20/04/2019

46. Fun


Alguma música animada tocava num volume absurdamente alto no pub em que eles estavam. Sexta-feira era praticamente uma regra os amigos se reunirem num dos pubs na rua da faculdade para beber e jogar conversa fora, era bom para acabar com o estresse da semana. Demi amava as sextas-feiras porque era um dia em que as pessoas estavam animadas independente do quão cansativo havia sido a semana, e ela não estava muito diferente. Vez ou outra, ela cantarolava a letra da música junto com as amigas e riam de Luke dançando estranhamente com uma garota. — Meu Deus, vocês acreditam que daqui há poucas semanas seremos arquitetas? — Lucy perguntou animadamente levando o copo de cerveja a boca.

— Eu nunca esperei tanto por um momento na minha vida como eu estou esperando para pegar nosso diploma, seremos as melhores arquitetas de LA, meus amores. — Natasha disse levantando seu copo de vodka e virando logo em seguida. Demi riu das amigas e umedeceu os lábios antes de levar a garrafa de cerveja até os lábios, ela estava tão ansiosa para se formar e exercer sua profissão oficialmente, tinha tantos planos para quando estivesse formada, comprar um apartamento ou uma casa era um dos seus maiores objetivos para depois de formada porque aluguel era um dinheiro jogado fora. 

— Eu consegui o número daquela gostosa que eu estava de olho. — Luke se aproximou das meninas sorrindo animado e puxou a cadeira vaga ao lado de Demi para sentar-se. — Nat, você me deve cinquenta dólares. — Piscou e esticou a mão pedindo o dinheiro. Mais cedo, eles haviam apostado que Luke não conseguiria o número de uma mulher que ele flertando desde que chegaram no bar.

— Eu não sei como ela foi corajosa o suficiente para te passar o número dela com você dançando daquele jeito, eu teria fugido. — Demi disse com um sorriso de lado porque ela adorava provocar o amigo. Lucy gargalhou e chamou o garçom que passava por ali com a mão para pedir mais uma bebida.

— Demi, meu amor, você não tem moral para falar de mim porque você foi uma das primeiras a cair nos meus encantos e adorou tanto que repetiu. — As meninas riram e Demi revirou os olhos antes de levar a garrafa de cerveja para a boca novamente.

— Você se surpreenderia se soubesse o quão boa atriz nós mulheres somos e a coisa mais fácil do mundo é fingir um orgasmo. — Piscou para ele com um sorriso vitorioso nos lábios e riu quando as amigas gritaram para zoar Luke. O celular começou a vibrar em cima da mesa, quando a foto de Joseph e o nome "amor" apareceu na tela, foi a vez dela ser zoada pelos amigos. Ela riu e atendeu o celular mesmo com o barulho que estava no ambiente. — Oi amor.

— Já saiu da faculdade? — Perguntou sem entender muito bem o que a namorada falava por causa da barulheira e ele também estava focadíssimo na partida de futebol do vídeo-game, o time dele estava ganhando de dois à um.

 — Já, eu estou num barzinho próximo à faculdade com os meus amigos. — Respondeu empurrando Luke que tentava ouvir a conversa deles. — Alana já está dormindo? — Perguntou porque já passavam das onze horas da noite e ela não gostava quando a filha dormia muito tarde, não era saudável.

— Sim, ela dormiu no tapete da sala abraçada ao Lucky. — Demi riu imaginando a cena e quando abriu a boca para dizer algo, Natasha pegou o celular da sua mão para conversar com Joseph como se eles fossem melhores amigos há anos.

— Oi, Joseph. Tudo bem? — A morena perguntou tentando se afastar de Demi que tentava pegar o celular a todo custo. Ela riu da careta da amiga e voltou a ficar séria para tentar passar alguma credibilidade para Joseph.

— Tudo e você? — Perguntou com o cenho franzido. Ele até pausou o jogo de futebol.

— Eu estou ótima, por que você não vem pra cá? Nós estamos num pub em frente a faculdade. Queremos conhecer o homem que ganhou o coração da nossa amiga, ela fala muito sobre você. — Sorriu para Demi de modo angelical e em troca recebeu um tapa no braço. — Estamos te esperando, Joseph, a Demi vai te mandar o endereço por mensagem, beijos. — Desligou o telefone e entregou para a amiga. — Se eu não tomasse uma atitude você nunca iria apresenta-lo para nós. — Disse antes que Demi começasse a lhe xingar.

— Vocês são terríveis. — Resmungou mandando o endereço de onde estava para o namorado. Eles riram e continuaram jogando conversa fora até Joseph chegar, Demi teve que ir busca-lo na entrada porque o bar estava cheio de estudantes e seria impossível encontra-los. Eles se aproximaram da mesa de mãos dadas e todos os olhares estavam sobre eles. — Pessoal, esse é Joseph, meu namorado. Amor, esses são Luke, Natasha e Lucy, meus amigos da faculdade desde o primeiro semestre. — Joseph sorriu e cumprimentou Luke com um aperto de mãos e as meninas com um breve beijo na bochecha.

— Tudo bem, pessoal? — Perguntou de forma simpática. Demi puxou a cadeira que estava sentada e foi preciso Natasha dar um tapa na perna de Luke para que ele trocasse de lugar e deixasse Joseph sentar do lado da namorada.

— Então você é o tão famoso, Joseph. — Famoso? Joe arqueou a sobrancelha para a namorada e ela riu dando os ombros, Joseph se acomodou melhor na cadeira e passou um dos braços em volta do ombro de Demi puxando-a para mais perto de si. — Olha, só assim para nós conhecermos você, sua namorada é muito ciumenta e ela diz que sente os olhares femininos toda vez que você vem busca-la e por isso tem que ir embora o mais rápido possível. — E era verdade, sempre que eles estavam juntos, Demi sentia os olhares femininos sobre Joseph e tinha vontade de furar o olho de cada mulher que o olhava, chegava a ser um pouco irracional, mas ela tinha medo de perde-lo.

— Não acredita em nada do que elas falarem. — Demi disse baixinho no ouvido do namorado com as bochechas coradas. Ela conhecia bem os amigos que tinha e sabia que eles iam falar coisas embaraçosas para deixa-la envergonhada

— Às vezes ela tem as crises de ciúmes dela, mas é normal — Joseph era um cara engraçado e adorava fazer as pessoas ao seu redor rirem, ele era muito divertido e dificilmente estava bravo com alguma coisa, por isso era sempre fácil as pessoas gostarem dele. — Estou brincando, amor. — Disse dando um beijinho na bochecha dela. — Ela é a mulher mais incrível que eu já conheci em toda a minha vida. — As meninas suspiraram com a declaração de Joe e Demi sorriu para ele com as bochechas coradas, ela iria se certificar de enche-lo de beijos quando estivessem sozinhos.

— A Demi é uma ótima amiga, ela sempre passa cola na hora da prova. — Luke disse sem tirar os olhos do celular porque estava trocando mensagens com a mulher que ele havia pegado o número mais cedo. Ele sorriu e olhou para o casal que estava sentado em sua frente.

— Até porque se não fosse por mim você estaria com D.P em todas as matérias. — Demi brincou levando a garrafa de cerveja até a boca.

— Haha engraçadinha, dormi com as professoras ajuda bastante também. — Piscou com um sorriso malicioso nos lábios e voltou sua atenção para o celular.

— Céus, Luke, você é um safado. — Lucy disse revirando os olhos, ela deu um tapa no amigo e ele mostrou língua para  ela. — Ignora esse imundo, Joseph.

— Eu aposto que ele era bem pior quando era mais novo. — O comentário de Demi fez Joseph rir negando com a cabeça, ele pegou a garrafa de cerveja da namorada para tomar um gole e sorriu para ela que o olhava com os olhos brilhando. Demi tinha razão ele era pior quando era mais novo, já havia até dado em cima da coordenadora do seu curso da faculdade.

— Homens. — Natasha revirou os olhos e encarou a amiga. — Como vocês se conheceram? Demi nunca contou essa história para nós e eu fiquei bem confusa quando vocês voltaram porque ela sempre dizia que não tinha contato com o pai da Alana.

— É uma longa história, mas resumindo nós nos conhecemos em uma festa, ela tinha dezessete anos e eu não conseguia tirar os meus olhos dela. Nós ficamos a noite toda e as coisas foram acontecendo, nós ficamos juntos por volta de três meses mais ou menos, ela engravidou e nós nos distanciamos... cinco anos depois, eu comecei a trabalhar na Mayer e acabamos no reencontrando, dessa vez eu não deixei ela escapar.

