24/03/2019

45. Brothers


DIA SEGUINTE

Thomas estava no táxi em direção ao centro de Los Angeles aonde ficava a empresa Mayer. Não estava um dia quente em LA, estava nublado como a maioria dos dias em que ele esteve na cidade, porém as mãos suavam como se estivesse enfrentando um calor de quarenta graus. O que ele faria quando estivesse frente à frente com o irmão? O que ele falaria? Diabos, talvez aquela havia sido uma péssima ideia, se fosse chutado da empresa e o pai descobrisse? Ele estaria morto. — Chegamos, rapaz. — O motorista, de aparentemente quarenta e poucos anos disse olhando para trás. O trajeto havia sido tão rápido, Thomas fitou o prédio enorme e respirou fundo, tirou os trocados que seu pai havia lhe dado e entregou para o motorista, recebeu o troco e agradeceu saindo do carro.

O prédio da Mayer era enorme e aparentemente muito luxuoso, havia dois seguranças monstruosos na entrada do prédio e ele achou que seria barrado ali mesmo, porém conseguiu entrar no prédio mesmo com a cara de poucos amigos dos seguranças. Ele definitivamente não estava vestido adequadamente para estar naquele local, a calça jeans estava surrada e a blusa xadrez vermelha e preta estava toda amassada e nos pés um par de coturnos pretos desamarrado, o fone de ouvido estava em volta do pescoço e ele segurava o celular na mão.

Thomas respirou fundo e encarou o térreo atentamente, ele não teria acesso ao elevador por causa das catracas que só era liberada para quem tinha crachás de acessos. O que faria? Encarou a mulher da recepção e caminhou até lá. — Boa tarde. — Disse apoiando as mãos na bancada da recepção, a mulher era tão elegante que ele sentiu as bochechas corarem porque comparando as pessoas que trabalhavam ali, ele estava parecendo um mendigo.

— Boa tarde, como posso ajuda-lo? — Perguntou de forma simpática encarando o menino.

— Eu estou procurando Joe Jonas. — Falou sem jeito encarando os olhos azuis da mulher loira em sua frente.

— De qual departamento? — A recepcionista perguntou digitando algo em seu computador. A Mayer era uma empresa grande e que tinha vários departamentos, ela não conseguia lembrar de todos apenas por nomes. Joe Jonas trabalhava com o que? Talvez ele devesse ter stalkeado melhor pelo Facebook.

— Eu não sei. — Murmurou desanimado. — Eu sei que parece estranho, mas ele é meu irmão e eu queria conversar com ele. — A mulher o olhou desconfiada e ele passou a mão pelo cabelo. — Quer dizer, eu não sei se ele é meu irmão mesmo, eu descobri sobre ele faz poucos dias e... eu tenho uma foto dele. — Falou mostrando uma foto de Joseph que ele havia tirado print do Instagram.

— Joseph Jonas. — A recepcionista disse assentindo. — Ele trabalha no departamento de engenharia. — Falou para o menino e fitou a hora na tela do computador. — Provavelmente ele não está aqui no momento, ele sempre sai para almoçar esse horário. Se você quiser, pode aguardar por ele naquelas cadeiras, mas não é certeza que ele passe por aqui porque ele geralmente entra pelo estacionamento.

— Certo, acho que vou esperar e tentar a sorte. — Sorriu e caminhou até o banquinho que a moça havia indicado para ele sentar-se.

— Se nós continuarmos desse jeito eu vou acabar virando uma bola. — Demi disse quando o namorado estacionou o carro na vaga do estacionamento da empresa. Eles haviam acabado de voltar do almoço e Demi sentia a barriga estufada, como o prometido, Joseph havia comprado um pedaço de bolo de chocolate com morango para ela de sobremesa e ela veio todo o caminho saboreando a fatia do bolo.

— Sinto que eu preciso voltar a fazer exercícios se não vou acabar perdendo todos os meus músculos. — Demi olhou para os braços do namorado na camiseta preta que ele estava vestindo e umedeceu os lábios. Joe se desfez do cinto de segurança e empurrou o banco do motorista para trás para que pudesse relaxar, ainda falta quinze minutos para o horário de almoço deles acabarem.

— Para mim você está ótimo. — Demi comentou também se desfazendo do cinto de segurança. — O bolo estava uma delicia e eu estou extremamente satisfeita, estava do jeitinho que eu havia imaginado. — Suspirou satisfeita pensando na fatia generosa de bolo que havia comido e isso porque ela teve que dividir um pedaço com Alana.

— Fico feliz que você e o Arthur estejam satisfeitos. — Demi o mataria. Ela cerrou os olhos o encarando e o acertou com tapas no braço. Joe adorava pirraça-la e provoca-la porque era engraçado vê-la irritada, sem contar que ela ficava a coisa mais fofa do mundo quando estava brava.

— Você é tão ridículo, Joseph. — Falou revirando os olhos. — Não tem bebê nenhum, você mesmo ouviu da boca do ginecologista. — Na parte da manhã eles foram até o ginecologista apresentar o resultado dos exames que Demi havia feito algumas semanas atrás, estava tudo certo com a saúde dela, o único problema era que ela teria que trocar seu método contraceptivo porque o anticoncepcional estava aumentando sua pressão. E felizmente não havia nenhum bebê na sua barriga.

— Estou brincando, meu amor. Eu sei que agora não é o melhor momento para termos outro bebê. — Falou se inclinando para conseguir beija-la na bochecha. Demi acariciou o cabelo dele com as mãos e fitou os olhos esverdeados.

