22/09/2018

34. The Game Has Changed


— Bom dia. — Demi sorriu ao ouvir a voz da melhor amiga ecoar pelo apartamento. Ela estava na cozinha preparando o café da manhã enquanto Alana estava no quarto vestindo o uniforme escolar. Demi pegou o celular em cima da bancada quando o ouvir vibrar e se sentiu frustrada ao ver que era mensagem do grupo da faculdade, Joseph ainda não havia dado sinal de vida e ela estava começando a ficar preocupada. — Como você está? — Kristen perguntou assim que adentrou na cozinha e cumprimentou a amiga com um beijo na bochecha, Demi deixou o celular de lado e sorriu.

— Eu estou bem e você? — Perguntou voltando a preparar o café da manhã, ela ligou o fogo baixo do fogão e pegou a frigideira, ela estava preparando panquecas com mel. Era o café favorito da filha e quando a menina disse que estava com vontade, Demi não pensou duas vezes em preparar.

— Eu estou bem, por acaso, ontem você conversou alguma coisa com a minha mãe, sobre eu e Stella? — Kristen cruzou os braços e se encostou no balcão observando a amiga a preparar as panquecas que estavam com um cheiro ótimo. 

— Não, eu ainda não tive tempo. Ontem quando eu cheguei ela estava pensativa e quase não conversamos, mas eu não comentei nada sobre você ou Stella. Por que? — Demi colocou a massa da panqueca na frigideira e buscou pelo mel no armário da cozinha. 

— Porque hoje ela me perguntou se eu e Stella estávamos bem e sorriu quando eu disse que sim, eu estranhei o comportamento dela. — Disse pensativa, no dia anterior a mãe estava gritando e expulsando a namorada de casa e no outro estava perguntando se elas estavam bem, era um avanço e tanto. 

— Isso é bom, não é? Pode ser que ela esteja aceitando sua relação, se você quiser eu posso conversar com ela sobre isso, sua mãe é uma mulher incrível e ela não vai conseguir ficar muito tempo nessa situação com você, ela te ama e quer a sua felicidade acima de qualquer coisa. — Kristen assentiu ainda pensativa e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha. 

— Mudando de assunto, e o seu namorado? Eu não posso ficar um dia sem falar com você que eu sou bombardeada de surpresas, Lovato. — Kristen disse dando um leve chute no bumbum de Demi quando ela foi virar a panqueca, Demi fez uma careta e tentou acertar a amiga com um chute também, mas não deu muito certo porque ela estava com a frigideira nas mãos.

— Eu não sei... eu só permiti que ele se aproximasse e quando eu percebi ele estava dormindo na minha cama, ontem nós brigamos depois que ele disse que ia viajar para Chicago, eu acabei explodindo e disse coisas que não devia. — Suspirou ao imaginar o que ele poderia estar fazendo naquele momento. — Eu me arrependi e procurei por ele depois que sai da faculdade, nós... nos entendemos dentro do carro. — Mordeu o lábio inferior ao lembrar da noite passada e passou uma das mãos pelo cabelo. 

— Muito obrigada por avisar, eu não vou entrar no seu carro tão cedo. — Fez careta e Demi revirou os olhos. — Como foi? Quero os mínimos detalhes. — Sorriu maliciosa e deu um tapa no bumbum de Demi quando ela ficou de costas para virar as panquecas. 

— Foi ótimo, só não tivemos muito tempo porque estávamos dentro do carro, você sabe... alguém poderia nos flagrar, mas eu estou contando os minutos para ele voltar e nós podermos aproveitar do jeito que nós queremos e merecemos. — Dessa vez quem sorriu maliciosa foi Demi, ela mordeu o lábio inferior ao imaginar o tanto de coisas que ela queria fazer com Joseph e sentiu o corpo aquecer. 

— Sua safada, pode parar com esses pensamentos impuros. — Demi gargalhou jogando a cabeça para trás. Ela estava se sentindo tão bem. — Demi, você já conversou com Wilmer? — Ela assentiu com a cabeça e colocou as panquecas no prato.

— Ele pediu para conversar sobre nós e chegamos a conclusão de que somos melhores como amigos, ele percebeu que eu ainda sentia algo pelo Joe. Ele é uma boa pessoa e merece alguém que retribua os sentimentos dele na mesma medida. 

— Amiga, estava tão na cara. — Pirraçou Demi apenas para vê-la vermelha. — Estava escrito na sua testa. — Gargalhou quando Demi murmurou um palavrão baixinho. Alana adentrou na cozinha correndo e subiu no banquinho em volta do balcão da cozinha. 

— Oi tia. — Alana sorriu e colocou uma mecha do cabelo bagunçado atrás da orelha. — Mãe, meu pai ligou? — Perguntou ansiosa, ela estava com medo do pai demorar para voltar igual da outra vez que Demi havia dito que o "pai estava viajando".

— Ainda não, anjo. Ele deve estar descansando, mais tarde ele deve ligar. — Alisou o cabelo da filha e sorriu entregando as panquecas para ela. — Se ele não ligar até o final do dia podemos ligar para ele, o.k? Não precisa se preocupar, anjo. Seu pai vai voltar para nós. — Demi sorriu para Alana e lhe beijou carinhosamente na testa, ela entendia os medos da filha, mas não queria que a pequena se preocupasse com isso. — Quando você terminar de tomar seu café, eu vou arrumar o seu cabelo. — Alana assentiu e Demi caminhou até a sala para arrumar a sua bolsa. 

— Alana parece estar incomodada com alguma coisa. — Kristen comentou mordendo um pedaço da sua panqueca. Demi pegou a sua bolsa em cima do sofá e suspirou. — É porque Joseph viajou? — Demi assentiu com a cabeça enquanto guardava sua carteira dentro da bolsa. 

— Ela se apegou muito à ele e está com medo dele não voltar, mas eu já conversei com ela sobre isso e Joseph também conversou com ela antes de viajar. — Demi voltou para a cozinha e serviu uma xícara de café para si, a manhã era sempre uma correria, principalmente quando ela ia dormir tarde, tinha que fazer mil coisas ao mesmo tempo. 

— Kristen pega a escova e um prendedor de cabelo para mim, por favor. — Pediu dando uma mordida na panqueca da filha que fez careta para a mãe, Demi lambeu os lábios adocicados e beijou a bochecha da filha, ela amava muito aquele pingo de gente. 

— Tia, meu pai falou que vai trazer um presente para mim quando ele voltar. — Alana comentou enquanto Demi prendia seu cabelo em uma trança longa e comentava que precisava cortar o cabelo da menina.  — Eu estava pensando... e eu acho que deveria pedir de novo um irmãozinho, que presente seria melhor do que esse? — Falou toda sorridente fazendo Demi franzir o cenho e Kristen gargalhar.

— É um ótimo presente, querida. Você deveria continuar pedindo, seu pai e a sua mãe já estão praticando, quem sabe a cegonha não vem deixar um bebê aqui em breve. — Falou rindo e piscou para Alana que bateu as mãos em animação. — Nós poderíamos até pensar nos nomes, eu gosto de Austin, e você? 

— Eu gosto de Ariel, igual o da sereia. — Demi revirou os olhos e franziu o cenho escutando os nomes que elas escolhiam para a futura criança, por um minuto ela pensou como seria se ela tivesse outro filho com Joseph, mas logo balançou a cabeça afastando aquela imaginação da sua cabeça, outro filho estava fora de cogitação. 

— Vocês duas podem fazer o favor de parar com isso? — As duas se calaram e encararam Demi que tinha uma feição nada boa no rosto, mostrando que não estava nada contente com o rumo daquela conversa. — A cegonha não vai deixar bebê nenhum aqui, Alana vai ter que se contentar com, no máximo, uma boneca nova. — Disse e prendeu o final da trança com um lacinho. 

— Eu não quero uma boneca, eu quero um bebê de verdade. — Alana cruzou os braços e encarou a mãe, Demi quase se deixou levar pelo o olhar de esperança da filha, mas logo fez uma careta e mostrou língua para a filha apenas para pirraçar e sorriu quando a menina imitou o gesto.

— Eu já tenho um bebê. — Demi disse enchendo o rosto da filha de beijinho, fazendo a garotinha se contorcer no banquinho. — A sua tia ainda não tem nenhum, você pode pedir um para ela. — Falou apenas para pirraçar Kristen que arregalou os olhos e negou com a cabeça prontamente. 

— Nada de bebês. — Kristen falou colocando um ponto final no assunto. — Vamos, hoje eu tenho uma sessão de fotos para fazer e não posso me atrasar. — Demi riu e ajudou a filha descer do banquinho, pegou sua bolsa, as chaves e saiu acompanhada das meninas conversando sobre coisas aleatórias. 

— Bom dia. — Demi cumprimentou uma funcionária da empresa que estava cobrindo o lugar de Bella naquele dia. Ela estava segurando uma caixa média com algumas coisas que haviam na sua antiga sala. — Tudo bem? — Perguntou educadamente e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha, ela estava no oitavo andar, o andar aonde agora era o departamento de arquitetura, era maior e tinha mais salas. As portas do elevador se abriram e Blake saiu de lá com algumas pastas nas mãos e sua bolsa. 

— Bom dia. — As cumprimentou com um breve sorriso que Demi sabia que era apenas por educação. — Demi, preciso de você na minha sala em dez minutos. — Avisou e saiu caminhando em direção a sua sala. Como seria trabalhar com aquela mulher durante todo o seu contrato? Demi se perguntou encarando o nada, ela não tinha nada contra Blake, mas sabia que Blake não gostava dela por causa de Joseph. 

