09/07/2019

49. Storm


— Você está muito linda. — Ele estava deitado na cama observando sua mulher se arrumar para ir trabalhar. Demi estava em frente ao espelho que havia no quarto terminando de se arrumar para mais uma semana que se iniciava. Demi estava muito bonita vestindo uma calça jeans preta colada no corpo, uma camiseta branca e um sobretudo, o cabelo loiro estava penteado para o lado e maquiagem tão clara que deixava as sardinhas à mostra. — Acordar todo dia vendo você tão bonita é literalmente um presente dos céus. — Disse apoiando a cabeça na mão para conseguir observa-la atentamente.

— Obrigada, amor, mas se você ficar aí deitado falando que eu estou bonita vai acabar se atrasando. — O lembrou e Joseph fez uma careta, ele adorava sua profissão e trabalhar na empresa do tio, mas pensar que ficaria oito horas trabalhando, ao invés de estar aproveitando com a família lhe batia um desânimo, porém o que lhe animava era Demi trabalhar na mesma empresa que ele. — Eu vou acordar Alana. — Disse guardando a maquiagem na necessaire.

— Eu vou me arrumar e desço para preparar algo para comermos. — Demi assentiu e saiu do quarto para acordar a filha. Batman dormia tranquilamente ao lado de Alana na cama e Lucky dormia no tapete ao lado da cama, era uma cena muito fofa de ver. Ascendeu a luz e apagou a luz do abajur, sentou ao lado da garotinha afastando o cobertor roxo e tirou o cabelo do rosto dela.

— Bebê, acorda. — Chamou e beijou a bochecha da filha carinhosamente. — Meu amor, vamos para escola. — Alana bocejou e virou-se piscando os olhos, ela encarou a mãe brevemente e fechou os olhos novamente cogitando a ideia de voltar a dormir. — Filha acorda ou vamos acabar nos atrasando. — Alana era tão dorminhoca. Demi teve que tirar a boneca de pano que Alana dormia abraçada e a menina finalmente levantou. — Vá escovar os dentes enquanto eu separo o seu uniforme.

A garotinha caminhou até o banheiro para fazer sua higiene matinal enquanto a mãe separava o uniforme, quando voltou para o quarto, deu um beijinho de bom dia em Batman e um em Lucky, e Demi lhe ajudou a vestir o uniforme que era uma calça azul escura, uma blusa branca com o logo da escola, e colocou um casaco na filha porque estavam no inverno. O cabelo de Alana foi preso em um rabo de cavalo alto, ela calçou as botas e desceu correndo para ver o pai.

O caminho até a escola da menina foi tranquilo e sem muita conversa, Alana cantarolava baixinho as músicas que tocava na rádio e Demi estava focada no celular. Depois de deixarem a filha na escola, Joseph guiou o carro em direção à empresa para começarem mais um dia de trabalho. — Você mexeu no meu celular ontem? — Demi perguntou com o cenho franzido. No dia anterior ela não usou muito o celular por isso não havia notado as mensagens de Alex no Instagram, mas agora tinha percebido que alguém havia visualizado as mensagens...

— Se você está se referindo às mensagens do seu ex namorado, sim, eu li, mas não foi porque eu quis. Eu peguei seu celular para ver a hora porque ele estava mais próximo e as mensagens chegaram, não fale como se eu estivesse mexendo no seu celular escondido. — Disse sem olha-la focado na estrada.

— E por que você não me falou das mensagens?

— Porque não era da minha conta, Demi. Eu não sou o tipo que fica mexendo no seu celular curiando suas mensagens e nem que te proíbe de sair com seu ex para comer alguma coisa e colocar os assuntos em dia, eu confio em você e sei que não faria nada para me magoar.

— Você está assim porque acha que eu vou sair com Alex para comer alguma coisa? Você realmente acha que eu vou? Ele estava sendo educado e se eu fosse não teria nenhum problema, ele não me chamou para um encontro.

— Eu não estou te proibindo de sair com ele, Demetria. Eu já falei que você pode fazer o que quiser e eu já me acostumei com a ideia de você ser amiga de todos os seus ex e de encontrarmos eles em toda esquina que vamos.

— Sério isso, Joseph? Por que diabos você tem que ser tão inseguro quando se trata dos caras com quem eu já namorei? Eu não consigo entender, você tem medo de eu te largar para ficar com eles? Sério, eu não consigo entender da onde vem essa insegurança, eu nunca te dei motivos para essa desconfiança.

— Não tem desconfiança nenhuma, eu já falei que não me importo. Mas e se fosse você que encontrasse uma ex namorada minha em cada esquina? Eu tenho certeza que você não ficaria nada feliz.

— Não encontramos nenhuma ex sua por apenas dois motivos: o primeiro é que estamos em Los Angeles, tenho certeza que se estivéssemos em Chicago teria uma ex namorada sua em cada esquina, e o segundo é porque você era casado.

— São sete e meia da manhã, é sério que você quer começar o dia com discussões idiotas que não nos levará a lugar nenhum? Se você se ofendeu por algo que eu disse ou se eu insinuei algo, me desculpa, não foi a minha intenção. — Disse adentrando o estacionamento da empresa. Demi não disse nada, apenas se desfez do cinto de segurança e saiu do carro sem olhar para trás, cumprimentou os seguranças e ficou em frente ao elevador. — Vai dar uma de Alana e fazer a greve do silêncio? — Disse tocando-a gentilmente na cintura. Alana quando estava emburrada com algo, fazia greve do silêncio.

O elevador chegou e eles adentraram junto com alguns funcionários. Quando o elevador deixou Demi no andar dela, Joe se despediu da namorada com um beijo demorado na bochecha na frente de todos que estavam no elevador, ele sabia que as pessoas iam falar, mas ele não estava dando a mínima. Joseph saiu do elevador e cumprimentou alguns funcionários que trabalhavam no andar da presidência, a elegância daquele departamento era enorme, mesmo o pessoal sabendo que Adam não se importava com vestimenta.

— Eu vou avisar que você está aqui. — A secretária de Adam disse para Joseph que assentiu com a cabeça enquanto olhava algumas coisas nada interessantes no celular, não demorou muto para que ele tivesse sua entrada liberada. Adentrou na sala do tio e sorriu observando Adam fumar um charuto.

— Como você está, filho? — Adam perguntou sorrindo, ele estava próximo à uma das enormes janelas que havia em sua sala, soltou a fumaça do charuto pelo ar e encarou o sobrinho se aproximar.

— Eu estou bem e o senhor? — Perguntou se aproximando da janela. Era uma vista muito bonita, havia muitos carros para lá e para cá, enormes prédios e bem de longe dava parar ver uma das muitas praias que havia em Los Angeles.

— Eu estou ótimo. O dia de ação de graças está chegando, sua vó está vindo passar uns dias conosco, seu primo também está para chegar, esse ano quero fazer uma comemoração grande, temos muito o que agradecer, certo? — Joe assentiu com a cabeça e sorriu ao pensar em toda as coisas boas que tinha lhe acontecido esse ano. — Demi e Alana irão passar o dia de ação de graças conosco, né? Você já falou com ela?

— Precisamos resolver isso, ela disse que sempre passou com a família de uma amiga dela que mora lá no condomínio, não sei como vai ser esse ano, eu quero passar com a minha família e ela com as pessoas que ela considera a família dela.