— Nem agora e nem tão cedo. — Falou dando um selinho nos lábios dele e Joe não disse nada. Ela sabia que ele queria muito outro bebê e que às vezes ficava tristonho quando ela dizia que não teria outro filho, Demi o entendia, mas não tinha planos para ter outro filho tão cedo, e Joseph também a entendia. — Amor... — Murmurou quando Joseph deu um selinho no pescoço dela e depois nos lábios. Quando os lábios dele estavam sobre os seus ela até perdia o rumo dos pensamentos. Joe a tocou no final da cintura, um pouco acima do bumbum e finalizou o beijo com um selinho demorado.

— Você ficou linda com esse vestido. — Demi estava vestindo um vestido cinza que ia até acima dos joelhos e um sobretudo preto para combater o vento gelado que soprava. O vestido não revelava muita coisa, mas ele gostava de ver as pernas bonitas da namorada. Demi ajeitou o moletom do namorado e sorriu dando um selinho nos lábios dele.

— Kristen nos chamou para jantar sábado a noite. O que acha? Nós poderíamos levar Lana no cinema de tarde para assistir como treinar o seu dragão 3 e depois nós vamos jantar. — Falou acariciando a barba dele.

— Por mim tudo bem, anjo. — Demi o tocou na bochecha quando ele encostou a cabeça em seu ombro, fechando os olhos e bocejando, depois do almoço sempre batia aquele sono. — Eu vou para qualquer lugar com você.

— Nós precisamos voltar, nosso horário de almoço está acabando. — Ela disse e riu quando Joe fez uma careta de descontentamento, estava tão bom ficar ali com ela. Demi foi a primeira a abrir a porta do carro para sair, ela riu quando Joe lhe de um tapinha no bumbum e fechou a porta do carro. — Não se esqueça que hoje nós vamos sair duas horas mais cedo. — Demi o lembrou entrelaçando suas mãos. Eles iam sair mais cedo para que pudessem assistir a aula de balé de Alana, uma vez em cada três meses os pais iam assistir as aulas dos filhos para ver o desenvolvimento das crianças.

— Eu não vou esquecer. — Disse adentrando no elevador. — Eu passo na sua sala quando eu estiver saindo, tudo bem? — Demi assentiu com a cabeça e bocejou o abraçando pela cintura.

— Você tem alguma reunião hoje? — Demi perguntou levantando a cabeça para encara-lo. Joe negou com a cabeça e tocou o rosto da namorada com as duas mãos admirando como ela tinha um rosto delicado e de menina, a maquiagem fraca dava um realce bonito no rosto dela. — Posso passar na sua sala mais tarde para trabalharmos juntos?

— Você é muito bem vinda na minha sala, linda. — Sorriu de lado e deu um beijinho no nariz dela. — Inclusive, eu sei de um lugar lá no andar que dá pra gente aproveitar bastante, se é que me entende. — Ainda bem que eles estavam sozinhos no elevador. Demi riu e negou com a cabeça porque estava fora de cogitação transar com Joe na empresa.

— Nada disso, sossega o seu faixo, você está impossível ultimamente.

— O que eu posso fazer se você é muito gostosa? — Falou no ouvido dela a encostando na parede do elevador para que pudesse levar a mão até o bumbum dela para apertar por dentro do sobretudo. Demi riu e o empurrou quando o elevador parou.

— Se comporta, Jonas. — Deu um selinho nos lábios dele e arrumou o cabelo. — Até daqui a pouco. — Disse quando a porta do elevador abriu no andar em que ela trabalhava. Demi virou sorrindo para o namorado e caminhou até a mesa de Bella para conversar brevemente com a garota.

Quantas horas Thomas estava sentado naquela cadeira? Mais de duas horas, o bumbum já estava doendo e o celular perto de descarregar porque ele já havia ouvido o todas as playlists do spotify. Thomas observou a recepcionista distraída conversando com um rapaz e observou uma mulher morena que adentrava tão apressada que nem percebeu quando o crachá dela caiu no chão. Aquele era o momento perfeito. Ele caminhou tranquilamente até onde o crachá estava caído, olhou para os lados, pegou o crachá do chão e passou pela catraca, pediu para segurarem o elevador e adentrou rapidamente.

Será que ele poderia ser preso por invasão ou qualquer outra coisa parecida? Deus que o perdoasse e que não deixasse isso acontecer porque se acontecesse novamente, seu pai ficaria louco. A primeira vez aconteceu porque ele foi pego com documento falso em uma festa proibida para menores de vinte e dois anos e ainda estava usando maconha. Seu pai quase o matou e o xingou dos piores nomes que existia. — Com licença, você pode me dizer em qual andar fica o departamento de Engenharia? — Perguntou para um rapaz que estava no elevador junto com ele.

— Décima segundo andar. — Falou e ele agradeceu apertando o botão indicado pelo elevador. Aguardou silenciosamente enquanto nos fones de ouvido tocava Otherside da banda Red Hot Chili Peppers, uma das suas bandas favoritas. Quando as portas do elevador se abriram no décimo segundo andar, ele respirou fundo e tirou os fones guardando no bolso junto com o celular, ele caminhou até a secretaria que tomava conta do andar e a cumprimentou educadamente.