— Eu não acredito muito nessa merda, mas foi quase amor a primeira vista, quando eu o vi só conseguia pensar em como ele era lindo e como eu queria ficar com ele. — Apesar de todo o sofrimento que havia passado por causa dele, hoje ela entendia melhor que tudo havia acontecido para que eles pudessem crescer como pessoas individualmente para que pudessem estar juntos agora. Todo dia a confiança entre eles crescia um pouquinho mais, trazendo a certeza de que aquilo era certo.

— Que coisa mais linda, se não for para namorar assim eu nem quero! — Demi riu e deu um selinho nos lábios do namorado, sentindo o coração acelerar um pouquinho no peito, as coisas entre eles estavam cada dia mais sérias. 

— Até eu fiquei com vontade de arrumar um namorado agora. — Natasha bebeu o restante da sua bebida e suspirou encarando o casal de namorado.

— Namorar eu não sei, mas se você quiser alguém para transar saiba que eu sempre estarei disponível para você, meu amor. — Piscou e mandou um beijo para Natasha, a morena colocou a língua para fora e fez cara de nojo para o amigo. Luke era impossível! — Não faça isso, a Demi provou e aprovou, você pode ser a próxima.

— A Demi acabou de dizer que fingiu duas vezes ter um orgasmo com você, você acha mesmo que eu quero experimentar e ter que fingir também? Não, obrigada. — Joe mexeu-se de forma desconfortável na cadeira e umedeceu os lábios antes de beber o último gole da cerveja da namorada.

— A Demi só disse isso para ferir o meu ego, querida. Mas enfim, se você quiser, você sabe aonde me encontrar, agora com licença, tem uma loira gostosa me esperando no bar aqui do lado. — Sorriu animado, levantando-se da cadeira. — Joseph, foi um prazer conhecê-lo, mas eu preciso ir. Até breve, tchau meus amores. Amo vocês. — Ele deu dois tapinhas nas costas de Joseph, um beijo na bochecha de cada uma das meninas e saiu caminhando.

— Luke é tão idiota, parece um adolescente. — Lucy resmungou colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha. Joseph encarou Demi com uma das sobrancelhas arqueadas como se quisesse descobrir alguma coisa, ela colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha e quando percebeu o olhar do namorado sobre si, franziu o cenho.

— O que foi? — Perguntou o olhando. Ele deu os ombros e negou com a cabeça.

— Nada, eu acho que está ficando tarde e Kim está em casa com Alana, é melhor irmos para casa. — Demi assentiu concordando com ele, ela guardou o celular no bolso e levantou chamando atenção das amigas.

— Meninas, nós já estamos indo. Alana está em casa com a avó e já está ficando tarde. — As amigas de Demi assentiram e levantaram-se para se despedir da amiga. — Nos vemos na segunda, se cuidem e qualquer coisa podem ligar.

— Pode deixar, se cuida também. — Demi se despediu das amigas com um breve abraço e um beijo na bochecha.

— Tchau meninas, foi um prazer conhecê-las. — Joseph se despediu das amigas da namorada com um beijo na bochecha e deixou uma nota em cima da mesa para ajuda-las a pagar o que elas haviam consumido mesmo as garotas dizendo que não precisava. Demi e Joe saíram do bar de mãos dadas e caminharam até o carro que estava estacionado à poucas quadras dali porque a rua estava cheia.

Eles adentraram no carro, Demi colocou a bolsa no banco de trás e suspirou porque lá fora estava frio e no carro o ambiente estava quentinho e confortável. — As meninas gostaram de você. — Disse ao ler as novas mensagens no grupo, era apenas elogios em relação à Joseph e ela riu olhando para o namorado. — É impossível não gostar de você, coisa linda. — Se inclinou para beija-lo na bochecha. Joseph a tocou na coxa da perna e ela sorriu quando ele a segurou pela cintura puxando-a para sentar-se em seu colo. — Amo você, lindo. — Deu um selinho demorado nos lábios dele e sorriu quando ele lhe abraçou fortemente pela cintura e enterrou a cabeça no pescoço inalando profundamente o cheiro do perfume dela.  — Não se anima muito não. — O avisou sorrindo sapeca quando levou uma das mãos até o volume da calça jeans para sentir a ereção.

— Nem uma rapidinha no banco de trás? — Perguntou arqueando a sobrancelha. Demi riu como uma criança sapeca e negou com o cabeça, ela acariciou o cabelo da nuca dele puxando levemente e sorriu o olhando nos olhos se sentindo extremamente apaixonada por aquele homem. — Eu já disse como eu amo quando você veste jeans apertado?

— Sim, você já disse como ama quando eu uso jeans apertado e não, nada de rapidinhas no banco de trás. — Riu da careta dele e suspirou apaixonada encarando os olhos esverdeados que estavam escuro por causa da escuridão do carro. — Foi em uma dessas rapidinhas que eu acabei engravidando, lembra?

— Podemos fazer o Arthur assim também. — Piscou sorrindo de lado. Demi revirou os olhos e riu quando ele passou a língua no pescoço a deixando arrepiada. Uma das mãos grandes espertamente adentraram a blusa dela e alisaram as costas, fazendo com que ela fechasse os olhos. — Você tem certeza que não quer ter uma rapidinha aqui no carro? — Depositar beijos precisos atrás da orelha e no pescoço era mancada. Demi umedeceu os lábios e mordeu o lábio inferior, era possível morrer de amor? — Eu te amo, linda. — E finalmente ele selou seus lábios num beijo mais intenso. Demi guiou a língua para tocar a dele e Joe levou uma mão para o pescoço dela, intensificando ainda mais o beijo.

— Nada de Arthur, André ou Ana. Pode ir tirando essa ideia da sua cabeça, bebezão. — Separou o beijo e riu da careta do namorado. — Vamos para casa, já está tarde e estou cansada. — Murmurou saindo de cima dele para sentar no banco do passageiro. — O que achou do pessoal? — Demi perguntou enquanto procurava uma estação de rádio e Joseph dava partida no carro.

— Suas amigas são divertidas. — Comentou batucando levemente no volante acompanhando uma das músicas do Ed Sheeran que tocava na rádio.

— Você ficou incomodado com o que foi dito sobre eu e o Luke? — Perguntou levando uma das mãos até a nuca dele para acariciar os cabelos daquela região. Joseph umedeceu os lábios e olhou a namorada brevemente, antes de assentir com a cabeça.

— Você não ficaria?

— Sim, eu ficaria. Mas você não tem com o que se preocupar, nós somos apenas amigos e nunca tivemos nada sério, só saímos duas vezes e apenas isso. É você que eu amo e é você com quem eu quero estar.

— Então vocês transaram duas vezes e agora são amigos, apenas isso? — Arqueou a sobrancelha sem tirar os olhos da estrada.

 — Sim, Joseph. Satisfeito?

— Você tem uma mania estranha de ser amiga dos seus ex-namorados e Luke é nome de cachorro, toda vez que vocês falavam o nome dele eu lembrava do nosso cachorro. — Resmungou

— O que você está querendo insinuar? Seja mais claro porque eu não estou conseguindo entender, e sim, eu sou amiga de todos os caras com quem eu já dormi, Wilmer, Luke... quer que eu cite mais nomes, querido? — Perguntou ironicamente porque ele estava conseguindo lhe deixar estressada com aquele assunto.

— Eu não estou querendo insinuar nada, eu só estou tentando entender essa sua mania estranha, você pode ser amiga de quem você quiser, eu jamais vou proibir você de fazer alguma coisa. — Falou focado na estrada. Ele jamais proibiria Demi de ter amigos ou de fazer algo que ela quisesse fazer, ele confiava nela e não era aquele tipo de namorado.

— Talvez você devesse colocar um rastreador no meu celular assim você saberia todos os meus passos e não precisaria ficar insinuando coisas.

— Ei calma, eu sinto muito se pareceu que eu estava tentando insinuar alguma coisa, não foi a minha intenção. Eu confio em você e sei que você jamais faria algo para me decepcionar. — Joe tentou segurar a mão dela, mas Demi puxou a mão focada em trocar mensagens com Kristen. E assim eles seguiram o restante do caminho: em silêncio.

