01/08/2019

50. Peace


 — Bom dia. — Demi cumprimentou o segurança que ficava no estacionamento da empresa e sorriu quando teve a entrada liberada. Cumprimentou algumas pessoas que estavam esperando o elevador e encarou o celular para distrair, ela estava ansiosa para ver Joseph e poder beija-lo por alguns minutos, mesmo com medo de alguém aparecer. Adentrou no elevador com os demais e aguardou ansiosamente até chegar ao seu andar. — Oi Bella. — Cumprimentou a garota que estava em volta da sua mesa mexendo tediosamente no celular. 

— Oi linda, como você está? — Perguntou bocejando de sono, ser estudante e trabalhar não era nada fácil. Demi sorriu entendendo ela e encostou-se na mesa. 

— Eu estou bem, e você? — Demi suspirou e fitou o celular após mandar uma mensagem para Joseph perguntando aonde ele estava.

— Cansada, mas bem. — Sorriu e quando fitou a porta da sala de Demi sorriu maliciosamente. — E você deve estar super bem, né? Seu namorado tem uma bela surpresinha para você na sua sala. — Surpresa? Demi franziu o cenho e encarou a porta da sua sala, o que diabos Joseph estava aprontando? — Eu não sei de nada. — Bella disse quando Demi a olhou com a sobrancelha arqueada se corroendo de curiosidade. 

Demi se despediu da amiga com um breve aceno e caminhou para sua sala ansiosa para saber o que Joseph estava aprontando. Ela abriu a porta e não conteve o sorriso ao fitar a cesta de café da manhã que havia em cima da sua mesa, mas a visão mais bonita era Joseph com um sorriso nos lábios sentando em sua cadeira. Demi adentrou na sala e fechou a porta. — Amor, eu não acredito. — Disse com as bochechas coradas se aproximando dele, Joseph passou os braços em volta da cintura dela e beijou-lhe brevemente nos lábios quando ela se inclinou sobre ele. 

— Eu espero que você tenha gostado da surpresa. — Sorriu ao observar os olhos dela brilhando. — Tem até um ursinho para você. — Disse de forma divertida. Demi sorriu se aproximando da cesta e abriu, havia tanta coisa gostosa que ela nem sabia por onde começaria, o pote de nutella lhe chamava muita atenção e o ursinho de pelúcia marrom era muito fofo. — Alana vai roubar esse ursinho assim que ver. — Demi falou risonha abraçada ao ursinho. — Eu adorei amor, muito obrigada. — Sorriu e deu um selinho demorado nos lábios dele, a mão de Joseph desceu para o bumbum e sorriu maliciosamente. 

— Você pode me agradecer de muitas formas. — Demi tinha certeza que as formas de agradecimento que ele pensava não eram nada descentes, ela deu um tapa no ombro do namorado e sentou de lado no colo dele. — Então, como você pode começar me agradecendo? Eu estava pensando em você me chu... 

— Cala a boca, seu safado. — Demi riu de bochechas coradas e abriu um bolinho recheado que vinha dentro da cesta. — Eu não vou fazer nada do que você está pensando aqui. 

— Quem te vê com essa carinha inocente nem imagina as coisas que você faz quando estamos na cama. — Joseph estava fazendo um carinho inocente na coxa dela por cima da calça jeans, Demi passou os braços em volta do pescoço dele e mordeu um pedaço do bolinho que tinha recheio de morango, e quando ela gemeu com o sabor do recheio? Joseph podia jurar que sentiu o pau endurecer. — Querida, você não esta ajudando. — Resmungou dando um beijinho no pescoço livre dos cabelos porque o cabelo de Demi estava preso num rabo de cavalo.

— Você fica duro por qualquer coisa, parece adolescente na puberdade. — Ela adorava pirraça-lo porque era muito bom vê-lo com a cara fechada, o biquinho nos lábios ficava a coisa mais fofa do mundo. — E as coisas que a gente faz na cama ou fora dela fica só entre nós. — Disse colocando um pedaço do bolinho na boca dele para depois dar um leve selinho. Joe assentiu com a cabeça e a mão dele saiu da coxa grossa para acariciar a cintura por dentro da camisa de botões que ela estava usando. 

— Eu fico duro porque você é gostosa demais e eu não consigo resistir. — Falou dando mais um beijo no pescoço que fez ela se contrair, beijo no pescoço era um dos pontos fracos dela e ele sabia disso. 

— Hmm... desse jeito eu vou acabar engordando dez quilos por mês. — Disse com a boca cheia de cookie enquanto abria um suquinho pequeno de caixinha. Estava bem óbvio que Demi não estava nem um pouco interessada no papo safado do namorado, ela estava mais focada em comer todas as coisas gostosas que vinham naquela cesta bonita. — Sem contar que nós ainda vamos comer naquele restaurante mexicano, isso tudo é culpa sua. — Falou oferecendo o canudo para ele tomar. — Joseph, me ajuda a comer. — Resmungou porque ela jamais conseguiria comer toda aquela cesta sozinha. 

— Culpa minha? É você que me arrasta para comer nos restaurantes. — Disse após beber um pouco do suco. — Quem está engordando sou eu, estou perdendo todo os meus músculos. — Demi franziu o cenho e o encarou observando os músculos bem definidos e mordeu o lábio inferior. 

— Eu acho que você está perfeito desse jeito e os seus músculos são muito gostosos. — Aquele sorriso malicioso no rosto era o começo para acabarem entre beijos ardentes e mãos bobas por todo o corpo. — Inclusive eu adoro passar a minha língua por aqui. — Disse descendo a mão pelo peitoral por dentro da camiseta e ela não pode deixar de apertar o membro dele. 

— Você me provoca e depois me da um banho de água fria. — Resmungou dando vários beijinhos do ombro em direção ao pescoço. Demi sorriu de forma angelical e se encolheu porque a barba grande fazia cócegas. — Quando você vai realizar a nossa fantasia de transarmos aqui em cima dessa mesa? — Abraça-la pela cintura e beijar o pescoço dando leves chupões era o caminho para fazê-la ceder. Demi suspirou e virou o rosto para beija-lo na boca, as línguas se entrelaçando era muito bom. Joe finalizou o beijo com um selinho demorado e puxou levemente o lábio inferior dela. 

— Bebê, não deixa marca. — Disse de olhos fechados sentindo os lábios dele sobre o seu pescoço. — Aqui na empresa eu não sei, mas podemos realizar algumas fantasias em casa hoje. — Demi sorriu quando teve o canto da boca beijado, os olhos de Joe transbordavam malícia e mostrava o quão ansioso ele estava para chegar em casa. — Agora se comporte porque estamos na empresa e precisamos trabalhar, inclusive nosso expediente já começou há trinta minutos. 

— Exatamente, nosso expediente já começou há trinta minutos e a senhorita já pode começar a me explicar o porquê de não estar trabalhando ainda. — A voz maliciosa deixava óbvio que ele não estava falando do trabalho real e sim de outro tipo de trabalho. Demi umedeceu os lábios e o beijou no pescoço, mordicou o queixo barbado e depois selou os lábios num beijo quente. 

O barulho da porta batendo fez Demi empurrar Joseph e levantar do colo dele. Ela permitiu a entrada de quem bateu na porta e sorriu com as bochechas coradas quando Blake adentrou na sala, era óbvio o que os dois estavam fazendo naquela sala, os lábios avermelhados os denunciava. — Bom dia. — Blake riu das bochechas coradas de Demi e entregou duas fichas para ela. — Nós temos dois novos clientes de redecoração, preciso que você entre em contato com eles e entenda para mim se é projeto grande ou pequeno, as ideias que eles tem, o tipo de espaço e tudo mais. 

— Tudo bem, vou fazer isso agora mesmo. — Demi falou analisando as fichas porque era melhor do que fitar os olhos de Blake e enquanto Demi conversava com Blake, Joe tinha os olhos focados no traseiro bonito e avantajado da namorada. A mulher loira dos olhos azuis se despediu do casal e saiu fechando a porta atrás de si. 

— Você está mais linda do que o normal. — Talvez fosse a maquiagem ou o cabelo preso em um rabo de cavalo, mas a mulher estava muito bonita vestindo calça jeans e camisa de botões. Joe a puxou pela mão para senta-la em seu colo e beijou o pescoço carinhosamente. — Senti a sua falta durante toda a noite, foi a pior noite da minha vida só porque eu dormi longe de você. — Falou distribuindo uma legião de beijinhos pelo rosto dela fazendo-a sorrir. 