— Eu preciso falar com Joe Jonas. — Disse se sentindo mais nervoso do que o normal. Será que ele seria bem recebido? Será que Joseph o xingaria e chamaria a polícia para ele? Era tantas possibilidades que sentia a palma da sua mão suar só de imaginar.

— Você tem hora marcada? — Perguntou educadamente e Thomas negou com a cabeça. — Você é algum cliente? — Negou novamente. — Você quer fazer algum orçamento? — A secretária perguntou com o cenho franzido porque o menino não se encaixava em nenhuma das opções que ela dava. — Qual é o seu nome?

— Thomas.

— Certo, eu vou ver se ele autoriza a sua entrada, só um minuto, o.k? — Thomas assentiu com a cabeça se sentindo ansioso para ver o irmão. O celular dele tocou e quando viu o nome do pai, recusou a chamada mesmo sabendo que levaria uma bronca quando chegasse no apartamento em que eles estavam ficando.

Joseph esticou os braços tentando vencer a preguiça que dava depois do almoço. Ele havia acabado de terminar um pequena reunião via Skype quando abriu o seu projeto que estava quase sendo finalizado, ele estava estudando o solo de um terreno onde iriam construir um pub. Joseph digitou a senha que abria os arquivos da empresa no computador e procurou pelo arquivo que precisava e estava salvo na rede.

O telefone da sua mesa tocou e ele atendeu sem tirar os olhos do computador, pelo número que apareceu no ramal ele sabia que era a secretária e até precisava conversar com ela para avisar que ela não precisava avisar quando Demi estivesse indo para sua sala. — Pode libera-la. — Joe disse quando a mulher disse seu nome, ele desligou o telefone porque estava focado no computador e anotando no bloco de notas o que precisava, quando bateram na porta ele estranhou porque Demi raramente batia na porta depois de liberada. — Entra.

— Joe Jonas? — Ao ouvir a voz masculina, Joe olhou para a porta e arregalou levemente os olhos sentindo o seu coração acelerar. Aquele era o seu irmão. Era o mesmo jovem que ele havia visto dentro do carro do seu pai.

— Sou eu, e você é? — Perguntou com a sobrancelha arqueada tentando não demonstrar como seu coração estava acelerado. O menino umedeceu os lábios e se aproximou de forma tímida.

— Sou Thomas Jonas. — Disse estudando Joseph atentamente. — Eu acho que nós somos irmãos. — Joe franziu o cenho sem saber muito bem o que fazer, ele queria ter laço com o irmão ou era apenas curiosidade de conhecê-lo? Deveria expulsá-lo dali ou ouvir o que o garoto tinha para dizer? Joseph indicou a cadeira em frente à sua mesa para o garoto sentar e juntou suas mãos em cima da mesa. — Eu te vi na cafeteria com o meu pai.

— Certo, e o que te faz pensar que ele é o meu pai? — Arqueou a sobrancelha encarando o menino de forma séria.

— Eu vi uma foto do meu pai com a sua mãe, Kelly Jonas. — Deu os ombros. — Meu pai já me contou que foi casado antes de casar com a minha mãe, ele disse que durou oito anos e que não tinha mais contato com o filho do primeiro casamento dele.

— Hmmm... e você acreditou? — Quanto mais descobria coisas sobre o pai, mas ódio Joseph sentia. Ele nunca iria entender como um homem podia ser tão ganancioso, mesquinho, egoísta e mau como o seu pai.

— É o que a minha mãe e ele diz, eu vi vocês dois na cafeteria e eu acho que ele está tentando entrar na sua vida, você não sente curiosidade em conhecê-lo? Ele é bem mandão, mas sempre foi um pai presente na minha vida. — Joseph riu de forma irônica e umedeceu os lábios se inclinando um pouco mais sobre a mesa. Era óbvio que Bruce mentiria para a outra família dele.

— Vamos lá. Eu realmente sou filho de Bruce Jonas, como você suspeita, e ao contrário do que ele te disse, o casamente entre ele e a minha mãe durou quase trinta anos. — Thomas o olhou de forma surpresa. — Eles estão em processo de separação faz pouco menos de três meses e é por isso que o seu pai está aqui na cidade. Eu e ele nunca nos demos bem, Bruce é um cara ganancioso que só pensa no seu próprio bem estar, sempre tivemos uma relação difícil, ele sempre controlou todos os passos da minha vida e depois que eu tomei a decisão de que iria viver a minha vida da maneira que eu bem entendesse, ele ficou ainda mais contra mim. Resumindo: nós nos odiamos e ainda sim, ele tenta me comprar, ontem nos encontramos porque ele queria me fazer uma proposta ridícula. — Era muita informação para um menino jovem processar e por isso Joe entendeu o silêncio que ficou entre eles.

— Ele disse que estávamos na cidade porque iria resolver alguns problemas do hospital.

— Bruce parece ser um bom pai para você e eu não quero estragar isso. Eu tenho certeza que ele não sabe que você está aqui, você deveria voltar para casa e fingir que isso nunca aconteceu. — Sugeriu sentindo-se mal por estragar a boa imagem que o irmão tinha do pai, o menino parecia ser um bom garoto e não merecia passar pelo mesmo que ele.

— Mas eu quero te conhecer. — Thomas disse olhando nos olhos do irmão mais velho. — Ele é um pai presente para mim, mas nunca me deixa fazer as coisa que eu gosto. Eu estou no segundo semestre da faculdade de medicina e eu odeio, eu gosto de andar de skate, de ir em festas, de desenhar... mas ele diz que é coisa de maloqueiro e que arte não leva as pessoas há lugar nenhum. — Joe entendia perfeitamente porque quando tinha seus dezoito, dezenove anos era do mesmo jeito.