— A sua sala é aquela do lado esquerdo. — A funcionária informou com um sorriso e Demi agradeceu antes de caminhar até lá. A sala não era grande, era uma sala pequena, porém muito bem decorada. As cores predominantes era branco e marrom, havia uma mesa de vidro com uma luminária e um notebook, havia uma poltrona no canto da sala e uma pequena prateleira com alguns livros. Demi sorriu e caminhou até a janela, a vista era ampla e dava para ter uma boa vista da cidade. Demi colocou o porta-retrato que havia uma foto dela e de Alana em cima da sua mesa próximo ao notebook, na foto Alana tinha um enorme sorriso assim como Demi e abraçava a mãe por trás pelo pescoço, a pequena tinha um nariz de palhaço, aquela foto havia sido tirada no aniversário de uma das amiguinhas da filha. Ela terminou de arrumar as coisas rapidamente e depois foi ate a sala de Blake.

— Tudo bem, Demi? — Blake perguntou assim que desligou o celular. Demi assentiu com a cabeça e sentou na cadeira disponível quando Blake pediu. A sala de Blake era um pouco maior que a sala de Demi e a única diferença era a estante carregada de livros e as cores da sala que tinha alguns detalhes preto. — Bom, a partir de hoje trabalharemos juntas, sei que você não ficou muito feliz com a notícia, você já estava acostumada a trabalhar com Wilmer e vai ter que se adaptar novamente. — Demi apenas assentiu um pouco na defensiva. O mundo corporativo era cheio de predadores então todo cuidado era pouco. — Eu sei que tivemos alguns desentendimentos por causa de Joseph, mas acredito que somos duas profissionais e por isso espero que assuntos pessoais fiquem do lado de fora da empresa. 

— Eu espero o mesmo, Blake. — Demi respondeu e a encarou. Não havia nada para ser discutido, ela e Joseph estavam juntos e naquele momento Blake não tinha chance. — Você precisa da minha ajuda? Wilmer me pediu para finalizar um projeto que estávamos trabalhando juntos. 

— Você pode finalizar. — Blake disse desviando o olhar de Demi para encarar seu celular, alguém bateu na porta e adentrou logo em seguida. Kelly sorriu para Blake, mas o seu sorriso foi desfeito assim que seu olhar focou em Demi. Demi encarou a mulher loira atrás de si e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha sem jeito. — Kelly, querida. — Blake sorriu e se levantou para cumprimentar a mulher mais velha.

— Desculpa atrapalhar, eu estava conversando com meu irmão e acabei dando uma passadinha por aqui para ver as mudanças. — Uau. Aquela Kelly simpática e sorridente não era a mesma Kelly Jonas que Demi conhecia. — Eu posso voltar depois. — Sorriu e cumprimentou Blake com um beijo na bochecha. — Demetria. — Fez um gesto com a cabeça e a encarou. 

— Demi já está de saída. — Blake disse e Demi assentiu se levantando. Mudando de ideia, trabalhar com aquela mulher seria uma tortura. 

— Demetria. — Kelly a chamou, fazendo com que Demi se virasse para encara-la. — Eu não sei se Joseph te avisou, mas hoje eu irei visitar a minha neta. — Demi assentiu com a cabeça. Joseph havia mandado uma mensagem na noite anterior depois que ela chegou em casa, a ideia não havia lhe agradado cem por cento, mas ela jamais proibiria Kelly de ver a neta, até porque Alana gostava da avó.

— Sim, ele avisou. Você será muito bem-vinda, Kelly. Alana está em casa a partir das quatro e meia da tarde. — Avisou e saiu daquela sala sem olhar para trás. Joseph fazia falta naquela empresa. Demi acenou para Wilmer que passava por ali apressado e adentrou em sua sala, ela sentou em volta da mesa e ligou seu notebook para começar a trabalhar. 


CHICAGO
11:30 DA MANHÃ

Estar em Chicago era tão estranho e nostálgico. Joseph estava apoiado na sacada do quarto observando a cidade, ele suspirou e bebericou sua xícara de café quente, havia tanta coisa para fazer naquela cidade que nem sabia por onde começar, tudo o que ele sabia era que procurar os pais de Demi e o seu pai era uma das suas prioridades, mas sua principal prioridade no momento era apoiar Sophie no que ela precisasse. Joseph caminhou até o banheiro, escovou os dentes, se despiu e adentrou no box para tomar um banho demorado. 

O voo havia sido cansativo e ele não conseguiu dormir nem por um minuto, diferente de Sophie que dormiu o voo inteiro. Quando chegaram ao aeroporto um dos tios de Sophie esperava por eles, porém Joseph preferiu ficar em um hotel, ele não queria motivos para mais uma discussão com Demi. Pensando em Demi, ele franziu o cenho, havia prometido que mandaria mensagem assim que chegasse, mas o seu celular estava desligado.

Joe saiu do banho com uma toalha enrolada na cintura, ele colocou o celular no carregador e enquanto o celular ligava foi até a sua mala que estava num canto do quarto, buscou por um jeans preto e um moletom cinza, se trocou e sentou na beirada da cama para verificar as mensagens do seu celular, havia muitas mensagens, tanto do trabalho, quanto de amigos pessoais. Ele respondeu uma por uma e sorriu ao ler as cinco mensagens que Demi havia deixado em seu celular, ele solicitou uma chamada de vídeo encostou-se na cabeceira da cama. 

Não demorou muito para que o rosto de Demi tomasse conta da tela do celular, ela tinha um sorriso nos lábios e acenou para ele. — Oi amor. — Joe disse sentindo o coração acelerar ao ver aquele sorriso tão bonito e o mais incrível era saber que ela sorria daquela maneira para ele. Era um filho da puta sortudo. 

— Oi, eu estava preocupada com você. — Demi disse o encarando. Os cabelos bagunçados e molhados dele eram tão sexy. — Como foi o voo? — Perguntou colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha e apoiou o queixo em uma das mãos. 

— Foi cansativo, não consegui dormir e por isso não liguei, cheguei no hotel e acabei adormecendo, desculpa. Como Alana está? — Ficar três dias longe daquela garotinha esperta e sorridente seria a coisa mais difícil, ele a amava tanto que machucava. 

— Ela está bem e ansiosa pela sua ligação, quando ela acordou hoje a primeira coisa que me perguntou foi se você já tinha ligado. 

— Eu vou ligar hoje quando você sair da empresa para falar com ela, o que você acha que ela gostaria de ganhar de presente? Eu estava pensando em dar uma boneca ou um ursinho de pelúcia. — Fez careta porque ele queria dar um presente melhor do que uma boneca ou um urso de pelúcia, queria dar algo que ela realmente fosse amar e ficar muito feliz. 

— Eu não sei, o que ela realmente quer ganhar nenhum de nós dois pode dar nesse momento, mas acho que ela vai ficar feliz com uma nova boneca. — Demi sorriu envergonhada e com as bochechas coradas quando lembrou de Alana pedindo um irmãozinho. Joseph arqueou a sobrancelha e sorriu de lado.

— O que ela realmente quer ganhar? Nós podemos dar um jeito. 

— Bom, ela quer um irmão, se você não tiver engravidado outra mulher durante esse tempo que estivemos longe um do outro isso não irá acontecer, pelo menos não nos próximos dez anos. 

— Até lá vamos praticar muito, essa é a melhor parte. — Piscou e sorriu malicioso. Demi gargalhou e mordeu o lábio inferior.

— Você é ridículo, Joseph. 

— E você? O que quer ganhar de presente? — Perguntou e sorriu ao vê-la ficar sem jeito. Ele já sabia o que daria para ela, mas ainda sim queria ver as bochechas coradas e ela envergonhada porque era a coisa mais fofa do mundo. 

— Eu não quero nada, Joe. 

— Tem certeza? — Demi assentiu com a cabeça e sorriu quando ele sorriu. Se ele pudesse ficaria daquele jeito apenas observando a beleza dela. — Você tem três dias para mudar de ideia. 

— Eu não vou mudar. 

— Tudo bem, bebê. Eu preciso desligar agora, vou até a casa de Sophie ver como o pessoal está e depois vou dar uma passada no hospital, quero conversar com o meu pai. 

— Sua mãe disse que vai ir visitar Alana hoje. — Comentou. — As coisas mudaram por aqui, agora eu estou trabalhando junto com Blake... sua mãe apareceu na sala dela para fazer uma visita. 

— Se você não estiver confortável com isso eu posso conversar com ela, você não precisa fazer algo que não queira fazer. — Ele entendia como sua mãe podia ser uma mulher difícil quando queria, principalmente quando ela não gostava de uma pessoa. 

— Está tudo bem, Joe. Alana vai ficar feliz em receber a avó em casa. — Sorriu. — Eu preciso terminar o projeto que eu estava terminando para Wilmer, daqui a pouco vou sair para almoçar. 

— Fala para Alana que eu vou ligar para ela hoje a tarde depois do balé. — Demi assentiu com a cabeça. — Tchau amor, nos falamos depois. Bom trabalho. — Eles se despediram e Joe finalizou a chamada de vídeo, ele estava até se sentindo melhor. Aquela mulher conseguia alegrar seu dia apenas com um sorriso. Ele terminou de se arrumar, guardou seu celular e sua carteira no bolso e saiu do quarto do hotel. 

O táxi deixou Joseph em frente a casa da família Turner. Ele tocou a campainha e foi atendido pela empregada da família e cumprimentou a mulher ruiva com um abraço, lembrava dela em todos os almoços de família. Sally, a mãe de Sophie sorriu assim que avistou Joseph e caminhou até ele para abraça-lo. — Ah meu querido, quanto tempo. — Joe sorriu e beijou a testa da mulher loira. — Por que você não veio ficar conosco? 

— Eu não quis atrapalhar. 

— Você não atrapalha em nada, querido. — Sorriu fraco. — Eu fico feliz por estar aqui conosco nesse momento tão difícil, Richard gostava muito de você. 