— Eu preciso trabalhar. — Disse abrindo o notebook. — Sexta feira tem reunião de pais na escola da nossa filha. — Falou enquanto abria o pacote de bolacha waffle para comer com nutella. — Vai ser uma hora da tarde, nós vamos ter que ir no nosso horário de almoço. — Por que nutella era tão bom? Demi fechou os olhos e suspirou com o sabor suave de creme de avelã na boca. — Quer? — Ofereceu para o namorado, ela colocou o creme de avelã na boca dele e o beijou sentindo o gosto da nutella. 

— Nunca imaginei que iria em uma reunião de pais. — Comentou fazendo carinho no quadril de Demi. — Eu sempre quis ter muitos filhos, mas eu nunca imaginei que fosse acontecer, eu não era casado com uma mulher que eu amava o suficiente para ter filhos e a única mulher com quem eu queria ter muitos bebês estava muito longe de mim. — Explicou quando Demi o olhou com a sobrancelha arqueada depois de digitar a senha do computador. — Amo você e sou muito agradecido pela nossa pequena família. — Beijou-lhe na bochecha. 

— Pois a partir de agora você vai ter muitas e muitas reuniões de pais para ir e vai por mim, são muito tediosas. Amor, é sério. — Disse quando Joe arqueou a sobrancelha e a pirraçou. — Eles ficam quase uma hora falando sobre a escola, como a escola é boa, como as atividades recreativas ajudam no desenvolvimento das crianças e por último eles falam sobre as notas. 

— A escola da nossa menina é particular? — Joe perguntou curioso, ele nunca tinha parado para prestar atenção nessas coisas, mas a escola era muito importante na vida de qualquer cidadão, a aprendizagem e a educação oferecida era muito importante para o desenvolvimento de uma criança, sem contar que a escola era um dos meios que fazia com que as crianças interagisse e se desenvolvesse em uma sociedade.

— Não, eu não tenho condições de pagar uma escola particular, mas ela estuda em uma das melhores escolas públicas do bairro. — Deu os ombros, ela não era rica e ainda contava com a ajuda dos avós para muitas coisas, Alana estudar em uma escola pública não era um problema para ela. 

— Bom, somos uma família agora, eu tenho um salário bom e acho que posso ajudar. — Demi negou prontamente com a cabeça. 

— Amor, a escola em que Alana estuda é ótima e eu não vou troca-la, ela tem os amiguinhos dela, se da bem com os professores e está se desenvolvendo maravilhosamente bem, não tem motivos para tira-la de lá, sem contar o trabalho que daria até ela se adaptar à uma nova escola. — Pensando melhor Demi tinha razão. Joseph a beijou na bochecha e deitou a cabeça no ombro dela observando Demi comer os waffles com nutella sem reclamar.

— Eu quero ajudar com as despesas do apartamento, eu praticamente moro com você, quer dizer, eu moro com você, a maioria das minhas roupas estão na sua casa, eu durmo no seu apartamento toda noite, tomo banho, como sua comida. Somos um casal e você não me deixa pagar nada, sem contar que seus avós ainda te mandam dinheiro, eu posso assumir essa responsabilidade de sustentar a minha família. 

— Nós podemos dividir, não quero que você pague tudo sozinho e a Mayer também me paga muito bem e os benefícios são ótimos, me ajuda muito. 

— Você é um mulherão da porra, sabia? — Ele jamais se cansaria de elogia-la. Demi tinha uma história de vida incrível e de superação e ele tinha a plena consciência de que não merecia o perdão dela, mas estava feliz e agradecido pela segunda chance e não iria desperdiça-la, sempre iria lembra-la o quão maravilhosa ela era. — Puta que pariu, eu sou um filha da puta de muita sorte por ter uma mulher como você. 

— Eu amo você, Joseph Adam Jonas. — Selou a declaração com um beijo de língua que durou até que eles estivessem sem ar. — Agora o senhor precisa me deixar trabalhar antes que a Blake entre aqui novamente e chame a minha atenção. — Blake era a sua supervisora e tinha todo o poder de chamar atenção e os feedbacks dela era importante e iriam contribuir com as chances de efetividade. 

— Ela parou de pegar no seu pé? 

— Nós conversamos sobre isso, ela meio que admitiu que sentia algo por você e por isso pegava no meu pé, mas ela disse que superou e agora estamos em um bom termo. Ela faz o trabalho dela e eu o meu, nos respeitamos acima de tudo. — Joe assentiu com a cabeça observando Demi digitar no notebook. — Eu acabei esquecendo de perguntar, sua mãe está melhor? — Ela não era um monstro e jamais ficaria contra a mãe dele.

— Ela tenta me mostrar que está, mas eu sinto que ela não está. Como se não bastasse ele tirar praticamente tudo o que ela construiu durante esses anos em que foi casada com aquele babaca, ele ainda estava lá com a família dele, como se quisesse mostrar que estava muito melhor que ela, o Thomas conversou comigo e disse que eles voltam pra Chicago hoje. Eu estou com medo dela pegar uma depressão, ontem quando eu cheguei no apartamento ela estava chorando, não quis comer e ficou o tempo todo no quarto. 

— Você precisa ficar de olho nela, depressão é muito sério. Você pode levar Alana lá para fazer uma visita, ou leva-la no cinema, para jantar fora, você precisa mostrar apoio e mostrar que está ao lado dela, todo apoio é importante num momento delicado como esse. — Disse se levantando para puxa-lo para o sofá, ela sentou ao lado dele e levou o notebook junto consigo, era mais confortável para eles trabalharem. 

— Nós podemos fazer uma visita depois que buscarmos Alana no balé hoje à tarde, ou podemos ir jantar fora. Nós quatro. — Ela odiava ficar naquela posição, sabia que Kelly não era sua fã e não aprovava seu relacionamento com Joseph, mas ficava desconfortável em negar os convites de Joseph para ir visitar a mãe dele porque sabia que ele ficava chateado, mas tinha o fato de Kelly não gostar da sua presença e era chato e sufocante. 

— Acho que tem que ser um momento entre você a sua mãe, sabe? Acho que vai ser até mais confortável para ela se abrir com você. — Disse sem olha-lo nos olhos, mas Joseph conseguiu perceber o receio na voz dela. 

— Eu sei que ela não é a pessoa mais gentil do mundo com você, mas vocês duas não vão poder viver assim para sempre, eu não me sinto bem sabendo que vocês duas não se gostam e não é bom para a nossa filha, e eu fico pensando e quando casarmos e tivermos mais bebês? Como vai ser? Por favor, faz esse esforço por mim. Hm? — Cheirar o pescoço era covardia. Demi fechou os olhos e assentiu enquanto Joseph lhe deitava gentilmente no sofá sem deixar de dar beijos no pescoço. 

— Tudo bem, só vou fazer isso porque eu te amo muito. — Falou o olhando nos olhos para depois selar os lábios. Era muito bom beija-lo e ter as mãos segurando na cintura de uma maneira firme, mas foi uma pena quando a porta foi aberta, Demi empurrou Joseph pelo peito rapidamente e sentiu as bochechas corarem fortemente quando Adam adentrou na sala. 

— Crianças, crianças. — Tinha como aquela situação ficar pior? Demi quis matar Joseph por ter lhe colocado numa situação tão constrangedora como aquela. — Sinto muito atrapalhar o momento de vocês. — Falou com um sorriso brincalhão no rosto. Demi colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha e se afastou de Joe que tinha um sorriso divertido, como se não fosse nada demais, porém ele lhe puxou para um abraço, sem se importar com Adam. — Eu vim saber como você está. — Adam disse puxando uma cadeira para sentar-se e sorriu para Demi. — Você está vermelha. — Comentou apenas para deixa-la mais envergonhada. 

— Ela está com vergonha porque você pegou a gente se beijando. — Joe disse beijando a bochecha da namorada porque ela ficava linda vermelhinha. Demi deu um tapa no braço dele e umedeceu os lábios fitando o notebook porque estava sem coragem para fitar os olhos do seu chefe.

— Ah querida, existem muitos casais nessa empresa e vocês não são os primeiros que eu vejo se beijando nessa empresa, eu agradeço à Deus por não ter flagrado nada mais sério além de beijos. — Adam era um bom chefe, ele sabia que tinha casais na empresa e que era difícil manter o controle de tudo, a Mayer era uma empresa grande de construção, uma das maiores de Los Angeles, então para ele tudo o que de fato importava era o trabalho estar feito no final do dia e que o trabalho feito aumentasse o lucro da empresa. 

— Viu, amor? Não precisa ficar constrangida. — Por que ela tinha que ter um namorado tão pirracento? Quando Adam saísse, ela iria mata-lo. Demi revirou os olhos para Joseph, mas sentiu-se um pouco aliviada em saber que Adam não dava tanta importância para isso, se fosse em outra empresa ela já estaria demitida. 

