho aqui perto para comprar torrada e geleia e comi metade do pacote sozinha. — Aquelas trufas eram maravilhosas. Demi abriu a primeira de maracujá e mordeu metade do chocolate, fechando os olhos enquanto mastigava. — É muito bom. — Falou com a boca cheia, Joe riu dando um selinho no lábio dela que estava sujo de chocolate, ele lambeu o lábio inferior e ela sentiu um arrepio tomar conta do seu corpo.

— Está ótimo ficar aqui com você, mas eu preciso ir. — Demi fez uma careta dando outra mordida na trufa e o que sobrou ela colocou na boca do marido, dando um selinho logo em seguida.

— Tudo bem, eu também preciso voltar para o trabalho, me manda uma mensagem quando você for almoçar. — Joe assentiu com a cabeça e deu mais um selinho nos lábios dela, antes de se levantar. — Amo você, cuidado viu? Eu estou de olho. — Disse da forma mais ameaçadora que conseguiu o olhando nos olhos, Joe assentiu e a virou para conseguir apertar o bumbum sem os olhares curiosos. Demi riu e ajeitou a jaqueta de couro.

— Te amo, linda. — E então eles saíram do escritório de mãos dadas, o celular de Joseph tocou e quando ele atendeu, Demi aproveitou para olhar para trás encarando Madison com um olhar nada agradável. Eles adentraram no elevador e Demi o abraçou pela cintura, apenas para mostrar para todas as mulheres daquele andar que aquele homem já tinha dona.

Joseph estacionou a moto em frente a obra e desceu, cumprimentou alguns pedreiros que trabalhavam e agradeceu quando um deles lhe entregou o capacete de segurança, o uso era obrigatório. — Joseph! — Jack disse assim que avistou o amigo. Jack era um engenheiro e havia entrado na empresa há um ano atrás e não demorou muito para que ele e Joe se tornassem amigos, Jack era um cara engraçado e de bom humor, não muito diferente de Joe.

— E aí, como estão as coisas? — Joe perguntou observando o local que logo mais se tornaria uma rede de comércio.

— Tudo nos conformes, só tivemos um probleminha com um dos pedreiros, mas ele já foi substituído. — Falou dando os ombros e Joe assentiu se aproximando para verificar mais de perto o trabalho de um dos rapazes. — O que foi que você está com essa cara? — Perguntou quando percebeu que o amigo olhava para o mesmo lugar há alguns minutos.

— Não é nada, eu trouxe os documentos para entregar para Richard. Aonde ele está?

— Ele foi almoçar, pode deixar comigo, quando ele chegar eu entrego. — Joe assentiu e entregou a pasta com os documentos da obra para o amigo que guardou dentro da bolsa. — Você vai almoçar que horas?

— Assim que eu sair daqui, vou almoçar naquele restaurante que abriu perto da empresa.

— Eu vou almoçar com você. — Joe assentiu e verificou a hora no celular. — O que foi cara? Você está tão calada e pensativo. — Sempre que estavam juntos, eles estavam conversando e fazendo brincadeiras idiotas.

— Por que as mulheres são tão complicadas? — A obra não era um dos melhores para falar da vida pessoal, mas eles estavam num lugar afastado aonde não havia pedreiros. Joe suspirou e verificou a sua moto estacionada ali próximo.

— Mulher é um bicho complicado, quanto mais a gente tenta entender, mais complicada elas ficam. — Jack era o famoso canalha. Ele não tinha um relacionamento sério, ficava com as garotas e no outro dia nem lembrava os nomes delas. — Mas o que Demetria aprontou dessa vez?

— Ontem foi nosso aniversário de casamento, sai mais cedo da empresa, deixei a nossa filha no apartamento da minha mãe e preparei um jantar surpresa, sabe que horas ela chegou? Dez e meia da noite, ela disse que estava com uma cliente. Nós nos entendemos e depois ela começou a falar da Madison, e eu tenho a sensação que ela está mentindo sobre esse cliente.

— Mas você sabe que a Madison é doidinha por você e ela nem disfarça. — Joseph fez uma careta porém assentiu, ele percebia que a menina ficava o olhando atentamente e às vezes quando eles estavam conversando, ela mordia o lábio inferior com um olhar sugestivo, mas ele nunca retribuiu a investida da menina, ele era casado e amava a sua mulher, ser fiel para ele não era um problema porque Demi era uma mulher que valia por dez juntas.