Quando o carro foi estacionado na garagem do condomínio, Demi bocejou, pegou sua bolsa e saiu do carro chamando o elevador e ela nem mesmo seguraria a porta do elevador para esperar por Joe, sorte que ele colocou o pé impedindo que as portas se fechassem. — É sério que você está com raiva disso? — Perguntou sem acreditar que Demi realmente estava brava com ele, em sua cabeça não fazia sentido nenhum ela estar brava. — Por acaso você está de tpm? — O olhar duro de Demi o fez recuar. Ela estava muito brava.

— Esse é o problema de vocês homens, vocês sempre acham que tudo é culpa da tpm, nada nunca é culpa das atitudes machista de vocês. — Resmungou e saiu do elevador quando as portas se abriram no andar. Ela abriu a porta do apartamento, colocou a bolsa em cima da mesa de jantar e sorriu quando os cachorros pularam em cima dela balançando os rabinhos. — Oi meninos.  Foram longos minutos sentada no sofá dando atenção para os cachorros, Batman era o mais exagerado e sempre queria toda a atenção apenas para si enquanto Lucky se contentava com pequenos carinhos atrás da orelha e Demi o chamado de bom garoto. Depois de tanto dar carinho e atenção para os cachorros, Demi foi para a cozinha lavar as mãos, organizar os potes de ração e as caminhas dos cachorros para depois subir para o segundo andar.

Joseph estava jogado na cama apenas vestindo uma cueca. Demi umedeceu os lábios ao olhar o peitoral bonito do namorado, Joseph estava tão concentrado mexendo no celular e com um sorriso idiota nos lábios que nem mesmo notou a presença de Demi no quarto o que a deixou ainda mais irritada. Ela caminhou para o banheiro e bateu a porta propositalmente para chamar a atenção dele.

Demi ficou quase quarenta minutos no banheiro, ela lavou os cabelos e demorou o tempo que achou necessário. Quando saiu do chuveiro se secou e enrolou uma toalha em volta do cabelo, caminhar nua do banheiro até o closet foi de propósito para provocar o namorado, mas ele nem tirou os olhos do celular. Demi vestiu um pijama quentinho e resmungou baixinho enquanto secava o cabelo com o secador em frente ao espelho do closet, cabelo grande dava tanto trabalho e ela já estava pensando em corta-lo.

Demi apagou a luz e deitou-se na cama puxando a coberta para ela, o celular não tinha nada de interessante e Joseph estava totalmente focado no celular dele e ela se perguntava o que tanto ele fazia no celular, até tentou ver algo, mas não conseguiu. Aonde estava o sono? — Joseph, o que você está fazendo? — Perguntou virando-se para o lado dele tentando olhar o que diabos ele tanto fazia naquele celular. Pela primeira vez, Joe desviou o olhar do celular para encarar a namorada.

— Conversando com o meu irmão. — Disse mostrando um pouco da conversa. — Nós vamos sair amanhã a tarde. — Demi murmurou e ajeitou o travesseiro. Ah não, Joseph ia mesmo ficar a noite toda naquele celular? — Você ainda está brava? — Perguntou com um sorriso brincalhão nos lábios porque adorava provoca-la. Demi bufou e tentou se desfazer do abraço dele quando ele rodeou os braços em volta da sua cintura.

— Primeiro: você nunca deve perguntar se uma mulher está brava, segundo: sim, eu ainda estou brava. — Joe riu e a beijou na bochecha carinhosamente. — Sai, Joseph.

— Então o que eu devo fazer para você aceitar o meu pedido de desculpa? — Perguntou a enchendo de beijinhos pelo rosto que a fez dar risada. — Ein, meu amor? — Demi sorriu quando ele deixou o celular de lado para lhe dar atenção e passou uma das pernas em volta da cintura dele e suspirou se sentindo completamente apaixonada por aquele homem. — Você é perfeita, sabia? — Perguntou olhando-a nos olhos. Para ele, Demi era a mulher perfeita. Os olhos castanhos claro, os cabelos lisos e loiros presos em um coque bagunçado, as sardinhas espalhadas pela região das bochechas e nariz, a boca bem desenhada, as curvas do corpo, ele amava cada pedacinho daquela mulher e sabia que ela era a mulher da vida dele. — Eu amo tudo sobre você. A sua risada, a sua voz, o jeito que você cuida da nossa filha, a dedicação que você tem no trabalho e na faculdade, como você é leal aos seus amigos, seu amor pela nossa pequena família. Céus, você é perfeita. — Ela estava chorando de emoção, ninguém jamais havia dito algo assim para ela.

— Joseph, você não pode fazer isso comigo. — Resmungou com as bochechas coradas. Joe riu dando um beijo carinhoso em sua testa e limpou as lágrimas com o dedão. — Eu também amo muito você, amo muito, muito, muito. — Quando Joe lhe deu um selinho ela ainda estava com um sorriso nos lábios o que fez ele sorrir também. Demi puxou o lábio inferior dele com os dentes e encaixou seus lábios num beijo lento e apaixonado capaz de arrepiar até o último fio de cabelo.

Estrategicamente, Joseph adentrou uma das mãos na blusa do pijama da namorada e a tocou na cintura nua, subiu um pouco das mãos até a costas acariciando e em seguida tocou um dos seios livres do sutiã, fazendo carinho com a ponta dos dedos. Demi separou o beijo com um selinho molhado e suspirou sentindo a pele arrepiar com o carinho nos seios. — Linda. — Elogiou e a beijou na bochecha carinhosamente.

— Amor. — Resmungou sentindo-se o corpo queimar de desejo por ele. Ela o tocou no peito, o afastando para conseguir tirar a blusa do pijama fazendo Joseph sorrir de orelha a orelha.

 — Você não faz ideia das coisas que eu quero fazer com você. — Ela umedeceu os lábios e mordeu o lábio inferior quando levou a mão até a ereção dele. Demi sorriu sapeca e fechou os olhos quando sentiu a língua de Joseph em seu pescoço, sacanagem. Ela gemeu baixinho umedecendo o lábio inferior e puxou os fios dos cabelos dele arqueando o corpo contra o dele.

— E porque você não faz? — Perguntou com a voz séria no ouvido dele. Joseph sorriu de forma maliciosa com a carta branca que ela deu e a ajudou a tirar a calça distribuindo beijinhos por cada parte da pele que era descoberta.

Transar com Joseph ficava cada dia melhor, deveria ser porque cada dia ela se sentia um pouquinho mais apaixonada por ele. O corpo dele se encaixava ao seu e ela murmurava de olhos fechados com as unhas cravadas as costas largas e bonita. Demi abriu a boca num gemido sem som e mordeu o ombro do namorado quando ela chegou ao seu limite, sentiu Joseph a estocar pela última vez e sair de dentro dela suspirando profundamente. Ele descartou o preservativo e deitou ao lado dela na cama, puxando-a para deitar em seu peito, fazendo carinho nas costas.

— Boa noite, amor da minha vida. — Joseph disse dando um beijo demorado na bochecha dela. Demi o abraçou  passando a perna esquerda em volta da cintura dele e o beijou no pescoço desejando boa noite. Os dois não demoraram nada para cair no sono tendo a certeza que estavam preparados para passar uma vida inteira juntos.

Demi resmungou algo inaudível ao sentir um peso em suas costas, ela até tentou falar algo coerente, mas estava com muito sono e tinha a sensação de que havia acabado de pegar no sono. — Mãe, você está dormindo? — Ah, então estava desvendado o que era aquele peso se mexendo em suas costas. Alana saiu de cima da mãe e deitou ao lado dela, no meio entre Joseph e Demi.

— Alana, ainda está cedo, volta à dormir. — Demi pediu com a voz embargada ainda de olhos fechados porque estava cansada demais para abrir os olhos, mal sabia que já passava das oito da manhã. Alana resmungou e encarou o pai que também tinha olhos fechados.

— Pai, você está dormindo ? — Perguntou tocando-o no braço.

— Sim. — Murmurou de olhos fechados. Alana riu e deitou ao lado do pai, o abraçando pelo pescoço e passando uma das perninhas em volta da cintura dele.

— Então porque você está falando? — Arqueou a sobrancelha o olhando. Joseph abraçou a filha e abriu os olhos encarando os olhos verdes da garotinha, tinha coisa mais linda do aquele par de olhos inocentes lhe encarando curiosamente? Joseph sorriu para a filha e beijou-lhe na testa carinhosamente.

— Bom dia, amor da minha vida. — Disse puxando a filha para enchê-la de beijinhos.

— Bom dia, amor da minha vida. — Alana o imitou e sorriu passando as perninhas pela cintura do pai para que pudesse deitar no peitoral dele. Ela o beijou na bochecha e sorriu tocando a bochecha dele com as mãos. — Hoje nós vamos no shopping com a tia Selena e a tia Kris. — Falou sorridente.