— Eu também gostava muito dele, tenho certeza que ele está em um lugar melhor olhando por nós e muito orgulhoso da família incrível que ele deixou. — Sally sorriu entre as lágrimas e abraçou Joseph novamente. Ele beijou o topo da cabeça dela e afagou os cabelos carinhosamente. 

— Oi Joe. — Sophie disse descendo as escadas, ela ainda estava de pijama e as olheiras eram perceptíveis na pele branca. Joseph beijou carinhosamente a testa dela e sorriu. — William me ligou e disse que conseguiu arrumar o passaporte dele e que vai viajar hoje a noite. — Suspirou e sentou ao lado da mãe entrelaçando suas mãos. — Eu sinto falta do papai. — Murmurou tristonha e encostou a cabeça no ombro da mãe. — A minha ficha ainda não caiu. 

— A minha também não querida, mas vamos ter que aprender a conviver sem ele, não vai ser fácil, mas vamos conseguir. Ele sempre estará vivo no nosso pensamento e no nosso coração. — Sally sorriu fraco e beijou a testa da filha. Seria uma longa jornada. — Daqui a pouco o advogado do seu pai vem aqui para abrirmos o testamento, eu não queria conversar sobre isso agora, mas ele disse que o seu pai pediu para que o testamento fosse aberto dois dias depois da sua morte. 

Foi difícil tirar o foco delas de Richard, mas Joe conseguiu quando começou a contar sobre Alana. Ele contou em detalhes como havia sido seu reencontro com Demi e seu encontro com Alana, contou como foi conhecer a garotinha e como ela era encantadora. Mostrou fotos e vídeos de Alana e ambas sorriram encantadas com a fofura da menina. 

Em seguida o almoço foi anunciado e eles almoçaram junto com dois tios de Sophie que chegaram para a leitura do testamento. Sophie contou para Joseph como estava a sua vida, ela estava namorando há seis meses e o conheceu em uma das palestras de psicologia que ela havia ido dar em uma universidade e agora eles estavam morando juntos em Nova York. Joseph também contou que estava se acertando com Demi. Depois do almoço, o advogado chegou e eles se reuniram na sala para a leitura do testamento. 

— Eu, Richard Miller Turner, que encontro em uso e gozo de minhas faculdades mentais, livre de qualquer sugestão, induzimento ou caução, deliberei fazer este meu TESTAMENTO PARTICULAR, datilografo, como de fato ora o faço, em presença das três testemunhas, qualificadas e assinadas, que se encontram reunidas em minha residência, no qual e com observância das regras estatuídas pela Legislação Pátria vigente, exauro minhas últimas vontades, declarando o seguinte:

A) Para a minha amada esposa Sally Turner eu deixo quatro dos meus imóveis, cinquenta por cento da minha herança em dinheiro e vinte por cento dos bens do hospital. Eu amo você com todo o meu coração, você foi a melhor esposa que um cara poderia ter.

B) Para o meu irmão Ricardo Turner, eu deixo quinze por cento dos bens do hospital, e o meu carro Porsche 911. Cuide bem do meu brinquedinho. 

C) Para o meu irmão Renato Turner, deixo também quinze por cento dos bens do hospital e a minha casa de praia em Malibu. 

D) E por último, mas não menos importante, para a minha querida e única filha, deixo minha casa em Nova York, cinquenta por centro da minha herança em dinheiro e cinquenta por cento dos bens do hospital. Declaro você a partir do momento da leitura desse testamento a mais nova presidenta do hospital Mercy Chicago. Sei que não era o seu desejo, mas eu acredito em você, se você sentir que não é capaz escolha um novo presidente (a) com sabedoria, sei que fará uma ótima escolha, com amor, papai. 

São testemunhas do presente Testamento as pessoas a seguir nomeadas e qualificadas, sendo todos devidamente capazes, os quais o leram e assinam juntamente comigo, ora Testador:

1. Anthony Philips;

2. George Lovato, e

3. Ricardo Turner. 

Sendo assim, o presente Testamento, logo após a minha morte, deverá ser levado a registro, inscrição e cumprimento competentes. Dou por concluído TESTAMENTO PARTICULAR que, com as aludidas testemunhas, o assino.

Richard Miller Turner. 15 de julho de 2013. 

Sophie encarou o advogado um pouco confusa enquanto tentava processar o que havia acabado de ouvir. Como assim era a nova presidenta do hospital? Aquilo era loucura. — Eu não posso ser presidenta do hospital, eu não tenho qualificação para isso. Meu pai só podia estar louco quando escreveu isso. 

— Seu pai estava em plena consciência quando escreveu esse testamento, Sophie. Mas como foi dito, se você não se sentir capaz pode decidir quem será o próximo ou próxima presidente do hospital, ele deixou essa decisão nas suas mãos e foi bem claro quanto a isso. 

— Você não precisa decidir isso agora, querida. Tire um tempo para organizar os seus pensamentos e depois você pode tomar uma decisão baseada que você acha melhor para você. Seu pai acredita em você e se ele tomou essa decisão é porque sabe que você é totalmente capaz de ser presidenta do hospital. Acredite em você da mesma forma que o seu pai acredita. — Joseph disse e abraçou Sophie pelos ombros quando ela o abraçou pela cintura chorando em seu ombro. Aquilo significava que o seu pai não seria mais presidente do hospital e ele queria estar presente quando a notícia fosse dada. Faria questão de presenciar, nem que para isso ele precisasse ficar mais dias em Chicago.


HOTEL
16:50 DA TARDE

Joe estava deitado na cama assistindo Criminal Minds, era uma das suas séries favoritas. Ele adorava séries criminais! Havia passado o resto da tarde com Sophie e Sally e decidiu ir para o hotel depois que Sophie adormeceu no sofá, mesmo com a insistência de Sally para que ele ficasse, ele preferiu ir para o hotel pois se sentiria mais a vontade apesar de se sentir acolhido naquela casa. Joseph pediu algo para comer enquanto assistia a série. 

Ele pausou a série e pegou seu celular que estava ao seu lado, ele atualizou seu Instagram, deu likes em algumas fotos e sorriu quando viu que Demi havia postado uma nova foto dela, Alana e Kristen. Ele curtiu a foto e comentou um emoji de coração, abriu o contato dela e solicitou uma chamada de vídeo, logo apareceu o rosto de Alana e Demi no celular, elas estavam deitadas na cama e sorriam.

— Papai, você ligou! — Alana gritou animadamente. 

— Eu te prometi que ligaria todos os dias, eu nunca vou quebrar uma promessa que eu fizer para você e para sua mãe. — Ele sorriu e encarou Demi brevemente que alisava o cabelo da filha que estava com a cabeça deitada no colo dela. — Como foi seu dia na escola e no balé, meu anjo? 

— Hoje na escola eu estudei matemática e tive aula de ciências e educação física, eu joguei futebol e fiz um gol. — Falou toda sorridente. — Nós também ensaiamos para a peça do Mágico de OZ e experimentamos as novas fantasias, eu estava conversando com a mamãe e eu quero cortar o meu cabelo para ficar do mesmo tamanho do cabelo da Dorothy. O que você acha, papai? 

— Você vai ficar linda, princesa. 

— Hoje no balé eu levei uma bronca da tia porque eu estava conversando com a minha amiga e não estava prestando atenção na aula. — Fez careta. — A mamãe conversou comigo e eu prometo que não vai mais acontecer, é só que a Julia estava me contando que o bebê que está na barriga da mamãe dela é uma menina e eu fiquei muito animada porque também queria uma irmãzinha. 

— Sua mãe me contou hoje que você pediu um irmãozinho de presente. — Joseph falou e observou Demi envergonhada ao lado da filha que assentiu prontamente com um enorme sorriso nos lábios. 

— Sim, eu quero muito. 

— Amor, eu e sua mãe não podemos dar um irmãozinho para você nesse momento, mas eu tenho um outro presente que eu tenho certeza que você vai adorar. 

— E o que é? — Ela era tão curiosa quanto a mãe. Joe riu e piscou para a filha. 

— Bom, você só vai saber quando eu chegar em casa. — Alana fez careta e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha. 

— Papai, você não pode me deixar curiosa desse jeito.  — Falou imaginando o que poderia ser aquele presente, fazendo Demi rir. — Ah, a mamãe deixou a Julia vir dormir aqui no sábado, vamos fazer uma festa do pijama. Você vai estar aqui? Eu quero que você conheça a minha melhor amiga. 

— Provavelmente sim, querida. 

— Como assim, provavelmente? — Demi perguntou franzindo o cenho. Ele havia dito que ficaria apenas três dias, então na quinta-feira já era para ele estar em casa. Joseph suspirou e encarou a mulher que se acomodou melhor na cama. 

— Aconteceu um imprevisto, Demi. 

— Tudo bem, Joseph. Só não esqueça que sua filha tem a primeira apresentação dela no sábado e você prometeu que estaria aqui. 

— E eu não vou quebrar a minha promessa, Demi. Você precisa confiar mais em mim. Hoje foi feito a leitura do testamento de Richard, ele deixou a presidência do hospital nas mãos de Sophie e pediu para que ela mudasse o presidente caso não se sentisse capaz de ficar no cargo, meu pai não vai ser mais presidente do hospital e eu quero estar presente quando essa notícia for dada à ele. 

— Seu pai vai ficar devastado, ele o meu pai faltavam se matar por causa da presidência do hospital. — Demi comentou pensativa, ela não fazia parte daquele meio e estava feliz por isso, não queria estar envolvida naquela bagunça. 

— Ele fez mal para muita gente, Demi. O karma existe e não falha, eu quero estar presente apenas para dizer que ele mereceu. Não vamos falar sobre isso, não quero que você se envolva nessa bagunça. 

— Sobre o que vocês estão falando? — Alana perguntou confusa e encarou o pai e depois a mãe. 