— Mas então, como sua mãe está? — Adam mudou de assunto, ele ainda não havia conseguido falar com ela desde o dia anterior e estava preocupada com a sua única irmã. A conversa entre Adam e Joseph rendeu muitos minutos e Demi até participou da conversa vez ou outra enquanto trabalhava no computador. 

Dirigir nas ruas de Los Angeles àquele horário era tranquilo, não tinha muitos carros circulando porque a maioria das pessoas estavam trabalhando, mas em compensação as áreas escolares naquele horário ficava um inferno porque eram muitas crianças, adolescentes e pais que circulavam por ali. Joseph estacionou o carro próximo à escola, pegou a carteira e desceu do carro, entrelaçou sua mão com a mão da namorada e eles adentraram na escola subindo em direção à sala em que Alana estudava. 

— Boa tarde. — Demi e Joseph cumprimentaram a professora e aguardaram enquanto a mesma chamava Alana que não demorou nada para aparecer segurando a mão de uma amiguinha. — Oi princesa. — Joe disse quando Alana soltou a mão da amiga para abraça-lo pela cintura. 

— Eu posso ir brincar na casa da Julia? — Perguntou olhando para o pai porque sabia que era ele que cedia todas as suas vontades e quando arriscou olhar para a mãe ainda com os braços em volta da cintura do pai, viu Demi com a sobrancelha arqueada. 

— Oi, mocinha. — Demi disse para a filha com um sorriso divertido no rosto. Alana sorriu e foi até a mãe para abraça-la, a garotinha pediu novamente para brincar na casa da amiga e quando a mãe de Julia chegou, as duas correram até a mulher mais velha para tentar convencê-la. Alana e Julia eram amigas desde que começaram a frequentar a escola juntas, as duas viviam juntas e Fernanda, a mãe de Julia, era a única das mães da escola que Demi confiava deixar Alana. 

— Demi, tudo bem? — Sorriu cumprimentando Demi com um breve beijo na bochecha, a barriga de grávida estava enorme e a mulher estava visivelmente cansada. — Deixa Alana ir brincar lá em casa, eu preciso focar em algumas coisas do bebê e Julia não me da um minuto de descanso, com Alana lá em casa vou poder organizar as coisas sem Julia para ficar me pedindo as coisas de cinco em cinco minutos. 

— Você tem certeza que Alana não vai atrapalhar? Crianças juntas dão muito trabalho e Alana consegue ser bem traquina quando quer. — Disse com um sorriso para pirraçar a filha que estava de mãos dadas com a amiguinha esperando ansiosamente pela resposta positiva da mãe. 

— Alana é uma criança ótima, nunca tive problemas quando ela vai lá em casa, eu prometo que quando o Jhonatan chegar do trabalho eu a levo no seu apartamento. — Tinha como negar com Alana lhe olhando com os olhinhos brilhando? Demi assentiu e as duas meninas deram pulinhos animados. 

— Você promete que vai se comportar? — Alana assentiu e beijou a bochecha da mãe para depois beijar a bochecha do pai, ela entregou a mochila para o pai e desceu as escadas com a amiga enquanto os adultos iam logo atrás. — Como está a gravidez? — Demi perguntou sorrindo olhando para a barriga bonita de grávida enquanto Joseph segurava sua mão.

— Está bem tranquila, nessa gravidez eu não tive enjoo nenhum, só sinto muito sono e estou dormindo como urso agora que eu peguei minha licença maternidade. É um garotinho e ele nasce daqui dois meses. — Disse sorrindo passando a mão na barriga, Fernanda olhou para o casal ao seu lado e sorriu. — E vocês? Não pensam em ter outro bebê? 

— Não, no momento não, eu estou focada na minha vida profissional, sem contar que Alana já vale por dois. — Brincou e observou o namorado quieto ao seu lado, ele estava neutro e havia trocado poucas palavras e participado pouco da conversa. 

— Vocês ainda são jovens, tem muito tempo para aproveitar e a prática é com certeza a melhor parte, ainda mais quando se é jovem. — Piscou maliciosa e Joseph riu assentindo com a cabeça porque ele não poderia negar que transar com Demi era maravilhoso. — Esse é o meu terceiro e último, fechei a fabrica e já avisei para o Jhonatan, se ele quiser outro filho vai ter que fazer em outra mulher. 

— Seu terceiro? Eu achei que você só tinha a Julia. 

— Eu tenho um menino de quinze anos, a Julia e agora esse. — Sorriu e olhou para as duas crianças paradas em frente ao carro. — Qualquer coisa eu ligo, o.k? Por volta das cinco e meia eu deixo ela no seu apartamento. — Demi assentiu com a cabeça e chamou a filha para um breve abraço, Alana prometeu que iria se comportar e saiu correndo sem se importar que iria ficar sem ver os pais por algumas horas. Eles se despediram da mulher mais velha e caminharam juntos até o carro.

— Ela parece ser um boa pessoa. — Joe falou após abrir a porta do carro para Demi e adentrar, ele ligou o carro e deu partida a caminho do restaurante porque estava faminto. — Você ficaria linda com um barrigão igual o dela. — Sorriu a olhando brevemente, imaginando como seria Demi grávida, ele já havia fotos dela durante a gravidez de Alana, mas ver pessoalmente e acompanhar todo o processo era diferente. 

— Nada disso, você sabe que não vamos ter outro bebê por enquanto, mas podemos praticar muito para quando chegar o momento certo a gente fazer o bebê mais lindo do mundo, assim como nossa garotinha — O sorriso bobão nos lábios dele era a coisa mais fofa do mundo, por isso Demi não se conteve em se inclinar para alcançar a bochecha dele. — Amo você, neném. 

— Eu também amo você, linda. 

Tinha coisa melhor do que comida mexicana? Ah, Demi apostava que não. Eles estavam sentados em uma mesa para dois, o restaurante mexicano era bem despojado, as paredes eram pintadas de cores bem vivas típicas da bandeira mexicana, as toalhas de mesas estilo xadrez e uma música latina tocava baixinho de fundo. Joseph se perguntava como Demi iria conseguir comer tudo aquilo, para a entrada eles haviam pedido o famoso pozole que era um caldo picante com milho e frango, depois vieram os tacos, burritos, nachos com guacamole e para a sobremesa uma torta típica do Mexico. 

— Senhor, eu comi demais. — Demi falou suspirando satisfeita, ela definitivamente tinha matado toda a sua vontade de comer comida mexicana. — Eu vou ter que entrar na acadêmia urgente se eu continuar comendo dessa maneira. — Resmungou e franziu o cenho ao observar o sorriso nos lábios do namorado. — O que foi? — Perguntou sem desviar o olhar. 

— Não é nada. — Joseph disse chamando o garçom para pedir a conta. — É que eu gosto de te observar desse jeito, feliz e satisfeita por estar comendo sua comida favorita. — Ele pegou um guardanapo e limpou o queixo dela que estava sujo de torta, Demi agradeceu e deu um breve selinho nos lábios dele. Na hora de pagar a conta tiveram uma breve discussão porque Demi queria pagar e Joseph não queria deixar, mas acabou que eles dividiram e logo saíram do restaurante de mãos dadas.

— Kristen acabou de me mandar um foto, ela está comendo comida japonesa com o pessoal do estúdio. — Mostrou a foto para Joe e voltou a digitar no celular. — Ela concorda que a gente precisa entrar em uma acadêmia para manter a forma. — Disse sem tirar a atenção do aparelho em suas mãos enquanto Joseph dirigia pelas ruas de Los Angeles os levando de volta para a empresa. 

"Amiga abriu uma acadêmia aqui perto do estúdio e tem muitos homens bonitos que vão malhar lá. É sério, é um Deus grego melhor que o outro com aqueles shorts de malha, regata mostrando os músculos fortes, a calcinha molha só de lembrar" Era um áudio de Kristen e Demi riu ao ver a feição fechada do homem sentado ao seu lado. 

— Ela não é lésbica? — Perguntou focado na estrada. 

— Ela é Bi. — Demi corrigiu e sorriu de modo sapeca apertando o botão de áudio do aplicativo para mandar mensagem para Kristen. — "Você me incentivou ainda mais para entrar na acadêmia, mal posso esperar para ter a mesma visão que você tem". — Ela havia dito aquilo apenas para pirraçar o namorado. Ela sorriu sapeca e umedeceu os lábios encarando o homem bonito ao seu lado. — O que você tem? — Perguntou ao vê-lo com o cenho tão franzido que a testa chegava a estar enrugada. 

— Nada, só acho que você não precisa de uma acadêmia, eu acho o seu corpo lindo e nós podemos manter a forma de outra maneira. — Sorriu maliciosamente, levando a mão até a coxa dela quando parou no sinal vermelho. Demi riu e entrelaçou suas mãos, deixando em cima de sua coxa.