— Ah, é mesmo? E porque eu não fui convidado? — Perguntou com uma das sobrancelhas arqueadas. Alana parou um pouco pra pensar e franziu o cenho encarando o pai.

— Porque é só meninas e você é menino, mas eu acho que você pode ir se você quiser, a gente pode te maquiar e pintar as suas unhas e aí você vai ficar parecendo uma garota, ai eu acho que a tia Selena vai deixar você ir também. — Crianças e sua magnifica mente capaz de imaginar as coisas mais aleatórias possíveis. Joseph sorriu e assentiu com a cabeça, ele faria qualquer coisa que Alana pedisse para ele. — A mamãe pode te emprestar uma roupa também, eu acho que os meus vestidos não cabem em você.

— Eu acho que eu vou ficar linda com as unhas pintadas de rosa. — Piscou para Alana que riu da careta do pai e assentiu com a cabeça animada para maquiar o pai e pintar as unhas dele. — Oi garotão. — Disse quando viu Batman se aproximar balançando o rabinho, o cachorro apoiou as patinhas na cama e Joseph esticou os braços para coloca-lo em cima da cama.

— Pai, o Batman fez o número dois no corredor. — Alana falou baixinho para Demi não ouvir, porque sabia que a mãe iria brigar. Joseph fez uma careta e pirraçou o cachorrinho que rosnou bravo. — A mamãe vai ficar muito brava.

— Nós podemos guardar segredo, o que acha? — Piscou com um sorriso sapeca nos lábios. Alana assentiu com a cabeça trocando um olhar cúmplice com o pai, ela adorava compartilhar segredos com os mais velhos, mesmo as vezes quando deixava os segredos escaparem e acabava contando.

— Vocês dois são impossíveis. — Demi resmungou se espreguiçando quando Batman latiu e rosnou irritado com as brincadeiras de Joseph. Era fato, quando Joe e Alana estavam juntos no mesmo cômodo era bagunça na certa. Ela bocejou e sorriu para a filha quando a garotinha passou por cima do pai para ir para o colo da mãe. — Bom dia, pequena bagunceira. — Demi disse arrumando algumas mechas do cabelo da filha que estavam bagunçadas.

— Bom dia, dorminhoca. — Alana disse dando um beijo na bochecha da mãe. Joseph sorriu observando as duas e piscou quando Demi o olhou. — Mãe, hoje é sábado? — Perguntou curiosa e ansiosa. Demi sabia o motivo daquela ansiedade, era porque elas iriam para o shopping fazer compras e Alana adorava, ainda mais porque Selena e Kristen iriam também.

— Sim, meu anjo, hoje é sábado. — Alana sorriu animada e bateu palminhas. — Tem alguém faminta aqui. — O estômago de Alana roncou alto causando risada entre eles. Demi beijou a bochecha da filha e encarou o namorado que estava quietinho observando as duas enquanto Batman tentava a todo custo morder seu dedo.

— Eu vou ir arrumar a minha roupa. — A garotinha saiu do quarto correndo, não deu tempo nem de Demi dizer "não." e quando Batman viu Alana sair do quarto, ele pulou da cama e correu atrás da menina, como o bom companheiro que era. Joseph sorriu e puxou a namorada para perto dele.

— Bom dia, amor. — Ele disse beijando-a na bochecha carinhosamente. Demi sorriu o olhando nos olhos e deu um beijinho no maxilar barbado. — Eu gosto de observar vocês duas juntas, sabia? — Perguntou repousando a mão na cintura nua.

— Eu sei amor, eu também gosto muito de ver vocês dois juntos. — Disse manhosa se aconchegando nos braços do namorado, ela até fechou os olhos porque se fosse da sua vontade, passaria o dia todo deitada ao lado dele, sem grandes complicações, mas eles tinham uma garotinha cheia de energia para cuidar.

— Vocês vão para o shopping que horas? — Perguntou descendo a mão grande da cintura para o bumbum nu. — De tarde eu vou ir para o meu apartamento, vou ver a minha mãe e depois vou encontrar o Thomas. — Ele riu pensando no tanto de tempo que fazia desde que ele havia dormido no seu apartamento, desde o pedido de namoro ele só dormia no apartamento de Demi.

— Amor, você precisa ir ver a sua mãe mais vezes, ela está sozinha naquele apartamento enorme e eu acho que ela deve se sentir sozinha, eu não me importo de você ir vê-la, ela é a sua mãe e deve ser uma prioridade na sua vida. — Disse dando um beijo no pescoço dele. Ela não queria que Kelly pensasse que ela impedia Joseph de vê-la, ela jamais faria isso.

— Nós conversamos todos os dias, meu amor, não há nada com que se preocupar. — Deu um tapa no bumbum dela e Demi revirou os olhos para ele tirando a mão do bumbum e colocando de volta em sua cintura porque sabia que as coisas poderiam ir longe demais e naquele horário e com Alana em casa, estava totalmente fora de cogitação. — Você percebeu que estamos praticamente morando juntos? — Perguntou a observando atentamente e Demi assentiu com a cabeça. — Você não se incomoda com isso?

— Não. — Demi disse indiferente. — Nós somos adultos, estamos apaixonados e temos uma filha, acho que isso é normal, eu não me incomodo, eu já estou tão acostumada à dormir com você todos os dias que eu acho que no dia que você quiser ir dormir no seu apartamento eu vou estranhar. — Riu e Joe lhe deu um beijinho na bochecha porque ela era encantadora.

— Casa comigo? — Perguntou sério a olhando nos olhos. Demi suspirou encantada com aquele par de olhos verdes lhe encarando. — Eu estou falando sério, não precisa ser nada grande, casamos no cartório, uma coisa bem simples... eu amo você e eu quero passar o resto da minha vida ao seu lado, eu nunca tive tanta certeza de algo no mundo, como eu tenho a certeza de que eu quero me casar com você.

— Amor. — Tinha como o coração bater mais acelerado? Ela sorriu completamente apaixonada por ele e lhe deu um selinho demorado nos lábios. — Amor, eu não vou para lugar nenhum, eu amo você e não tem outra pessoa no mundo capaz de fazer eu me sentir mais amada, protegida e feliz do que você. É claro que eu aceito me casar com você, mas vamos com calma, você sabe o que acontece quando as coisas são desorganizadas.

— Amo você, meu amor. — Demi sorriu quando ele selou seus lábios num beijo casto. — Eu vou levantar antes que Alana coloque fogo na casa com esses cachorros. — Demi murmurou minutos mais tarde quando ouviu barulho de algo caindo no andar de baixo.  Joseph sorriu e se espreguiçou na cama pensando em como estava bom ficar ali, sem se preocupar com nada.

— Você vai passar a manhã toda só com um iogurte? — Perguntou com a sobrancelha arqueada quando adentrou na cozinha e viu a namorada encostada na pia da cozinha comendo um iogurte. Ele deu um beijo no topo da cabeça de Alana que estava sentada em volta do balcão comendo cereal e buscou uma xícara para servir café para si.

— Se eu sentir fome mais tarde eu como alguma coisa. — Deu os ombros e o observou atentamente, ele estava com uma regata cinza e os músculos dos braços era de encher os olhos.

— Mãe, que horas nós vamos sair com a tia? — Alana perguntou com a boca cheia de cereal, a empolgação da menina era tanta que por pouco ela não se engasgou.

— Duas horas. — Falou focada no iogurte com granola. — Você tem certeza que não quer ir? — Perguntou se aproximando do namorado e sentou de lado no colo dele, ela alisou o cabelo dele e beijou a bochecha. Tinha homem mais bonito que aquele? As sobrancelhas grossas, os olhos estreitos e verdes, o nariz pequeno e os lábios bem desenhados. Ele era lindo demais e só dela.

— Não, amor. Eu vou ver a minha mãe e depois encontrar o Thomas, dependendo do horário talvez eu encontre vocês por lá para assistirmos algum filme no cinema. — Demi assentiu com a cabeça e levou a colher de iogurte até a boca. — Se bem que eu não sou muito fã de shopping, ainda mais com quatro mulheres juntas.

— Quem é Thomas? — Alana perguntou curiosa como sempre. Joseph bebericou o café e rodeou a cintura da namorada com um braço.

— É o meu irmão, anjo. Seu tio. — Alana assentiu pensativa e voltou a comer o cereal.