— Eu também adorava andar de skate, sabia? — Disse mais relaxado. — Eu adorava ir às festas, dar festas, desenhar casas e prédios, e fumar muita maconha... — Falou a última frase baixinho fazendo Thomas rir e assentir.

— Fumar maconha é maneiro, ainda mais quando a brisa bate e você fica alto. — O menino disse com um sorriso no rosto porque parecia que ele e o irmão tinha muitas coisas em comum. — Eu já fui preso porque estava com maconha e identidade falsa, meu pai quase infartou do coração.

— Eu também já fui preso uma vez porque eu apostava racha durante a madrugada. Era divertido e eu sempre conseguia ganhar uns trocados.

— Eu não sei dirigir, meu pai sempre diz que só vai me deixar tirar a carta quando eu criar responsabilidade, então o motorista da família me acompanha para todo lugar que eu vou. — Resmungou mal-humorado.

— Você parece ser um bom garoto, Thomas. Não deixe Bruce estragar a sua vida como ele tentou fazer com a minha, ele me forçou a casar com uma pessoa que eu não amava só para conseguir a presidência do hospital, me forçou a fazer faculdade de medicina também... ele é um cara manipulador, você tem que viver a sua vida do jeito que você quer e acha certo.

— Você parece ser um cara maneiro, Joe. — Disse mais acomodado na cadeira, ele estava começando a se sentir à vontade na frente do irmão. — Quantos anos você tem e do que você trabalha? — Perguntou curioso observando as papeladas em cima da mesa de Joseph.

— Eu tenho vinte e sete anos e sou engenheiro civil, eu desenho e construo casas, prédios, estabelecimentos, faço reformas e mais um monte de coisas... — Sorriu para o irmão e mostrou seu projeto no computador para o menino entender um pouco melhor. — Agora eu estou estudando o solo de um terreno aonde vai ser construído um pub.

— Que irado. — Disse animado. — Você é casado? — Observou o porta-retrato que havia no canto da mesa dele, era uma foto da garotinha que ele havia visto no Instagram dele.

— Eu não sou casado no papel, mas tenho minha família. Tenho uma namorada, o nome dela é Demetria e ela é arquiteta, trabalha aqui comigo e temos uma filha de cinco anos, chamada Alana. — Mostrou a foto da filha para ele que sorriu observando a garotinha fofa na foto.

— Você parece ter uma família muito bonita. — Sorriu. — Um maconheiro que se deu bem na vida. — Brincou dando risada.

— Basicamente isso. — Joe confessou. — E você? Tem quantos anos?

— Eu tenho dezenove anos, estudo medicina contra minha vontade e não tenho filhos ou uma namorada.

— Nem uma ficante? — Joe perguntou curioso com um sorriso de lado nos lábios. Thomas sorriu envergonhado e negou com a cabeça. — Na sua idade eu ficava com várias ao mesmo tempo, você já ao menos beijou alguém?

— Claro que sim, eu estava ficando com uma garota da faculdade, mas o meu pai descobriu e me proibiu de vê-la, ele disse que meu foco tem que estar totalmente nos estudos se eu quiser crescer na vida e que garotas só tiram o foco dos nossos objetivos, o motorista dele fica no meu pé vinte e quatro horas por dia e por isso eu não posso fazer quase nada. Como você fazia para fugir e viver sua vida?

— Bom, eu não tinha um motorista vinte e quatro horas no meu pé, às vezes eu fugia durante a madrugada e ficava dias sem dar notícias de vida, ele era mais tranquilo porque tínhamos um contrato que beneficiava nós dois então eu não tinha muito para onde correr.

— Às vezes eu penso em fugir também, eu me sinto muito pressionado para estudar medicina e ser o melhor aluno da sala porque sou filho do Bruce Jonas. É um saco.

— A vida é muito curta para viver da maneira que as outras pessoas querem que você viva, bata de frente com Bruce, diga o que você quer, quais são as suas vontades, eu não sei como a sua mãe é ou como ela cria você, mas eu conheço Bruce e sei que você vai ser muito infeliz se viver a sua vida do jeito que ele quer.

— A minha mãe é a sombra do meu pai, ela sempre diz que ele sabe o que é melhor para nós. — Deu os ombros e Joseph balançou a cabeça, era incrível como Bruce conseguia manipular todas as mulheres com quem ele estava estava. — Ela nem sabe que eu estou aqui, eu disse para eles que iria conhecer a cidade e andar de skate.

— Você é bom com as manobras?

— Não é por nada não, mas eu sou muito bom. Você precisa ver, eu sou fera no kickflip, eu estou aprendendo a manobra 900º graus, é uma das mais difíceis, geralmente eu treino perto da pista da faculdade quando eu consigo fugir do Ronny. — O menino falava sobre as manobras que fazia com o skate com tanto amor que levou Joseph a sorrir de maneira nostálgica, eles tinham tanto em comum e Thomas era só um menino de dezenove anos que queria se divertir.

— Quando eu era mais novo eu conseguia fazer o darkslide, mas faz tanto tempo que não ando de skate que acho que não sei nem montar em um mais. — Riu, fazendo Thomas rir também.

— Nós podíamos andar de skate qualquer dia desses antes de eu voltar para Chicago, seria divertido e eu poderia te mostrar algumas manobras iradas que eu sei fazer.