— Bom, você tem que resolver essa questão, e depois do dia de ação de graças começa os preparativos para o natal e eu faço questão de passar com toda a família reunida.

— Eu vou conversar sobre isso com a Demi depois. — Deu os ombros e fitou os olhos do tio, pensando em alguns assuntos que precisava conversar com o tio. — Ontem Bruce foi no apartamento da Demi, ele descobriu que eu e o Thomas conversamos e ele arrumou uma confusão danada seis horas da manhã em frente ao condomínio dela.

— Seu pai é um babaca mesmo, e aí?

— Eu soquei ele. — Deu os ombros como se aquilo não fosse grande coisa e riu. — Ele disse um monte de bosta e eu acabei socando a cara dele, por um momento eu me arrependi, não deveria ter feito aquilo na frente do Thomas e da minha namorada, mas ele mereceu.

— Você sabe que violência não resolve nada, mas se tratando do seu pai, eu tenho certeza que ele mereceu. — Joe riu assentindo com a cabeça e puxou uma das cadeiras para se sentar quando Adam jogou o charuto fora e sentou-se na cadeira atrás da sua mesa.

— Minha mãe falou com você alguma coisa sobre a audiência de separação de bens entre ela e o Bruce? Porque ela nunca mais falou sobre isso comigo e sempre que eu tento entrar no assunto ela foge, não sei o que está acontecendo.

— Sua mãe não fala muito comigo sobre essas coisas, eu acho que ela tenha receio porque eu sempre fui contra o relacionamento dela com o seu pai, acho que ela pensa que eu vou falar "eu te avisei", mas eu sei que ela conversou com a sua vó, parece que ela não te contou nada porque não queria que você arrumasse uma confusão, mas a audiência é hoje e deve estar para começar.

— Hoje? Por que ela não me contou? Eu queria estar lá para apoia-la, eu sei o quão filho da puta Bruce pode ser.

— Se ela não quis te contar nada é porque ela sabe se defender sozinha e ela tem um ótimo advogado ao lado dela. Relaxa, filho, vai dar tudo certo.

— Eu vou para lá agora, eu não vou deixar aquele cara tirar vantagem da minha mãe. — Levantou-se mesmo sobre os protestos do tio e saiu da sala sem olhar para trás, Adam resmungou colocando as chaves do carro no bolso e saiu atrás do sobrinho.

Demi estava em sua sala focada em responder alguns e-mails importantes e atualizar algumas planilhas que estavam desatualizadas na rede da empresa. Os dedos digitavam agilmente nas teclas do notebook e Demi estava focada em terminar aquela tarefa para conseguir dar continuidade ao seu projeto de decoração que estava quase finalizado, faltava apenas os últimos detalhes. Quando bateram à porta, ela deu permissão para a pessoa adentrar e sorriu ao ver Wilmer.

— Vim fazer uma breve visita, posso? — Demi assentiu com um sorriso e se levantou para cumprimentar o amigo com um breve abraço apertado. — Como você está? — Perguntou puxando a cadeira disponível para sentar.

— Eu estou bem e você? Como andam as coisas? — Ela estava se referindo ao fato de ter descoberto que ia ser pai e tudo mais.

— Eu estou melhor, eu conversei com ela como você sugeriu, ela disse que não estava com mais ninguém no tempo em que nós nos relacionamos, no começo ela estava muito assustada, ela tem mais ou menos a sua idade e está na faculdade... eu chamei ela para morar comigo e eu vou ajuda-la durante todos esses meses de gravidez, quando o bebê nascer faremos um teste de DNA.

— Eu tenho certeza que o seu apoio é de extrema importância na vida dela, nós mulheres ficamos muito emotivas nesse momento da nossa vida, então qualquer palavra de carinho que você puder dizer à ela vai ser de grande ajuda. — Demi sorriu e apertou a mão do amigo.

— Ainda estou me acostumando com a ideia de ser pai, não foi desse jeito que eu imaginei que seria quando eu decidisse ter a minha família, mas aconteceu e eu preciso agir com responsabilidade. Não está sendo fácil tê-la na minha casa, nós não somos namorados nem nada, parecemos dois estranhos vivendo juntos, mas eu não poderia deixa-la morando no quarto de uma universidade e depois quando o bebê nascesse?

— Vocês poderiam tentar criar uma amizade, assim ela não vai se sentir sozinha e vai saber que tem alguém com quem ela pode contar. Quando eu estava grávida de Alana, tinha dias que eu queria muito alguém para conversar e não tinha ninguém, foi difícil, então tente ter uma amizade com ela, vai ser importante para quando o bebê nascer também.

— Você não tinha nenhuma amiga?

— Minha gravidez inteira eu passei no Texas na casa dos meus avós, as mães da vizinhança aonde eu morava não deixava as garotas da minha idade conversar comigo, elas achavam que eu era um mal caminho para as filhas dela, eu tinha os meus avós, mas eles não estavam comigo o dia inteiro.

— Cada coisinha que você conta eu imagino o quanto deve ter sido difícil para você.

— Foi, mas eu não me arrependo de nada, Alana foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida e se eu tivesse que passar por tudo aquilo de novo por ela, eu passaria sem pensar duas vezes. Vocês vão sentir as mesmas coisas quando o bebê de vocês nascerem.

— Às vezes eu me pego pensando em como vai ser quando ele nascer, sabe? Imagino o rostinho, se vai ser menino ou menina, mas tenho muito medo de me apegar e depois descobrir que a criança não é minha.

— Eu imagino como você deve estar ansioso, tenta não pensar muito nisso, Deus tem um propósito para todas as coisas e lá pra frente você vai entender o motivo de tudo... — Sorriu e Wilmer apertou sua mão em forma de agradecimento.

— Eu fico muito feliz em ter sua amizade, Demi. — Demi sorriu e piscou para ele. — E você e Joseph, como estão?

— Nós estamos bem, ele é maravilhoso em todos os sentidos, tanto para mim quanto para a nossa filha. — Sorriu pensando na pequena discussão que eles tiveram no carro, ela já estava arrependida de ter sido chata com ele e mal podia esperar pelo horário de almoço para poder abraça-lo e pedir desculpas enquanto almoçavam no melhor restaurante de comida mexicana que havia em Los Angeles.

— Você merece toda a felicidade, Demi. Você é uma mulher incrível em todos os sentidos, fico muito feliz em te ver tão bem. — Os olhos dela até brilhavam só de pensar na pequena família que tinha construído, Alana, Joseph e dois cachorros sapecas, ela não poderia estar mais satisfeita e feliz.

Eles passaram muito tempo conversando sobre coisas da vida enquanto Demi atualizava as planilhas, foi tão bom ter a companhia dele enquanto trabalhava que terminou a planilha que nem percebeu. Wilmer foi embora minutos antes do horário de almoço, ele disse que iria almoçar com uns amigos. Kim mandou uma mensagem avisando que pegaria Alana na escola, Demi mandou uma mensagem para o namorado perguntando que horas eles iriam almoçar, mas a mensagem nem mesmo chegou para Joe.

Ela tentou ligar, porém o celular estava desligado e no ramal ninguém atendia. Demi levantou-se após salvar as planilhas atualizadas e saiu da sala com o celular em mãos, já passavam da uma hora da tarde e metade do departamento de arquitetura já havia saído para almoçar, chamou o elevador e subiu até o andar em que o namorado trabalhava.