— É conversa de adulto, querida. — Demi disse e sorriu quando Batman adentrou no quarto balançando a coleira que ele tinha no pescoço com o nome dele e o número de telefone de Demi caso ele se perdesse. O cachorrinho pulou em cima da cama e Alana gargalhou quando ele lambeu sua bochecha alegremente. — Olha só quem chegou. 

— Oi garotão. — Batman latiu ao ver Joseph na tela do celular e balançou o rabinho animadamente. 

— Ah papai, hoje nós passamos no médico para ver Luck, ele vai vim para casa amanhã. — Alana falou e Joseph sorriu com a notícia. 

— O veterinário disse que ele teve um grande progresso de ontem para hoje e que amanhã a tarde ele terá alta, ele ficou todo animado quando nos viu e a patinha dele já está bem melhor, o veterinário passou um remédio para colocar na patinha dele e nós compramos hoje. 

— Ele ficou muito feliz quando eu disse que ele iria voltar para casa, agora eu tenho dois cachorros e eu estou muito feliz, falta só um gatinho. — Alana falou pensativa fazendo o pai gargalhar alto e Demi franzir o cenho reprovando a ideia, sua casa era um zoológico agora? 

— Nem pense nisso, Luck irá para a casa do seu pai assim que ele voltar de viagem, ficaremos apenas com Batman aqui em casa. 

— Ah não, Batman não pode ficar sozinho. — Falou emburrada e cruzou os braços se levantando do colo da mãe. 

— Esse foi o combinado desde o começo, mocinha. — Demi tocou o nariz da filha e sorriu pirraçando a garota que estava carrancuda. — Você poderá ir ver Luck sempre que quiser lá na casa do seu pai, aqui é pequeno e Luck é grande, não tem espaço para ele. 

— Mas eu quero que ele fique aqui com Batman. 

— Querida, o combinado quando pegamos Luck foi que ele ficaria no apartamento do papai, Batman não vai se sentir sozinho porque ele tem você para lhe fazer companhia e poderemos levar Batman para o meu apartamento todo final de semana para ele e Luck brincarem, o.k? 

— Ta bom. — Falou manhosa e voltou a deitar a cabeça acima dos seios de Demi. 

— Céus, que bebê manhosa essa que eu tenho. — Demi falou enchendo a bochecha da garotinha de beijos, fazendo-a rir baixinho. O som da campainha soou pelo apartamento e Demi suspirou porque sabia que era a mãe de Joseph. — Eu acho que é Kelly. — Disse e se sentou na cama arrumando os cabelos que deveria estar uma bagunça. 

— A vovó? — Demi assentiu com a cabeça e sorriu. 

— Ela veio te ver, amor. Calce suas sandálias e desça para receber a sua avó. — Alana assentiu e segurou o celular da mãe para continuar conversando com o pai enquanto Demi descia para abrir a porta. Kelly sorriu brevemente para Demi assim que a porta foi aberta, ela adentrou na sala e observou atentamente o apartamento. — Tudo bem, Kelly? — Demi perguntou educadamente, ela indicou o sofá para a mulher mais velha sentar enquanto Alana não descia. — Alana está conversando com Joseph lá em cima. 

— Ah sim, por isso eu tentei ligar para ele e deu ocupado. — Disse sentando-se na beirada do sofá. Batman desceu as escadas correndo e Alana veio logo atrás com o celular da mãe nas mãos, ela entregou o celular para Demi e correu para abraçar a avó. — Oi, querida. — Kelly beijou a bochecha da neta e a colocou sentada em seu colo. 

— Eu estava falando com meu pai, ele disse que está sentindo muita saudade e falou também que vai trazer um presente. — Alana sorriu animada e alisou uma mecha do cabelo loiro da avó. — Nós temos o cabelo igual, vó. — Alana era uma verdadeira mistura da família Jonas e Lovato, ela parecia com Demi, mas tinha os olhos de Joseph e os cabelos eram loiros como os de Kelly. — No sábado eu vou apresentar o meu primeiro teatro na escola, você quer ir? 

— Claro que sim, eu vou adorar ir vê-la. A sua mãe não comentou nada comigo. — Demi umedeceu os lábios e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha, desde quando Kelly se importava com aquele tipo de coisa? Ela nunca havia dado a entender que queria participar da vida de Alana dessa maneira. 

— Ela deve ter esquecido, a tia Kris fala que ela só não esquece a cabeça porque é grudada. — Riu. — Você quer ir conhecer o meu quarto, vó? — Kelly assentiu com a cabeça e levantou do sofá observando o apartamento novamente, ela colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha e segurou a mão da neta. 

— Enquanto isso eu vou preparar algo para vocês comerem. — Demi disse e adentrou na cozinha enquanto Alana fazia um tour pelo apartamento mostrando cada detalhe para a avó. Demi respirou fundo e colocou a água para ferver, o que ela poderia preparar? Mordeu o lábio inferior e buscou o celular para discar o número da padaria de Ryan, ela encomendou um bolo simples de chocolate e riu baixinho quando uma nova foto de Joseph com cara de tédio chegou ao seu celular. Ela respondeu a mensagem e sorriu quando Batman adentrou na cozinha a olhando atentamente. — Oi bebê. — Abaixou-se se pegou o cachorrinho no colo para mima-lo. — Você está faminto? — Demi perguntou acariciando os pelos de Batman que tentava brincar de morder seus dedos. — Você está crescendo muito rápido, bebê. — Batman era um cachorro tão esperto e estava crescendo muito rápido, Demi deu um beijinho nele e o colocou no chão quando o interfone tocou. 

Ela desceu até o térreo do condomínio que morava para buscar o bolo de chocolate, ela cumprimentou Luis o entregador da padaria e adentrou no elevador. — Demi. — A mãe de Mark sorriu para Demi e cumprimentou com um breve beijo na bochecha, Demi cumprimentou o garotinho e sorriu. 

— Oi tia, Alana pode brincar? — Perguntou esperançoso encarando Demi. 

— Ele está doido para brincar com Alana, ele ganhou um novo jogo do pai dele e disse que só Alana vai saber jogar com ele, se não for te incomodar eles podem brincar por uma horinha? — A morena perguntou e Demi assentiu com a cabeça, Mark era um garotinho muito fofo e encantador. 

— Alana está com a avó em casa, mas tenho certeza que ela vai adorar apresentar você para a avó dela. — Mark riu envergonhado e bateu palma animado. 

— Eu falei que a tia Demi ia deixar. — Mark disse fazendo sua mãe revirar os olhos. Eles se despediram quando o elevador parou no andar do apartamento de Demi, ela abriu a porta e deixou o garotinho adentrar no apartamento. — Que legal, Alana ganhou um cachorrinho. Ele morde? — Mark perguntou com certo receio de acariciar Batman que pulava animado pela casa com a língua para fora. 

— Ele não morde, querido. Pode fazer carinho nele, Alana está lá no quarto dela, se você quiser pode ir até lá enquanto eu coloco bolo para vocês comerem. — Mark assentiu e colocou seu jogo em cima do sofá e subiu as escadas correndo chamando por Alana, não demorou muito para os gritos animados da filha ecoar pelo apartamento. 

— Você não tem vontade de se mudar para uma casa maior, Demi? — Kelly perguntou adentrando na cozinha. Demi secou as mãos em um pano de prato e buscou por alguns pratos para colocar as fatias do bolo de chocolate. — Alana teria mais espaço para brincar.

— Eu moro aqui desde que me mudei para Los Angeles e é o que eu posso pagar no momento, quando eu me formar e estiver trabalhando efetivada na minha área posso pensar em me mudar para uma casa maior. — Deu os ombros e serviu um pedaço do bolo para Kelly. 

— Joseph poderia pagar o aluguel de uma casa maior para você e Alana. 

— Eu gosto de morar aqui e eu não preciso da ajuda de Joseph para pagar o meu aluguel, tudo o que eu quero dele é que ele seja presente na vida da minha filha, apenas isso. — Ela sabia que aquela visita estava estranha, Kelly nunca havia mostrado interesse em se aproximar.

— Eu estou apenas pensando no bem estar da minha neta, Demetria. 

— Aqui nunca faltou nada para Alana, ela tem tudo o que ela precisa e eu posso dizer com todas as letras que a minha filha é muito feliz aqui, muito obrigada pela preocupação. — Sorriu fraco e serviu uma xícara de chá para a mulher mais velha enquanto ela provava o bolo de chocolate. 

— Eu não consigo entender o que você fez para prender o meu filho dessa maneira, ele está até falando em casamento... você é mãe, Demi e deveria me entender, eu só quero o melhor para o meu filho e infelizmente eu não consigo ver nada bom nesse relacionamento de vocês, tudo começa errado entre vocês. — Casamento? Joseph era louco, só podia ser isso! 

— Kelly, eu não vou discutir a minha relação com Joseph, você veio até aqui para ver a sua neta não para dar a sua opinião sobre o meu relacionamento. Relacionamentos não dão certo o tempo todo, casamentos não dão certo e você sabe disso muito bem, eu não preciso da sua aceitação ou qualquer outra coisa, eu só espero que você me respeite porque eu sou a mãe da sua neta. — Demi saiu da cozinha e subiu as escadas para chamar Alana para comer, era incrível como aquela mulher conseguia lhe tirar a paciência. 

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seria um milagre acontecendo? hagahga mais um capítulo no mesmo mês, eu estou orgulhosa de mim mesmo, as ideias para esse capítulo vieram como uma bomba e isso me ajudou bastante, era para ter saído semana passada, mas acabou que ficou faltando uma parte... enfim, espero que vocês gostem do capítulo, não vou mentir, eu gostei bastante e o próximo capítulo promete, espero não ser tombada, orem por mim. respostas dos capítulos aqui e aqui | volto assim que o próximo estiver pronto 
obrigada por todos os comentários, vocês são maravilhosas! 