— Até o papai tem um irmão e eu não. — A pequena falou encarando os pais com um sorriso esperançoso nos lábios. Demi arqueou a sobrancelha e Joseph sorriu sem tirar os olhos da filha. — Eu queria tanto um irmãozinho, eu juro que eu vou ser a irmã mais velha mais legal de todo o mundo e vou ensinar muitas coisas para ele, por favor, mamãe.

— Já conversamos sobre isso e vocês dois sabem a resposta. Não. — Alana e Joseph se entreolharam prendendo o riso e Demi franziu o cenho. — Vocês dois são tão impossíveis quando estão juntos. — Mostrou língua para a filha que retribuiu o gesto e Joseph riu das suas garotas, às vezes Demi parecia uma criança.

***

O que poderia resultar quando quatro garotas estavam juntas? Muita bagunça! E quem estava adorando tudo aquilo era Alana porque estava fazendo coisa de gente "grande" com a mãe e as tias. — As minhas unhas estão lindas. — Disse esticando as mãos para olhar as unhas pintadas de rosa claro. Elas estavam sentadas em uma das mesas da praça de alimentação do shopping e Alana e Selena esperavam Demi e Kristen voltarem do Mc Donald's com os pedidos. 

— Agora nós estamos com as unhas iguais. — Selena sorriu mostrando sua unha para a sobrinha. Depois de saírem de uma loja de roupa, elas foram para o salão aonde fizeram as unhas e Selena pintou as unhas da mesma cor de esmalte que Alana pintou a dela. Selena estava completamente apaixonada pela sobrinha, ela nunca conviveu com crianças, mas ter Alana por perto estava sendo simplesmente maravilhoso, a garotinha tinha o poder de tirar um enorme sorriso do rosto dela até mesmo quando ela estava nos piores dias. 

— Estamos parecidas. — Alana sorriu e colocou a mãozinha esquerda em cima da mão de Selena para comparar as unhas. Selena entrelaçou suas mãos e deu um beijinho nas mãos da sobrinha. — Eu amo você, tia. — Alana ficou de joelho em cima da cadeira para conseguir rodear os braços em volta do pescoço de Selena. 

— Eu também amo você, pequena. — Beijou-lhe na bochecha carinhosamente e colocou uma mecha do cabelo loiro da garotinha atrás da orelha. Alana acenou para a mãe quando a viu se aproximando segurando uma bandeja com dois lanches e Kristen vinha logo atrás também segurando uma bandeja. 

— O que será que veio de brinquedo? — A garotinha perguntou quando a mãe sentou de frente para ela e colocou a caixinha do lanche em frente à ela. Alana abriu a caixinha do McLanche Feliz animada porque o brinquedo era sempre o que lhe chamava atenção. 

— O atendente não tirava os olhos da Demi. — Kristen comentou com um sorriso malicioso e Demi revirou os olhos levando uma batata frita até a boca. — Essa tonta nem sabe aproveitar, eu ainda insisti para ela pedir um desconto e ela não quis. — Revirou os olhos fazendo Selena rir. — Eu estou com tanto medo de não conseguir uma roupa legal, eu quero algo que provoque Stella, mas que ainda sim seja comportado. Eu não posso conhecer meus sogros vestindo como uma vadia. — Resmungou olhando dando uma mordida no hambúrguer. 

— Eu conheci uma loja nesse shopping que tem bastante roupa legal, depois podemos passar lá se você quiser. — Ficar sem fazer nada em Los Angeles tinha suas vantagens, Selena tinha tempo para passear pela cidade e conhecer lugares legais.

— Eu estou tão nervosa, e se eles não gostarem de mim? 

— Kristen, você só precisa ser você mesma. — Demi disse ajudando a filha com o lanche que mesmo sendo pequeno ainda era grande nas mãos pequenas. — Você é uma mulher bonita, inteligente, forte e decidida. Eu tenho certeza que eles vão gostar de você, não gostar de você é quase impossível. — Demi não tinha muitas experiências com os pais dos seus namorados, nunca havia sentado na mesa para jantar ou almoçar com os sogros tendo uma conversa agradável de mais de duas horas. Havia apenas Kelly que era um caso especial e Bruce ela conhecia apenas de vista.

— Kris, não precisa ficar nervosa. Os seus sogros saberão como guiar uma conversa, eles vão perguntar sobre a sua vida e você tem que responder da forma mais sincera possível e mostrar confiança em cada palavra que você diz e Stella também não vai te deixar sozinha, ela vai saber mudar o rumo da conversa caso algo desconfortável aconteça. Relaxa e aproveita o momento, tenho certeza que vai ser divertido.

— Obrigada, Sel. — Kristen sorriu e apertou a mão de Selena agradecendo o apoio. Demi umedeceu os lábios e encarou as duas sentindo o ciúmes dar uma pontadinha em seu coração, ela suspirou e focou no seu lanche para não demonstrar que estava com ciúmes.

— Você tem alguma ideia do que quer vestir? Você não precisa ir necessariamente de vestido, como vai ser um almoço no domingo eu acho que uma roupa despojada também cairia bem para a ocasião  — Selena falou dando uma mordida monstruosa no hambúrguer. — Você tem que ir da forma que se sente confortável. — Selena era alguma especialista em sogros e sogras? Demi se perguntou de olho na filha que estava totalmente entretida com o brinquedo e na batata frita.

— Eu acho que vou começar a pedir algumas dicas para você porque Kelly me odeia. — Demi comentou buscando o celular que vibrava no bolso traseiro do jeans, era Joseph avisando que estava almoçando com a mãe. Ela respondeu a mensagem e deixou o celular em cima da mesa para caso chegasse outra mensagem.

— Kelly é um caso especial. — Selena brincou e Demi fez careta concordando. — Ela é uma ótima mãe, sempre moveu céus e montanhas pelo Joe e acho que isso que acaba sendo um pouco sufocante porque ela nunca acha nenhuma namorada de Joseph boa o suficiente para ele. Ela coloca ele num pedestal e eu acho isso tão exagerado, mas o Joe ama você e já deixou isso claro para ela, uma hora ou outra Kelly vai ter que aceitar, ainda mais quando vocês casarem.

— O papai já pediu a mamãe em casamento outro dia e ela aceitou, eles vão casar. — Selena e Kristen pararam na hora de comer e encararam Demi que estava com as bochechas extremamente coradas. A filha não estava focada no brinquedo?

— Eu não acredito que você foi pedida em casamento e não me disse nada. — Kristen falou encarando a melhor amiga que revirou os olhos e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha. Ela não tinha levado a sério aquele pedido de casamento, era apenas uma brincadeira entre eles. Demi sabia que Joseph queria casar e ela também queria, só não estava preparada para aquela responsabilidade naquele exato momento, daqui uns três anos talvez, ou até mais. O maior foco dela no momento era a vida profissional e ela queria ter uma estabilidade financeira melhor antes de dar o próximo passo com Joseph.

— Não foi nada demais, Joe sempre me pede em casamento e eu sempre neguei, semana passada ele me pediu em casamento novamente na frente da Lana e eu aceitei, mas não foi nada sério, apenas uma brincadeira nossa.

— Não é porque ele é meu amigo, mas você ganhou na loteria com um homem como Joseph e eu tenho certeza que quando ele for fazer o pedido vai ser algo grande. — Demi arqueou a sobrancelha encarando Selena atentamente como se quisesse descobrir algo. Selena riu e negou com a cabeça. — Ei, eu juro que não sei se ele está planejando alguma coisa.

— Eu estou tão animada para apresentar o Tommy para vocês, principalmente para Joe. Eu quero que eles sejam amigos, é importante para mim que Joseph o aprove.

— Se ele te faz feliz, pode ter certeza que Joe vai aprovar, ele sempre fala que a sua felicidade é o que importa para ele. — Demi sorriu e deu um gole no suco de laranja e fez uma careta para a filha que tomava coca-cola mesmo com a insistência da mãe para que ela também pegasse o suco de laranja.

— Eu sempre fico com um pouco de receio quando eu vou apresentar o cara com quem eu estou namorado para o Joe porque ele sempre reconhece quando o cara presta ou não, às vezes eu não dou ouvido e acabo quebrando a cara. Ele é muito bom em conhecer os idiotas.

— Um idiota reconhece outro idiota. — Kristen disse com um sorriso zombeteiro nos lábios porque ela adorava implicar com Joseph, era divertido quando eles trocavam xingamentos e mostravam o dedo do meio um para o outro.