— Joseph não está, ele saiu com Adam assim que chegou e não disse para onde iriam. — A secretária do andar disse assim que avistou Demi, quem naquele departamento não sabia que Demi e Joe namoravam e tinha uma filha? Era a fofoca que estava na boca das mulheres daquele lugar. Aonde diabos Joseph havia se metido? Demi se perguntar começando a se sentir irritada e preocupada.

— Tudo bem, então... obrigada. — Demi sorriu em agradecimento e saiu tentando entrar em contato com o namorado, ela voltou para sua sala, colocou a sobretudo, pegou a bolsa e saiu para almoçar enquanto tentava falar com Kristen. Demi não tinha problema nenhum em almoçar sozinha, mas era chato não ter ninguém para conversar e por isso ela bufou baixinho quando Kristen disse que não iria almoçar porque estava no meio de uma sessão de fotos.

Sua vontade de comer comida mexicana ficaria para outra hora porque o restaurante que ela desejava ir era longe e Joe estava com as chaves do carro. Demi acabou indo para um restaurante que ficava próximo à empresa, era apenas três minutos andando e por isso ela não demorou nada para chegar. Sorriu quando foi atendida por uma moça simpática, o restaurante era self-service e ela poderia comer à vontade.

Demi estava sentada em uma mesa pequena para duas pessoas, enquanto almoçava ela tentava falar com Joseph, mas o celular estava desligado. O fato dele estar com Adam deixava o seu coração um pouquinho mais calmo, talvez eles saíram para resolver algum problema da empresa que surgiu de última hora, era uma hipótese e foi à ela que Demi se apegou.

— Ora, ora. — Demi sorriu quando viu o ex namorado segurando a bandeja com o prato. — Parece que o destino quer que nós nos encontre. — Disse e Demi fez uma careta para ele que riu. — Posso? — Perguntou se referindo à sentar ali com ela e como estava comendo sozinha, Demi assentiu. — Como você está?

— Eu estou bem, e você?

— Eu estou bem. — Respondeu e deu um gole na coca-cola, ofereceu e Demi negou com a cabeça, ela preferia tomar o suco natural de laranja. — Você trabalha aqui perto?

— Sim, trabalho na Mayer. E o que você está fazendo por aqui?

— Estou dando uma olhada nos apartamentos, estou pensando em ficar por aqui, Los Angeles é uma cidade boa e os meus pais estão aqui, eu já fiquei muito tempo longe deles, quatro anos e meio é muito tempo. — Demi assentiu com a cabeça. — E como está a sua vida?

— Está ótima. — Sorriu. — Alana está crescendo e é uma garotinha esperta e muito inteligente, estou com Joseph, estou terminando a faculdade e tenho um bom emprego. Está tudo caminhando perfeitamente.

— Você e esse Joseph estão juntos há muito tempo? Eu conversava com Ryan algumas vezes e ele não me disse nada sobre você estar namorando.

— Faz mais ou menos quatro meses. — Umedeceu os lábios e deu uma garfada no frango grelhado. — Eu e o Ryan não somos amigos mais, faz parte da vida não é mesmo? Amigos vem e vão. — Deu os ombros e fitou o celular quando o mesmo vibrou em cima da mesa, mas não era Joseph, era Bella lhe mandando um meme da internet.

— Eu nunca pensei que vocês não fossem se falar mais, vocês três eram os três mosqueteiros. — Riu se referindo à Demi, Kristen e Ryan. — Mas se bem que eu percebia certos olhares dele sobre você quando nós estávamos juntos, parecia até que ele era apaixonado por você.

— Você não arrumou nenhuma namorada aonde você estava? — Perguntou para mudar de assunto.

— Sim, tive duas namoradas nesse período de tempo, mas não deu certo, a minha última namorada queria casar e ter filhos e bem, você sabe que eu não estou preparado para isso agora. — Demi não conteve a risada alta, aquela era uma desculpa típica dele.

— Quatro anos depois e você ainda não está preparado para assumir essa responsabilidade? — Demi disse com a sobrancelha arqueada, quando ele terminou com ela quatro anos atrás, uma das coisas que ele havia dito era que não estava preparado para assumir a responsabilidade que vinha com Demi, que era ser uma figura paterna para Alana.

— Aparentemente não, sou muito novo para ser pai, tenho muitas coisas para viver ainda.

— Cuidado que qualquer hora alguma garota pode bater na sua porta e dizer que tem um filho seu. — Brincou e riu da cara de assustado de Alex pensando na possibilidade.

— Falando em filhos, ontem uma coisa me surpreendeu bastante, você sempre disse que não deixaria Alana chamar outro homem de pai a menos que estivesse casada com ele, você sempre ensinou Alana me chamar de tio e ontem ela chamou o seu namorado de pai, eu fiquei surpreso.

— Joseph é o pai biológico de Alana. — Disse e observou as feições surpresa de Alex enquanto tomava um gole do suco de laranja. — É uma história confusa, mas ele trabalha na Mayer junto comigo, nos reencontramos e aos poucos deixei ele se aproximar da Lana, e consequentemente as coisas aconteceram entre nós dois.

— Uau que reviravolta, em? Eu lembro que você o odiava quando tocávamos no assunto "Pai da Alana".

— Sim, e foi assim por muito tempo até depois que nos reencontramos, mas as coisas foram esclarecidas e muitas coisas contribuíram para que ficássemos afastados durante esses anos. Joseph é um cara incrível, em todos os sentidos, eu não poderia ter alguém melhor na minha vida nesse momento.

— Espero que vocês sejam felizes, Demi. Você merece todas essas coisas boas que aconteceram na sua vida. — Demi sorriu em agradecimento e deu mais uma garfada na sua comida. Eles passaram bons minutos conversando sobre as coisas que tinham acontecido na vida de cada um, colocaram todos os assuntos em dia e depois Demi teve que voltar para a empresa porque seu horário de almoço estava acabando.

No serviço, Demi alternava entre trabalhar e checar o celular entre dez, vinte e quarenta minutos para saber se Joseph lhe dava alguma notícia, ela já estava começando a se sentir ansiosa e estressada com a falta de notícia. Em um certo momento, ela até conseguiu entrar em contato com Adam, mas a ligação estava ruim e ela entendeu pouca coisa e quando tentou retornar, o celular deu fora de área, tudo o que sabia era que Adam e Joseph estavam na audiência de separação de bens dos pais de Joe e que alguma confusão havia acontecido.

A partir daquele momento, o restante do dia foi só ladeira a baixo, tinha uma maneira pior do que começar aquela semana? O trabalho que precisava ser feito não estava fluindo e Blake já havia lhe cobrado duas vezes. Escutar musica ajudou com que ela voltasse a focar no trabalho que tinha para desenvolver, enquanto a voz do Shawn Mendes soava baixinho nos fones de ouvido.

O restante da tarde rendeu e Demi até conseguiu desviar o pensamento de Joe e focar totalmente no trabalho, ela salvou o projeto que havia finalizado depois de tanto custo e enviou por e-mail para Blake, suspirou satisfeita e esticou os braços se espreguiçando. Guardou os fones de ouvido na bolsa e desbloqueou o celular, havia duas mensagens de Kristen, uma da sua avó e muitas mensagens no grupo da faculdade, as pessoas estavam comentando sobre a faculdade estar acabando.