— Eu saio da empresa às quatro, poderíamos marcar. Por aqui perto tem umas pistas maneiras, sempre vejo uma galera andando quando vou almoçar. — Eles passaram o restante todo da tarde conversando e descobrindo que tinham muito mais em comum do que imaginavam. Joseph não conseguia explicar o que estava sentindo, só sabia que estava feliz por conhecer o irmão e por saber que eles eram tão parecidos.

— Joseph, Demi pediu para avisar que está te esperando no estacionamento. — Será que Demi o xingaria? Eles haviam combinado de sair mais cedo para assistir a aula de balé de Alana. Joseph agradeceu a secretária e desligou o telefone checando a hora na tela do celular, havia duas chamadas perdidas da namorada e ele estava cinco minutos atrasado.

— Eu preciso ir, você quer uma carona até onde vocês estão ficando? — Joe perguntou guardando a carteira no bolso traseiro da calça jeans, arrumou o moletom e buscou pelas chaves do carro. — Eu estou indo assistir a aula de balé da minha filha. — Disse desligando o computador, ele sorriu para o irmão e os dois caminharam para fora da sala.

— Você tem um estilo da hora para quem trabalha como engenheiro, eu achei que você seria aqueles homens sérios e de terno, que falam formalmente. — Comentou adentrando no elevador ao lado do irmão. Joseph riu e negou com a cabeça, ele odiava usar roupas sociais.

— Eu uso terno quando tenho alguma reunião importante, sempre preferi vestir moletons e um boné despojado. — Encarou o celular. — Eu acredito que roupa não mede o profissionalismo de ninguém, entende? Eu posso ser um engenheiro que veste roupas rasgadas e trabalhar muito melhor do que um que veste ternos.

— Eu gosto da sua maneira de pensar. — A porta do elevador foi aberta no estacionamento e eles caminharam lado a lado conversando sobre coisas aleatórias, Demi estava encostada no carro do namorado falando ao telefone distraidamente. — Oi linda. — Sussurrou no ouvido dela, Demi se despediu da amiga e encarou o namorado com a sobrancelha arqueada. — Me desculpa pela demora. — Demi revirou os olhos e deixou que ele lhe desse um breve selinho nos lábios. Ela até daria um puxão na orelha dele, mas os olhos pararam em Thomas e ela encarou o menino com curiosidade, eles eram parecidos. — Amor, esse é o Thomas, meu irmão. Thomas, essa é Demi, minha namorada.

— Cara, sua namorada é muito gata! É um prazer conhecê-la. — Disse sorrindo de lado de forma galanteadora, fazendo Demi sorrir quando ele beijou sua mão.

— Olha o respeito, rapaz. — Joseph o alertou desativando o alarme do carro.

— Vocês são muito parecidos. — Comentou adentrando no carro quando Joe abriu a porta para ela, Thomas sentou no banco de trás e colocou o cinto de segurança. — Vocês se conheceram agora? — Perguntou curiosa fitando o namorado que havia acabado de entrar no carro, Joe assentiu colocando o cinto de segurança e ligou o carro.

— Eu meio que invadi a empresa hoje mais cedo. — Joe franziu o cenho e Thomas riu sem graça. — Ontem eu o stalkeei pelo instagram e pela localização de uma foto de vocês, eu descobri que ele trabalhava aqui. Eu estava curioso para conhecê-lo e vim aqui hoje, uma mulher perdeu o crachá e foi assim que eu consegui o acesso nas catracas, ah, devolva pra ela amanhã, por favor. — Coçou a nuca e entregou o crachá para Joseph que riu negando com a cabeça enquanto manobrava o carro para fora da empresa, ele buzinou para o segurança e saiu da empresa.

— Parece que vocês dois se deram muito bem. — Demi disse olhando para trás enquanto a mão estava levemente apoiada na coxa do namorado.

— Seu namorado é muito maneiro, nós gostamos das mesmas coisas, temos muito em comum e eu adorei conhecê-lo. — Falou animado olhando para o irmão mais velho. Joseph sorriu para Demi brevemente e voltou a encarar a estrada. — Vocês estão juntos há muito tempo?

— Não muito, estamos juntos há mais ou menos três meses, sem contar as idas e vindas...

— Entendi, mas vocês não tem uma filha de cinco anos? — Perguntou confuso.

— Sim, eu conheci o seu irmão com dezessete anos, nós ficamos três meses juntos e eu engravidei... é um rolo enorme, nossas famílias eram rivais e nós ficávamos escondidos, até que eu descobri que Joseph ia casar com outra menina por causa de um contrato e eu fui embora, nos reencontramos há pouco mais de seis meses e resolvemos tentar novamente.

— Uau, isso parece coisa de filme, mas vocês fazem um casal muito bonito, sem contar que você é muito linda, tipo muito mesmo, se eu tivesse uma namorada como você eu não olharia para nenhuma outra mulher. O Joe ganhou na loteria.

— Obrigada, Thomas. Você também é um rapaz muito bonito e aposto que tem muitas garotas loucas por você.

— Só é uma pena que o meu pai não me deixa ficar com elas, se não eu teria passado o rodo em geral. — Joseph gargalhou alto do jeito extrovertido do irmão e Demi riu balançando a cabeça, Thomas era definitivamente um Jonas. — Você não tem nenhuma irmã ou amiga para me apresentar? Poderíamos viver um amor de verão enquanto eu estou aqui em LA.