09/09/2018

33. Love


Demi estava descalça na cozinha cortando algumas frutas e colocando-as em um recipiente de plástico, Alana sempre chegava faminta do balé e por isso ela já estava adiantando algumas coisas, em três horas ela sairia para ir para a faculdade e ficaria por lá durante quatro horas assistindo aula, iria começar a realizar o seu último projeto da faculdade e estava tão animada para finalizar aquela etapa da sua vida, ela teria mais tempo para a sua filha e ganharia melhor quando estivesse formada. Tinha tantos planos para quando estivesse exercendo a sua profissão e comprar uma casa ou um apartamento era um desses planos, pagar aluguel era um dinheiro sem volta. Demi secou as mãos em um pano de prato e sorriu para Batman que estava deitado no chão da cozinha observando cada movimento que ela fazia.

— Eu sei muito bem o que você quer. — Demi disse para Batman enquanto buscava o queijo na geladeira, ela sorriu e cortou um pequeno pedaço jogando para ele que pegou o pedacinho de queijo ainda no ar. Demi sentiu o celular vibrando no bolso traseiro da calça jeans e retirou o celular para verificar a mensagem, era Joseph avisando que demoraria um pouco para chegar porque tinha passado no veterinário para saber como Luck estava. Ela mordeu o lábio inferior e sorriu quando ele mandou uma foto dele e Alana juntos no carro, ela até suspirou observando a foto porque eles eram a visão do paraíso juntos.

Sobre o que conversariam? Era uma pergunta que estava martelando em sua cabeça desde que saiu da empresa. O que Joseph e Sophie conversaram? Será que ele iria terminar as coisas com ela e voltar para Sophie? Diabos, ser curiosa era a pior coisa que existia. Demi respirou fundo e bebeu um copo de água antes de guardar o celular em cima da bancada e voltar a preparar as torradas com queijo. O que sentia por Joseph era muito forte, foi necessário um ano para que ela conseguisse superar, durante a gravidez de Alana era longo o dia pensando nele, apenas depois de um ano se abriu para se aventurar no amor novamente, parando para pensar, ela sempre buscou um pouco de Joseph em todos os homens com quem esteve.

O barulho da porta sendo aberta lhe chamou atenção, Batman levantou as orelhinhas e saiu correndo em direção a sala latindo ferozmente. A voz de Joseph e Alana conversando com o cachorrinho encheu seu coração de uma alegria sem tamanho, Demi colocou as torradas com queijo derretido em um prato e caminhou até a sala. Como era possível uma pessoa daquele tamanho fazer tanta bagunça em pouco minutos? Alana mal havia chegado, mas a mochila da pequena já estava jogada em um canto qualquer da sala, em um outro canto havia os sapatos, as meias e a boneca de pano. — Mamãe. — Demi sorriu e se abaixou para abraçar sua garotinha. Alana passou os braços em volta do pescoço da mãe e abraçou fortemente enquanto sentia Demi distribuir vários beijinhos pelo seu rosto.

— Oi meu amor, como foi na escola? — Perguntou com um enorme sorriso nos lábios. Alana estava vestindo calça jeans e uma blusa branca com alguns desenhos, ela sempre se trocava no balé, só o cabelo da pequena estava preso em um coque alto.

— Escola é sempre chato. — Deu os ombros revirando os olhinhos fazendo Joseph rir enquanto acariciava a barriga de Batman que estava deitado com a barriga para cima apreciando o carinho, p cachorrinho até fechava os olhos. — Eu estou com fome. — Falou colocando uma mecha do cabelo da mãe atrás da orelha. — Ah mamãe, sábado é minha apresentação na escola, eu estou tão animada.

— Você vai ser a Dorothy mais linda do mundo. — Demi deu um beijo estalado na bochecha da filha e levantou para ir buscar o lanche da tarde e arrumar aquela pequena bagunça que Alana havia feito. — Você vai querer leite ou suco de uva? — Perguntou da cozinha e Alana gritou "Suco".

— Pai, você vai ir assistir minha apresentação né? — Alana perguntou sentando no colo do pai, ela passou um braço em volta do pescoço dele e encostou a cabeça no peito dele enquanto ligava a televisão com o controle.

— Claro que sim, meu amor. Eu estarei na primeira fileira para ver você arrasar. — Joseph sorriu e beijou o topo da cabeça da filha, ele se acomodou melhor com a filha no sofá para eles assistirem o desenho animado que estava passando na televisão. Demi colocou um prato com algumas torradas em cima da mesinha de centro, dois copos com suco de uva e duas tigelas com frutas cortadas em pequenos cubos. — Você não vai comer? — Joe perguntou preocupado com ela. Demi negou com a cabeça e se acomodou no canto do sofá.

— Eu belisquei algumas coisinhas enquanto preparava, não estou com muita fome. — Deu os ombros e retirou o celular do bolso para responder a mensagem de Kristen. — Como foi lá no veterinário? — Perguntou sem tirar os olhos do celular, ela escrevia rapidamente e Joseph se perguntou sobre o que e com quem ela estaria conversando.

— Ele disse que Luck está com a patinha quebrada, fizeram alguns exames e ele está muito abaixo do peso normal para a raça dele. Ele vai ficar mais alguns dias internado para ganhar peso e se recuperar. — Demi assentiu e bloqueou o celular. — Você pode ficar de olho nele para mim e ir buscá-lo quando o veterinário ligar? — Demi franziu o cenho e o encarou confusa.

— Por que você não vai? — Ela sabia que ia acabar sobrando para ela, sempre sobrava. — Eu falei para você que não ia cuidar de cachorro nenhum, Joseph.

— Eu vou viajar, Demi. — Ele estava esperando o momento certo para conversar com ela, mas não tinha como fugir. Sabia que Demi estava fugindo dele por causa de Sophie, precisava deixar as coisas esclarecidas para que ela não pensasse besteiras sobre ele, Demi era a única mulher que Joseph queria em sua vida.

— Eu posso ir também, papai? Para onde você vai? — Alana perguntou curiosa e animada, virando-se para encarar o pai. Joseph sorriu para a filha e colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha, antes de encarar Demi novamente.

— Eu vou para Chicago. — Disse olhando Demi nos olhos, antes de voltar a encarar a filha. — Você vai estar na escola, meu amor. Eu não posso te tirar da escola, mas eu prometo que nas férias nós vamos viajar, eu, você e a sua mãe. O que acha?

— Eu acho uma ideia maravilhosa, podemos ir para Disney?

— Vamos para qualquer lugar que você queira ir, princesa. — Alana sorriu animada e saiu do colo do pai para se sentar no tapete ao lado de Batman. Demi não disse nada, apenas levantou e subiu as escadas do apartamento, Joseph suspirou e levantou seguindo-a, ele sabia que ela queria conversar a sós com ele.

— O que diabos você vai fazer em Chicago, Joseph? — Ele mal havia adentrado no quarto. Demi passou uma das mãos pelo cabelo e respirou profundamente tentando manter a calma para não se estressar. — O que Sophie estava fazendo na empresa hoje?

— Richard morreu, Demi. — Demi virou para encara-lo e suspirou. Ela se lembrava muito bem de Richard, ele era um médico brilhante e sempre tinha um sorriso no rosto quando esbarrava com ele nos corredores do hospital, costumava lhe chamar de Pequena Demi e sempre dizia que queria que ela e Sophie fossem amigas. — Quarta-feira vai acontecer a leitura do testamento e Sophie quer que eu esteja ao lado dela, quando nos separamos eu prometi que estaria ao lado dela sempre que ela precisasse e eu não vou quebrar a minha promessa.

— Eu sinto muito pelo Richard, ele era uma pessoa muito boa e não merecia ir tão cedo. — Falou sincera. — Que dia você vai viajar? — Perguntou tentando demonstrar como não queria que ele fosse. Ela estava com medo de perdê-lo novamente para Sophie. Era algo que ela não conseguia evitar.

— Hoje de madrugada, ficarei apenas três dias. — Falou se aproximando dela e a tocando na cintura. Ele entendia perfeitamente os medos dela, mas também queria que Demi confiasse nele porque confiança era algo de extrema importância em uma relação. — Ei, eu já disse que é com você que eu quero ficar, você não tem com o que se preocupar. — Ele não quebrou aquele contato visual, acariciou o queixo dela e a bochecha.

— Você e ela vão ficar juntos na mesma casa? — Demi não deveria ter perguntado aquilo. Ela se sentiu idiota quando a pergunta escapou dos seus lábios e viu Joseph franzir o cenho e se afastar dela. — Desculpa, eu não quis insinuar nada.

— Sim, você quis. Se você quer saber se eu vou transar com ela durante esses três dias pode ficar tranquila porque eu não vou, é até ridículo você pensar algo assim de mim no estado em que Sophie se encontra. — Demi colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha e desviou o olhar porque estava arrependida, ele só estava apoiando uma amiga, da mesma forma que ela faria caso precisasse apoiar um amigo de longa data. — Você estava transando com Wilmer a noite e me beijando durante o dia e eu nunca joguei isso na sua cara. Você acha que eu estaria aqui me esforçando tanto caso quisesse apenas brincar com você? Se eu quisesse transar com outra mulher eu já teria feito isso há muito tempo, porque encontrar uma mulher para transar não é difícil hoje em dia.

— E porque você não vai transar com elas então? Sempre tem uma mulher na sua cola, quando estamos juntos lá na empresa Blake sempre aparece para atrapalhar e você adora dar atenção à ela e conversar sobre as séries que vocês dois assistem, hoje eu estava indo conversar com você e dou de cara com Sophie abraçada com você. O que você quer que eu pense? 

— Céus, Demetria. O que eu tenho que fazer para você entender que eu não quero nenhuma outra mulher, que droga. Eu estou dando o meu melhor para mostrar que eu mudei, que eu cresci e amadureci, mas parece que é tudo em vão. Se você não me der um voto de confiança isso aqui nunca vai funcionar.