Demi buscou pela bolsa, guardou suas coisas, desligou o notebook e vestiu a blusa de frio. Bufou baixinho ao lembrar que Joseph estava com o carro e ela teria que ir à pé para casa, não era tão longe, cerca de vinte minutos, porém de carro lhe faria aproveitar alguns minutos preciosos antes de ir para faculdade.

— Já está indo? — Wilmer sorriu para ela quando adentrou no elevador, ele segurava o blazer do terno no braço e sua bolsa, havia mais algumas pessoas no elevador perdidas em seus próprios mundo. Demi assentiu com a cabeça e sorriu, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.

O elevador parou no térreo, Demi se despediu brevemente de Wilmer e saiu do elevador, se despediu da recepcionista com um aceno de mão e saiu da empresa caminhando pela calçada. Quando chegou no condomínio que morava sentiu o corpo pedir por um banho e descanso, ela cumprimentou o porteiro e caminhou diretamente para o elevador.

— Mamãe! — Alana abraçou Demi pelas pernas assim que ela abriu a porta do apartamento de Kim. Demi sorriu para a filha e se agachou para beja-la na bochecha.

— Oi meu amor. — Disse e riu quando Alana se pendurou sobre si, lhe abraçando pela cintura e as perninhas entrelaçadas em volta das pernas de Demi. — Vamos para casa, pequena macaquinha? — Perguntou puxando a filha para um abraço apertado, Alana beijou-lhe na bochecha e saiu dos braços da mãe.

— A vovó está fazendo panqueca. — Falou sorrindo de maneira sapeca. Demi riu deixando a bolsa em cima da mesa e caminhou até a cozinha atrás de Kim. — Mãe, você trouxe alguma coisa pra mim? — A pequena perguntou curiosa ficando na pontinha dos pés para alcançar a bolsa da mãe para saber se havia algo especial.

— Oi filha. — Kim sorriu quando Demi adentrou na cozinha após pedir para Alana não mexer na sua bolsa. Elas se cumprimentaram com um beijo na bochecha e Demi puxou uma cadeira para sentar em volta da mesa redonda que ficava na cozinha. — Eu estou preparando panqueca para gente. — Disse mexendo na frigideira com a panqueca para vira-la.

— Eu senti o cheiro lá da porta. — Demi comentou gostando do cheirinho doce e até sentiu o estômago roncar, ela não sabia que estava tão faminta até então. — Alana se comportou? — Perguntou enquanto respondia uma mensagem no grupo da faculdade.

— Sim, eu deixei ela trazer uma coleguinha para brincar aqui até o horário do balé, elas desenharam, assistiram desenho e brincaram de boneca, só na hora do almoço que Alana fez birra porque não queria comer os legumes que tinha no prato, mas quando ela viu a amiguinha comendo, ela comeu tudo. — Kim comentou pegando um prato para colocar as panquecas.

— Alana está terrível para comer, ela só quer saber de comer besteira. — Resmungou e fez careta quando a filha adentrou na cozinha com um pequeno tablete de chocolate que a pequena havia encontrado na bolsa de Demi. — A senhorita não vai comer panquecas? — Perguntou puxando a filha para sentar em seu colo.

— Eu posso comer os dois. — Disse dando os ombros concentrada em rasgar a embalagem do chocolate. — Cadê meu pai? — Perguntou porque Demi e Joseph sempre chegavam do serviço juntos.

— Ele saiu para resolver algumas coisas. — Alana assentiu e quando Kim olhou para Demi, ela soube que não era apenas aquilo. Demi entregou o celular para filha para poder conversar com Kim sem Alana se preocupar com o pai. — A gente não se falou o dia inteiro. — Suspirou, Kim desligou o fogo e colocou as panquecas em cima da mesa. — Nós fomos para empresa juntos e depois ele saiu sem me falar nada, fiquei tentando contato com ele o dia inteiro e só consegui depois do almoço, o tio dele disse que eles estavam no tribunal para a audiência de separação de bens dos pais dele, mas que algo tinha acontecido... eu não consegui entender muito bem porque a ligação estava falhando, mas eu estou preocupada.

— Calma, querida. Eu acho que essas coisas são demoradas mesmo e pelo o que você fala os pais dele vivem numa briga então pode ser que tenha acontecido algo. — Tentou tranquiliza-la e serviu as panquecas para elas.

— Eu só não entendo porque ele não me falou nada, custava enviar uma mensagem avisando que ia sair ou explicando o que estava acontecendo? — Mordeu a panqueca e até fechou os olhos satisfeita por estar comendo algo, estava tão bom que parecia até que estava realizando um desejo. — Sem contar que daqui a pouco eu vou para faculdade e ele precisa ficar com Alana.

— Se ele não chegar até lá eu posso ficar com ela, Demi.

— Você já ficou com ela o dia inteiro, Kim, precisa descansar um pouco. — Deu outra mordida na panqueca e encarou a filha focada num joguinho no celular. Demi sabia muito bem como a filha podia dar trabalho. — Filha, come a panqueca.

— Não seja boba, você sabe que não é problema nenhum para mim, eu adoro ficar com ela, é bom que eu não fico sozinha em casa. — Demi sorriu em agradecimento por ter pessoas como Kim em sua vida.

— A Kris não chegou ainda? — Perguntou dando um gole no suco de abacaxi e depois entregou copo para filha beber, quando Alana estava com o celular não existia outra coisa.

— Ainda não, ela está com Stella. — Disse e suspirou adentrando a mão nos cabelos vermelhos. — Eu queria mesmo conversar com você sobre elas, você com certeza já deve saber que elas estão noivas... eu já aceitei o fato das duas estarem namorando e respeito a decisão da minha filha, mas casar? Demi, não faz nem três meses que elas estão juntas, é pouco tempo para pensarem em casamento. Eu namorei o pai da Kristen por sete anos e não foi o suficiente para conhecê-lo.

— Cada relacionamento é um caso, não tem como generalizar... elas se amam e se respeitam, sei que isso não é tudo em um relacionamento mas elas vão descobrindo juntas como funciona, sei que você sente medo por conta das suas experiências ruins, dela se frustrar e tudo mais, mas Kristen já é adulta e vai saber arcar com as consequências dos atos dela caso algo aconteça.

— Eu tento não me preocupar, mas eu sou mãe, sempre vou me preocupar e acho que não estou preparada para ver a minha filha sair de casa. — Disse fazendo uma careta. Demi riu e assentiu com a cabeça porque entendia os medos de Kim.

— Eu também não acreditei quando ela disse que ia casar, mas eu estou muito feliz por elas e eu estou tão animada para começar a organizar as coisas. — Sorriu imaginando como seria bom ajudar Kristen a organizar o casamento.

Quando Demi abriu a porta do apartamento os cachorros pularam animados em cima dela e principalmente de Alana que correu até a sala sentando-se no tapete para brincar com os cachorros e dar atenção. Demi deixou a bolsa em cima da mesa de jantar e sentou-se no sofá, tirando os saltos e deixando num canto escondido de Batman que comia o que via pela frente. Ela sorriu para Lucky e começou a acaricia-lo porque o cachorro era carente e Batman sempre queria toda a atenção só para si.

— Como foi a escola hoje, meu amor? — Demi perguntou para Alana observando a filha deitada no tapete com Batman lambendo seu rosto.