— Infelizmente não, Thomas. Todas as minhas amigas já estão comprometidas e eu não tenho irmãs.

— Cara, baixa o Tinder, você vai conhecer várias garotas bonitas por lá. — Joseph sugeriu e Demi arqueou a sobrancelha o olhando. — Aonde vocês estão ficando? — Perguntou para Thomas, que no momento que passou o endereço, o celular começou a tocar.

— É o meu pai. — Disse rejeitando a chamada porque sabia que ouviria um sermão julgando pelo tempo em que ele estava fora de casa. Demi olhou para Joseph preocupada, mas o mesmo não demonstrou nenhuma reação, continuou guiando o carro em direção ao local indicado pelo Thomas.— Me passa o seu número, cara. Assim a gente pode ir conversando. — Thomas pediu quando Joe estacionou o carro em frente ao prédio onde ele estava ficando com os pais. Joseph assentiu algum tempo depois observando o local e anotou seu número de telefone no celular do irmão. Eles se despediram e o jovem entrou no condomínio acenando para eles.

— Ele é divertido. — Demi comentou acariciando o cabelo da nuca de Joseph enquanto ele guiava o carro em direção à escola de balé da filha. — Vocês são parecidos. — Ela sorriu observando o namorado sorrir timidamente. — Como você está se sentindo?

— Eu não sei. Eu acho que eu estou feliz, ele é um bom menino e eu gostei de conhecê-lo. — Suspirou pensando na conversa que teve mais cedo com o irmão. — Nós somos muito parecidos, tanto fisicamente quanto na personalidade. Eu só fico triste porque do mesmo jeito que meu pai me tratava, ele trata o Thomas, ele cursa medicina porque meu pai o forçou, ele não pode ter uma vida social como qualquer garoto de dezenove anos tem porque o meu pai não deixa.

— Isso é muito triste, querido. Mas agora ele tem você, eu tenho certeza que um relacionamento entre vocês vai ser muito importante para ele, ele pareceu muito feliz por te conhecer, e eu tenho certeza que você também está animado para saber mais sobre ele.

— Eu estou. — Confessou sem conter o sorriso nos lábios. Lembrava-se muito bem de quanto tinha seus quinze, dezesseis anos e pedia para os pais por um irmão para brincar com ele e ensinar coisas da vida, sempre teve na cabeça que eles seriam melhores amigos. Agora mesmo ele sendo um homem adulto cheio de responsabilidades estava feliz por ter um irmão mais novo. — Nós vamos marcar para fazermos algumas coisas durante a semana, acho que vai ser divertido.

— Eu aposto que vai ser irado. — Riu imitando a gíria do irmão do namorado. — Só não sei se você vai conseguir acompanha-lo, sua idade não permite que você faça muita coisa, principalmente esforço físico. — Joe fez uma careta e encarou a namorada quando parou no sinal vermelho.

— Ah meu amor, ontem você teve a prova viva que eu ainda consigo fazer muito esforço físico, principalmente se for para te deixar louca. — Falou dando partida no carro com um sorriso malicioso nos lábios. Demi umedeceu os lábios quando cenas da tarde anterior passou pela sua mente, ela até sentiu o corpo arrepiar e quando olhou para os pulsos, eles ainda estavam um pouco avermelhados.


***

— Eu estava conversando com Selena, nós podíamos ir jantar no Nobu sábado à noite e de lá ir para uma balada, o que acha? Parece que o namorado da Selena chega na sexta-feira e ela quer nos apresentar. — Kristen comentou deitando-se na cama da melhor amiga, Batman subiu na cama e deitou ao lado da mulher ruiva que sorriu e acariciou o pelo do cachorro que até fechou os olhos com o mimo. Joseph e Alana estava na sala com Lucky esparramados no tapete da sala jogando vídeo-game. 

— Você está conversando com a Selena? — Perguntou com a sobrancelha arqueando a sobrancelha depois que saiu do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e outra no cabelo. Kristen umedeceu os lábios e revirou os olhos para a amiga. 

— Nós saímos ontem, ela me chamou para ir no shopping comprar um vestido para sábado. — Demi ficaria brava? Bom, a resposta estava óbvia quando a loira adentrou no closet com cara de poucos amigos enquanto procurava uma roupa para vestir. — Ah Demi, nos últimos dias você só fica com Joseph, Stella está viajando e eu precisava de uma amiga, Selena é muito legal e você deveria se aproximar mais dela, tenho certeza que Joseph vai ficar muito feliz. 

— Eu sou apenas uma pessoa. não tenho como me dividir em várias. Eu trabalho, faço faculdade, tenho uma família para cuidar e ainda tenho que cuidar da minha vida social, você sabe muito bem disso e não deveria me cobrar. E outra, Selena está tentando roubar a minha melhor amiga. — Resmungou emburrada vestindo a calcinha preta de algodão, ela jogou a toalha em cima de um puf e ficou na ponta dos pés para alcançar um short de moletom.

— Demi, nós já passamos dessa fase. — Revirou os olhos adentrando o closet da amiga. — Pode tirar essa carranca do rosto agora mesmo Demetria Lovato. — Deu um tapa no bumbum da amiga e sentou-se no puf. — Enfim, Selena é uma pessoa muito legal e divertida, nós comemos no Mc Donald's e ela disse que está muito animada para nos apresentar o namorado dela. Você vai, né? 