— Eu adoro entrar em forma dessa maneira e confesso que estou morrendo de saudade de você. — Se não fosse o cinto de segurança, ela se inclinaria sobre ele para ataca-lo com beijos aproveitando o sinal vermelho. Joe sorriu e beijou a mão dela, trocou a marcha e deu partida quando o sinal ficou verde. 

— Nós podemos matar a saudade em cima da mesa do escritório, o que acha? — Sugeriu com a sobrancelha arqueada e Demi negou dando um tapinha no ombro dele. 

— Nada disso e quando chegarmos você vai para a sua sala, eu fiquei morrendo de vergonha por seu tio ter visto nós dois aos beijos no escritório, não é nada profissional e eu não quero que isso aconteça novamente, mesmo ele sendo o seu tio, no momento em que batemos o nosso ponto, somos profissionais. 

— Eu entendo sua decisão, mas é que você é gostosa demais e eu não consigo me controlar. — Demi revirou os olhos para o namorado e disse que ele iria ter que aprender a se controlar enquanto estava focada novamente em conversar com Kristen. Joe estacionou o carro no estacionamento da empresa, eles adentraram no elevador de mãos dadas e trocaram um breve selinho quando o elevador parou no andar de Demi e Joseph continuou no elevador para ir a sua sala que ficava dois andares acima do de Demi e assim eles seguiram o dia separados. 

Quando o relógio deu quatro horas, Demi guardou suas coisas e se preparou para ir embora; Os relatórios foram deixados em cima da mesa de Blake da forma que ela pediu, a tarde toda Demi focou em relatórios e em entrar em contato com os clientes para entender a visão deles para o projeto. O celular vibrou com uma mensagem de Joseph avisando que já esperava por ela no carro. Demi pegou sua bolsa, se despediu de Bella e caminhou diretamente para o elevador. 

Se tinha uma coisa que estava na lista das coisas que Joseph mais odiava fazer era ir ao supermercado. Ele era muito grato por ter dinheiro para poder fazer compras enquanto tinha muitas pessoas que não tinha condições em fazer uma compra no supermercado, pessoas que passavam fome e tudo mais, porém ir ao mercado era cansativo, exigia paciência para escolher os alimentos e o que mais lhe deixava irritado era a fila para passar no caixa. Assim que saíram da empresa, a primeira parada foi o supermercado para fazer a compra do mês porque os armários de Demi estavam ficando vazios e sem opções para cozinhar, sem contar que não podia faltar os lanches de Alana. 

— Qual é a dificuldade em escolher um? Não é tudo a mesma coisa? — Perguntou apoiado no carrinho de compras observando a mulher loira escolher um shampoo e um condicionador, já haviam minutos que eles estavam naquele corredor e Demi lia o rótulo da embalagem com muita atenção. — Amor, leva qualquer um, todos servem para lavar o cabelo. 

— Para de ser chato, existem milhares de shampoos para milhares de cabelo. — Disse sem perder o foco até finalmente escolher um e coloca-lo no carrinho. — Já pegamos tudo? — Demi perguntou fitando o carrinho tentando lembrar se não faltava nada, aparentemente eles lembraram de tudo: produtos pessoais, alimentos básicos, verduras, lanches para Alana, frutas, os mais variados tipos de carnes, produtos de limpeza e as coisas dos cachorros. 

— Podemos ir para a fila? Está enorme, eu disse que um de nós deveríamos guardar lugar na fila. — Demi revirou os olhos para o namorado que mostrou língua para ela enquanto empurrava o carrinho em direção ao caixa. Joseph era tão exagerado, era cinco e meia da tarde e o mercado nem estava tão cheio. 

Na hora de passar as compras eles se ajudaram, enquanto Demi passava, Joe empacotava tudo nas caixas e assim eles não demoraram mais de trinta minutos para passar a compra, empacotar e pagar. Ele agradeceu mentalmente quando guardaram tudo no porta-malas do carro e foram em direção ao apartamento de Demi. Alana já havia chegado da casa da amiguinha e estava no apartamento de Kimberlly enquanto Demi e Joe estavam no mercado, e assim eles decidiram que iriam primeiro ao apartamento guardar as coisas para depois buscar a filha. 

— Quer maçã? — Joe perguntou depois de dar uma mordida generosa na maçã vermelha. As compras estavam devidamente guardadas no armário e na geladeira. Demi estava deitada no sofá descansando com Batman deitado ao seu lado, ela negou com a cabeça e encolheu as pernas para namorado sentar e colocou as pernas no colo dele. — Ei meninão. — Disse brincando com Lucky que estava sentado próximo à ele de olho na maçã. — Você não pode comer maçã, mas eu comprei uma coisa para você. — Alisando o pelo do cachorro, Joe caminhou até a cozinha para pegar os petiscos que eles haviam comprado. — Você quer? — Não demorou muito para Batman levantar com as orelhinhas atentas e correr até a cozinha ao ouvir o barulho do saco abrindo. 

— Amor, você não vai cortar o cabelo? — Demi perguntou quando Joe deitou ao lado dela no sofá, deixando a cabeça em cima dos seios dela. Os olhos fechados e a feição relaxada no rosto era muito fofo, Demi adentrou os dedos no cabelo acariciando e sorriu quando Joe beijou-lhe no busto, por cima da camisa. 

— Eu vou, só preciso arrumar um tempinho. Eu já disse que você está linda? — Demi era uma mulher incrível de todas as maneiras e tudo sobre ela lhe agradava. — Sério amor, você é a mulher mais linda daquela empresa, é a mulher mais linda desse prédio, é a mulher mais linda dessa cidade. — Demi riu enquanto ele dizia aquelas palavras porque ele distribuía vários beijos pelo seu busto e pescoço. — Eu estou com saudades de você. — Sussurrar aquelas palavras no ouvido era sacanagem. Demi umedeceu os lábios e mordeu o lábio inferior correspondendo as carícias dele adentrando as mãos nas costas definidas. 

— Você está carente, neném? — O sorriso dos lábios dela foi desfeito pelo beijo que Joseph lhe deu e ela não demorou nenhum segundo para retribuir deixando tudo mais intenso, enquanto a beijava Joe apertou o bumbum por cima da calça jeans e levou a mão direita até o cós para abrir os botões e descer o zíper. — Tira a camisa. — Demi pediu levando a mão para a barra da camisa, Joe sentou-se no sofá e puxou a camisa pela gola e quando os olhos dela fitaram o peitoral bem definido, ela sorriu de forma maliciosa sem deixar de pensar nas coisas que queria fazer com aquele homem. — Céus, você é tão gostoso. — Disse o conduzindo para deitar no sofá, ela sentou em cima da ereção dele e Joseph se apressou para tirar a camisa dela sem muita paciência para desabotoar os botões um por um. 

— E você é a mulher mais perfeita que eu já conheci em toda a minha vida. — Ela adorava tanto quando ele lhe elogiava daquela maneira, era muito bom se sentir desejada por aquele homem maravilhoso. Joe tirou a camisa e a blusa de alcinha que ela vestia por baixo, deixando-a apenas com o sutiã preto de renda. Demi era tão linda que ele nem sabia por onde começar, mas ela tomou atitude quando levou a mão até o seu pescoço e o puxou para um beijo. As mãos de Joseph desceram pelas laterais do corpo dela, sentindo como ele era cheio de curvas e bom para apertar e quando chegou na cintura, puxou a calça jeans tirando junto com a calcinha. 

Não podia ser diferente, Demi já estava preparada para ele e Joe conseguiu sentir isso quando a tocou com o dedo, o sorriso foi inevitável quando ela se ergueu e suspirou ao sentir o toque dele. — Linda. — Joe disse dando um beijo na bochecha e se ajeitou para tirar a calça e a cueca, ele estava tão duro por vê-la praticamente nua, apenas de sutiã.

— Vamos para o quarto, a gente não pode demorar muito porque temo... — A frase não foi concluída porque Demi foi calada com um beijo, Joe se ergueu para se levantar e puxou-a para entrelaçar suas pernas em volta da cintura. Aos beijos e sentindo os íntimos se tocarem eles subiram as escadas, adentraram no quarto e ali mesmo, encostados na parede, Joseph a penetrou com uma estocada soltando um gemido rouco ao senti-la. Demi se agarrou mais ao namorado, o abraçando pelos ombros e deitou a cabeça no ombro dele enquanto sentia as costas na parede gelada. — Mais devagar. — Pediu, gostando de senti-lo entrando e saindo do seu corpo com precisão e rapidez. Joseph diminuiu a velocidade segurando-a pelo bumbum e Demi o ajudou se movimentando como podia. 