— Foi muito legal, hoje eu tive educação física e a gente jogou futebol, eu cai e nem chorei, sabia? Ah, a professora disse que amanhã algum de nós vamos poder ficar dois dias com o Green e eu me comportei muito bem porque eu quero muito trazer ele pra cá. — Disse sorridente, Demi fez uma careta porque era mais um bichinho para ela ficar de olho, ainda bem que era só por dois dias. — Hmm... tem bilhete na minha agenda e um recado da professora, por favor não briga comigo, eu só estava tentando ajudar. — Demi franziu o cenho enquanto Alana alcançava a mochila jogada num canto da sala para pegar a agenda rosa.

Alana entregou a agenda para a mãe e a observou atentamente. Demi leu o bilhete que avisava que teria reunião de pais na sexta-feira e o recado da professora era que Alana não havia levado o material necessário para a aula de artes. O cenho foi franzido ainda mais porque no domingo a noite, ela havia arrumado a mochila junto com a filha e colocado tudo o que era necessário para aquele dia.

— Alana aonde está o seu material de artes? — Perguntou encarando a filha.

— Eu dei. — Alana deu os ombros como se aquilo não fosse grande coisa e ai quando viu as feições no rosto da mãe, começou a se explicar: — Foi assim: a gente tava na aula de artes e a minha amiga não tinha canetinhas, nem os lápis de cor e eu dei tudo pra ela, ai a professora achou que eu não tinha levado porque meu estojo estava vazio. — Disse como se fosse uma mocinha.

— Filha, você não pode dar as suas coisas e ficar sem.

— Mas mãe ela não tinha nenhum e a professora sempre brigava porque ela não levava, ai eu dei os meus pra ela, mas não tem problemas porque nós podemos dividir. — Demi sorriu e puxou a filha para o seu colo, abraçando-a fortemente e enchendo as bochechas do beijos estalados porque Alana era um anjo em sua vida.

— Você está certa, pequena espertinha. — Suspirou quando Alana sorriu e beijou sua bochecha. — Você tem que compartilhar suas coisas com as outras crianças que não tem, nem todas as mamães do mundo tem condições para comprar material escolar, brinquedos e roupas para os seus filhos e por isso é importante a gente compartilhar com as outras pessoas e sempre agradecer pelo papai do céu ter nos dado todas essas coisas boas que temos hoje.

— Hmm... eu sempre peço obrigada nas minhas orações por ele ter me dado uma mamãe como você. Eu amo você do tamanho do universo e muito mais. — Alana abraçou Demi pelo pescoço fortemente e Demi sorriu agradecendo por ter aquele pingo de gente em sua vida. — Meu papai vai demorar? Eu tenho uma coisa muito irada pra mostrar para ele. — Demi riu e buscou o celular para ver se tinha alguma notícia.

— Eu não sei, querida. Ele deve estar chegando. — Disse focada no celular e em dar carinho para Lucky que estava deitado ao seu lado no sofá enquanto Batman pulava em cima de Alana para tentar roubar um pedaço do chocolate das mãos da menina.

— A vovó Kim estava falando que a tia Kris e a tia Stella vão se casar e eu vou ser a dama de honra, eu vou ser dama de honra duas vezes porque quando você e o papai casar eu vou ser dama de honra de novo. — Alana falou mordendo o chocolate. Demi assentiu com a cabeça e sorriu para sua garotinha.

— E o que você acha das suas duas tias se casarem? — Demi perguntou observando a filha atentamente, Alana franziu o cenho pensativa e depois deu os ombros.

— Ah mamãe, eu acho incrível porque o casamento é uma festa pra comemorar o amor entre duas pessoas, não é? — O que Demetria havia feito para merecer aquele anjinho na sua vida? Ela não sabia, tudo o que sabia era que Alana era a melhor coisa que havia acontecido na sua vida e jamais se arrependeria de ter abrido mão de tudo para tê-la.

— É isso mesmo, meu anjo. — Puxou Alana para um beijo estalado e a garotinha reclamou se afastando.

— Sai mãe, eu sou uma mocinha. — Demi abriu a boca sem acreditar no que a filha havia acabado de dizer. Ela gargalhou e puxou a filha novamente para ataca-la com beijos exagerados e mordidas leve mesmo a menina rindo e tentando se afastar.

— Você ainda é o meu bebê e não quero que você cresça nunca.

— Mãe, eu não posso ficar desse tamanho para sempre. — Alana estava sentada no colo da mãe e tinha um sorriso sapeca no rosto. Demi beijou a bochecha da filha e a colocou sentada no sofá porque precisava adiantar algumas tarefas domesticas.

— Você vai ficar brincando aqui com Batman? — Perguntou para Alana que assentiu com a cabeça mais focada em acariciar os pelos de Lucky que dormia tranquilamente sem nem se importar com o barulho alto da televisão que tocava algum musical da Disney. — Eu vou subir para separar algumas roupas, nada de abrir a porta sem saber quem é. — Disse e subiu as escadas com o celular em mãos.

Demi adentrou no banheiro do seu quarto e separou algumas roupas sujas que precisava lavar, depois caminhou para o quarto da filha aonde ficava um cesto de roupas sujas, o quarto de Alana precisava de uma geral, ela precisava separar alguns brinquedos para doar e algumas roupas da filha que não serviam mais. Depois que separou todas as roupas que precisavam ser lavadas, Demi desceu para a lavanderia para separar as roupas brancas das coloridas e coloca-las na máquina.

— Boa tarde, amores da minha vida. — Kristen adentrou no apartamento e sorriu para a sobrinha, beijou-lhe na bochecha e caminhou para a lavanderia quando Alana disse que a mãe estava lá. — Minha mãe comentou que você estava precisando de alguém para ficar com Alana enquanto você vai para faculdade. — Kristen disse apoiada na pia da cozinha enquanto Demi colocava as roupas na máquina. — Aonde está o babaca do seu namorado?

— Eu não sei. — Deu os ombros e respirou fundo, ela parou de colocar as roupas na máquina e encarou a melhor amiga. — Eu não sei aonde aquele babaca está e eu vou mata-lo por me deixar tanto tempo sem notícias. — Disse irritada. O que custava ele mandar uma mensagem avisando que estava bem?

— Se ele aprontar eu vou arrancar as bolas dele fora. — Kristen disse mais para si mesma do que para Demi. Ela sabia tudo o que Demi havia passado por causa de Joseph, desde o momento em que os olhos dele se encontraram na festa até os dias atuais. Demi até havia o perdoado, mas se ele desse uma mancada, Kristen iria mata-lo.

— Eu falei com o Adam, a ligação estava ruim, mas pelo o que eu entendi eles estavam na audiência de separação de bens dos pais de Joseph, acho que alguma coisa aconteceu lá, eu não sei muito bem, mas pelo horário já era para ele ter chegado.

— Eu não entendo muito dessas coisas, mas essas audiências devem demorar mesmo, até eles chegarem em um consenso... ainda mais o pai de Joseph que é um grande babaca, ele não deve facilitar as coisas.

— Por que homens são tão complicados? — Bufou. Demi terminou de colocar as roupas na máquina, colocou o sabão em pó e o amaciante e ligou a máquina. — Você quer comer alguma coisa? — Perguntou abrindo a geladeira, ela pegou o leite e bananas para fazer uma vitamina.