— E eu tenho escolha? — Perguntou arqueando a sobrancelha. Kristen negou com a cabeça e bocejou enquanto a amiga vestia uma camiseta larga do namorado. — Você também anda sumida, só quer saber de ficar com a Stella. — Disse puxando a amiga de volta para o quarto, buscou por uma escova de cabelo no banheiro e começou a desembaraçar o cabelo.

— Mentirosa. A minha namorada passa dias e dias viajando, a gente se ver mais nos finais de semana, nossas rotinas são muito diferentes e às vezes isso acaba nos atrapalhando, nós brigamos no começo da semana porque ela queria que eu viajasse para Nova York com ela, mas eu não posso simplesmente largar meus trabalhos aqui para viajar com ela. 

— Vocês estão bem?  

— Estamos, nós conversamos bastante e ela me entendeu. Relacionamentos são complicados, mas eu a amo tanto, sabe? Eu sinto que ela é a pessoa certa para mim e eu quero ter um futuro com ela. 

— Vocês são muito lindas juntas. — Demi sorriu e caminhou até o espelho do banheiro para pentear o cabelo para trás e guardar a escova e pendurar a toalha. 

— Nós somos mesmo. — Confessou com um sorriso orgulhoso e Demi deitou ao lado da amiga na cama, puxando o travesseiro que o namorado dormia para abraçar e cheirar. — E você e o bundão do seu namorado, como estão? — Kristen sorriu quando Batman suspirou entre o sono e ajeitou o travesseiro de Demi para se apoiar na cabeceira da cama. 

— Nós estamos perfeitamente bem. — Sorriu de olhos fechados. — Ele só está preocupado com a situação dos pais dele, e hoje ele conheceu o irmão dele. — Kristen franziu o cenho e Demi teve que resumir a história para a melhor amiga. — É complicado lidar com essas questões familiares. Família era para ser as pessoas que nós nos sentimos confortáveis para sermos nós mesmo, era para ser o lugar onde encontramos apoio e amor. — Suspirou. — Por isso eu prezo tanto em ter um relacionamento saudável com Joseph, quero que Alana tenha essa família, entende? Quero que ela saiba que pode contar com a gente para qualquer coisa, que ela possa confiar em nós e que se sinta a vontade para nos dizer o que quiser.

— Eu aposto que ela já se sente assim, você está criando-a da melhor forma que uma mãe pode criar uma filha, Alana vai ser uma garota forte e independente. — Demi sorriu e assentiu abraçando mais o travesseiro, era o que ela mais queria, ver a filha feliz sendo independente e forte. — Mudando completamente de assunto... como você está em relação ao Ryan?

— Eu desisti dele. — Disse encarando Kris nos olhos. — Eu tentei tantas vezes, mas o que ele me disse me magoou muito e eu lavei as minhas mãos. Não vale à pena eu ficar insistindo em uma pessoa que não quer mudar, um dia quando ele parar de agir como um adolescente rebelde de quinze anos a gente volte se falar.

— Depois que você saiu do quarto, nós brigamos e desde então estamos sem nos falar, ele disse coisas muito pesadas e eu não vou perdoa-lo enquanto ele não se desculpar com você. — Kristen sorriu fitando os olhos marrons da amiga. Elas poderiam brigar, ficar dias sem se falar, mas sempre protegeriam uma à outra, independente de qualquer coisa.

— Kris, eu amo tanto você. — Demi sorriu entrelaçando suas mãos.

— Eu também amo você, chata. — Elas se abraçaram fortemente e Demi beijou a bochecha da melhor amiga. — Agora vamos descer que eu estou faminta. Eu era recebida muito melhor antigamente, agora você só quer saber do bundão do seu namorado e não prepara nem um café para a melhor amiga.

— Céus, como você é dramática. Vamos descer, eu vou preparar panquecas e um suco bem gostoso para você. — Kristen sorriu e levantou da cama com um sorriso de orelha à orelha, ela abraçou Demi por trás e elas caminharam assim até o andar de baixo dando risada e falando coisas aleatórias.

Na sala, Alana estava deitada no tapete felpudo e tinha a cabeça apoiada nas costas de Lucky que dormir profundamente esticado no tapete, a garotinha estava assistindo desenho no tablet e Joseph estava sentado no sofá focado no jogo de futebol que ele estava jogando no vídeo game que havia buscado em seu apartamento dias atrás, eles estavam tão entretidos que nem notaram quando as meninas passaram para a cozinha.

— Você prepara as panquecas enquanto eu preparo o suco? — Demi perguntou buscando os ingredientes no armário. Kristen revirou os olhos mas assentiu porque sabia muito bem o motivo pelo qual Demi queria preparar o suco, era mais rápido e assim que terminasse ela poderia correr para ficar com Joseph. — Você está parecendo uma adolescente apaixonada. — Resmungou colocando a farinha de trigo em um recipiente.

— Eu estou muito apaixonada, Kris. É tão estúpido, eu só quero ficar agarrada à ele vinte e quatro horas por dia, é bom ficar deitada abraçada com ele, rindo de coisas estúpidas da internet ou conversando com a nossa filha, fazendo amor e até mesmo quando a gente discute é bom porque ele sempre dá um jeito de me mimar depois. — O sorrisão estampado nos lábios estava lá para comprovar. — Suco de laranja ou maracujá? — Perguntou mostrando as duas frutas.

— Maracujá para ver se acalma os seus hormônios de adolescente. — Elas riram. — Eu entendo você. Eu me sinto do mesmo jeito em relação à Stella, eu estou tão feliz por nós, Dem. A gente merece toda essa felicidade. — Demi sorriu assentindo cortando os maracujás.