Ama-lo era bom demais, não tinha palavras para descrever a sensação de estar nos braços da pessoa amada. Demi suspirou puxando o cabelo da nuca e encaixou os lábios num beijo, os olhos fechados e o cenho levemente franzido de tão bom que era sentir as mãos másculas uma na coxa e a outra no bumbum. Joseph alternava os movimentos ora ia rápido ora devagar, fazendo-a sentir mais nada além de tesão, o rabo de cabelo estava frouxo deixando o cabelo loiro uma bagunça e alguns fios estavam completamente fora do lugar. 

— Eu amo tudo sobre você, Demetria. — Falou ofegante com os lábios ainda sobre os dela, ele tirou a mão do bumbum e levou até a nuca dela puxando o cabelo daquela região. Demi deixou o gemidos saírem dos lábios sem se policiar se estava saindo alto demais. Ela se agarrou mais a ele, cravou as unhas nas costas e gemeu no ouvido dele, gostando daquela sensação. Joe selou os lábios no pescoço dela e caminhou para cama, aonde a deitou delicadamente e encaixou seus corpos novamente, investindo num movimento mais rápido. 

— Você me deixa louca. — Demi murmurou rodeando as pernas em volta da cintura dele. — Amor, eu te amo tanto. — Sussurrou levando as mãos ao rosto dele para trazê-lo para um beijo e acabou gemendo no lábio dele quando Joe desacelerou com os movimentos.  

— Você é tão gostosa. — Suspirou tirando a mão da coxa dela para tentar abrir a fecho do sutiã preto e quando conseguiu, apertou o seio direito enquanto levava a boca para o outro chupando e apertando. — Linda. — Falou baixinho dando um tapa forte no bumbum dela. 

— Amor... — Ela não sabia dizer se gostava mais quando ele ia rápido ou devagar. — Querido. — Disse o tocando no peito aonde tinha uma camada leve de pelos. Joseph a olhou nos olhos e sorriu quando ela umedeceu os lábios e franziu o cenho quando ele foi mais fundo. — Deixa eu ficar em cima. — Pediu o empurrando pelo peito, mas Joseph não cedeu tão fácil. Ele sorriu de lado e a beijou desde o pescoço até o íntimo aonde ela suspirou e puxou os cabelos dele firmemente quando sentiu a língua quente. — Joseph. — O empurrou fechando as pernas e o deitou na cama, sentou sobre ele encaixando seus corpos e fechou os olhos se movimentando para frente e para trás. 

Foram minutos e mais minutos daquela forma. Tinha coisa melhor? O bumbum estava avermelhado de tantos tapas que recebeu enquanto se movimentava sobre ele. Os dois chegaram ao ápice juntos, se beijaram carinhosamente e Demi saiu de cima dele ofegante e os cabelos uma verdadeira bagunça. 

— Amo você, meu bebezão. — Demi disse baixinho deitada na cama com a cabeça apoiada no braços dele. Joe a olhou com os olhos transbordando amor e beijou-lhe na testa. — Que horas são? — Perguntou sentindo as mãos dele fazendo carinho nas costas e no bumbum. — Você está muito assanhado, senhor Jonas. — Brincou quando ele deu um tapa na sua bunda. Joseph sorriu de lado e deu um beijo breve nos lábios dela. 

— São seis horas e quarenta minutos. — Falou depois de verificar a hora no celular e deitar o corpo sobre o corpo delicado de Demi, beijando-a atrás da orelha, dando leves chupões. — Acho que da tempo de uma rapidinha no chuveiro. — Falou no ouvido dela e sorriu quando ela selou um beijo em seu maxilar. 

— Nada disso, você tem que ir buscar a nossa filha e eu tenho que ir para a faculdade. — Disse se sentando na cama. Joseph resmungou a abraçando pela cintura porque era muito bom ficar deitado com ela. — Você vai vestir uma roupa e ir buscar Alana no apartamento da Kim enquanto eu tomo banho e me arrumo, se você for rápido acho que da tempo de comermos algo juntos. — Ela riu do biquinho de Joseph e deu um selinho demorado, o barulho do interfone tocando no andar de baixo os atrapalhou. — Eu vou atender, quero você lá embaixo vestido para buscar Alana. — Avisou apontando o dedo para ele e desceu as escadas correndo para atender o interfone.

— Oi? — Disse assim que atendeu o aparelho que ficava na entrada da cozinha. 

— Senhorita Lovato? Boa tarde! Tem um casal aqui na portaria, Senhor e Senhora Lovato, eles querem subir ao seu apartamento, posso liberar a entrada? — O coração acelerou no peito e ela sentiu a palma da mão suar, seus pais estavam mesmo em Los Angeles? — Senhorita Lovato? 

— Oi? É... pode... pode liberar a entrada deles. — Senhor. Ela não estava preparada psicologicamente, porque eles não enviaram uma mensagem avisando que estavam à caminho? Ah claro, o celular estava descarregado dentro da bolsa desde que estavam no mercado. Demi suspirou profundamente pensando em mil e uma possibilidades. Eles se entenderiam? Haveria outra briga? Seriam finalmente uma família unida? Céus.

— Ei, o que foi? — Joe perguntou a abraçando por trás. Ele estava vestindo uma calça de moletom cinza e uma camiseta branca. Demi respirou profundamente e virou-se para olha-lo nos olhos. — Demi, o que aconteceu? — Ela estava assustada como se tivesse visto um fantasma. 

— Meus pais estão subindo. — Falou encarando os olhos verdes buscando algum apoio. Joseph suspirou e beijou-lhe na testa, a abraçando. Uma hora ou outra aquele momento iria chegar, agora teriam que enfrentar e tentar se resolver tudo da melhor maneira e ele estaria ao lado dela para apoia-la e defende-la se fosse preciso. 

— Nós vamos estar juntos, o.k? — Disse entrelaçando suas mãos. — Vai vestir uma roupa que eu vou arrumar a bagunça. — As roupas deles estavam jogadas pelo sofá, não seria nada interessante se os pais dela vissem aquela cena e soubessem que eles estavam transando minutos antes deles adentrarem no apartamento. Demi subiu para o seu quarto e quando adentrou no closet fez uma careta, ela estava uma bagunça. O rabo de cabelo estava uma completa bagunça e bem, ela estava nua. Procurou uma calça de moletom e uma blusa qualquer, arrumou o cabelo em um coque alto e sentiu um frio na barriga. 

Clarice estava uma pilha de nervos. Ela queria tanto se acertar com a filha, abraça-la e finalmente deixar todas as indiferenças do passado para trás e construir uma nova história juntos, como uma família que se apoiava e sempre estava lá um para o outro. Eles adentraram no elevador junto com uma senhora que segurava uma sacola de compras e apertaram o andar que o porteiro havia dito. — Vocês estão indo visitar algum parente? — A senhora perguntou curiosa fitando o casal ao seu lado, ela nunca tinha os visto ali. 

— Estamos indo visitar a nossa filha. — Clarice respondeu abraçada ao marido e sorriu para a senhora simpática, mal ela sabia que a aquela senhora adorava saber da vida alheia para espalhar fofocas pelos andares dos prédio. 

— É a mocinha que se mudou para o quinto andar essa semana?

— Não, a nossa filha já mora aqui alguns anos, o nome dela é Demi. — A senhora assentiu prontamente sabendo exatamente de quem aquela mulher bonita estava falando. Demi morava no apartamento acima do seu apartamento e as duas já haviam discutido porque a senhora sempre subia para reclamar do barulho quando Alana estava começando a andar. 

— Ah, Demi é uma boa menina, tirando quando ela me responde de forma mal educada, mas ela está namorando agora um rapaz muito educado e simpático, ele sempre me ajuda com as sacolas quando nos encontramos no elevador e eu acho que os dois moram juntos porque ele vive aí, às vezes vejo pela janela os dois saindo de manhã para trabalhar, eles vivem juntos. — Clarice fitou o marido e o encontrou com uma feição nada boa no rosto. Ela respirou fundo e acenou para a senhora que saiu do elevador quando a porta foi aberta. 

— George, por favor, se o Jonas estiver no apartamento dela não vá fazer nenhuma besteira. — Pediu sem tirar os olhos dele. — Nós temos que aceitar que Demi e esse rapaz estão juntos e que ela já é uma mulher que sabe o que faz, ela não é mais aquela adolescente.

— Eu não acho que aquele moleque é bom o suficiente para a nossa filha, tem tantos rapazes bons e que querem um relacionamento sério por ai. Por que diabos Demi foi escolher logo ele? — Resmungou saindo do elevador quando o mesmo parou no andar que Demi morava. 