— Você já tentou falar com a Selena? Pode ser que ela saiba de alguma coisa. — Disse dando os ombros, ela mordeu um pedaço da banana e esticou os braços se espreguiçando.

— Eu não tenho o número dela.

— Como não? Ela é a melhor amiga do seu namorado. — Falou revirando os olhos para a amiga. — Eu vou mandar uma mensagem para ela perguntando se ela sabe de alguma coisa.

— Ah, eu me esqueci que ela é a sua melhor amiga agora. — Demi colocou o leite no liquidificador e tampou, quando Kristen começou a falar ela ligou o aparelho que fez barulho e abafou a fala de Kristen que mostrou o dedo do meio para Demi. — Não me olhe como se eu estivesse fazendo drama, você sabe que é verdade, você passa todo o seu tempo com a sua namorada e sua nova melhor amiga, se eu não te mando uma mensagem você nem lembra que eu existo.

— Meu senhor, como você é exagerada. Você passa o dia todo com o babaca do seu namorado e nem por isso eu fico fazendo drama. — Disse e quando Demi a fuzilou com o olhar, Kristen umedeceu os lábios e mordeu o lábio inferior para prender a risada porque era capaz de Demi lhe colocar para fora do apartamento. — Você sabe que é a minha melhor amiga para sempre, a minha única melhor amiga. — Demi sorriu satisfeita e correu para sentar no colo de Kristen e abraça-la carente dos carinhos da amiga. — Céus, Demetria. Você é mais manhosa do que Alana quando está com sono.

 — Amo você coisa chata. — Os braços de Kristen em volta de sua cintura lhe apertando era muito bom, Demi passou os braços em volta do pescoço da amiga e beijou-lhe na bochecha satisfeita por receber carinho de Kristen.

— Desse jeito eu vou achar que Joseph não está fazendo o trabalho dele direito. — Demi encarou a amiga e sorriu maliciosa, ele fazia o trabalho dele bem até demais.

— Amiga, sexta foi tão bom. — Suspirou lembrando da noite quente que eles tiveram no motel. — Nós transamos a noite inteira... eu poderia passar o resto dos meus dia só fazendo amor com ele, eu juro que não me importaria.

— Me poupe dos detalhes. — Fez careta e Demi gargalhou jogando a cabeça para trás.

— Eu fiz um striptease para ele, depois ele começou a beijar o meu corpo... transamos na cama e numa banheira de hidromassagem, só de lembrar eu fico arrepiada. — Sorriu aquele sorriso malicioso apenas para provocar a amiga que fazia varias caretas enquanto Demi contava.

— Demetria, eu não estou nem um pouco interessada em saber sobre a forma como seu namorado te chupou, ou como vocês transaram como dois animais. — Demi riu e saiu do colo de Kristen para colocar a vitamina nos copos. — Selena respondeu a mensagem. — Disse desbloqueando o celular, ela abriu a mensagem e mostrou para Demi.

— Eu vou matar o Joseph quando ele chegar. — Falou ao ler a mensagem de Selena que dizia que não havia falado com Joseph o dia inteiro.

***

Demi estava sentada em sua carteira na sala da faculdade, ela sentava em uma das mesas da frente porque no fundo tinha muito barulho e ficava difícil de entender o que o professor falava, mas no momento, ela não conseguia prestar atenção em uma coisa que saia da boca do professor, o pensamento estava em Joseph, ela buscou o celular do bolso para ver se tinha alguma notícia, mas até o momento nada. O professor estava explicando as regras e como o projeto de conclusão de curso seria entregue e apresentado, faltava duas semanas para a tão sonhada formatura. 

— Demi? Ei. — Demi virou assustada quando Natasha lhe chacoalhou. — Eu estou te chamando há dez minutos, está tudo bem? — Perguntou preocupada. 

— Está tudo bem. — Disse para tranquiliza-la. 

— Vamos descer para comer alguma coisa? Eu estou com fome e professor não para de falar sobre regras e regras... — Fez careta e Demi riu assentindo com a cabeça, ela também estava com fome e pelo o que estava percebendo, não teria nada de importante naquele dia. — O Luke está gravando o professor falando, depois ele vai mandar no grupo da sala. — Falou buscando a carteira dentro da bolsa. Demi assentiu, pegou sua bolsa e as duas saíram da sala a caminho do elevador. — Eu estou morrendo de fome. — Natasha disse quando elas chegaram na lanchonete da faculdade. Havia tantas coisas gostosas que Demi sentiu a barriga roncar.

— Eu não sabia que estava com fome até agora. — Fez careta ao olhar o pedaço de torta de frango lhe chamando, elas fizeram os pedidos e sentaram em uma das mesinhas que havia ali. Demi mandou uma mensagem para Kristen perguntando se havia alguma notícia e mandou outra mensagem para Joseph, já era oito e meia da noite e não havia nenhum sinal dele, a mensagem nem mesmo havia chegado.

— Demi, você está bem? Eu estou te achando meio distante. — Disse dando um gole no milkshake para depois morder um pedaço do bolo de chocolate.

— É o Joe, meu namorado, ele saiu para resolver alguns problemas e ainda não voltou, eu estou preocupada.

— Deve ter acontecido algum imprevisto, você sabe que imprevistos acontecem o tempo todo, mas mesmo assim fica de olho, você sabe como os homens são, basta uma oportunidade para eles irem comer alguma vadia na esquina. — Resmungou revirando os olhos, Demi franziu o cenho e levou uma garfada de torta até a boca. 

— Aconteceu alguma coisa? — Demi perguntou estranhando a repentina irritação na voz da amiga.

— Homens, amiga. Sério, eles só servem para nos dar dor de cabeça. — Demi riu assentindo com a cabeça. — O cara com quem eu tava ficando me deu o maior bolo. Nós tínhamos combinado de nos encontrar em um restaurante, eu fiquei quase duas horas lá esperando ele e nada do idiota. Eu aposto que ele deve ter encontrado alguma prostituta no meio do caminho.

— Nesse caso não tem desculpa no mundo que limpe a barra dele. — Falou de cenho franzido. O fato era que Demi estava cansada de ter que lidar com homens idiotas que faziam merdas e depois voltavam pedindo desculpas, ela pedia aos céus para que esse não fosse o caso de Joseph, porque se fosse, o coração quebraria em pedacinhos, ela estava dando uma segunda chance para ele e esperava que ele fizesse valer a pena.

— Por isso que eu digo: você sempre deve estar desconfiada dos homens, eles sempre estão fazendo merda por ai. — Demi riu balançando a cabeça e deu mais uma garfada na torta de frango. Elas ficaram no refeitório até terminarem o lanche, conversaram sobre coisas da faculdade e quando Luke mandou mensagem avisando que o professor havia os liberado, Demi chamou um uber para leva-la para casa.

— Posso saber o que a mocinha ainda está fazendo acordada essa hora? — Demi falou quando adentrou na sala e encontrou Alana deitada no tapete da sala, a menina estava desenhando e na televisão passava Os Backyardigans, um desenho animado em que Alana dividia a atenção entre desenhar e assistir o desenho na televisão. Kristen estava deitada no sofá e parecia estar entretida no desenho.

— Você chegou cedo. —Kristen se espreguiçou no sofá e se enrolou mais na manta da sobrinha. — Nós estamos assistindo os backyardigans, eu nunca tinha reparado que esse desenho é tão legal. — Sorriu e deu espaço para Demi sentar no sofá, ela tirou as botas e se cobriu, lá fora estava muito frio. — Alana tomou banho e jantou, ela disse que não queria dormir agora. — Demi assentiu e umedeceu o lábio inferior.