Como era possível uma pessoa preparar tão rápido um suco de maracujá? Em menos de dez minutos o suco já estava pronto na jarra em cima do balcão e Demi estava sentada no sofá com os braços em volta de Joseph, o enchendo de beijinhos na bochecha. — Amor. — Demi o chamou manhosa tentando tirar a atenção dele do vídeo-game. Joseph sorriu quando ela o abraçou pelo pescoço, dando um beijinho na nuca dele e depois na bochecha.

— Oi coisa linda. — Joe pausou o jogo e a olhou. Ele sorriu e deixou o controle de lado para dar atenção para a namorada porque sabia que era capaz dela fazer um escândalo caso ele a deixasse de lado para jogar vídeo-game. Demi sorriu apaixonada e se inclinou para dar um selinho no lábio deles. — Amo você.

— Eu também. — Deitou a cabeça no ombro dele. Alana bocejou se espreguiçando e deixou o tablet de lado, havia muito tempo que ela estava deitada naquela posição assistindo desenhos. A pequena olhou para os pais e virou-se de lado sorrindo.

— Por que vocês não me dão um irmãozinho? — Alana perguntou deitando de bruços no tapete e apoiando o queixo nas mãos.

— Ah querida, do jeito que as coisas estão eu não duvido nada que você terá um irmãozinho bem em breve. — Kristen respondeu a pergunta da garotinha adentrando na sala sentando ao lado do casal. — As panquecas estão quase prontas, você querem recheio do que?

— Chocolate. — Alana falou levantando-se para ir para os braços da tia. Kristen sorriu da careta da melhor amiga e puxou a garotinha para sentar-se em seu colo. — Só faltou a tia Selena para ficarmos todos juntos, eu estou com saudade dela.

— Amanhã nós vamos passear com ela, mas você tem que me prometer que eu vou continuar sendo a sua tia favorita. — Alana riu e assentiu com a cabeça abraçando a tia pelo pescoço. — Amo você, pequena.

— Eu também amo você tia.

— Acho que está na hora de uma mocinha ir tomar banho. — Demi falou abraçada ao namorado encarando a filha nos braços da amiga. Alana fez careta e negou com a cabeça escondendo o rosto no pescoço da tia.

— Eu acho que não está não. — Sorriu sapeca para a mãe e colocou uma mecha atrás da orelha. — O Lucky não toma banho todo dia, então porque eu tenho que tomar? — Falou encarando a mãe com a sobrancelha arqueada. Joseph riu e Demi revirou os olhos para ele.

— O Lucky não toma banho todo dia porque ele é um cachorro e até onde eu saiba a senhorita não é uma cachorrinha então você tem que tomar banho todos os dias.

— Eu não posso tomar banho. — Alana disse séria. — Tem um monstro dentro do ralo do banheiro e quando liga o chuveiro, ele sai de lá para nos comer, é perigoso. — Disse encarando Demi torcendo mentalmente para que a mãe acreditasse.

— Isso não é um problema, querida. Você pode tomar banho no meu banheiro, tenho certeza que lá não tem monstro nenhum. — Alana bufou e cruzou os braços.

— Pai... — Olhou para Joseph com aquela típica carinha de choro que fazia todo mundo ceder, Joe sentiu o coração derreter pela filha e quando abriu a boca para dizer algo, sentiu o olhar de Demi sobre ele como uma leoa faminta pronta para atacar.

 — Já para o banheiro, mocinha. — Demi levantou dando um tapinha de leve no bumbum da filha que subiu as escadas correndo emburrada chamando a mãe de chata. — Você vai ajuda-la? — Joe assentiu se espreguiçando e subiu as escadas para ajudar a filha durante o processo do banho.

— Esses dois vão me deixar louca. — Disse se deitando no sofá porque estava muito bom ficar ali relaxada sem nada para fazer. — Vem Kris. — Chamou a amiga para deitar no sofá junto com ela. Demi estava se sentindo tão feliz de uma maneira que nunca havia sentido antes, era uma felicidade plena e ela tinha a sensação de que tinha tudo o que precisava bem ali.

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mais um capítulo, espero que vocês gostem.
respondo os comentários no próximo, bjs <3 p="">

12 comentários:

  1. Capítulo maravilhoso e esse irmã do joe doidinho

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    1. fico feliz que tenha gostado <3
      eu acho ele engraçado, ele é meio bobão pelo fato do pai priva-lo de fazer coisas normais que garotos da idade dele faz, mas joseph vai ajuda-lo com isso

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  2. Vai ter capítulo hj??????

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    1. desculpa a demora, estava/estou atolada de coisas da faculdade

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  3. Mais uma maravilha de capitulo. Amei a interação do Joe com o Thomas, o Bruce vai detestar, mas ninguém liga kkkkk ansiosa pro que vai acontecer de agora em diante

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    1. aaah fico feliz que tenha gostado do capítulo <3
      joe vai ajudar thomas em muitos assuntos, ele é um garoto bobão e inexperiente porque o pai o priva de fazer coisas que garotos da idade dele faz, e o bruce vai descobrir a interação dos dois no próximo capitulo haha

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  4. Morro de rir quando o Joe fala do Arthur kkkk posta logo!

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    1. o joe é uma figura, ele adora provocar a demi hahaha
      vou postar agora mesmo, bjs

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