— Ela tem dezenove anos, para mim é uma menina ainda, sem contar a dor de cabeça que deve ser se envolver com uma menina dessa idade. — Disse quando percebeu o olhar do amigo. — Jack nem pense nisso.

— Ela é gostosa. — Deu os ombros e Joe revirou os olhos.

— Ela é uma menina e você tem trinta anos, toma vergonha nessa cara. — Jack riu e deu os ombros, ele já havia ficado com algumas mulheres solteiras que trabalhavam na empresa e no primeiro dia de trabalho até havia dado em cima de Demi.

— Ah, você tem a mesma idade que eu e já foi se prender, deveria ter curtido a vida um pouco mais. — Joseph revirou os olhos e deu um tapa no amigo porque ele sempre tinha concelhos sacanas. — Cara, era para você estar em Nova York. — Joe assentiu pensativo. Alguns meses atrás, Adam havia lhe feito uma proposta para ser o diretor chefe do departamento de engenharia na filial que eles tinham em Nova York, mas Demi não quis se mudar para Nova York e ele teve que desistir.

— Eu estou doido para ver o dia que você vai se apaixonar.

— Finalmente a general chegou. — Jack disse quando Demi adentrou no restaurante e cumprimentou o marido com um breve selinho. Ele a chamava de general porque o amigo sempre fazia tudo o que a mulher pedia. — Podemos pedir? Eu estou com fome.

— Boa tarde para você também, Jack. — Demi não era uma grande fã do amigo do marido, ela o achava um cafajeste e que ele não era uma boa companhia para o marido, mas Joe gostava muito do amigo então ela não se intrometia na amizade deles. — Kristen ligou e disse para passarmos lá na casa dela quando sairmos da empresa.

— Stella já voltou de viagem? — Perguntou observando o cardápio. Stella era modelo e por isso ela viajava muito para fazer trabalhos em outras cidades e países.

— Não, parece que ela vai chegar no final de semana, eu chamei a Kris para dormir lá em casa, mas ela não quis. — Deu os ombros e deitou a cabeça no ombro dele, olhando o cardápio junto dele.

— Eu nem entendo como duas mulheres tão gostosas podem ser lésbicas, é um desperdício. — Jack resmungou, ele achava Kristen e Stella muito bonita para ser um casal.

— Você deveria procurar uma mulher para casar, construir uma família e tomar vergonha nessa cara, ver se deixa de ser um cafajeste. — Demi disse chamando o garçom com a mão porque ela tinha decidido pedir o prato do dia.

— Deus me livre ter uma mulher para mandar em mim igual você manda no meu pobre amigo. — Fez cara de decepcionado e Joe riu negando com a cabeça. Demi olhou para a porta e instantaneamente ela fechou a cara ao ver Madison e mais dois estagiários adentrarem no restaurante. A menina umedeceu os lábios ao ver Joseph e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha.

Como sabia que os olhos de Demi estavam focados nele esperando apenas um movimento para ela estourar e xinga-lo, Joe sorriu para ela e passou um braço em volta dos ombros dela a puxando para mais perto, dando um beijo carinhoso em sua bochecha. — Amo você. — Ele disse baixinho no ouvido dela enquanto o garçom trazia os pedidos.

— O que você tanto olha nesse celular? — Um dos estagiários perguntou para Madison que não parava de olhar para o celular, enquanto o restante conversavam e riam entre si. A menina encarou o casal que estava sentado um pouco afastado e negou com a cabeça.

— Não é nada, só uma foto. — Disse dando os ombros e bloqueou o celular deixando-o em cima da mesa, voltando a se enturmar com os amigos.

***

oi amores, como vocês estão? 
eu estou bem e feliz por estar postando o primeiro capítulo da segunda temporada para vocês, espero que gostem. 
bom, acho que vocês perceberam que muitas escritoras desistiram do blogger, e bem, não foi só as escritórias, muitos leitores também deixaram de ler, as visualizações e os comentários caíram muito e isso está me desanimando pra caramba porque as visualizações e os comentários é o que nos motiva à continuar escrevendo, já pensei muitas vezes em abandonar isso aqui, mas não quero acabar com o blog com uma história começando, então eu vou terminar essa fanfic... 
eu tenho uma conta no wattpad e vou postar a minha primeira história lá e ver mais ou menos como funciona a plataforma, a fanfic que eu vou postar lá vai ser home, aquela que estava competindo com a segunda temporada de SL. 

eu acabei de postar o primeiro capítulo lá, se vocês quiserem ir até lá da uma conferida meu usuário é: @milewhatever ou cliquem aqui.

até mais.