— Eu estou tentando, merda. Eu estou dando o meu melhor, mas sempre acontece algo que me faz repensar, você me machucou muito, Joseph, não pode cobrar uma confiança plena de mim. Confiança requer tempo e se você não está satisfeito, cai fora, nada te prende aqui. — O coração estava tão acelerado no peito e aquilo não era nada bom para a sua saúde, o medo dele ir embora era tão forte e estava lhe consumindo, mas não demonstraria.

— Eu não acredito que estamos brigando por nada. Eu não vou para lugar nenhum, muita coisa me prende aqui, Demi, Tudo o que eu quero que você entenda é que eu não quero outra pessoa, só você. Eu estou indo viajar com uma amiga para apoia-la num momento difícil, nada além disso. 

— Então vai apoiar a sua amiguinha, talvez alguém me ligue essa noite precisando do meu apoio também. — Disse irônica. — Eu acho melhor você ir embora se organizar para a sua viagem, eu preciso me arrumar para ir para a faculdade. — Joseph suspirou e segurou a mão de Demi porque ele não queria viajar brigado com ela.

— Eu não quero ir brigado com você. — Falou acariciando a mão dela com o dedão. — Meu voo sai de madrugada e eu queria passar esse restante da noite com você e Alana. O que acha?

— Eu tenho que ir para a faculdade, não posso faltar. — Demi levantou e caminhou em direção ao banheiro para tomar banho, ela estava chateada, Joe sabia que sim. Ele respirou fundo e se acomodou na cama, porque as mulheres tinham que ser tão complicadas? Joe ficou algum tempo ali na cama mexendo no celular, depois ele se levantou e caminhou até o banheiro, bateu na porta e adentrou.

— Está mais calma? — Perguntou brincalhão, mas se arrependeu ao ver que Demi ainda estava chateada. Ela não respondeu, apenas fechou o registro do chuveiro e puxou a toalha para se secar.

— Você já deveria ter ido embora, Joseph. — Respondeu alguns minutos depois de forma séria. Ela abriu a porta do box e o encarou. — Você precisa arrumar as malas e ir apoiar a sua amiga, ela deve estar precisando de você. — Não tinha um pingo de ironia em sua voz. Joseph respirou fundo e saiu do banheiro, deixando-a sozinha, não queria piorar as coisas.

Alana estava deitada no tapete da sala com algumas folhas de sulfite e lápis de cor, na televisão estava passando Bob Esponja e o tablet estava ao lado da garotinha e tocava baixinho a música "Somewhere Over The Rainbow" Alana cantarolava baixinho a música e sorria para Batman que estava deitado ao lado da garotinha observando-a atentamente. Joseph se aproximou e chamou por ela que largou os lápis de cor e foi até o colo do pai. — O que você está fazendo?

— Eu estou fazendo um desenho para você levar na sua viagem, é só para quando o senhor sentir saudade lembrar de mim e da mamãe. — Disse sorrindo e Joe a abraçou fortemente pela cintura e a beijou na bochecha carinhosamente. O que ele havia feito para merecer uma filha tão maravilhosa?

— Eu amo você, princesa. — Alana beijou a bochecha do pai e disse que o amava do tamanho do universo da mesma maneira como ela dizia com Demi. — O papai está indo viajar, vou ficar três dias longe, mas prometo que vou te ligar todos os dias por chamada de vídeo e vou te trazer um presente muito legal.

— Você promete que vai voltar? Porquê da outra vez que a mamãe me disse que você estava viajando demorou muitos anos para você voltar e eu não quero mais que demore muito porque eu sinto saudades quando você está longe. — Alana se acomodou nos braços de Joe e deitou a cabeça na curva do pescoço dele. Joseph comprimiu os lábios em uma linha reta para tentar conter o nó que se formou em sua garganta.

— Eu prometo que vou voltar, anjo. Três dias vai passar muito rápido e você nem vai perceber. Eu amo muito você.

— Eu também amo muito você, papai. Fica comigo até eu dormir? — Pediu bocejando, Joe assentiu e beijou a testa da filha, aquele amor que sentia era tão puro e bom de ser sentindo, não existia nada comparado. Só quem era pai de verdade entendia o que era aquele sublime amor.

— Só se você me prometer que vai ser uma boa garota e que vai obedecer a sua mãe. — Alana assentiu prontamente e prometeu de dedinho. Joseph sorriu e deitou no sofá com a garotinha deitada em seu peito. Alana lhe mostrou o desenho e contou em detalhes para o pai como havia sido o seu dia na escola e no balé e Joe escutou tudo atentamente e com muito interesse, até ela adormecer.

Alguns minutos depois Demi desceu as escadas pronta para ir para a faculdade. Ela estava vestindo calça jeans, uma camiseta branca um tênis preto. O rosto estava livre da maquiagem e os cabelos estavam molhados jogados para o lado, ela foi até a cozinha e pegou um copo de suco para não ir de barriga vazia, lá na faculdade comeria alguma besteira para enganar o estômago. — Ela não deveria ter dormido, ela não jantou e nem tomou banho. — Disse porque Alana tinha uma rotina para dormir, ela sempre tomava banho e jantava antes de dormir porque se não no meio da noite acordava Demi pedindo para tomar leite.

— Ela estava cansada e pediu para eu ficar até ela adormecer. Eu já estou indo embora, você quer carona?

— Não precisa, eu já estou indo, Kim vai vir ficar com ela. — Avisou buscando as chaves em cima da mesa de jantar da sala. Demi deu um beijo carinhoso na testa da filha e umedeceu os lábios colocando uma mecha do cabelo molhado atrás da orelha. — Tchau Joseph, boa viagem, diga à Sophie que eu sinto muito por Richard. — Disse séria e guardou o celular no bolso traseiro da calça jeans, ela pegou a bolsa e saiu do apartamento.

Joe suspirou ao ouvir a porta do apartamento se fechar, ele acariciou as costas da filha e levantou com ela cuidadosamente, Alana se mexeu apenas para se acomodar melhor e suspirou entre o sono, ele subiu as escadas com ela e a colocou deitada na cama, ele a enrolou com o cobertor e beijou a testa dela carinhosamente sussurrando um "Eu amo você, bebê". Joe encostou a porta do quarto e desceu as escadas, iria esperar Kim chegar para ir embora, precisava arrumar sua mala e ver como Sophie estava.

— Boa noite. — Kim disse ao adentrar no apartamento e ver Joseph sentado no sofá assistindo Bob Esponja. Ela o cumprimentou com um aperto de mão e sentou ao lado dele no sofá, ela sempre ficava com Alana e nesse tempo em que ficava no apartamento ajudava Demi com alguma coisa que tinha para arrumar. — Tudo bem, Joseph? Demi não me disse que você estaria aqui.

— Eu estou bem e você? Eu fui buscar Alana no balé e acabei ficando mais um tempo com ela porque vou viajar hoje de madrugada, então queria aproveitar. — Explicou focado no celular, ele estava trocando mensagem com a mãe.

—  Alana está no quarto?

— Sim, ela chegou cansada do balé e acabou dormindo. — Disse guardando o celular no bolso da calça jeans. Kim disse que prepararia algo para jantar e o chamou para acompanha-la na cozinha, para que eles pudessem conversar.

— Você e Demi estão juntos? — Perguntou enquanto procurava alguns ingredientes que poderia usar para preparar o jantar, ela fazia aquilo porque gostava de ajudar Demi que era como uma filha para ela.

— Sim, estamos tentando novamente. Eu estou pensando em oficializar as coisas, mas quero esperar o momento certo. Relacionamentos são complicados, nós não somos mais crianças e temos uma filha então temos que analisar bem aonde estamos entrando.

— Demi é uma mulher incrível e merece ser amada, ela gosta muito de você, Joseph. Eu espero que você cuide delas, eu só vou te dar um voto de confiança, qualquer vacilo seu e você terá que arcar com as consequências dos seus atos. — Joseph assentiu a olhando nos olhos e umedeceu os lábios, ele não estava ali para brincar com Demi, queria ter um futuro com ela.

— Você também deveria dar um voto de confiança para Stella. — Aquele assunto não era da conta dele, mas sentia que precisava fazer algo. Era a melhor amiga da mulher que ele amava e Kristen não merecia passar por aquela rejeição, ninguém merecia. — Elas vieram aqui ontem e o amor entre elas está nítido. Você deveria ficar feliz pela sua filha, ela encontrou alguém que a ama de verdade e que cuida dela da maneira que ela merece, isso não basta para você?

— Eu não apoio coisa errada, Joseph.

— Amar uma pessoa é errado, Kimberlly? Eu só quero que você repense, sua filha não está fazendo nada de errado, apenas amando quem ela quer amar. O mundo lá fora é cruel, todo dia tem uma notícia diferente de um homossexual que foi encontrado morto ou levou uma surra na rua só porque estava andando de mãos dadas com a pessoa que ama. Pensa nisso, Kimberlly. — Joe ouviu um suspiro longo sair da boca de Kim e pediu aos céus que suas palavras surtissem algum efeito porque ninguém merecia sofrer por amar uma pessoa.


***

Céus, aqueles burritos parecia a melhor coisa que Demi já havia comido na sua vida. Ela mordeu mais um pedaço e fechou os olhos apreciando aquela maravilhosa, com certeza engordaria alguns quilos e depois estaria choramingando pela casa que estava gorda. Demi estava em um barzinho que havia perto da faculdade comendo com Lucy porque assistir aula com fome era a pior coisa que existia. — Então, Demi. Você ainda está com aquele gato que trabalha com você? — Lucy perguntou com um sorriso malicioso nos lábios, ela bebericou seu refrigerante e encarou a amiga. 