— Ela o escolheu porque ela o ama e Joseph é o pai da nossa neta, nós vamos ter uma conversa racional como os adultos que nós somos. — Disse o tocando no peito por cima da camisa. — Nós queremos nossa filha de volta, queremos ser uma família, eu sinto tanta a falta dela, por favor, esquece essa rixa que você tem com a família desse rapaz e vamos respeitar as decisões da nossa filha. — Custou, mas George assentiu encarando os olhos da mulher que tanto amava. Clarice deu um breve selinhos lábios dele e tocou a campainha do apartamento. A porta foi aberta por Demi e Joseph estava atrás dela tocando-a gentilmente pelo ombro. Os olhos se encararam por alguns minutos até que Demi cedeu espaço para os pais adentrarem no apartamento porque não sabia muito bem o que dizer. 

— Vocês estão bem? — Perguntou umedecendo os lábios. Clarice assentiu se sentindo emocionada observando a filha atentamente enquanto George olhava para Joseph procurando algo que pudesse usar contra ele. — Querem beber ou comer alguma coisa? 

— Nós estamos bem, querida. Obrigada. — Agradeceu e sentou no sofá ao lado do marido. — Aonde está Alana? — Fitou Demi sentada ao lado do namorado e sorriu para ela se sentindo ansiosa para abraçar a filha, enchê-la de beijos e ficar com a filha como tanto queria. 

— Ela está na casa de uma amiga nossa. — Respondeu a mãe e encarou o pai. — E então? — Disse porque estava ansiosa para saber o que os pais queria, na verdade ela já imaginava o que era, mas estava ansiosa para ouvi-los. Clarice respirou fundo, entrelaçou sua mão com a do marido e sorriu para Demi. 

— Nós queremos nos desculpar com você. Filha, eu e o seu pai agimos de uma maneira tão errada com você e nos arrependemos muito por ter feito você passar por tantas coisas sendo que poderíamos ter dado uma vida boa para você e Alana. Nós agimos de forma irracional com você.

— Quando você disse que estava grávida eu não soube como agir, eu tinha planejado um futuro perfeito para você e quando eu percebi que você não estava seguindo os planos, eu fiquei muito irritado ainda mais quando descobri que você estava se relacionando com esse... esse... rapaz. Eu fui um tremendo infeliz com você, eu sou o seu pai e deveria ter te protegido, cuidado de você e ter te apoiado, mas agi como um infeliz irracional e te mandei para longe da sua família. O tempo me fez perceber como eu agi errado com você, não ter você em casa no natal, no seu aniversário, não ter você implicando e dizendo como éramos chatos, não ver o seu sorriso e reclamar com você por comer porcarias demais me fez perceber o quanto eu sinto a sua falta e como eu quero você de volta na nossa vida, como eu quero cuidar de você. 

— Por favor, nos perdoa, Demi. 

— Eu amo vocês e o que aconteceu no passado não importa mais. — Demi disse com os olhos cheio de lágrimas e sentou entre os pais para abraça-lo e matar a saudade que sentia por tantos meses. Ela fechou os olhos apreciando o abraço apertado da mãe e do pai. O sorriso estava lá de orelha a orelha e Joe conhecia bem aquele sorriso, ela sempre sorria daquela maneira quando ele fazia algum gesto para demonstrar o quanto a amava ou quando Alana a abraçava fortemente e dizia que a amava do tamanho do universo. 

— Nós te amamos tanto, filha, tanto. — George disse deixando as lágrimas descerem pelas bochechas e Demi podia jurar que aquela foi a primeira vez que viu o pai em lágrimas. O abraço durou longos minutos e nesses minutos, Joseph foi para cozinha preparar café para servir os sogros e deixa-lo sozinhos também aproveitando aquele momento em família. 

Joe preparou o café, serviu em três xícaras e serviu algumas rosquinhas de coco que eles haviam comprado no supermercado mais cedo em um recipiente de vidro e levou para os sogros, o sorriso de agradecimento vindo de Clarice foi o primeiro sorriso que ele recebeu dos sogros. — Está muito bom, Joseph. — Clarice disse ao beber o primeiro gole do café. — Como está a faculdade, meu amor? 

— Está no final, depois de muito sacrifício estou quase formada e eu mal posso esperar para pegar o meu diploma e seguir com a minha carreira profissional. — Sorriu ansiosa e pensar que faltava menos de um mês para que acontecesse lhe deixava com um friozinho na barriga. 

— Eu estou tão orgulhoso de você, anjo. Ver que você seguiu suas próprias vontades e está realizada com a profissão que você escolheu para a sua vida me deixa muito satisfeito. — George disse e Demi deitou a cabeça no ombro do pai se sentindo finalmente completa por ter sua família por perto. 

— Amor, você vai buscar Alana na casa da Kim? — Demi pediu olhando para o namorado com um sorriso tão bonito no rosto. Joe assentiu com a cabeça e antes que ele pudesse dar um passo em direção a porta, George o chamou seriamente. 

— Eu posso trocar uma palavrinha com você? — Perguntou sério sem nenhum sinal de felicidade no rosto. Demi olhou receosa para a mãe e depois para o pai, ela não queria que eles brigassem, estava tudo tão bem, era só deixar aquela rixa de família de lado e seguir em frente. 

— Pai... 

— Nós só vamos conversar, filha. Não precisa se preocupar. — Demi assentiu ainda receosa, mas foi com a mãe quando a mesma lhe puxou para a cozinha. 

— Mãe, eu não quero que eles briguem. — Falou manhosa abraçada a mãe, ela não queria solta-la nunca mais, colo de mãe era a melhor coisa que tinha e por ter ficado tanto tempo longe de Clarice, Demi não queria mais desgrudar. 

— Eles não vão brigar, meu amor. O seu pai me prometeu que não arrumaria mais confusão. — Acariciou o cabelo loiro da filha e sorriu. — Vocês estão morando juntos? — Perguntou se lembrando da senhora que contou que Joseph passava o tempo todo no apartamento de Demi. 

— Praticamente sim. Ele tem o apartamento dele, mas a mãe dele está morando lá e como trabalhamos juntos e tudo mais, ele passa a maior parte do tempo aqui no apartamento. — Demi sentiu as bochechas corarem quando Clarice arqueou a sobrancelha a olhando. — Alana também adoro tê-lo aqui o tempo todo. — Disse sorrindo para Lucky que saiu da lavanderia depois de um longo cochilo. 

— Vocês já conversaram sobre casamento? — Perguntou, Demi umedeceu os lábios e assentiu acariciando o pelo do cachorro que apoiou as patinhas em seu colo. 

— Sim, ele sempre me pede em casamento, mas conversamos sobre isso e decidimos esperar mais um pouco antes de dar esse passo, tem muita coisa acontecendo agora, eu estou terminando a faculdade, depois vou ter que procurar um emprego efetivo na área. Eu quero me estabilizar melhor profissionalmente e financeiramente para depois casar. 

— E vocês estão se cuidando ou querem ter outro bebê? — Que pergunta era aquela? Demi sorriu tímida e fitou o cachorro para depois encarar os olhos da mãe atentos sobre si. Demi adentrou a mão no cabelo jogando-o para o lado e negou com a cabeça. 

— Não quero ter outro bebê nem tão cedo. Já conversamos sobre isso e... — Droga! Como ela queria evitar um bebê se estava transando com Joseph por todos os lugares sem usar camisinha? Ainda estava tomando o anticoncepcional, porém não era cem por cento seguro e ela precisava trocar o seu método contraceptivo, como o ginecologista havia recomendado. — E vamos esperar mais um pouco para ter outro filho, eu estou me cuidando. — Joseph não iria mais toca-la enquanto não comprasse camisinhas para eles se protegerem. 

— Você nunca foi o genro que eu sonhei em ter, o cara que eu queria que a minha filha construísse a família dela. — George disse encarando Joseph nos olhos seriamente e Joe não ousava em desviar o olhar por nada, por mais que estivesse se sentindo intimidado ele mostraria para o sogro que era um homem e não um moleque que queria brincar com a filha dele. — Não sou seu fã e nunca me dei bem com a sua família, mas você engravidou a minha filha e vão ter esse laço pelo resto da vida independente de qualquer coisa. 

— Eu amo a Demi, ela e Alana são as melhores coisas que já aconteceram na minha vida e eu sempre darei o meu melhor para vê-las feliz. — Disse sério. George assentiu com a cabeça e entrelaçou suas mãos apoiando no joelho. 

— Eu quero ver você provar isso com ações, palavras de nada valem para mim. Eu vou estar observando você de perto, rapaz. Eu vou estar de olho em cada atitude sua e se eu perceber que você está pisando na bola com a minha filha, eu vou atrás de você até no inferno se for preciso. Estamos entendidos? 