— Ei, não fala assim do meu namorado. — Demi falou focada em trocar mensagem com Joseph. — Eu vou dizer para ele. — Kristen deu os ombros como quem não estava ligando e Demi digitou agilmente uma mensagem para o namorado dizendo que Kristen estava lhe chamando de idiota, alguns segundos chegou uma mensagem de áudio para ela.

— Fala para Kristen que eu a chamei de sapatona. — Joseph disse com um tom de divertimento na voz. Eles estavam apenas brincando, um adorava pirraçar o outro. Demi reproduziu o áudio para elas que riram e Kristen revirou os olhos logo em seguida.

— Deixa eu mandar um áudio para esse infeliz. — Kristen disse com a boca cheia pegando o celular da mão de Demi, ela apertou o botão de áudio e disse: — Eu sou sapatona sim e chupo muito melhor do que você, corno. — Enviou o áudio e devolveu o celular para a amiga que o guardou porque se deixasse os dois passariam o dia todo se provocando.

Depois de comerem, elas foram para outra loja procurar uma roupa para Kristen e céus, estava dando trabalho, nada parecia agradar Kristen e Demi já estava ficando estressada, até ela havia comprado um vestido preto justo ao corpo que modelou suas curvas perfeitamente. — Eu desisto, não tem nada para mim. — Resmungou emburrada saindo da loja e quando passaram em frente à loja de brinquedos, Alana implorou para a mãe entrar na loja para "olhar" os brinquedos e Demi sabia muito bem que nunca era só uma olhada, a menina insistia até comprarem algo que ela queria.

A loja de brinquedo era enorme e tinha brinquedos para todas idades, os mais variados tipos de bonecos, ursos, barbies, bonecas bebês e etc... foi então que Alana avistou a casa da Barbie. Os olhos da garotinha brilharam ao ver o tanto de móveis que vinha na casinha, tinha todos os detalhes e a casinha tinha três andares. — Olha mãe. — Alana falou observando a casinha montada como demonstração. Demi assentiu com a cabeça pedindo aos céus para que a filha não pedisse aquela casinha, o preço era absurdo e Alana podia chorar que Demi não iria pagar tão caro por uma casinha de bonecas.

— Já viu, agora vamos. — Demi chamou a filha que nem deu ouvido à mãe, ela estava totalmente focada na casinha, não só ela como outras crianças também que insistiam para as mães comprarem a casinha e Demi sabia que eles deixavam a casinha montada propositalmente para atrair mais as crianças.

— Mãe, podemos levar? — Pediu segurando o braço de Demi que negou prontamente.

— Hoje não, lembra que presentes é só em datas especiais? — A lembrou e segurou a mão dela para puxa-la para fora da loja, mas Alana se desvencilhou e cruzou os braços dizendo que não sairia da loja. — Alana! — Demi disse seriamente olhando para a menina porque ela nunca tinha paciência para quando Alana começava a fazer birras, dificilmente acontecia, mas quando acontecia Demi ficava muito irritada.

— Por favor, mãe. Eu sou uma boa menina. — Disse com a voz embargada por causa do choro. Demi adentrou a mão no cabelo respirando fundo para não perder a paciência, Alana não era a única criança na loja que implorava para a mãe comprar a casinha.

— Filha. — Demi se abaixou ficando próxima a garotinha e a olhou seriamente. — Nós já conversamos sobre isso e você sabe que presentes são apenas em ocasiões especiais, você já ganhou um vestido da sua tia e por hoje já está de bom tamanho.

— Mas eu quero muito a casinha, mamãe. — As primeiras lágrimas rolaram pelo rosto delicado de Alana e Selena sentiu o coração quebrar. — Eu quero falar com o meu pai. — Alana sabia que Joseph sempre fazia todos os seus gostos, então quando Demi não queria lhe dar algo, ela sempre apelava para Joseph e isso sempre era motivo de brigas entre o casal. Respire fundo. Demi dizia mentalmente para não pegar Alana pelo braço e levar para fora daquela loja.

— Vem aqui, meu amor. — Selena chamou sem suportar ver a sobrinha chorando por causa de uma casinha de bonecas. Alana correu para os braços da tia e começou a chorar ainda mais. — A tia vai te dar a casinha, vamos. — Kristen arregalou os olhos porque ela conhecia a amiga que tinha e sabia que Demi odiava quando alguém lhe contrariava na frente da filha. Selena pediu para Kristen segurar suas sacolas e pegou Alana nos braços, a garotinha passou um dos braços em volta do pescoço da tia e limpou as lágrimas. — Vamos lá, comprar sua casinha. Eu já volto. — Avisou para Demi que respirava fundo para não surtar.

— Respira fundo e não surta. — Kristen disse se aproximando da amiga que estava parada perto da porta da loja. — É só uma casinha. — Demi revirou os olhos com vontade e suspirou.

— Kristen, Alana precisa aprender ouvir não, ela precisa entender que ela não pode ter tudo o que quer na hora que quer, as vezes as coisas levam tempo e Alana precisa aprender isso, ela está ficando tão mimada e parte disso é culpa de Joseph que da tudo o que ela quer, faz todos os gostos dela e agora tem mais uma para estragar a educação da minha filha.

— Demi, as vezes você exagera. Eu sei que você quer ensinar que ela tem que aprender esperar pelas coisas, que nem sempre ela vai ouvir um sim e tudo mais, porém você precisa entender que Alana é uma criança e é normal ela fazer birra de vez em quando, ela só tem cinco anos e ainda está aprendendo como a vida funciona, não precisa ser tão rígida. Ela não é a única criança que está chorando por causa da casinha de boneca. — E era verdade, haviam pelo menos três garotinhas que choravam e insistiam para as mães comprarem a casinha de boneca.



APARTAMENTO DO JOE
03:30 DA TARDE


— Ele parece ser um rapaz legal, foi super educado e gentil. — Kelly disse se acomodando melhor no sofá depois de levar uma pia de louça. Ela alcançou o controle da televisão e começou a procurar um canal que lhe interessasse. Joseph bocejou e levou as mãos para trás da cabeça. A comida da mãe era muito boa, havia comido dois pratos de macarrão e estava completamente satisfeito. — Ele trata Selena muito bem e com muito respeito, acho que é um bom rapaz.

— Eu acho melhor ele ser mesmo porque o que Selena menos precisa no momento é de um babaca para namorar. — Joe pegou o celular do bolso da blusa de moletom e sorriu quando viu que Demi havia lhe enviado uma fotos de todas juntas, mas fez uma careta ao ver o tanto de sacolas nas mãos delas. — Céus, Selena deve estar fazendo um estrago com o meu cartão de crédito. — Resmungou preferindo nem imaginar a fatura que viria no final do mês.

 — Alana também está com elas? Eu estou com saudades da minha neta. — Joe sorriu fraco observando a mãe atentamente, aos poucos ela estava aceitando sua relação com Demi, e Alana já era a criança favorita dela.

— Sim, ela estava ansiosa para ter um dia de garotas com as tias e a mãe, ela já acordou falando sobre isso. — Riu lembrando da ansiedade da filha. Ele fechou os olhos e bocejou porque depois do almoço sempre batia aquele sono gostoso. — Hoje a noite nós vamos sair e ela vai ficar com a mãe da Kris, então Demi achou legal fazer algo com ela durante a tarde, eu também ia, mas eu vou sair mais tarde para resolver umas coisas. — Não iria contar para a mãe que havia conhecido o irmão, ainda não, esperaria um tempo porque nem sabia se manteria contato com Thomas depois que ele voltasse para Chicago.

— Alana poderia passar a noite aqui comigo, faz tempo que eu não a vejo e ultimamente estou me sentindo muito sozinha, você passa todo o seu tempo na casa da sua namorada e mal se lembra que tem uma mãe preocupada com você. — Joseph riu do drama da mãe e a puxou para um abraço apertado, ele não fazia aquilo por mal, só queria estar do lado da mulher que amava e da filha a todo instante. — Você está se alimentando direito? Está dormindo bem? Ela está cuidando de você? — Perguntou observando atentamente procurando algo de diferente no filho para que pudesse jogar a culpa em Demi, mas aparentemente ele estava o mesmo.

— Mãe, eu estou ótimo, nós estamos ótimos. Demi cuida muito bem de mim, em todos os quesitos, nós estamos sempre cuidando um do outro. — Olhou para a mãe com um sorriso no rosto. — Eu a amo tanto e não sentia essa felicidade plena há muito tempo e agora eu sinto que estou completo e que tenho tudo o que eu preciso, eu não poderia ter uma esposa melhor do que Demi. — Kelly franziu o cenho e o encarou com a sobrancelha arqueada, o que aquilo queria dizer?