— Não, eu não estou mais com ele. — Deu os ombros e limpou a boca com um guardanapo. — Eu estava pensando no nosso projeto e o que você acha da gente fazer uma análise de algum bairro? Creio que terminaríamos a faculdade em grande estilo. Poderíamos fazer um levantamento de dados sobre a infraestrutura, patrimônios, mobiliário urbanos... 

— Eu acho uma ótima ideia e eu acho que até já sei qual bairro nós podemos analisar. — Lucy respondeu animada. O último semestre da faculdade estava sendo uma verdadeira loucura, a semana de provas já havia passado, mas agora tinham o último projeto para desenvolver e apresentar para uma bancada, céus. — Mas não tente mudar de assunto, eu tenho um amigo que quer te conhecer. — Disse voltando para o assunto principal que era relacionamentos. 

— Eu já estou com outra pessoa, Lu. — Demi disse e mordeu o lábio inferior quando a amiga mostrou foto do pretendente pelo celular, ele era fofo. 

— Você é rápida, safada! — Lucy disse fazendo as bochechas de Demi corarem. Ela colocou uma batata frita na boca e bloqueou o celular deixando-o de lado em cima da mesa. — Nome, idade, onde mora e onde conheceu? — Demi riu e mostrou uma foto de Joseph e Alana que estava no perfil do Whatsapp dele. — Ele já conhece a sua filha, caramba. 

— Ele é o pai dela. — Levou longos minutos para Demi explicar sua história com Joseph e quando terminou o horário do intervalo já havia acabado. Elas pagaram a conta e voltaram correndo para a sala porque o professor estava explicando sobre como o projeto funcionaria e todas as normas que os alunos precisavam seguir. 

Vez ou outra durante a aula, Demi verificava as notificações do celular para saber se havia alguma mensagem, mas havia apenas mensagem do grupo da faculdade e de Kim. Ele não iria mandar nem uma mensagem avisando que estava indo? Será que ele ainda estava bravo? Demi suspirou e voltou a prestar atenção no que o professor estava dizendo, fez algumas anotações importantes e agradeceu mentalmente porque o professor liberou os alunos quinze minutos antes do horário normal.

O bom de dirigir aquele horário da noite era porque não tinha trânsito, naquele horário, em plena uma segunda-feira, a maioria das pessoas estavam em suas devidas casas descansando. Ed Sheeran estava tocando em um volume baixinho no rádio e vez ou outra Demi cantarolava Give Me Love. — Maybe tonight i'll call ya, after my blood turns into alcohol, no, i just wanna hold ya... — Ela não deveria ter sido tão dura com Joseph. Ele estava se esforçando para mostrar que havia amadurecido e para ganhar a confiança dela, ela precisava parar de ser tão insegura, aquilo apenas prejudicaria o seu relacionamento.

Será que ele estava muito chateado? Demi mordeu o lábio inferior e quando se deu conta estava dirigindo o carro em direção ao condomínio que ele morava, só queria se desculpar e abraça-lo fortemente, ela já estava tão acostumada a dormir abraçada com ele e beija-lo sempre que sentia vontade que seria estranho ficar três dias longe dele. O carro foi estacionado do outro lado da rua e Demetria respirou fundo antes de pegar o celular e discar o número dele. — Oi, Dem. — Demi mordeu o lábio inferior e sorriu só em ouvir a voz dele.

— Eu estou aqui fora. — Falou simplesmente e encarou o enorme condomínio em sua frente.

— Eu estou descendo. — Disse e Demi desligou o celular deixando em cima do painel do carro. Ela se desfez do cinto de segurança, prendeu o cabelo em um coque alto e ligou a luz do interior do carro. Alguns minutos depois, Joseph bateu no vidro da janela e ela destrancou a porta para ele entrar no carro. — Aconteceu alguma coisa? — Perguntou preocupado. Demi negou com a cabeça e o encarou, ele estava com o cabelo molhado do banho recém tomado e estava vestindo um conjunto de moletom cinza.

— Não, eu só queria te ver. — Por que ele tinha que ter um sorriso tão bonito? Demi sorriu quando ele sorriu e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha. — Eu não queria que você viajasse irritado comigo, o que eu disse foi infantil, eu vejo o seu esforço para me mostrar que mudou e às vezes eu sinto medo de te perder. — Confessou o encarando e foi de bom agrado para o braços dele quando ele a chamou, ele era quente e era bom se sentir protegida nos braços dele.

— Você não vai me perder, amor. Tudo o que eu quero e tudo o que eu preciso está bem aqui e eu não vou para lugar nenhum. — Beijou o topo da cabeça dela e a abraçou ainda mais apertado. — Você quer subir? Eu estava arrumando a minha mala. — Demi negou com a cabeça e levou a mão até a nuca dele, arranhando levemente. Ela acariciou a bochecha dele e sorriu ao roçar seus lábios.

— Aqui está melhor, amor. — A voz dela estava carregada de segunda intenções. Joseph levou a mão até o bumbum dela e colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha antes de começar um beijo calmo e intenso. Demi passou os braços em volta do pescoço de Joseph o puxando para mais perto, ele apertou o bumbum dela fortemente e gemeu baixinho porque aquela mulher não precisava de muito para deixa-lo excitado e tê-la sentada em seu colo em cima daquela região não ajudava muito. — Tira isso, está calor. — Demi disse ofegante, ela segurou a barra da blusa dele e tirou jogando num canto qualquer. Céus, Joseph era tão bonito e tinha um corpo que era de fazer qualquer mulher delirar.

— Eu estou sem preservativo aqui. — Falou acariciando as costas dela por dentro da blusa que ela estava vestindo. Demi desceu as mãos pelo peito dele e mordeu o lábio inferior porque transar sem camisinha era muito bom, mas ainda não era o momento para dar aquele passo.

— Eu tenho. — Ela era uma mulher adulta e preparada. Demi acariciou o cabelo dele e voltou a beija-lo dessa vez de forma selvagem, as línguas se entrelaçavam e as mãos apalpavam todos os lugares possíveis, Joe tirou a blusa que Demi vestia e mordeu levemente o lábio inferior dela, dando uma puxadinha que fez com que ela cravasse suas unhas no ombro dele.

— Acho que vamos se presos por praticar sexo em lugares públicos. — Riu quando Joseph riu contra o seu pescoço porque a barba dele fazia cócegas, mas a língua quente sobre o seu pescoço lhe deixava molhada. Ela suspirou e umedeceu os lábios, lá fora estava frio, mas o interior do carro estava começando a pegar fogo.

— Acho que hoje vamos fazer a noite de alguém. — O carro estava estacionado em um lugar reservado perto de umas árvores que havia no bairro, o fato de estar tarde ajudava porque quase ninguém transitava por ali aquele horário da noite. Joseph apertou o seio esquerdo dela com vontade e desceu o beijo do pescoço até a clavícula e da clavícula até o seio. Não foi difícil se livrar do sutiã, o fecho era na parte da frente e quando ele jogou a peça em um canto qualquer a língua quente foi direto em contato com o mamilo fazendo Demi ir ao céu e voltar, ela fechou os olhos e se inclinou mais sobre ele, puxando o cabelo da nuca dele levemente.

Demi gemeu baixinho quando a mão dele desceu firmemente da sua coluna até o bumbum apertando com vontade. Ela mordeu o lábio inferior fortemente e se movimentou levemente sobre ele como se já estivesse no ato, Joseph estava de moletom e apesar de ela estar vestida com jeans, conseguia sentir a ereção dele. — Afasta o banco. — Demi pediu com a voz levemente rouca, ela umedeceu o lábio e desceu a mão para verificar a situação dele lá embaixo, sorriu de lado e abriu os botões da sua calça jeans.

— Você tem certeza que quer isso? — Ele jamais faria algo que ela não quisesse. Joe colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha dela e Demi assentiu com a cabeça o olhando nos olhos. Ela o queria tanto que nem conseguia raciocinar direito, a única coisa que ela sabia naquele momento era que queria ele e que não ia se arrepender depois. Demi tocou o lábio dele com os dedos e o beijou com vontade. Ela separou o beijo ofegante e esticou o braço para desligar a luz do carro, para que não corresse o risco de alguém os vê. — Tira essa calça, querida.

As roupas estavam jogadas em um canto qualquer do carro. As coisas estavam indo mais rápido, os vidros do carro estavam embaçados e Demi tinha alguns fios de cabelo colados na testa por conta do suor. Ela desceu os beijos em direção ao pescoço dele, acariciou o peitoral com a mão até chegar aonde ela queria, adentrou a cueca dele e o estimulou, sorriu sapeca e mordeu o lábio inferior quando sentiu Joe puxar o cabelo da sua nuca. — Amor, eu preciso de você. — A voz saiu entrecortada, não estava pedindo, estava quase implorando. Demi suspirou quando sentiu os dedos dele lhe acariciarem por cima da calcinha. Joseph sorriu e beijou o pescoço dela, ele a segurou pela cintura fazendo-a se levantar levemente apenas para que ele conseguisse se livrar da cueca e da calcinha.

Segurando-a pela cintura, ele a guiou para sentar sobre o seu membro depois de se proteger. Demi mordeu o lábio inferior e cravou as unhas nos ombros dele, como fazer sexo era bom. Ela começou a se movimentar vagamente para frente e para trás enquanto sentia as mãos de Joseph lhe apertar no bumbum, ela gemeu baixinho no pé do ouvido dele, sentindo-o tão intimamente.

— Eu amo você, Demetria. — Joseph disse afastando o cabelo da nuca e da testa dela porque o coque havia sido desfeito, Demi sorriu mordendo o lábio inferior e encostou sua testa na testa dele, ela fechou os olhos ao ouvir aquelas palavras saírem dos lábios dele porque gostava de se sentir amada e Joseph lhe fazia se sentir especial. Demi passou as unhas pelas costas e o abraçou pelo pescoço acelerando os movimentos, roçou os lábios aos dele e mordeu levemente quando ele a ajudou nos movimentos.