— Estamos. — Joe respondeu assentindo com a cabeça. Eles se levantaram e trocaram um aperto de mão forte Estava bem claro para George que Joe não era mais aquele jovem que Demi havia conhecido alguns anos atrás, agora ele parecia ser um homem sério e de bem que estava fazendo muito bem para a sua filha. — Eu vou buscar Alana, volto já. — George assentiu e caminhou para a cozinha enquanto Joe saia do apartamento. 

— Um cachorro? — Ele perguntou para a filha quando adentrou na cozinha e viu o cachorro deitado nos pés de Demi. Ela assentiu sorrindo e abraçou o pai pela cintura quando ele se aproximou. — Você sempre quis ter um quando era pequena. 

— Esse o Joe resgatou num dia de chuva, acho que ele foi abandonado pelo antigo dono dele. Temos outro também que o Joe deu para Alana. Esse é o Lucky e o outro é o Batman. — No começo ela havia ficado tão receosa em criar dois cachorros mas agora aqueles dois eram parte da família e mesmo a deixando com o cabelo em pé quando comiam alguma de suas sandálias ou fazia xixi no corredor dos quartos ou quando roubavam os lanches de Alana porque a menina era muito distraída e deixava o lanche no alcance dos cachorros, ela amava os dois demais. 

— Alana adora animais e diz que quer ser veterinária quando crescer para cuidar deles. — Sorriu sentindo falta da filha. 

— Ela deve estar enorme e esperta. Estou ansiosa para vê-la. — Clarice sorriu sentindo-se ansiosa para ver a netinha, a última vez que a viu não foi um encontro agradável e queria ter tempo para a menina, para brincar e conhecê-la melhor. — Como vocês fazem para cuidar dela trabalhando fora? Vocês tem babá? 

— Não. Alana vai para escola no mesmo horário que eu e o Joe saímos para trabalhar, ela sai da escola uma hora da tarde e consequentemente bate com o nosso horário de almoço, buscamos ela e duas horas e pouco ela entra para o balé, às vezes buscamos ela no balé ou às vezes a minha amiga Kristen ou a mãe dela Kim busca. Kim ajuda bastante e fica com ela sempre que a gente precisa. 

— É muito bom saber que você tem pessoas para ajudar você. — George disse dando um beijo no topo da cabeça da filha para depois sentar ao lado da esposa. — Quero conhecê-las e agradecer pessoalmente por toda ajuda. — Demi sorriu feliz. Ela queria tanto que os pais conhecessem a melhor amiga e que se dessem bem com Kimberlly.

— Nós podemos combinar um almoço aqui em casa. Vocês vão ficar por quanto tempo? 

— Seu pai vai ficar por uma semana, ele vai fazer trabalho voluntário na Africa por duas semanas. Ele volta antes na primeira semana de dezembro.

— Você não vai passar o dia e ação de graças com a gente? 

— Não querida, eu decidi que esse ano quero ajudar as pessoas. Eu sou médico porque eu amo cuidar das pessoas e quero poder fazer isso por pessoas que não tem acesso à bons médicos, sabe? Usar o meu dom para algo bom. — Ah, ela tinha muito orgulho dos pais que tinha. Demi assentiu com a cabeça e o abraçou. 

— Pai, porque vocês demoraram? — Alana perguntou enquanto aguardava o elevador chegar no andar em que eles estavam. Ela estava pendurada nas costas do pai e o abraçava pelo pescoço.

— Porque nós passamos no mercado para comprar algumas coisas que estavam faltando em casa. — Respondeu a filha e Alana o beijou na bochecha. Ele sorriu gostando de sentir o carinho da filha e adentrou no elevador quando as portas de metais se abriram. — Temos visita em casa.

— Sério? Quem é? — Perguntou curiosa como sempre. 

— Seus avós, os pais da sua mãe. — Respondeu observando os dois pelo espelho do elevador. Alana era uma criança muito linda, os olhos dela eram idênticos aos de Joseph. A mesma cor, o mesmo formato, sem tirar nem pôr, eram iguais. Mas o formato do rosto, as sardinhas espalhadas pela bochecha e nariz, a cor da pele, o detalhe do queixo, era tudo de Demi. Elas eram parecidas demais. 

— Que legal, mas eles não vão te bater de novo, né? — Alana disse e Joseph olhou para a filha surpresa olhando-a pelo espelho. Ele não imaginava que ela ainda se lembrava daquele encontro desastroso de meses atrás. 

— Não amor, agora nós estamos de bem e somos uma família, nada de brigas. — Alana assentiu com a cabeça e sorriu beijando a bochecha do pai novamente. As portas do elevador se abriram no andar que eles moravam. Joseph abriu a porta do apartamento e caminhou com a filha para a cozinha aonde os sogros e a namorada estavam. 

— Oi meu amor. — Demi se aproximou do namorado para pegar a filha no colo e beija-la na bochecha, matando a saudade. — Oi meu anjo. — Abraçou a filha e beijou-a novamente na bochecha sorrindo de olhos fechados ao sentir a filha abraça-la pelo pescoço. — Fala oi para os seus avós, meu amor. — Demi disse colocando a menina no chão. Alana olhou para os dois sentados na mesa e se aproximou primeiro da avó. 

— Oi vovó. — Falou tímida observando a mulher atentamente. Clarice sorriu e puxou a menina gentilmente para abraça-la, os olhos estavam marejados com o jeito fofo e amoroso da menina. Alana beijou a bochecha da avó e tocou a bochecha carinhosamente com a mão.

— Oi minha querida, você é tão linda. — Disse observando a neta sentindo o coração bater forte de amor por aquela pequena. Demi abraçou o namorado pela cintura e sorriu para ele observando a filha interagir com os avós. Joe abraçou a namorada pelos ombros e beijou o topo da cabeça dela. 

— Eu vou preparar algo para a gente jantar. — Demi disse enquanto os pais interagiam com Alana.

Não tinha sensação melhor do que preparar o jantar com a ajuda de Joseph e conversando com os pais na cozinha e com Alana. No tempo em que conversaram sobre diferentes assuntos, Demi e Joe preparam um delicioso macarrão com queijo e para acompanhar brócolis cozidos e suco natural de laranja. Demi colocou a travessa de macarrão em cima do balcão junto com os brócolis e a jarra de suco para que eles pudessem se servir. E quando Joe serviu a filha com macarrão e brócolis a mesma fez careta e empurrou o prato. 

— Eu não quero brócolis. — Falou firme e decidida. — É ruim. 

— Você nem experimentou. — Demi respondeu com a sobrancelha arqueada sentando ao lado do namorado. Alana negou com a cabeça e cruzou os braços. — Vamos fazer assim: você vai experimentar e se você não gostar nós tiramos do prato. — Disse porque jamais forçaria a filha comer algo que ela não gostava. Alana pareceu pensar na proposta da mãe e depois assentiu puxando o prato.

— Ela come muito besteira? — Clarice perguntou servindo o macarrão no prato, ela deu a primeira garfada e sorriu para Joseph e para a filha. — Está muito bom, aonde aprendeu a cozinhar desse jeito? Eu me lembro que você não sabia nem fritar um ovo quando era adolescente. 

— A Kim me ensinou, quando Alana começou a comer alimentos sólidos, ela me ensinou a cozinhar as verduras, fazer sopas e outras coisas. Aliás, tudo o que eu sei sobre bebês e crianças foi ela que me ensinou. — Sorriu lembrando como era inexperiente naquele assunto e como Kimberlly havia sido um verdadeiro anjo enviado dos céus para ajuda-la. — Eu tento evitar o máximo que ela coma besteira, Joe sempre acaba cedendo mais do que eu, mas sempre tentamos ser o mais saudável possível. 

— Mãe, eu não gostei. — Alana disse fazendo careta, Demi assentiu e pegou os brócolis do prato da filha e colocou no seu para não destruir. 

— Vocês já sabem aonde vão passar o dia de ação de graças? Eu estava pensando e nós podíamos fazer um jantar aqui já que o seu pai vai estar viajando ou se preferirem nós podemos jantar fora. — Clarice sugeriu dando uma garfada no macarrão. 

— Bom, a gente ainda não se decidiu sobre isso. Joseph quer passar com a família dele e eu sempre passei o dia de ação de graças com a família da minha amiga, os moradores aqui do prédio se reúnem no pátio do condomínio para um culto no final da tarde e depois cada um vai para sua casa jantar, não decidimos o que vamos fazer esse ano ainda. 

— Falta um pouco menos de duas semanas para o dia de ação de graças, vocês precisam decidir o que vão fazer. — George disse encarando Joseph não muito feliz por ele estar ali. Ele sempre estaria ligado observando cada atitude porque não o achava bom o suficiente para Demi. — Vocês estão morando juntos? Quando vai pedi-la em casamento? — Falou sem rodeios. As sobrancelhas de Demi foram franzidas e Joe olhou para o sogro surpreso. — Sua mãe só veio morar comigo quando nos casamos. 