— Nenhuma notícia de Joseph? — Kristen negou com a cabeça e suspirou, se ele estivesse aprontando, o mataria. — Já são nove horas da noite e ele não deu nenhuma notícia o dia inteiro. — Disse se levantando com o celular em mãos. — Está acontecendo alguma coisa, Kristen. — Disse ligando para Adam, o telefone chamou, chamou e caiu na caixa postal e o de Joseph nem mesmo chamava. — Você acha que... — Ela pensou bem antes de dizer aquelas palavras porque Kristen já não era a melhor amiga de Joseph, e se ela insinuasse que Joseph poderia estar com outra mulher, Kristen o mataria. — Esquece.

— Ah não, Demi. Qual é a sua teoria?

— Eu não tenho teoria nenhuma, ficar pensando sobre isso está me fazendo pensar bobagens... — Resmungou sentando novamente no sofá e discando o número de Adam novamente. — Amor, vai deitar na sua cama. — Disse quando percebeu que a garotinha estava deitada no tapete quase dormindo. Alana negou com a cabeça lutando contra o sono e Demi desligou o celular, jogando-o no sofá. — Eu vou colocar Alana na cama.

— Mas mãe, eu quero esperar o meu pai chegar. — Falou manhosa. Demi suspirou e levantou pegando a filha nos braços.

— Seu pai vai demorar, princesa. Ele está resolvendo alguns problemas da sua avó, eu prometo que quando ele chegar, eu peço para ele subir para o seu quarto e te acordar. — Disse enquanto subia com a garotinha nos braços. Alana deitou a cabeça no ombro da mãe e suspirou.

— Você promete?

— Prometo. — Demi concordou e adentrou no quarto da filha, a colocou na cama e deitou ao lado dela, fazendo cafuné nos cabelos loiros e cantarolando baixinho até que Alana se deu por vencida e embalou num sono profundo. Demi conseguiu ouvir a voz de Joseph do andar de baixo cumprimentando Kristen, ela puxou o cobertor mais grosso para esquentar a filha e desceu as escadas prendendo o cabelo em um coque alto.

— Amiga eu já estou indo, amanhã passo aqui. Beijos. — Kristen beijou a bochecha de Demi e encarou Joseph seriamente antes de sair do apartamento porque ela sabia que estava na hora de deixar os dois conversarem.

— Eu vim deixar o carro e avisar que eu vou dormir no meu apartamento hoje. — A voz saiu séria e grossa, ele estava sentado no sofá com os braços apoiado nas pernas. Joe levantou a cabeça para encarar Demi e percebeu a frustração nos olhos dela.

— Uau, você passa o dia inteiro fora, sabe-se Deus aonde, não me manda uma mensagem avisando que está bem e isso é tudo o que tem para me dizer?

— Eu sinto muito por passar tanto tempo sem notícias, meu celular descarregou e o do meu tio ficou sem sinal nenhum, o fórum em que a audiência foi marcada é quase no interior de Los Angeles. — Suspirou cansado, o dia para ele havia sido de altos e baixos e tudo o que ele mais queria era deitar em sua cama e dormir. — E eu também não queria te contar nada por celular. — Falou e puxou Demi pela mão. — Querida, você confia em mim? — Ele não era mais um adolescente e conseguia saber perfeitamente quando uma mulher estava desconfiando da palavra dele. Demi umedeceu os lábios e deixou que ele a sentasse em seu colo.

— O que aconteceu lá? Por que você demorou tanto? — Perguntou sem desviar o olhar dele. Joseph suspirou e a beijou carinhosamente na bochecha.

— Meu pai é um babaca idiota, você sabe. — Demi assentiu com a cabeça. — Então, ele dificultou de todas as maneiras possíveis para a minha mãe, ela perdeu praticamente tudo o que construiu durante esses anos, meu pai ficou com a maioria dos imoveis, até os que eles compraram juntos. Eu não sei que porra ele fez, mas minha mãe só conseguiu a casa de Chicago e uma pensão de dois mil dólares por mês.

— E vocês ficaram até essa hora da noite para resolver isso? — Ela não podia evitar. Confiança era algo que se construía aos poucos, ela sentia em seu coração que Joseph jamais faria algo para magoa-la, mas sua mente sempre lhe deixava com um pé atrás por conta de tudo o que eles haviam passado.

— Não, Demi. A audiência acabou por volta das quatro e meia, mas o idiota do Bruce xingou a minha mãe de vadia quando estávamos saindo e então eu dei um soco nele, dentro do fórum. — Suspirou e deitou a cabeça no peito de Demi, esperando que ela fizesse carinho em seu cabelo. — Os policiais me levaram e eu acabei preso. — Demi arregalou os olhos assustada.

— Joseph...

— Eu estou bem, amor. Eu fiquei das quatro e pouco até as oito da noite preso enquanto meu tio resolvia toda a parte burocrática. Fui indiciado por lesão corporal simples, poderia pegar de três meses a um ano de prisão, mas a pena foi revertida em uma multa.

— Eu não consigo acreditar nisso. Você é idiota? — Perguntou irritada se levantando do colo dele. — Sério, e se você pegasse a pena de três meses à um ano de prisão? Como eu ficaria? Como eu e a sua filha ficaríamos, Joseph?

— Você queria o quê? Que eu escutasse aquele babaca falando merda sobre a minha mãe e simplesmente ignorasse? Eu sei que você não é muito fã da minha mãe, mas eu jamais ficaria quieto enquanto Bruce a xingava dos nomes mais baixos possíveis.

— Não tem nada a ver com o fato de eu gostar ou não da sua mãe, o ponto aqui é que agora você tem uma família, você tem uma filha e uma mulher, você não pensou em nós antes de tomar uma atitude, você não pensa nas consequências dos seus atos.

— Você acha que eu não me importo com vocês? Você e Alana são as coisas mais importantes da minha vida, assim como a minha mãe, eu jamais faria algo para prejudicar alguma de vocês, e eu faria qualquer coisa para defender qualquer uma de vocês.

— Joseph, você precisa entender que suas decisões me afetam e afetam a sua filha também, ela não quer dormir enquanto você não chega, imagina como seria se você ficasse um ano preso.

— Para de fazer especulações, não aconteceu e isso é o que importa.

— Mas poderia ter acontecido. — Não iria esconder o quão chateada havia ficado, ela não estava defendendo Bruce, o achava um babaca e ele havia merecido uns bons socos de Joseph, mas a questão era: e se ele tivesse pegado de três meses à um ano de prisão? Como ela ficaria? Como Alana ficaria? Eles eram uma família e a ideia de ficar longe de Joseph por tanto tempo lhe apavorava dos pés à cabeça. — Eu estou brava com você agora, acho melhor você ir para o seu apartamento. — Disse suspirando. Demi o encarou por mais alguns segundos, pegou o celular e subiu as escadas em direção ao seu quarto.