Os movimentos que começaram devagar e calmo agora eram mais rápidos e intensos, Demi sentia todo o seu corpo em êxtase toda vez que Joseph atingia um ponto sensível. O suor descia pelas suas costas e pela testa e Joseph também não estava muito diferente, umas da mão apertavam o seu seio esquerdo e a outra alternava entre a coxa, o bumbum e a cintura, os gemidos que antes eram baixinhos estavam mais alto e incontroláveis.

— Ah, querido, eu estou quase lá. — Disse Demi entre um gemido ou outro, ela puxou o cabelo da nuca dele sentindo as mãos de Joe lhe tocarem por todas as partes do seu corpo, era bom, era gostoso. Ela suspirou e o beijou brevemente, eles estavam pele com pele, as mãos foram entrelaçadas e os movimentos cada vez mais intensos e acelerados. Demi mordeu o ombro de Joseph e gemeu quando o corpo estremeceu com o prazer que arrepiou até os fios do cabelo.

Demi deitou a cabeça no ombro de Joe e o abraçou pelo pescoço, o silêncio foi muito bem-vindo entre as respirações aceleradas. Joseph sorriu e colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha, deu um beijinho na testa dela e acariciou as costas nuas. — Eu te amo. — Falou acariciando o cabelo dela. — Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida e eu prometo que vou tentar te fazer a mulher mais feliz do mundo porque isso é o mínimo que você merece.

— Eu também amo você, Joseph. — Demi levantou a cabeça para olha-lo nos olhos e sorriu ao ver o tamanho do sorriso nos lábios dele. Demi deu um selinho nos lábios dele e o abraçou fortemente gostando dos beijinhos que Joseph distribuía pelo seu colo, pescoço e rosto. Ela gargalhou e saiu de cima dele porque precisa se organizar para ir embora. — Você volta quando, amor?

— Provavelmente na quinta-feira, eu prometo que vou te ligar todos os dias. — Demi sorriu e olhou a hora no relógio do celular, céus, era quase meia noite.

— Eu vou sentir saudades. — Joseph sorriu e se inclinou para beija-la brevemente porque ela era a mulher mais linda que ele conhecia. — Muitas saudades. — Falou nos lábios dele e sorriu. — Hmm... você me deixou muito mal-acostumada, Jonas. Como eu vou dormir sem seus braços me abraçando durante toda noite? — Fez careta e passou os dedos pelos cabelos dele como se estivesse penteando.

— Ah meu amor, eu também não faço ideia como vou dormir sem ter você para me chutar a noite inteira. — Demi gargalhou alto e deu um tapa na barriga dele. Era verdade, Demi lhe chutava a noite inteira porque ela não ficava quieta durante a madrugada, mas ainda assim era bom dormir com ela porquê da mesma forma que ela lhe chutava, ela lhe procurava para abraça-lo e ele apostava que ela não notava aqueles pequenos detalhes como ele notava. — Prometo que vou te ligar todas as noites para conversarmos até você pegar no sono.

— Você não existe. — Beijou o peito dele e acariciou a bochecha dele. — Acho melhor você ir para casa se organizar, eu já tomei muito o seu tempo e você precisa terminar de arrumar as suas coisas. — Demi falou sentindo um pesar no coração porque ela não queria que ele fosse, mas não o impediria. Joe suspirou e a abraçou pela cintura, ele não queria deixa-la, mas infelizmente era preciso. Ele beijou a bochecha dela e se afastou para terminar de se vestir.

— Depois eu quero que você me passe o número da sua conta para eu depositar um dinheiro para você, Alana e os cachorros. — Demi franziu o cenho e negou com a cabeça, ela terminou de ajeitar a sua blusa e o encarou. — Dem, é para te ajudar com as despesas dos cachorros e para o caso de surgir algum imprevisto. — Ele disse passando o nariz pela bochecha dela. 

— O combinado era que você ia arcar com as despesas do Batman. — Ela criou a filha durante cinco anos sem precisa de um tostão dele e não seria agora que iria precisar. Joseph já fazia o seu papel de pai sendo presente na vida da filha e isso era tudo o que ela precisava, ela também não queria dar motivos para a mãe de Joseph lhe odiar ainda mais. 

— Eu sei querida, mas agora tem mais um cachorro e é só uma segurança para esse tempo que eu vou estar fora. — Demi acariciou a bochecha dele com o dedão e suspirou porque sentia saudade dele só de pensar que ficaria três dias longe. Joseph passou os braços em volta da cintura dela e deu um beijinho no pescoço dela. Demi deitou a cabeça no ombro dele e acariciou os cabelos curtos da nuca dele com as unhas. — Desse jeito fica difícil eu ir embora. — Demi riu baixinho próximo ao ouvido dele e deu um beijo no pescoço dele. 

— Só não ir. — Falou bem baixinho, porém não baixo o suficiente para Joseph não ouvir, ele umedeceu os lábios e colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. Ele não queria brigar e por isso não disse nada. — Eu e Alana vamos sentir sua falta, amor. — Joe sorriu e começou a encher o rosto dela de beijinhos. — Vamos sentir muito a sua falta. — Demi reforçou o olhando nos olhos e mordeu o lábio inferior antes de juntar seus lábios em um beijo intenso. Demi separou o beijo com um selinho demorado e sorriu se ajeitando no banco do carro porque precisava ir embora. — Me manda uma mensagem quando chegar lá. — Joe assentiu e deu mais um selinho nos lábios dela. 

— Você não quer que eu te leve em casa? É mais seguro.

— Não precisa, amor. Eu preciso ir para casa, quando eu chegar te mando mensagem. 

— Tudo bem, eu também estou indo. Até mais, querida. — Demi fechou os olhos quando ele beijou seus lábios brevemente e logo em seguida sua testa. — Amo você. — Eles se despediram e Joseph saiu do carro, ele observou Demi dar partida e adentrou no condomínio. 

Joseph fechou a porta do apartamento vagarosamente para não fazer barulho, ele foi até a cozinha e encontrou a sua mãe preparando um chá, ele buscou um copo para beber água e se encostou no balcão da cozinha. — Aonde você estava? — Kelly perguntou buscando por duas xícaras no armário. 

— Eu estava lá embaixo com Demi, ela queria conversar comigo. — Deu os ombros. — Como Sophie está? — Perguntou cruzando os braços após colocar o copo em cima da pia. Kelly observou o filho de cima a baixo e desligou o fogo do fogão. 

— Ela dormiu por alguns minutos enquanto você desceu, ela está lá no seu quarto. Quanto tempo você vai ficar lá?

— Três dias, eu vou estar ao lado dela durante a abertura do testamento e para apoia-la no que for preciso, Sophie tem um namorado e eu vou ficar com ela só até ele chegar porque deu um problema no passaporte dele e ele não pode embarcar, eu também tenho minhas coisas aqui e não posso deixar tudo para lá. 

— Eu gostava tanto de vocês dois juntos, ela foi a minha nora favorita. — Kelly pensou alto e Joe revirou os olhos ao ver a mãe lhe olhando com certa esperança no olhar. — Não pode me julgar por gostar tanto dela, nenhuma das suas ex namoradas eram boas o suficiente, Sophie foi a melhor até agora. 

— As coisas entre eu e Sophie nunca foram reais, mãe, e você sabe disso. Nós somos amigos agora e isso é tudo. Quando eu voltar de viajem, eu vou oficializar as coisas com Demi. 

— Vai pedi-la em casamento? — Kelly perguntou com os olhos arregalados, Joseph riu e negou com a cabeça. Sua vontade era de pedi-la em casamento e casar com ela no dia seguinte, mas ele iria com calma, iria conversar com os pais dela durante o tempo em que estivesse em Chicago e quando voltasse a pediria em namoro. 

— Não agora, mas eu quero muito me casar com ela e construir a nossa família, quem sabe ter mais filhos, Alana nos pediu um irmãozinho um dia desses. 

— Eu espero que você tenha certeza sobre o que está dizendo porque eu não consigo ver nada de bom saindo desse relacionamento de vocês, o relacionamento de vocês sempre começa errado. Começou errado no passado e começou errado agora, o que você pode esperar de uma garota que engravida com dezessete anos de idade e ainda começa um relacionamento estando comprometida com outro cara, todo mundo sabe que ela ficava com você e com aquele engenheiro ao mesmo tempo.

— Isso não é da conta de ninguém, além da minha e da dela, do nosso relacionamento só nós dois sabemos e só nós dois precisamos entender, ninguém tem nada a ver com isso. 

— Eu sou a sua mãe e quero o melhor para você, você nunca vai entender enquanto não for...

— Eu sou pai, eu tenho uma filha e assim como a senhora diz eu também só quero o melhor para ela. A questão aqui é a birra que você tem com a Demi pelo fato da mãe dela ter sido mulher do seu marido, você não gosta da Demi porque acha que ela não é a mulher certa para mim, você não gosta dela porque ela é filha dos Lovatos. 

— Você é um cabeça dura igual o seu pai. — Kelly bufou e voltou a preparar o chá que estava preparando antes daquela pequena discussão. — Eu não vou te dizer mais nada em relação a essa mulher, depois não diga que eu não te avisei. Eu terminei de arrumar a sua mala, está lá no seu quarto, eu só espero que você converse com Demetria e que ela me deixe ir visitar a minha neta. 

— Demi jamais impediria você de ir ver Alana, eu só espero que a senhora não chegue lá soltando piada porque eu conheço muito bem a mãe que eu tenho. Eu vou tomar banho. — Avisou e saiu da cozinha deixando a mãe sozinha porque não queria discutir sobre algo que era indiscutível.

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espero que vocês gostem, depois que eu reli me deu vontade de reescrever tudo novamente, essa vida de escritora está me tombando muito ultimamente, aiai... me digam o que acharam nos comentários, volto assim que der. 
respostas dos comentários no próximo.