— Joseph, você a pediu em casamento?

— Não, ainda não, quer dizer, não oficialmente. Eu a peço em casamento todos os dias, mas acho que ela não leva muito a sério, eu quero muito casar e ter mais filhos, porém acho que Demi quer focar um pouco na vida profissional dela e eu vou respeitar esse tempo.

— Você tem certeza sobre isso? Eu não sei, filho... ela me parece muito nova para esse tipo de relacionamento, vocês tem quatro anos de diferença de idade, pode ser que em algum momento vocês queiram coisas diferentes e tudo isso vai ser uma perda de tempo. Olha só eu e o seu pai, mais de vinte anos de relacionamento jogado no lixo.

— Mãe são situações completamente diferentes, eu sei que Demi é a mulher da minha vida, eu a amo e é com ela que eu quero passar o resto da minha vida e eu sei que ela se sente da mesma forma que eu, ela demonstra isso em pequenos detalhes, quando me olha com os olhos brilhando de amor, quando diz que me ama, quando me abraça, quando faz café da manhã para mim ou quando sorri. Eu sei que amor não é tudo em uma relação, mas cada dia nós trabalhamos um pouquinho da nossa confiança, cumplicidade, paciência entre outros fatores que ajudam a manter uma relação saudável.

— Meu bebê cresceu tão rápido. — Kelly suspirou com os olhos cheios de lágrimas e sorriu emocionada, até uns dias atrás Joseph era um garotinho que chorava porque não queria ir para escola e agora já era um homem que estava prestes à pedir uma mulher em casamento.

— A senhora deveria arrumar um namorado, assim a senhora não ficaria tão emotiva e nem se sentiria sozinha, eu sei que sou um pouco ciumento, mas eu acho que a senhora ainda é nova para ficar sozinha.

— Ah meu filho, está difícil arrumar um homem que presta.

— Você pode sair apenas para se divertir, sabe? Arrumar umas amigas para te fazer companhia, por que a senhora não saiu com as meninas? É uma boa forma de você se aproximar da Demi e da Lana. Se a senhora quiser eu te deixo lá no shopping antes de ir para o meu compromisso. — Joe disse olhando para o celular que tinha acabado de vibrar com uma mensagem do irmão avisando que já estava a caminho.

— Eu não sei se elas iriam se sentir confortáveis, elas são jovens e com certeza devem conversar sobre assuntos que eu não entendo, Selena me convidou, mas eu não quis ir, talvez uma próxima vez. — Não tinha muito o que fazer. Joe assentiu e levantou-se verificando se a carteira e as chaves do carro estava em seu bolso.

— Eu preciso ir, tem certeza que vai ficar bem sozinha? — Perguntou encarando a mãe. Kelly assentiu e se despediu do filho com um breve abraço.

— E ai, cara! — Joseph cumprimentou o irmão com um toque de braço e um breve abraço, ele guardou a chave do carro no bolso e sorriu ajeitando o boné na cabeça. — Como você está? — Perguntou enquanto eles caminhavam pelo parque até encontrarem a quadra de futebol, eles haviam combinado de jogar naquela tarde já a pista de skate estava cheia e não daria para andar muito por ali.

— Eu estou bem, levei uma bronca do meu pai aquele dia porque não respondi as mensagens dele e nem atendi as ligações e ele disse que se descobrisse que eu estou aprontando eu estou muito ferrado. — Revirou os olhos e deu os ombros como se não se importasse. — Mas e aí, como você está?

— Eu estou ótimo, um pouco cansado das coisas do trabalho, mas estou bem.

— Cadê a sua namorada bonita? Por que ela não veio? — Joseph arqueou a sobrancelha o olhando e Thomas riu colocando as mãos no bolso da calça jeans. — Com todo respeito, cara.

— Demi está no shopping com as amigas e a minha filha. — Respondeu sorrindo e Thomas assentiu com a cabeça, quando chegaram na quadra, o jogo estava para começar, os rapazes que estavam jogando os chamaram para entrar no time e eles toparam. O jogo durou cerca de uma hora e meia e os dois times saíram empatados, eles não estavam no verão porém havia um tímido sol no céu e por conta da correria Joseph estava suando, ele saiu da quadra e comprou duas garrafinhas de água uma para ele e uma para o irmão.

— Cara, aquela mulher da arquibancada não para de olhar para você. — Thomas disse dando um longo gole na garrafinha de água e apontou discretamente para a mulher ruiva que estava sentada num dos banquinhos próximo à quadra e quando ela percebeu que os dois rapazes olhavam em sua direção ela sorriu. — Ela é bonita.

— Eu tenho namorada, se você quiser eu tento conseguir o número dela pra você, você gosta de mulheres mais velhas? — Perguntou com a sobrancelha arqueada e riu quando as bochechas do irmão coraram como um tomate vermelho.

— Eu nunca fiquei com mulheres mais velhas, as meninas que eu fico sempre tem a minha idade ou são mais novas. Eu não sou muito experiente nesse assunto e às vezes me sinto inseguro em me aproximar, eu nunca... nunca transei e às vezes eu sinto que elas querem isso, entende? Sei lá, eu tenho medo de fazer algo errado, céus, o que eu estou falando? — Deu um tapa na própria testa e Joseph riu colocando a mão no ombro do irmão.

— Ei está tudo bem. Não precisa ficar se julgando por nunca ter tido uma relação sexual, você é jovem e é normal que sinta inseguranças, ninguém nasce sabendo de nada e com um tempo você vai aprendendo... não é nenhum bicho de sete cabeças e na sua primeira vez é normal você se sentir inseguro, ficar nervoso e se for com uma garota virgem, ela também estará nervosa e vocês dois terão que ser pacientes e guiar um ao outro, e se for com uma garota mais experiente nesse quesito, ela vai te guiar e dizer do que ela gosta. — Thomas assentiu com a cabeça e respirou fundo sentindo as bochechas quente de vergonha.

— Como... como foi sua primeira vez? Diabos, eu tô parecendo uma menininha pedindo conselhos sobre a primeira vez. — Resmungou revirando os olhos.

— A minha primeira vez foi com quinze anos, eu estava namorando com a garota há três meses e eu estava desesperado, era a primeira vez dos dois e não foi como esperávamos. — Riu lembrando em como era inexperiente no assunto e jovem. — Se você assiste pornô, não pense que vai ser igual à esses filmes e nem quando você ficar experiente no assunto, é impossível um cara ficar uma hora duro e transando sem parar, nem o homem e nem a mulher aguenta.

— E se a garota reclamar da dor? Dizem que para as mulheres dói.

— Varia de mulher para mulher, você tem que ser cuidadoso e respeita-la, se ela reclamar que está doendo muito vocês podem tentar outra hora, nas primeiras vezes é normal que a mulher sinta dor, você tem que ter paciência e calma. Mas se vocês estiverem muito desesperado como eu e a minha ex namorada estávamos, ela não vai sentir muita dor, quanto mais relaxados vocês estiverem melhor será. — Thomas assentiu com a cabeça e sorriu todo vermelhinho. — Você está todo coradinho. — Joe o pirraçou

— É por causa do sol, mas obrigada pelas dicas, eu vou usa-las quando for a hora. O que vamos fazer agora? Podíamos comer alguma coisa e depois eu queria ir no shopping comprar um presente para uma garota que eu estou tentando ficar.

— Tudo bem, tem uma lanchonete maneira aqui perto e depois podemos ir no shopping, quem sabe a gente não encontra as meninas por lá e você conhece a minha filha. — Thomas assentiu e eles caminharam até a lanchonete, o pedido deles foi um hambúrguer bem recheado e batata frita com queijo cheddar e bacon, Thomas optou por um copo de coca-cola e Joe por uma cerveja.

— Eu estou ansioso para conhecer a minha sobrinha, ela parece ser uma criança muito esperta. — Comentou dando uma mordida no hambúrguer e logo em seguida levou uma batata a boca porque estava faminto.

— Ela é sim, esperta e inteligente, às vezes ela fala coisas que você nem acredita que saiu da boca dela. — Riu pensando na filha e em todas as traquinagens que ela aprontava.


***

— Qual será a nossa próxima parada? — Selena perguntou segurando as sacolas, elas já haviam entrado em tantas lojas e comprado tantas coisas, Demi tinha certeza que não iria voltar naquele shopping tão cedo porque havia comprado tudo o que precisava e até um pouco mais, até havia comprado duas camisas sociais para o namorado que às vezes reclamava que não tinha roupas sociais para vestir.