— Nós vamos esperar mais um tempo antes de casar, quero terminar a faculdade primeiro e ter uma estabilidade financeira melhor para depois casar. Nós estamos bem e felizes. — George não assentiu com a cabeça, fitou os olhos da filha por um tempo para saber se era verdade. 

— Mas mamãe, o papai não te pediu em casamento aquela dia? E você disse sim, lembra? — Perguntou se referindo ao dia em que eles três estavam na cama e Joe pediu Demi em casamento na frente de Alana e ela disse sim. As bochechas coraram com o olhar do pai sobre si. 

— Lembro, querida. Mas nós estávamos apenas brincando. — Respondeu tocando o nariz da pequena que assentiu com a cabeça. O restante do jantar foi agradável, eles jantaram e depois comeram algumas trufas que Joe havia comprado no supermercado. Quando os pais foram embora já era nove horas da noite e ficou marcada uma visita para o dia seguinte, Demi até os convidou para dormir no apartamento, mas era pequeno e não seria confortável, então eles preferiram voltar para o hotel. 

Depois que George e Clarice saíram do apartamento, Demi mandou Alana para o banho e subiu para o quarto para organizar as coisas. — O que foi? — Perguntou ao ver o namorado tão quieto, ela o puxou pela mão e o abraçou pela cintura. — Amor! — Resmungou quando ele não retribuiu as carícias e ela teve que levar a mão dele até o seu bumbum. 

— Eu só estou pensando... — Disse beijando a bochecha dela quando Demi lhe mordeu no queixo. — Eu queria muito que nós passássemos o dia de ação de graças com a minha família, eu quero te apresentar como a minha namorada, quero que você conheça minha vó. — Demi suspirou e beijou o peito dele. 

— Amor... meus pais finalmente estão aqui, eu queria passar com a minha mãe. — Ela rodeou o pescoço dele com os braços e deu um selinho nos lábios dele que não foi retribuído. — Amor, você me entende? — O beijou  na bochecha e sorriu tentando arrancar um sorriso dele porque toda vez que ela sorria, ele sorria de volta. 

— Podemos almoçar com a sua mãe e jantar na casa da minha família. — Disse a tocando na cintura. Demi umedeceu os lábios e suspirou, ela queria tanto passar o dia de ação de graças com a mãe e a família da melhor amiga, seria muito importante para ela, mas sabia que Joseph queria apresenta-la para a família dele, só que ela sentia que não ficaria muito confortável porque a mãe dele não era sua maior fã. 

— Nós podemos almoçar com a sua família e jantar com a minha família, pode ser? — Perguntou fazendo a melhor carinha pidona que ela conseguiu.

— Sua mãe pode jantar com a gente, querida. Essa indiferença entre as nossas famílias precisa acabar, aliás, eu nem tenho uma família completa mais e o responsável por toda essa desavença não faz mais parte da família. — Disse se referindo ao Bruce porque ele era responsável por toda a rivalidade entre a família Lovato e a família Jonas. 

— Bom, eu acho que as nossas mães também não são muito fãs uma da outra, minha mãe já namorou com o seu pai, esqueceu? — O lembrou fazendo uma careta ao imaginar que ela e Joseph poderia ter sido irmãos. 

— A sua mãe é casada e a minha mãe está na pista novamente. — Piscou com um sorriso e Demi gargalhou jogando a cabeça para trás, como ele era besta. Joe riu dando um beijo na bochecha da namorada e a olhou com um sorriso divertido no rosto. — Bruce é um babaca idiota, elas precisam deixar essa rivalidade idiota por causa dele para trás. 

— Eu vou conversar com a minha mãe, se ela aceitar nós podemos jantar com a sua família. — Ela mal conseguiu terminar a frase porque lá estavam os lábios dele sobre os dela num beijo singelo e calmo. 

— Pai, eu já terminei! — Alana gritou do banheiro. Demi sorriu e o empurrou para que ele fosse ajudar a filha no banheiro. Enquanto Joseph ajudava Alana com o banho, Demi separou o pijama dela e a esperava com a toalha, Joe ajudou a pequena a se trocar e enquanto a namorada secava o cabelo da pequena com o secador para que ela não dormisse com o cabelo molhado. Depois de tomar um copo de leite preparado pelo pai e fazer xixi e escovar os dentes, Alana se acomodou na cama e fechou os olhos escutando atentamente Joe contar uma histórinha enquanto Demi fazia cafuné em seu cabelo, não demorou quinze minutos e a pequena estava dormindo.

— Você vai tomar banho agora? — Perguntou ao ver o namorado retirando a calça de moletom. — Eu ia tomar. — Explicou sentando na beirada da cama, mas fez uma careta ao lembrar que o celular estava carregando no andar de baixo. 

— Vem tomar comigo, é bom que economizar água. — Sorriu sugestivamente e retirou a blusa ficando apenas de box. Aquele homem era uma perdição sem tamanho, aquelas costas nuas e com as marcas das unhas dela eram lindas. Demi suspirou e tirou a blusa caminhando para o banheiro junto com ele. — Sabia que você não ia resistir. — Ele disse assim que a viu. Ele a segurou pela cintura selando os lábios num beijo. 

— Só tomar banho, Joseph. — Demi falou nos lábios do dele e o empurrou quando percebeu que ele estava ficando animadinho. — Não vamos mais transar enquanto você não comprar camisinhas. — Disse séria ligando o chuveiro. Joe arqueou a sobrancelha e encarou a namorada esperando um sorriso brincalhão, mas não tinha nem um sinal dele. — Eu estou falando sério, Jonas. 

— Por que? Faz muito tempo que nós não usamos camisinha. — A lembrou e Demi soltou um resmungo preocupada. — Amor, está tudo bem? — Perguntou vendo-a tão pensativa. — Querida? 

— Joe, cala a boca. — Demi disse tentando fazer as contas mentalmente de quando a sua menstruação tinha que vir. Ela já estava no final da cartela do anticoncepcional. — Eu preciso menstruar essa semana. — Falou lembrando que sua menstruação sempre vinha na segunda semana do mês. — Joseph, nós precisamos ser mais responsáveis, ter um filho agora não é nada inteligente e só a pílula não é cem por cento confiável. — Ela o abraçou pela cintura e o beijou no peito porque não queria magoá-lo. — Nenhum método é, mas os dois juntos é mais eficaz, entende? 

— Entendo, linda. Prometo que vou ser mais responsável, mas se o nosso Arthur já estiver na sua barriga eu vou ficar muito feliz. — Piscou e tocou a barriga dela, como esperado, ele levou um tapa. — Estou brincando, amor. — Beijou-lhe na testa e buscou o sabonete para ensaboa-la. 

— Não tem Arthur nenhum aqui, Joseph Jonas. — Disse Demi e o abraçou pelo pescoço selando seus lábios num beijo calmo. — Te amo. — Falou sobre os lábios dele e sorriu quando ele também sorriu, trocaram um selinho e terminaram o banho entre beijos e risadas. 

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acho que ficou pequeno :(
eu queria ter colocado mais coisas, porém a inspiração para escrever esse capítulo não colaborou nada... espero que vocês gostem, agora ela está oficialmente no fim, o próximo capítulo já é o penúltimo. me digam o que acharam nos comentários.
volto logo para contar a surpresa para vocês, bjssss.

resposta dos comentários aqui 

10 comentários:

  1. Não acredito q te no fim capítulo maravilhoso só acho q a Demi não deveria dar tanto espaço pros pais dela fiquei com pena joe.
    Não demora pra posta pelo amor de deus bjs

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    1. o próximo já é o penúltimo :(
      demi só estava animada com a volta dos pais, mas no próximo teremos muitos momentos fofos entre ela e o joe, os dois estão grudados.
      vou postar assim que finalizar, esses ultimos dias foram corridos lá no serviço e só consegui parar para escrever agora

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  2. Posta pelo amor de deus?

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    1. acho que ainda vai demorar um pouco, mas estou desenvolvendo o capítulo o mais rápido que eu posso

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  3. Capítulo maravilhoso como sempre
    Ps:a Selena volta pra fic ainda????

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    1. fico feliz que tenha gostado
      sim, no próximo ela vai aparecer maravilhosa como sempre

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  4. Cadê vc com o capítulo??????????????????????????

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    1. ainda estou escrevendo, posto assim que estiver pronto

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  5. Vc desistiu da fic?????

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    1. não, só foi complicado escrever algo nessa últimas semanas, agora que consegui escrever alguma coisa, assim que finalizar eu posto

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