Joseph respirou fundo, deixou o celular em cima do sofá e subiu as escadas em direção ao quarto da filha para vê-la e matar um pouco a saudade, passar o dia longe dela o fez perceber que já não conseguiria ficar longe da sua pequena família, nem mesmo por um dia. Alana estava dormindo tranquilamente, a pequena estava coberta por duas mantas quentinhas e grossas e a boneca de pano estava em volta dos braços dela. Joe sorriu observando sua garotinha tão linda e beijou-lhe na bochecha carinhosamente, sentando-se vagarosamente na beirada da cama pequena. — Papai ama você. — Sussurrou baixinho acariciando os cabelos dourados.

— Papai? — Alana o chamou piscando para focar melhor em Joseph, ele sorriu e a abraçou carinhosamente.

— Eu estou aqui, princesa. Pode voltar a dormir.

— Eu senti a sua falta hoje. — Falou e voltou a fechar os olhos com um sorriso singelo nos lábios porque a mãe havia prometido que quando o pai chegasse, ele subiria para acorda-la. — Te amo, papai. — Disse e se acomodou melhor nos braços de Joseph.

— Eu também te amo, princesa. — Beijou-lhe o topo da cabeça e ficou com ela até ter certeza que ela estava dormindo profundamente. Vagarosamente, ele levantou-se, beijou-lhe na bochecha desejando boa noite e cobriu a garotinha, depois saiu do quarto, caminhando em direção ao quarto de Demi. — Ei. — Falou adentrando depois de bater levemente. Demi estava deitada na cama coberta pelo edredom branco e fitando um canto qualquer do quarto. — Eu sinto muito se eu te magoei. — Sentou-se na cama e sorriu fraco, a observando. — Não foi a minha intenção e você tem razão, agora eu tenho uma família e preciso pensar antes de tomar qualquer decisão, eu prometo que vou repensar e me tornar um homem melhor para você e a nossa filha.

— Eu fiquei com medo de te perder, eu não sei como seria a minha vida sem você por três meses ou um ano. — Joseph umedeceu os lábios e a puxou para deita-la em seu peito. Demi fechou os olhos agradecendo por ele estar em casa e bem. — Eu amo você e não quero viver sem você.

— Ei, meu amor. Você não vai viver sem mim, nós temos uma vida inteira para ficarmos juntos, amo você, Demi. — Disse beijando-lhe no topo da cabeça. Demi sorriu com o coração mais aliviado e ergueu a cabeça para beija-lo nos lábios.

— Senti sua falta o dia inteiro, aquela empresa é muito chata sem você. — Disse se erguendo para ficar de frente para ele. O dia inteiro sem falar com Joseph já era o suficiente para estar morrendo de saudade. Ela umedeceu os lábios e sorriu quando ele se aproximou dela até que ela estivesse deitada no colchão macio.

— Eu também senti a sua falta, tudo o que eu conseguia pensar era em como eu queria estar em casa com você. — Sorriu de lado e começou beijando-a na bochecha, deu um selinho nos lábios e depois passou a língua quente atrás da orelha. — Senti falta de te beijar e tocar seu corpo. — Automaticamente a mão esquerda desceu da cintura até o bumbum, apertando levemente enquanto as mãos de Demi adentravam os cabelos da nuca de Joseph, puxando levemente. As línguas se encontraram e Demi adentrou a mão no moletom de Joe, tocando as costas nuas.

Joseph separou o beijo com dois selinhos e começou a beijar o pescoço de Demi, dando leves chupões na curva do pescoço. As unhas de Demi cravaram nas costas largas do namorado, ele não precisava de muito para excita-la. Demi suspirou e procurou os lábios dele para beija-lo novamente, gostando de como as mãos másculas lhe apertavam no bumbum e nas costas.

— Amo você, coisa gostosa. — Demi disse no pé do ouvido dele quando Joe separou o beijo, subindo a moletom dela para tira-lo e Demi facilitou quando se ergueu. Ela umedeceu os lábios e mordeu o lábio inferior quando Joe beijou-lhe no colo, dando leves chupões pelo seio. O celular dele tocando no andar de baixo não era algo na agradável. Demi resmungou num gemido de reprovação quando ele parou de beijar os seios. — Deixa tocar. — Pediu o encarando, o celular parou de tocar e Joe sorriu dando um selinho nos lábios.

— Céus, você é perfeita. — Disse admirando os corpo feminino, ela não tinha seios grandes, mas eram muito bonitos e ótimos para chupa-los e foi isso que ele voltou à fazer, só foi uma pena que o celular voltou a tocar no andar de baixo. — Eu acho melhor descer, deve ser algo importante. — Falou e Demi assentiu respirando fundo e quando ele se afastou para sair do quarto, sentiu o frio arrepiar a pele.

— Era a minha mãe. — Joe falou poucos minutos depois adentrando no quarto. Ele sentou na cama e se inclinou abraçando Demi, enfiando o rosto na curva do pescoço dela. — Eu preciso ir. — Demi queria pedir para ele não ir, para ele passar a noite fazendo amor com ela, mas sabia que seria muito egoísmo, uma vez que a mãe dele também precisava dele.

— Tudo bem. — Demi suspirou acariciando o cabelo dele e sorriu quando Joe lhe deu um beijinho no pescoço. — Nos vemos na empresa amanhã? — Perguntou quando ele levantou e ela aproveitou para alcançar o moletom.

— Sim, linda. Me acompanha até a porta. — Demi assentiu e levantou entrelaçando suas mãos. — Eu vou pedir um uber. — Desbloqueou o celular para chamar um carro. O motorista deveria chegar por volta de dez minutos, o tempo para ele se despedir da namorada e descer.

— Você não quer ir com meu carro? — Ela perguntou o abraçando pelo pescoço, ficando na pontinha dos pés para conseguir alcançar os lábios dele.

— Não linda, você vai precisar para deixar Alana na escola e ir para empresa, amanhã eu vou de moto. — Demi fez careta e Joe riu sabendo que Demi odiava moto, mas ele adorava, era um veículo rápido e capaz de driblar o trânsito caótico de LA. — Mal posso esperar para voltar para casa com você e fazer amor a noite inteira. — Disse baixinho no ouvido dela e depois mordeu o lóbulo da orelha, fazendo Demi suspirar de paixão.

— Só vamos fazer amor a noite inteira se você me levar naquele restaurante mexicano que eu adoro. — Disse o olhando como uma criança pidona.

— Amor, você já pensou em fazer um teste de gravidez? Você está tendo muito desejos ultimamente. — Falou pensativo, primeiro ela havia pedido bolo de chocolate com morango e agora comida mexicana, ele a tocou levemente na barriga dela e Demi deu um tapa na mão dele.

— Não tem bebê nenhum aqui, você sabe que eu adoro comida mexicana. — Joe assentiu rindo e a beijou na bochecha, no nariz e depois nos lábios. O beijo foi intenso, Demi o segurava no pescoço intensificando ainda mais o beijo enquanto uma das mãos de Joseph lhe tocavam no bumbum. — Tchau, Joseph. — Demi falou separando o beijo antes que eles acabassem indo parar na cama. Joe lhe deu mais um selinho e chamou o elevador.

-- 

boa noite, meus amores, como vocês estão? mais um capítulo para vocês, me digam nos comentários o que vocês acharam. eu tenho uma novidade para vocês, mas só vou contar um pouquinho mais para frente, enfim, vou ficar quieta se não eu acabo falando demais. eu estou livre da faculdade e com tempo para escrever os capítulos, aleluia irmãos. enfim, por hoje é isso, volto o mais rápido que eu consegui, beijos. 

respostas dos comentários aqui