— Nós podemos comprar um sorvete e ir embora, pode ser? — Demi disse cansada, já eram seis horas da tarde e elas ainda iriam sair para jantar. As garotas assentiram com a cabeça achando uma boa ideia e então elas começaram a caminhar à procura de um quiosque de sorvete.

— Você já sabem em que restaurante nós vamos? — Kristen perguntou prendendo o cabelo em um coque de cabelo alto, ela estava cansada, o shopping do centro da cidade era grande e possuía três andares, as pernas estavam começando a doer.

— Eu fiz reservas no Nobu, é um dos melhores restaurantes de LA e eu estou muito ansiosa para conhecê-lo, uma conhecida minha disse que as comidas de lá são fantásticas e nós merecemos uma noite legal.

— Selena, é um restaurante ótimo, mas também é um dos mais caros, um ovo lá é quase cem dólares. — Kristen disse exageradamente, porém Demi riu assentindo, realmente era um restaurante caro e Demi só havia ido lá uma vez em toda a sua vida.

— Eu não acredito no que eu estou vendo, Lovato. — Demi franziu o cenho quando ouviu a voz masculina chamar o seu nome e quando virou-se teve vontade de desaparecer porque o pai de Joseph estava em sua frente ao vivo e em cores. — Selena? Uau, que mundo pequeno. — Bruce sorriu e então seus olhos desviaram de Demi e Selena para focarem em Alana que segurava a mão de Kristen.— Essa é a minha netinha? — Perguntou com um sorriso singelo no rosto que quem não o conhecia de verdade acreditava.

— Mãe, quem é? — Alana perguntou baixinho se aproximando da mãe e a abraçando pela perna. Demi tocou o cabelo da filha e encarou Selena sem saber o que deveria fazer, ela não sabia se apresentava Bruce para Alana como seu avó, pai de Joseph e nem sabia se o namorado iria gostar.

— Bruce, quanto tempo. — Selena disse quebrando o silêncio. Ela encarou a mão dele entrelaçada com uma mulher morena que deveria ter mais ou menos a idade dele, ela era bonita. — O que você está fazendo na cidade mesmo? Acho que Kelly comentou comigo, mas eu me esqueci. — Mentiu arqueando a sobrancelha para o pai do melhor amigo.

— Ah Selena, você continua intrometida como sempre. — Selena sempre estava no meio dos assuntos da família Jonas, ela sempre estava por perto por causa de Joseph e conseguia farejar encrenca de longe.

— Antes ser uma intrometida do que uma mentirosa e manipuladora.

— Você deveria ter mais respeito comigo, Selena, ou você se esqueceu que era eu que te alimentava quando você não tinha nada para comer? — Como alguém conseguia ser tão arrogante? Kristen se perguntou observando o homem alto em sua frente. — Querida, essa é a minha netinha, filha do meu filho mais velho. — Apresentou Alana para a esposa tocando no rosto de Alana com o dedão. Demi umedeceu os lábios e encarou Bruce.

— É um prazer conhecê-los, mas nós já estamos indo. — Demi disse segurando a mão da filha e a puxando gentilmente. — Até mais. — Disse por educação e continuou caminhando para o mais longe dali. — Joseph vai surtar quando souber. — Falou pensando em qual seria a reação de Joseph quando soubesse que Bruce havia tentado se aproximar de Alana.

— Que homem mais desnecessário, eu estava quase dando uma voadora naquela cara careca dele. — Kristen resmungou quando elas pararam no quiosque para fazer o pedido do sorvete. Demi assentiu com a cabeça e abraçou Selena de lado.

— Kristen como sempre arrumando confusão. — Joseph disse abraçando Demi pela cintura que acabou se assustando porque estava de costas apoiada no balcão do quiosque esperando o sorvete ficar pronto. Ela riu quando Joe lhe deu um beijinho no pescoço e virou-se para olha-lo.

— PAI! — Alana gritou e o abraçou pela cintura fortemente. Joe sorriu e se abaixou para pegar a filha no colo e enchê-la de beijinhos. — Pai, você não vai acreditar o que eu ganhei da tia Selena. — Disse animadamente, ela mal podia esperar para chegar em casa e montar sua casinha da Barbie para brincar. — Uma casa da Barbie.

— Uau, que legal, princesa. — Disse sorrindo para a filha que assentiu.

— Quando chegarmos em casa você me ajuda a montar? Nós podemos brincar com as minhas Barbies.

— Claro que sim, nós vamos brincar muito. — Alana beijou a bochecha do pai e pegou o sorvete quando a mãe lhe entregou.

— O que você está fazendo aqui? — Demi perguntou depois de dar uma colherada no sorvete. Joseph se aproximou dela dando um selinho rápido nos lábios da namorada e colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. — Oi Thomas, tudo bem? — Sorriu e se aproximou para cumprimentar brevemente o cunhado.

— Nós estávamos no parque e passamos por aqui, Thomas queria comprar um presente para a crush dele e eu pensei que poderíamos nos esbarrar. — Piscou sorrindo. — Meninas, esse é Thomas, meu irmão. Thomas, essa é Selena, minha irmã de consideração, e Kristen melhor amiga da minha namorada.

— Prazer em conhecê-las, garotas. — Thomas sorriu de lado tentando ser charmoso e cumprimentou as garotas com um beijo na bochecha e um aperto de mão.

— E essa pequena aqui, é a minha filha, Alana. Alana esse é seu tio Thomas, irmão do papai. — Explicou para a garotinha que sorriu timidamente e acenou para Thomas.

— Oi pequena, eu estava muito ansioso para te conhecer.

— A nossa conversa está ótima, mas eu acho melhor nós irmos para o carro, acabamos de esbarrar com o seu pai e uma mulher morena. — Selena disse apressada após pagar pelo sorvete. Joseph franziu o cenho e encarou a amiga enquanto caminhava com a filha nos braços. — Sim, Bruce está no shopping de Los Angeles de mãos dadas com uma morena.

— Joe, se ele me ver aqui ele vai me matar. — Thomas disse desesperado olhando para os lados para ver se via o rosto do pai ou da mãe pelas pessoas que caminhavam por ali. — Se ele souber que estamos nos encontrando, ele vai surtar e é capaz de nós nunca mais nos vermos.

— Calma cara, nos já estamos indo para o carro, não vai acontecer nada. — Joseph tocou o ombro do irmão e sorriu porque o desespero dele estava visível. O estacionamento ficava no subsolo, eles pegaram o elevador porque era mais rápido, Alana devolveu o sorvete para a mãe e deitou a cabeça no ombro do pai.

— Você não quer? — Demi perguntou tirando uma mecha do cabelo do rosto da filha, a garotinha negou com a cabeça e fechou os olhinhos, o sorvete estava praticamente intacto e estava até derretendo. Demi limpou a mão com o guardanapo que estava em volta da casquinha do sorvete e entregou o sorvete para o namorado tomar.

— Vocês vieram no carro de quem? — Joe perguntou quando o elevador abriu as portas no estacionamento.

— Eu peguei o seu carro. — Selena falou mostrando a chave do carro. Joe assentiu com a cabeça e encarou a namorada.

— Eu estou com o da Demi. — Joe disse tirando a chave do bolso. Como ele passava mais tempo no apartamento da namorado, ele estava usando sempre o carro de Demi porque eles trabalhavam juntos e dificilmente iam para algum lugar separado, e às vezes quando era preciso, Joseph usava a moto. — Dem, você vem comigo? — Perguntou olhando para a namorada que assentiu com a cabeça.

 — Então, Demi, Alana e Thomas vem comigo, pode ser? — Selena e Kristen assentiram e quando deram o primeiro passo em direção ao carro, a voz masculina os parou.

— Thomas! — Bruce o chamou alto e com a voz séria. Joseph encarou o pai seriamente e depois a mulher que estava ao lado dele.


--

oooi meus amores, como vocês estão? eu estou bem e já estava desesperada, a demora se deu pelo mesmo motivo de sempre: faculdade. eu estou cheia de coisas para fazer e não aguento mais fazer contas, porem faz parte não é mesmo? eu espero muito que vocês gostem do capítulo, estamos no finalzinha e eu mal posso esperar para a próxima fanfic hsdjshdjsf

enfim, por hoje é só. me digam o que acharam nos comentários.
respostas dos comentários do capítulo anterior aqui | bjs e até o próximo